terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Revista Veja

6 de dezembro de 2008------------------------------------------------Caro leitor,Obrigado mais uma vez por nos receber em seu computador.Temos uma edição de VEJA empolgante nesta semana.A CARTA AO LEITOR faz referência a uma reportagem da revista sobre empresários do setor automobilístico que encontram motivos para estar otimistas com a economia brasileira, apesar das ameças da crise: "Há razões, se não para otimismo, pelo menos para um saudável realismo. Primeiro, se alguns analistas foram tímidos em prever as dimensões do desastre financeiro que de Wall Street se espalhou pelo mundo, muitos deles podem agora estar tentando compensar a falha inicial com previsões ainda mais sombrias do que aquelas que os dados desenham. Segundo, nunca houve na história econômica uma reação anticrise tão vigorosa, rápida, global e coordenada como a que está em curso no mundo ocidental neste momento. Terceiro, a toda desaceleração se segue um período de recuperação, e desta vez não será diferente. Quarto, e mais relevante, os países emergentes — e em especial o Brasil — têm ainda a chance de ser os últimos a sofrer os efeitos da crise e os primeiros a sair dela. Para que, então, sofrer antes da hora?"http://veja.abril.com.br/101208/cartaleitor.shtmlA reportagem de CAPA foi motivada pela reação inesperada, talvez, de alguns atores e atrizes contra as cenas de nudez nas novelas e nos filmes brasileiros. Quando a nudez é aceitável? Quando ela é ofensiva? E quem decide isso? Quem a exibe ou quem a vê? A reportagem faz uma varredura cultural e histórica sobre essas questões, com conclusões surpreendentes — entre elas, a de que o puritanismo não segue uma linha evolutiva, digamos, de mais para menos roupa, de menor para maior permissividade. Não. Cada cultura em cada era tem sua etiqueta e suas formalidades.http://veja.abril.com.br/101208/p_148.shtmlRELIGIÃO. Concorreu para capa, e quase venceu, a revelação para o leitor brasileiro de que o Vaticano suspeita de fraudes em um dos maiores fenômenos de massa do catolicismo contemporâneo, as aparições de Nossa Senhora no céu de Medjugorje, vilarejo no sul da Bósnia-Herzegovina. Nossa Senhora de Medjugorje tem pelo menos 1 milhão de adoradores no Brasil e atrai anualmente 2 milhões de peregrinos ao local das aparições, que agora são colocadas em séria dúvida pela mais alta hierarquia da Igreja Católica.http://veja.abril.com.br/101208/p_094.shtmlVEJA foi ao Paraguai para tentar entender a real situação dos 'brasiguaios' e os encontrou em situação terrível. Os brasileiros que foram ganhar a vida no país vizinho são vítimas de perseguições e suas terras são invadidas sem que as autoridades paraguaias se mexam para evitar os ataques ou punir os culpados. Enquanto isso, na capital, Assunção, urde-se um plano oficial para forçar a volta ao Brasil do meio milhão de brasileiros donos de casas e fazendas no Paraguai.http://veja.abril.com.br/101208/p_106.shtmlDe Nova York, o correspondente André Petry enviou uma reportagem que compara a vida de políticos brasileiros e americanos encrencados com a JUSTIÇA. Os americanos podem perder o cargo e ir para a cadeia pelos menores deslizes — basta, por exemplo, serem pegos em uma mentira. Perto disso, os políticos brasileiros são praticamente inimputáveis.http://veja.abril.com.br/101208/p_082.shtmlQue Carlos Minc, ministro do Meio Ambiente, é um exibicionista, todo mundo sabe. Mesmo assim a entrevista dele nas PÁGINAS AMARELAS vai surpreender. Para ele, aparecer é uma estratégia, um método.http://veja.abril.com.br/101208/entrevista.shtmlComo está sendo o atendimento às vítimas e como será feita a reconstrução das cidades de Santa Catarina destruídas pelas enchentes das últimas semanas? Uma reportagem mostra que o espírito de solidariedade dos brasileiros é mesmo insuperável e alerta para que não se cometam os mesmos erros de reconstruções passadas que acabaram em acusações de fraude e desvio de dinheiro.http://veja.abril.com.br/101208/p_132.shtmlVEJA.com explica em www.veja.com.br/perguntas o que é e quais são os sintomas da leptospirose, a doença que mais facilmente se alastra em inundações como a que atingiu os catarinenses.Extraordinário o relato sobre as ossadas fósseis de 4.600 anos encontradas na Alemanha do que é a mais antiga FAMÍLIA. A reportagem mostra que a organização humana em núcleos familiares foi, talvez, a mais decisiva conquista evolutiva da espécie.http://veja.abril.com.br/101208/p_114.shtmlBem, meus caros, essas são as reportagens que escolhi para comentar nesta segunda edição da newsletter de VEJA em seu novo formato. A revista e o site trazem muitas outras surpresas.A imensa maioria das mensagens que recebi foi encorajadora, e elas me fizeram sentir como se reencontrasse amigas e amigos de quem há muito não tinha notícias. Alguns poucos leitores, no entanto, escreveram para dizer que gostavam mais da newsletter em seu formato original. Se você é um deles, acesse http://veja.abril.com.br/newsletter/newsletter.html.Se quiser mandar-me comentários, sugestões e críticas, por favor, use o endereço veja40anos@abril.com.br.Vou ler, mas não posso prometer responder a todos.Um forte abraço e até a próxima semana,Eurípedes AlcântaraDiretor de Redação----------------------------------------------Destaques de VEJA.comEm profundidadeCrise financeiraO que fazer quando o cenário econômico indica tempos difíceis? Especialistas são unânimes em algumas orientações, como saldar dívidas, não iniciar financiamentos a longo prazo e reduzir gastos ao máximo. A seção Em Profundidade, no entanto, traz uma série de reportagens que ajudam a tomar decisões em vários aspectos práticos nos próximos meses.http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/crise-financeira/index.htmlVestibularEspecialistas ouvidos por VEJA.com apontam os temas que devem ser abordados nos próximos exames. Além dos assuntos atuais, como biocombustível, crise dos alimentos e Machado de Assis, há tendências em cada disciplina. Conheça-as e prepare-se melhor para suas provas.http://veja.abril.com.br/vestibularQuem é quemKaká x Cristiano RonaldoO brasileiro foi eleito o melhor jogador do mundo na festa anual da Fifa em 2007. Já o jogador português é o grande favorito deste ano. Em campo, os dois têm em comum talento inquestionável para o futebol; fora dos gramados, porém, são completamente diferentes. Conheça mais sobre a vida profissional e pessoal de Kaká e Cristiano Ronaldo.http://veja.abril.com.br/quem/kaka-cristiano-ronaldo.shtmlPerguntas e respostasEscuta na linhaEntenda como funciona a atual legislação sobre grampos telefônicos e quais são as mudanças propostas pela nova lei que será avaliada na Câmara.http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/grampos-telefonicos/escuta-telefonica-espionagem-investigacao-lei-policia-cpi.shtml------------------------------------------------Para cancelar o recebimento deste boletim, acesse http://veja.abril.com.br/pst/newsletter.------------------------------------------------http://www.veja.com.br

Uol cultura

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BOLETIM SEMANAL
Sábado, 6 de dezembro de 2008


TVEnqueteEscolha o que aconteceu de melhor em 2008 na televisão brasileira
Musas dos 60 e 70Livros contam histórias de Liv Ullman e Leila Diniz
"Megashow"Veja apresentação exclusiva da banda mineira Skank
Bienal de SPManifestação promete "enterro" de curadores


"Segall Realista"Lasar Segall é tema de exposição no RJ até 8 de fevereiro

Caixa CulturalPinturas revelam nuances e contrastes do universo feminino


Produtos inovadoresMuseu da Casa Brasileira expõe vencedores de concurso de design

Revista Veja

SEXTA-FEIRA5 de dezembro de 2008


Eurípedes AlcântaraDiretor de redação
Caro leitor,
Obrigado mais uma vez por nos receber em seu computador.
Temos uma edição de VEJA empolgante nesta semana.
• A CARTA AO LEITOR faz referência a uma reportagem da revista sobre empresários do setor automobilístico que encontram motivos para estar otimistas com a economia brasileira, apesar das ameças da crise: "Há razões, se não para otimismo, pelo menos para um saudável realismo. Primeiro, se alguns analistas foram tímidos em prever as dimensões do desastre financeiro que de Wall Street se espalhou pelo mundo, muitos deles podem agora estar tentando compensar a falha inicial com previsões ainda mais sombrias do que aquelas que os dados desenham. Segundo, nunca houve na história econômica uma reação anticrise tão vigorosa, rápida, global e coordenada como a que está em curso no mundo ocidental neste momento. Terceiro, a toda desaceleração se segue um período de recuperação, e desta vez não será diferente. Quarto, e mais relevante, os países emergentes — e em especial o Brasil — têm ainda a chance de ser os últimos a sofrer os efeitos da crise e os primeiros a sair dela. Para que, então, sofrer antes da hora?"
• A reportagem de CAPA foi motivada pela reação inesperada, talvez, de alguns atores e atrizes contra as cenas de nudez nas novelas e nos filmes brasileiros. Quando a nudez é aceitável? Quando ela é ofensiva? E quem decide isso? Quem a exibe ou quem a vê? A reportagem faz uma varredura cultural e histórica sobre essas questões, com conclusões surpreendentes — entre elas, a de que o puritanismo não segue uma linha evolutiva, digamos, de mais para menos roupa, de menor para maior permissividade. Não. Cada cultura em cada era tem sua etiqueta e suas formalidades.
• RELIGIÃO. Concorreu para capa, e quase venceu, a revelação para o leitor brasileiro de que o Vaticano suspeita de fraudes em um dos maiores fenômenos de massa do catolicismo contemporâneo, as aparições de Nossa Senhora no céu de Medjugorje, vilarejo no sul da Bósnia-Herzegovina. Nossa Senhora de Medjugorje tem pelo menos 1 milhão de adoradores no Brasil e atrai anualmente 2 milhões de peregrinos ao local das aparições, que agora são colocadas em séria dúvida pela mais alta hierarquia da Igreja Católica.
• VEJA foi ao Paraguai para tentar entender a real situação dos brasiguaios e os encontrou em situação terrível. Os brasileiros que foram ganhar a vida no país vizinho são vítimas de perseguições e suas terras são invadidas sem que as autoridades paraguaias se mexam para evitar os ataques ou punir os culpados. Enquanto isso, na capital, Assunção, urde-se um plano oficial para forçar a volta ao Brasil do meio milhão de brasileiros donos de casas e fazendas no Paraguai.
• De Nova York, o correspondente André Petry enviou uma reportagem que compara a vida de políticos brasileiros e americanos encrencados com a JUSTIÇA. Os americanos podem perder o cargo e ir para a cadeia pelos menores deslizes — basta, por exemplo, serem pegos em uma mentira. Perto disso, os políticos brasileiros são praticamente inimputáveis.
• Que Carlos Minc, ministro do Meio Ambiente, é um exibicionista, todo mundo sabe. Mesmo assim a entrevista dele nas PÁGINAS AMARELAS vai surpreender. Para ele, aparecer é uma estratégia, um método.
• Como está sendo o atendimento às vítimas e como será feita a reconstrução das cidades de Santa Catarina destruídas pelas enchentes das últimas semanas? Uma reportagem mostra que o espírito de solidariedade dos brasileiros é mesmo insuperável e alerta para que não se cometam os mesmos erros de reconstruções passadas que acabaram em acusações de fraude e desvio de dinheiro.
• VEJA.com explica em www.veja.com.br/perguntas o que é e quais são os sintomas da leptospirose, a doença que mais facilmente se alastra em inundações como a que atingiu os catarinenses.
• Extraordinário o relato sobre as ossadas fósseis de 4.600 anos encontradas na Alemanha do que é a mais antiga FAMÍLIA. A reportagem mostra que a organização humana em núcleos familiares foi, talvez, a mais decisiva conquista evolutiva da espécie.
Bem, meus caros, essas são as reportagens que escolhi para comentar nesta segunda edição da newsletter de VEJA em seu novo formato. A revista e o site trazem muitas outras surpresas.
A imensa maioria das mensagens que recebi foi encorajadora, e elas me fizeram sentir como se reencontrasse amigas e amigos de quem há muito não tinha notícias. Alguns poucos leitores, no entanto, escreveram para dizer que gostavam mais da newsletter em seu formato original. Se você é um deles, clique aqui.
Se quiser mandar-me comentários, sugestões e críticas, por favor, use o endereço veja40anos@abril.com.br.
Vou ler, mas não posso prometer responder a todos.
Um forte abraço e até a próxima semana,
Eurípedes AlcântaraDiretor de Redação
Destaques de VEJA.com
Em profundidadeCrise financeiraO que fazer quando o cenário econômico indica tempos difíceis? Especialistas são unânimes em algumas orientações, como saldar dívidas, não iniciar financiamentos a longo prazo e reduzir gastos ao máximo. A seção Em Profundidade, no entanto, traz uma série de reportagens que ajudam a tomar decisões em vários aspectos práticos nos próximos meses.
VestibularEspecialistas ouvidos por VEJA.com apontam os temas que devem ser abordados nos próximos exames. Além dos assuntos atuais, como biocombustível, crise dos alimentos e Machado de Assis, há tendências em cada disciplina. Conheça-as e prepare-se melhor para suas provas.
Quem é quemKaká x Cristiano RonaldoO brasileiro foi eleito o melhor jogador do mundo na festa anual da Fifa em 2007. Já o jogador português é o grande favorito deste ano. Em campo, os dois têm em comum talento inquestionável para o futebol; fora dos gramados, porém, são completamente diferentes. Conheça mais sobre a vida profissional e pessoal de Kaká e Cristiano Ronaldo.
Perguntas e respostasEscuta na linhaEntenda como funciona a atual legislação sobre grampos telefônicos e quais são as mudanças propostas pela nova lei que será avaliada na Câmara.
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Glória inicia os trabalhos

Jogadores do Glória iniciam treinos
Dirigentes reforçaram a ideia de voltar a primeira divisão
A partir dessa terça-feira,13/01, iniciam os treinos físicos no Estádio Altos da Glória. A apresentação do grupo ocorreu nessa segunda-feira com expressiva presença de dirigentes e conselheiros no vestiário. O técnico Bagé deu as boas vindas e reassumiu o compromisso de colocar o Glória novamente na elite do futebol gaúcho. O presidente Luis Eugênio Bortolon acrescentou que está sendo firmado um pacto entre direção e jogadores em busca do objetivo de voltar a elite do Gauchão. Dois atletas que haviam sido anunciados na semana passada não compareceram nessa segunda-feira. O lateral Marcelo Müller foi emprestado ao Ypiranga de Erechim e o lateral Teco acertou com outro clube. O preparador físico Zeca Ferreira inicia nesta terça as atividades dessa primeira etapa de treinamentos.
Rádio Fátima (Jornalismo), 13/01/2009, 09h04

Semana da Mulher

Iniciam os preparativos para a Semana Municipal da Mulher
A terceira edição será realizada no início do mês de Março
Entidades como Rotary Club Vacaria dos Pinhais, UCS, Uergs, Liga Feminina de Combate ao Câncer, Secretarias Municipais de Saúde e Educação, entre outras apóiam a realização da Terceira Semana Municipal da Mulher. O evento deverá ser realizado de 02 a 09 de março. Nesta segunda-feira,12/01, as representantes das entidades reuniram-se no plenário da Câmara de Vereadores para começar a definir as atividades da semana. Temas como a gravidez na adolescência deverão ganhar destaque. Na próxima segunda-feira serão definidos as palestrantes da Semana. Uma das atividades já programadas será a realização de uma ação comunitária no Mercado Público.
Rádio Fátima (Jornalismo), 13/01/2009, 11h42

Destaque Vermelho Dezembro 2008 dia 4

DESTAQUES DA EDIÇÃO DE HOJE DO PORTAL VERMELHO


A crise e suas conseqüênciasJosé Luis Fiori: O fantasma das rebeliõesPara o professor titular do Instituto de Economia da UFRJ, o mundo atual é cenário de várias regiões que se transformaram em "zonas de fratura" internacional, verdadeiros "tabuleiros geopolíticos" com alto teor de animosidade. Para Fiori, mais do que a crise econômica, o risco de rebeliões incontroláveis ao redor do planeta é o principal temor daqueles que controlam os destinos do planeta.


Cruvinel e Franklin em SPMídiaUm ano depois, TV Brasil inaugura canal em SPDesde a noite desta terça-feira, emissora é a primeira TV pública a transmitir em tecnologia digital para todo o estado de São Paulo. Na opinião do ministro Franklin Martins, pluralidade já é a principal marca de sua programação.


PetrobrasSergio Gabrielli desmente Globo e Miriam LeitãoO presidente da Petro-bras põe a colunista das Organizações Globo no devido lugar, exige que ela faça comentários ''baseados em fatos, não em informações inverídicas'' e esclarece o empréstimo da estatal junto à CEF.



CriseVale demite 1.300 e põe em férias outros 5.500 funcionáriosA Companhia Vale do Rio Doce anunciou nesta quarta-feira a demissão de pouco mais de 2% do total de trabalhadores da empresa em todo o mundo, em virtude da redução de encomendas de diversas siderúrgicas.



Chuvas, solidariedade e os desafios para o futuro
Fatima OliveiraLembranças de uma cozinha e da primeira galinha cheia Osvaldo BertolinoJohn Reed: leitura obrigatória nestes tempos bicudos João Quartim de Moraes Volta Redonda, vinte anos (1) Eron BezerraAlternativas para a Amazônia Samuel Sérgio SalinasA Grande Depressão, segundo Galbraith
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Cem anos da Umbanda

25/11/2008


Em 2008, a religião umbandista completa, oficialmente, cem anos. Uma religião que ainda sofre com o preconceito, a perseguição e a intolerância diante do desconhecimento de suas práticas e da forma como sua fé se expressa. “Os membros da umbanda preferem se abraçar numa árvore, colocar a cabeça numa cachoeira, banhar-se nas águas do mar e do rio, preferem o contato com aquilo que é a natureza viva, porque acreditam que ela é o Deus vivo”, contou-nos Pai Guimarães, presidente da Associação Brasileira dos Templos de Umbanda e Candomblé, em entrevista à IHU On-Line, realizada por telefone. Ele relata os desafios que a umbanda enfrenta hoje, reflete acerca do desenvolvimento da religião ao longo desses cem anos e fala também sobre a presença da mulher dentro da religião: “ela é a força, a estrutura, a mãe”, conclui.
Pai Guimarães tem 43 anos, é pai de sete filhos e é casado com Roseli Roman que, segundo ele, o “ajuda diariamente nas atividades e na luta dos ideais e sonhos”. Há 25 anos é sacerdote umbandista e desde 1999 dirige o Templo de Umbanda Estrela Guia. É, atualmente, presidente da Associação Brasileira dos Templos de Umbanda e Candomblé (Abratu).
Confira a entrevista.
IHU On-Line – Que reflexões podemos fazer pensando nos cem anos da umbanda?
Pai Guimarães – A umbanda está comemorando os seus cem anos, porém ela não tem somente um centenário de exercício e prática religiosa no Brasil. Lembramos a história de vida de Zélio de Moraes [1] por se tratar, na época, de um jovem adolescente, de uma família nobre de uma cidade do interior, que assumiu publicamente a condição da sua espiritualidade. Esse foi um momento histórico, mas que só foi reconhecido ao longo da sua vida, por todo o trabalho que ele desenvolveu, detonando toda uma nova realidade e trabalhos que começaram a construir a identidade da umbanda e, também, do início de uma construção administrativa e jurídica.
Sempre gosto de dizer que, da mesma forma que a humanidade não tem 2008 anos, guardadas as devidas proporções, a umbanda já realizava suas atividades, já tinha uma propagação e várias pessoas já praticavam a religião, mas não sabiam identificar aquela semeadura. Graças à atuação de Zélio de Moraes, a umbanda foi se propagando e as pessoas criando a sua identidade religiosa. A umbanda está cada vez mais organizada, estruturada, buscando eliminar as diferenças. As novas gerações, que estão dando sustentabilidade para a religião no Brasil, entendem e compreendem que grandes avanços aconteceram, principalmente nos últimos dez anos.
IHU On-Line – Qual é a presença da umbanda hoje no mundo?
Pai Guimarães – A umbanda está se “esparramando” . Sabemos que, atualmente, temos templos estabelecidos no Japão, em Portugal, na Holanda e nos Estados Unidos. A umbanda não tem papa, bispo, nenhuma hierarquia administrativa religiosa. Ela é uma religião horizontal, familiar, não estruturada para crescer em grandes templos. A umbanda é uma religião comunitária, atua junto à sociedade. Por isso, às vezes, num mesmo bairro, você encontra até três casas que trabalham com grupos distintos. Ainda assim, ela vem se multiplicando e crescendo de uma forma, às vezes, até um pouco preocupante.
IHU On-Line – E quais são as diferenças entre umbanda e quimbanda?
Pai Guimarães – A quimbanda é uma atuação negativa da utilização da magística, da magia e da espiritualidade. Ela trabalha com o baixo astral, com uma necessidade onde o parâmetro doutrinário e religioso não é seguido e respeitado. Podemos falar até de uma ausência de parâmetros. Se a pessoa não sabe lidar com essa banda, ela acaba se prejudicando e prejudicando os outros. Se souber usar, pode ajudar. Mas a quimbanda está praticamente em extinção no meio espiritualista.
IHU On-Line – Qual a contribuição do cristianismo para a umbanda?
Pai Guimarães – O cristianismo mais distorceu e forçou uma situação por conta da sua imposição desde a época da colonização e da escravização dos índios e dos negros. Mas tanto negros quanto índios tiveram que usar muita criatividade para poder continuar louvando e reverenciando as suas divindades ou seus deuses, como os padres gostavam de dizer naquela época. Na verdade, não são deuses, mas energias divinas que se manifestam através da natureza e que representam, na sua individualidade, uma parcela daquilo que é a força de Deus, o nosso criador. Dentro dessa criatividade, associaram as energias aos santos. De acordo com a história do santo, faziam a identificação e um sincretismo com aquilo que era da sua fé. Acredito que não existe uma contribuição, mas um sincretismo, principalmente em relação a São Jorge, que é comparado ao orixá Ogum.
IHU On-Line – Nos últimos anos, segundo o censo, o número de umbandistas foi reduzido. A que se deve isso, em sua opinião?
Pai Guimarães – Essa afirmação traz um erro muito grande, porque não analisa, na verdade, uma questão social e uma questão de intolerância. Eu coloco dois pontos importantes que fundamentam isso: há 20 anos, não tínhamos, no Brasil, as religiões eletrônicas que promovem uma grande distorção e desmerecimento das religiões de matrizes africanas, associando essas religiões – principalmente a umbanda e o candomblé – a cultos de magia negra, bruxaria e macumbaria. Há duas décadas, vivíamos um momento em que as pessoas não tinham constrangimento, não sofriam essa perseguição implacável. Então, a pessoa ia ao terreiro, conversava com o preto velho, com o caboclo, com o Exu, e, quando via alguém da casa dele ou um amigo com problemas, sentia-se à vontade para comentar a sua experiência.
Hoje, diante da intolerância dessas religiões eletrônicas e de toda uma situação criada por esse poder de mídia e de imposição social através de leis que constrangem, criadas por alguns vereadores e deputados, a umbanda sofre com o preconceito. Também contribui para esse sentimento o poder financeiro que as religiões neopentecostais conquistaram. Se o umbandista concorrer a um emprego e se apresentar crente desta religião, e o gerente da empresa for evangélico, ele corre o risco de ser mandado embora, de ser o primeiro da lista de corte. Se ele comentar sobre sua religião numa roda de amigos, acaba sendo discriminado, perseguido e excluído. Existem famílias hoje que estão se dividindo em função dos ensinamentos religiosos das igrejas neopentecostais, pois através desses ensinamentos elas promovem o rompimento familiar, ao invés de estimular o fortalecimento da família, que é o verdadeiro templo de Deus.
A família é o templo Sagrado. Deus ali semeia todo o seu amor, todo o seu carinho. Só que há hoje religiões que pregam que, se o filho freqüenta o que eles chamam de bruxaria, ele deve ser expulso do lar, pois está com o demônio. E, se o filho tem um pai e uma mãe que freqüentam a umbanda e o candomblé, ele precisa sair de casa, porque não pode conviver com essas pessoas. Isso tem levado ao rompimento de famílias, à perda de emprego, à não manifestação da sua fé. Então, hoje, 25% da população brasileira se declara umbandista, só que é uma comunidade que freqüenta os terreiros em silêncio. O máximo que eles dizem, quando se apresentam, é que são espíritas.
Hoje existe um movimento dentro da comunidade de que temos que nos apresentar como umbandistas, trajar-nos como umbandistas, porque somente dessa forma nós iremos fazer com que haja uma convivência pacífica e de aceitação. Exatamente o que o negro fez, o que o homossexual fez. A umbanda hoje luta para aparecer, porque ela não encolheu, mas cresceu e se escondeu. Essa informação de algumas pesquisas não leva em consideração a atual realidade de intolerância religiosa e de perseguição implacável que as religiões eletrônicas fazem em cima das religiões afro-brasileiras.
IHU On-Line – Por que, em sua opinião, a umbanda é tão estigmatizada por outras religiões?
Pai Guimarães – Infelizmente, o ser humano tem uma facilidade muito grande de se ater mais ao aspecto negativo do que ao aspecto positivo das situações e a dar muito mais atenção àquilo que é folclórico, escandaloso. Então, com o poder que essas religiões têm, elas apresentam um umbandista que não é o verdadeiro. Assim, eles brincam com a fé das pessoas, tentam manipular e acabam cometendo um crime, que é o estelionato da fé. Há 30 anos, tínhamos que pedir permissão para fazer nossos cultos. Essa situação fez com que as pessoas, ao longo do tempo, fossem tendo uma visão distorcida da verdadeira prática da umbanda. A religião é associada, por conta dessa propaganda enganosa, a rituais macabros, a sacrifícios de animais e de crianças. Faz um mês que um deputado evangélico afirmou que a umbanda faz sacrifício de animais. Ou seja, ele é uma pessoa que desconhece totalmente a liturgia e a ritualística umbandista para fazer uma afirmação dessas dentro de uma casa de lei.
A umbanda é uma religião que prega o amor ao próximo, o amor à família, o respeito à vida e que enxerga na natureza a força de Deus presente em nós. Gosto de dizer que respeito a fé católica e a fé evangélica, os seus instrumentos e a forma como se ligam a Deus. Se eles encontram na Bíblia o amparo necessário para poderem estar perto de Deus, nós devemos respeitar, e respeitamos. Só que os membros da umbanda preferem se abraçar numa árvore, colocar a cabeça numa cachoeira, banhar-se nas águas do mar e do rio, preferem o contato com aquilo que é a natureza viva, porque acreditam que ela é o Deus vivo, já que Deus é o criador de tudo e de todos. Nós somos uma fagulha, uma parte desse todo. Então, quanto mais em contato com esse todo nós estivermos, mais em contato com Deus estaremos.
IHU On-Line – Qual é o papel da mulher na umbanda?
Pai Guimarães – O papel da mulher na umbanda é fundamental, hoje. Mais de 80% dos participantes da religião são mulheres. Elas são muito mais dedicadas e sensíveis. Como a umbanda é uma religião muito familiar, a mulher é importante para a sua base. De cada dez templos umbandistas, cerca de sete são comandados por mulheres. A figura feminina, dentro da comunidade, é a força, é a estrutura, é a mãe.
Notas:
[1] Zélio Fernandino de Morais é considerado o anunciador da umbanda. Historicamente, Zélio foi o fundador da umbanda, porém, antes disso, existiram diversas formas de culto que se desenvolveram antes de ele fazer a anunciação, em 1908. Nascido em família tradicional, em Neves, distrito de São Gonçalo, aos 17 de idade, Zélio preparava-se para o ingresso na carreira militar, na Marinha do Brasil, quando foi acometido por uma inexplicável paralisia, que os médicos não conseguiam debelar. Certo dia, ergueu-se no leito, declarando: "Amanhã estarei curado!". No dia seguinte, de fato, levantou-se normalmente e voltou a caminhar, como se nada lhe houvesse acontecido: os médicos não souberam explicar o ocorrido. Os seus tios, padres da Igreja Católica, surpreendidos, também não souberam explicar o fenômeno. Um amigo da família, então, sugeriu uma visita à Federação Espírita do Estado do Rio de Janeiro (então sediada em Niterói), presidida, na ocasião, por José de Souza. Na ocasião, manifestou-se por intermédio de Zélio a entidade que se denominou Caboclo das Sete Encruzilhadas, que anunciou a fundação de uma nova religião no Brasil: a umbanda. Foi fundada, no dia seguinte, em virtude dessa manifestação, a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade.

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Destaque Vermelho Dezembro 2008

DESTAQUES DA EDIÇÃO DE HOJE DO PORTAL VERMELHO


Trabalhadores se unemEfeitos da criseReportagem revela medo e trapaça na GM de São CaetanoNas sedes brasileiras da gigante norte-americana já é possível sentir os efeitos da crise financeira. Seus funcionários, no entanto, estão prontos para enfrentá-la. Por Priscila Lobregatte.


EconomiaLula estuda limitar autonomia do Banco Central sobre jurosO presidente Luiz Inácio Lula da Silva aguardará a decisão do Banco Central nesta semana sobre a taxa de juros para tomar uma decisão mais importante. Lula estuda agora uma eventual interferência política pública e assumida para forçar uma queda da taxa básica de juros caso o BC insista em manter os juros no atual patamar ou não sinalize que baixará a taxa em 2009.



EconomiaNo meio da crise, inverter a lógicaGilberto Maringoni lembra de um exemplo de "ousadia conser-vadora" da 2ª Guerra Mundial para fazer um paralelo com a lógica pouco compreensível do Copom em relação à taxa de juros, que será debatida novamente esta semana.



Relações bilateraisValter Pomar: A linha do Equador"Todo apoio ao governo do Equador contra uma empreiteira que construiu uma obra com imensos problemas. Mas é preciso agir de maneira a punir a empreiteira, não o BNDES", defende, em artigo, o secretário de Relações Internacionais do PT.


Chuvas, solidariedade e os desafios para o futuro
Carlos PompeVendo o Senado – Recuo governamental Antônio Augusto de QueirozSucessor de Lula depende do resultado da crise Eduardo Bomfim A dívida social Cloves Geraldo"O Silêncio de Lorna": O Estima do Imigrante João Guilherme Vargas NettoViva a 5ª Marcha
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News Negra

Ainda acredito no trabalho de formiguinha dentro do moivmento negro. Quem diaria a alguns poucos anos atrás que num Estado racista como é o RS nós teriamos vitórias como está? Estes trabalhos individuaisu, que as vezes nós militantes de organizações não entendemos, também estão ajudando a mudar a consciência de nosso povo.Taí uma forma de implementação da Lei 10.639/2003, temos muito ainda a fazer, mas aos poucos vamos rompendo com os espaços.Força e paz a todas e todos.Se 2008 melhorou, faremos melhor em 2009, 2010, 2011........ ......... .........Axé.
José Antonio dos Santos da Silva51.9179240453.99491618www.joseantoniodoss antosdasilva. bolgspot. com
Em 08/12/2008 15:04, ">Heitor Carlos Porto Alegre escreveu:

No dia 21 de novembro eu fui buscar meu guri, que é excepcional, na ACM e falando com sua professora ela me disse que as atividades do dia, pelo menos para a turma dele (a Arara) tinha sido... dançar musica africana em virtude da semana da Consciencia Negra... e fiquei pensando, finalmente alguem se interessa (num estado Branco) pela Cultura Negra.
Essa semana da festa de final de ano da ACM-Zona Norte, onde meu pimpolho estuda, é que caiu a ficha, o Diretor da ACM é o Luis Fernando, esse lá no meio da foto que fala aos pais.... ou seja, a ACM tem um diretor negro... não é mulato, não é escurinho... é negro mesmo!.
Luis Fernando me falou que é diretor a partir de matade de 2005, portanto 2 anos e meio. Logo... parabéns ACM e parabens Luis Fernando!!!!
HEITOR (((((º_º))))) CARLOS http://portodoscasa is.blogspot. com/ ............ ......... ......... .

Veja Porto Alegre



9 a 15 de dezembro de 2008

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Encontre na cidade: Restaurantes Bares Comidinhas Cinema Teatro
1

DANÇA A Fantástica Loja de Brinquedos O Teatro do Bourbon Country apresenta na terça (9) o espetáculo A Fantástica Loja de Brinquedos. No saguão haverá arrecadação de brinquedos para entidades carentes.
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TEATRO Antígona BR O diretor Jessé Oliveira e o Grupo Caixa-Preta idealizaram esta a peça que recria alguns clássicos da dramaturgia. Eles utilizam tragédias como Édipo Rei e Sete Contra Tebas para dar vida a uma nova proposta. Terça (9), no Theatro São Pedro.
3

SHOWS Pedro Luis e A Parede A banda faz show na quarta (10) no Teatro do Bourbon Country, com participação especial de Roberta Sá. No repertório, as músicas do novo CD, Ponto Enredo, o sexto da carreira.
4

EXPOSIçõES Possibilidades da arte contemporânea A exposição Lugares Desdobrados, em cartaz na Fundação Iberê Camargo, traz obras inéditas de Elaine Tedesco, Karin Lambrecht e Lucia Koch. Elas representam três possibilidades artísticas na corrente atual da arte.
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SHOWS Cinco anos de O Teatro Mágico Em um show nesta quinta (11), no Bar Opinião, a trupe celebra cinco anos de existência. O repertório é formado por canções dos dois CDs, Entrada Para Raros e O Segundo Ato, que têm influências de rock, MPB, maracatu e eletrônico.
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EXPOSIÇÕES Um Mundo a Perder de Vista: Guignard A produção de Alberto da Veiga Guinard entre os anos de 1929 e 1961 é retratada na mostra da Fundação Iberê Camargo. São 43 obras que trazem o olhar do artista fluminense sobre as paisagens.
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SHOWS Lenine no Bourbon Country O cantor e compositor apresenta seu novo álbum, Labiata, nesta sexta (12) no Bourbon Country. As músicas são autorais e abordam temas como o amor e a preocupação com o meio-ambiente.
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TEATRO Porto Alegre recebe Doce Deleite A comédia musical com direção de Marília Pêra transita pelo próprio mundo do teatro e fica em cartaz sábado (13) e domingo (14) no Bourbon Country. No elenco estão Reynaldo Gianecchini e Camila Morgado.
9

CINEMA Carga Explosiva 3 No filme, dirigido por Olivier Megaton, o carrancudo Frank Martin tem de escoltar Valentina de Marselha, na França, até Odessa. Ela é a filha seqüestrada de Leonid Vasilev, chefe da Agencia de Proteção Ambiental da Ucrânia.
10

SHOWS Último show do Domingo no Átrio Vitor Ramil faz o show de encerramento do projeto promovido pelo Santander Cultural, no domingo (14). O cantor e compositor tem no roteiro as músicas dos quatro últimos discos da carreira.
11

CINEMA Madagascar 2 Na segunda parte da saga, os quatro amigos vão parar na savana africana numa nova tentativa de voltar para o zoológico de Nova York. A confusão começa de verdade quando o leão Alex reencontra sua família.

Casa das Áfricas


Economia
Abertura comercial para a Europa, um caso de amor cego
Stanley Kwenda
Os governos africanos negociam “às cegas” acordos de associação econômica (EPA) para liberar o comércio, sem se esforçarem para informar a população sobre o que discutem. Os EPA são criticados por abrirem muito rapidamente os mercados africanos às importações da UE, destruindo a produção agrícola e industrial local. Também são criticadas suas cláusulas para a liberação do setor de serviços e a exigência de igual tratamento por parte dos governos às companhias nacionais e estrangeiras. Se um país africano busca financiamento para construir uma represa, respondem que para conseguir o dinheiro devem assinar os EPA. Teve lugar na semana passada na capital do Zimbábue, Harare, uma conferência para dar aos participantes um claro panorama sobre como opera a economia de um país no contexto global. “Queremos ajudá-los a entender o mercado internacional” , disse à IPS o diretor da Zimcodd, Dakarayi Matanga. Leia mais
Artigos relacionados
Agressiva agenda comercial da União Européia na África Umoya
Europa redescobre África: compete por matérias primas com EUA e China Richard RenardDe.Casa das Africas (boletim@casadasafri cas.org.br)__._,_.___

Direitos Humanos

10/12/2008, quarta-feira, às 19:30h"Direitos Humanos, e daí?"Comemoração dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos HumanosPalestrantes:Nilmário Miranda, jornalista, foi Dep. Est. em MG e Dep. Fed. pelo PT,ocupou o cargo de Presidente daComissão de Direitos Humanos da Câmara.Paulo Henrique Fagundes, advogado do Grupo Tortura Nunca Mais/RJ, ex-membroda Comissão dosDireitos Humanos da OAB-RJ, ex-conselheiro Estadual dos Direitos da Criançae do Adolescente -RJ(CEDCA-RJ).Exposição "Maioridade do ECA: contribuindo com a luta pelo respeito aosdireitos das crianças edos adolescentes".Local: Auditório SESC Ribeirão Preto - Rua Tibiriça, 50 - CentroRealizadores:· Conselho Reg. Psicologia de Ribeirão Preto· CEDHEP· Ciranda em Defesa da Educação· CRESS de Ribeirão Preto· Seminário GRAMSCI· LBVApoio: SESC - Ribeirão Preto P Antes de imprimir, pense na sua responsabilidade com o meio ambiente.

Destaque Vermelho Dezembro 2008

DESTAQUES DA EDIÇÃO DE HOJE DO PORTAL VERMELHO


A indústria ocupadaContra a criseEUA: tomada de fábrica por operários vira luta nacionalTomada de uma fábrica por seus trabalhadores demitidos, em Chicago, virou um símbolo de que o resgate do setor financeiro não se traduziu em um apoio para as maiorias.


Decisão sobre jurosJô Moraes: "A quem Meirelles está servindo?"É esta a pergunta que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, irá responder até esta quarta-feira ao definir a taxa básica de juros, segundo a deputada federal e líder do PCdoB na Câmara, Jô Moraes (MG). Em discurso na Câmara, ao referir-se à reunião do Copom, a parlamentar destacou que "o momento vivido pela Nação brasileira não comporta disputa menores, político-eleitorais, com vistas a 2010".



Data históricaArgentina comemora os 25 anos do retorno à democraciaGoverno, partidos políticos, sindicatos e a sociedade civil celebrarão nesta quarta-feira o 25º aniversário do fim da ditadura que deixou mais de 30 mil mortos e desaparecidos.



PIBBrasil é o único a crescer entre os 20 mais ricos do mundoApesar de já sentir alguns reflexos da crise financeira, país é o único entre as 20 maiores economias que teve avanço maior de julho a setembro do que nos três meses anteriores.


Os "pára-quedas de ouro" da crise
Augusto BuonicoreViva a União da Juventude Patriótica! Odair RodriguesO machismo vence na Globo Fatima Oliveira Ainda saudosa da cozinha no sertão, apesar da trabalheira Eron BezerraQuem desmata a Amazônia? Carlos PompeVendo o Senado – Recuo governamental
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Veja Porto Alegre



16 a 22 de dezembro de 2008

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Encontre na cidade: Restaurantes | Bares | Comidinhas | Cinema | Teatro

1
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SHOWS
Ensaio aberto do Tradisons
Na terça (16) o grupo faz seu último ensaio aberto de 2008 na Usina do Gasômetro. Os 12 integrantes mostram suas pesquisas com músicas folclóricas de diferentes partes do mundo.


2
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SHOWS
Yamandu Costa e o Chorinho
O encontro do violonista com o grupo Choro Rasgado acontece no Teatro da Amrigs, na quarta (17). O roteiro inclui clássicos de Pixinguinha, Jacob do Bandolim e Ernesto Nazareth, entre outros.


3
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SHOWS
Planta e Raiz no Opinião
A banda de reggae, que já se apresentou ao lado de Gregory Isaacs e The Wailers, faz show na quarta (17) no Bar Opinião. Em fase de produção do novo CD, apresenta canções de dez anos de carreira.


4
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DANÇA
Projeto de dança contemporânea
O espetáculo Percurso Infinito é uma montagem com música ao vivo, com base em performances urbanas. A apresentação é na quinta (18), na Praça da Alfândega, e o público é convidado a registrar tudo.


5
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CINEMA
Crepúsculo
No filme de Catherine Hardwicke, com estréia prometida para sexta (19), Bella muda de cidade com seu pai. Na nova escola, ela se apaixona por Edward, um dos cinco filhos de uma família de vampiros.


6
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DANÇA
II Mostra De Dança
O Teatro Bruno Kiefer recebe na sexta (19) apresentações de grupos importantes do Estado, como Ballet Vera Bublitz (foto), Ballet Chemale, Studio Cris Fragoso e Ballet Concerto. Informações: (51) 3221-7147.


7
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EXPOSIÇÕES
Nós da Gravura
Na Fundação Ecarta são expostas obras de Fernanda Soares (foto), Jane Machado e Yara Baungarten. Elas trabalham com gravuras e foram escolhidas por representarem vertentes da arte contemporânea.


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SHOWS
Pedrinho Silveira na Ecarta
O cantor, acompanhado por teclado, baixo e bateria, faz uma homenagem aos 50 anos da bossa nova com sucessos dos principais compositores do movimento. A apresentação, na Fundação Ecarta, acontece no sábado (20).


9
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SHOWS
Guilherme Arantes
O cantor e compositor encerra a série dos Concertos Comunitários Zaffari, domingo (14), no Parque Moinhos de Vento. Dos 30 anos de carreira ele lembra sucessos como Planeta Água e Cheia de Charme.


10
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CINEMA
Charlie Bartlett
O drama dirigido por Jon Poll conta a história de um adolescente que já foi expulso de todas as escolas por onde passou. No novo colégio, tem uma relação difícil com o diretor Gardner.

Viva Favela



Página inicial
REVISTA SEMANAL

Quinta-feira, 18 de Dezembro de 2008


Bicicletas de som


Pelas ruas da Baixada Fluminense, a bicicleta virou uma alternativa mais econômica do que os tradicionais carros de som. Ao invés de combustível, uma galera cheia de disposição que anuncia de tudo: lojas de roupas, documentos perdidos e até declarações de amor.
por Renata Sequeira

17/12/2008


Mulheres pela paz


Fruto de reivindicações de diversas moradoras de comunidades populares e ONGs, o governo federal deu início às atividades do Mulheres da Paz, projeto que dará suporte ao trabalho que muitas delas já desenvolviam nas comunidades levando informações aos jovens.
por Fabiana Oliveira

10/12/2008





Inscrições abertas para Projovem Adolescente
Interessados devem morar em Austin ou Comendador Soares


Ato protesta contra a morte de menino na Maré
Encontro será neste sábado


Programação gratuita em Duque de Caxias
Espetáculos são de circo, música, teatro e dança


Ingressos gratuitos para filme
Meu Brasil está em cartaz em Guadalupe e na Glória







Mande-nos sua opinião ou sugestão. Clique aqui



Maré de luto


Naldinho Lourenço é fotografo, morador da favela Baixa do Sapateiro, no Complexo da Maré, e foi um dos primeiros a registrar a morte de Matheus Rodrigues, de 8 anos. As imagens do jovem caído e segurando uma moeda mostram que a vida de um inocente vale muito pouco.
por Walter Mesquita

05/12/2008









Ditadura Militar

Hoje, dia 13 de dezembro de 2008, estamos relembrando os 40 anos quando foi editado o Ato Institucional nº 5. Um golpe dentro do golpe. Estavam abertas as portas para mais torturas, assassinatos, desaparecimento, perda de quaisquer garantias de direitos individuais ou coletivos. (O que já vinha sendo feito desde 1964)
Decidimos passar à vocês 3 Cartas O Berro no sentido de recuperar essa memória trágica da nossa vida de brasileiros. Um povo que não possui memória está fadado a recebê-la repetidamente. Onde estão nossos mortos e desaparecidos? Onde estão os arquivos dos torturadores que se escondem atrás das FF.AA.?
Serão 3 Cartas O BERRO. Este primeiro, o segundo com a cronologia do golpe e, o terceiro dos nossos mortos e desaparecidos (oficialmente).

1968 - ATO INTITUCIONAL Nº 5 (AI-5)

No final de 1968, a ditadura enfrentava enorme isolamento. As manifestações estudantis daquele ano haviam reduzido a quase zero o apoio do regime militar na classe média. As greves de Osasco e de Contagem, bem como a articulação do Movimento Intersindical contra o Arrocho, sinalizavam a retomada das lutas operárias, enquanto a oposição política, agrupada na Frente Ampla e no MDB, tornava-se mais crítica.

O isolamento acabou favorecendo o crescimento, dentro das Forças Armadas, da chamada “linha dura”, que passou a defender o fechamento político completo. No segundo semestre de 1968, essa corrente, que no meio civil era representada principalmente pelo ministro da Justiça, Luís Antônio da Gama e Silva (1913-1979), passou à ofensiva. Argumentando que o deputado Márcio Moreira Alves (MDB-GB) pronunciara um discurso ofensivo ao Exército, no qual, entre outras coisas, convocava as jovens brasileiras a não namorar oficiais pertencentes àquela corporação, exigiu da Câmara dos Deputados licença para que ele fosse processado, o que, na prática, significava a cassação de seu mandato. Diante da negativa dos parlamentares, o marechal Artur da Costa e Silva (1899-1969) editou em 13 de dezembro de 1968 o Ato Institucional de número 5, ou AI-5, simplesmente, que fechava temporariamente o Congresso Nacional, autorizava o presidente da República a cassar mandatos e suspender direitos políticos, suspendia indefinidamente o hábeas corpus e adotava uma série de outras medidas repressivas (O AI-5 só foi revogado em 1979, no final do governo do general Ernesto Geisel).

FERNANDO KITZINGER DANNEMANN
Publicado no Recanto das Letras
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músicas no tempo da ditadura


http://www.espacoacademico.com.br

Por ANGELO PRIORI

Professor do Departamento de História da UEM


A Doutrina de Segurança Nacional e o Manto dos Atos Institucionais durante a Ditadura Militar Brasileira

No Brasil, o fim das liberdades democráticas, a repressão e o terror como política de Estado, foram formuladas através de uma bem arquitetada estrutura legislativa, que dava sustentação ao regime militar. Devemos enfatizar que a ditadura militar não foi resultado do acaso, de um acidente. Pelo contrário, ela foi sendo estruturada conforme a democracia e a participação política da população iam se ampliando. Não podemos negar que no início dos anos 60 estava sendo configurada uma nova forma de ação, através da organização popular, que questionava o arbítrio interno e a dependência externa e exigia mudanças nas estruturas econômicas e sociais, visando uma maior inclusão social da população pobre e trabalhadora.

O grupo militar que tomou o poder em 1964 vinha de uma tradição militar mais antiga, que remonta à participação do Brasil na II Guerra. A participação do Brasil ao lado dos países aliados, acabou sedimentando uma estreita vinculação dos oficiais norte-americanos e militares brasileiros, como os generais Humberto de Castelo Branco e Golbery Couto e Silva.

Terminada a guerra, toda uma geração de militares brasileiros passaram a freqüentar cursos militares norte-americanos. Quando esses oficiais retornavam dos EUA, já estavam profundamente influenciados por uma concepção de “defesa nacional”. Tanto que alguns anos mais tarde vão criar a Escola Superior de Guerra (ESG), vinculada ao Estado Maior das Forças Armadas. Essa escola foi estruturada conforme sua similar norte-americana National War College.

Nos dez anos que vão de 1954 a 1964, a ESG desenvolveu uma teoria de direita para intervenção no processo político nacional. A partir de 1964, a ESG funcionaria também como formadora de quadros para ocupar funções superiores nos sucessivos governos (Brasil: Nunca Mais, 1985, p. 70).

Foi dentro da ESG que se formulou os princípios da Doutrina de Segurança Nacional e alguns dos seus subprodutos, como por exemplo, o Serviço Nacional de Informações (SNI). Essa doutrina, que vai virar lei em 1968, com a publicação do decreto-lei no. 314/68, tinha como objetivo principal identificar e eliminar os “inimigos internos”, ou seja, todos aqueles que questionavam e criticavam o regime estabelecido. E é bom que se diga que “inimigo interno” era antes de tudo, comunista.

Essa nova estrutura de poder e de controle social se materializa com a publicação do Ato Institucional No. 1, que subvertia a ordem jurídica até então estabelecida. No preâmbulo do AI-1, instituído em 09 de abril de 1964, os militares já enfatizavam essa nova realidade:

O ato institucional que é hoje editado se destina a assegurar ao novo governo a ser instituído os meios indispensáveis à ordem de reconstrução econômica, financeira, política e moral do Brasil, de maneira a poder enfrentar de modo direto e imediato os graves e urgentes problemas de que dependem a restauração da ordem interna e o prestígio internacional de nossa pátria.

Com esse ato os militares não só ditavam novas regras constitucionais, como impunha profundas remodelações no sistema de segurança do Estado. Através do AI-1, foi institucionalizado o sistema de eleição indireta para Presidente da República, bem como dado poderes ao presidente para ditar nova constituição, fechar o congresso, decretar estado de sítio, impor investigação sumária aos funcionários públicos contratados ou eleitos, abrir inquéritos e processos para apurar responsabilidades pela prática de crime contra o Estado ou contra a ordem política e social, suspender direitos políticos de cidadãos pelo prazo de dez anos e cassar mandatos legislativos de deputados federais, estaduais ou mesmo de vereadores.

Durante a ditadura militar foram editados 17 atos institucionais. Mas entre eles, o mais polêmico e violento foi o de Número 5. O AI-5, editado em 13 de dezembro de 1968, reedita os princípios do AI-1, suspende o princípio do habeas corpus e institui de forma clara e objetiva a tortura e a violência física contra os opositores do regime.

Na verdade o AI-5 simbolizou um forte ciclo de repressão com amplos expurgos em órgãos políticos representativos, universidades, redes de informação e no aparato burocrático do Estado, acompanhados de manobras militares em larga escala, com indiscriminado emprego da violência contra todas as classes.

Em tal contexto político, além de tudo, o Congresso Nacional teve suas atividades suspensas por quase um ano, fazendo companhia às assembléias estaduais e municipais que também foram fechadas. Com as bases do Congresso enfraquecidas, a facilidade encontrada para efetivar a publicação de atos institucionais e de decretos-leis foi grande. Os decretos-lei, em sua maioria, iniciaram um processo de regulamentação da economia brasileira, procurando, em larga medida, torná-la atrativa para os investidores estrangeiros através da concessão de incentivos fiscais que facilitassem o desenvolvimento econômico da nação.

O manto dos atos institucionais e a autoridade absoluta dos militares serviriam como proteção e salvaguarda do trabalho das forças repressivas, fossem quais fossem seus métodos de ação. Só para ter uma idéia, durante o regime militar foram criados vários órgãos de repressão, como o SNI, os DOI-CODIs, o CIEX, o CENIMAR, a CISA, além do fortalecimento dos DOPS em todos os Estados. Foram criados ainda os Inquéritos Policiais Militares (IPMs), cujo objetivo era processar e criminalizar militantes e políticos que lutavam contra o regime militar. Somente o projeto Brasil: Nunca Mais (BNM) conseguiu reunir cópias de 717 IPMs, onde foram processados mais de 20 mil pessoas. Muitos dos processos não vieram à tona e estão ainda por ser verificados.

O aparato repressivo estatal se constituía de elementos que agiam de forma integrada: uma rede eficiente de informação, representada essencialmente pelo SNI (Serviço Nacional de Informação) criado pelo General Golbery do Couto e Silva e em funcionamento desde 1964, responsabilizando-se por direcionar todas as informações recebidas para o Poder Executivo; organizações que encabeçavam as ações repressivas em nível local, como a DM (Divisão Municipal de Polícia), coordenada pela DOPS que, por sua vez, se encontrava sob a jurisdição da SESP (Secretaria Estadual de Segurança Pública); e por instâncias das Forças Armadas como o CIEX (Centro de Informação do Exército), CENIMAR (Centro de Informação da Marinha) e CISA (Centro de Informação da Aeronáutica). Estes setores contavam com a liberdade e autonomia para realizarem suas atividades. Em São Paulo, no ano de 1969, criou-se a Operação Bandeirantes (OBAN) que obtinha recursos financeiros do empresariado.

Não era formalmente vinculada ao II Exército, mas era composta com efetivos do Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícia Política Estadual, Departamento de Polícia Federal, Polícia Civil, Força Pública e Guarda Civil (Brasil: Nunca Mais, 1985, p. 73).

Servindo como molde e, sobretudo como um teste que, segundo os militares deu certo na luta contra a subversão, a OBAN gerou as condições, agora dentro de parâmetros formais, para a implantação, em escala nacional, do Departamento de Operações Internas - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI). Surgiu em janeiro de 1970 e tinha o poder de usufruir, na área em que estivesse instalado, dos efetivos das Forças Armadas ou das polícias estaduais ou federal. No âmbito estadual, a Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS), também atuava em todos os níveis de repressão: investigando, prendendo, interrogando, torturando e matando.

Uma das reflexões possíveis que tange a especificidade do governo militar brasileiro, refere-se a forma como o regime autoritário foi arquitetado no país. O regime foi articulado por uma notável ambigüidade, pois mesmo no exercício de um regime de exceção e essencialmente enfatizado por uma indelével "lógica da suspeição", os dirigentes procuravam legitimá-lo e caracterizá-lo como sendo um sistema de governo democrático. Do primeiro general-presidente (Humberto de Alencar Castello Branco) até o último (João Baptista de Oliveira Figueiredo) foi salientado, principalmente, nos discursos de posse dirigidos ao povo brasileiro, a adoção de ações e comportamentos em nome da defesa da democracia no país.

Por outro lado, constatou-se, ao longo de vinte e um anos de permanência dos militares no poder, que a existência de uma administração democrática foi apenas fictícia, haja vista o contundente papel repressor desempenhado pelos órgãos policiais e jurídicos a fim de suplantar possíveis distúrbios sociais que afetassem o andamento das atividades do Poder Executivo.

O governo de Emílio Garrastazu Médici (1969-1974) representou o período de maior repressão, de arbitrariedade e de prepotência de todo o ciclo militar. Por outro lado, o "milagre econômico", que se processou entre os anos de 1968 e 1973, estigmatizado, principalmente pelos grandiosos projetos públicos e pelo acelerado crescimento econômico, diminuíram o impacto causado pelas medidas de segurança utilizadas pelo governo. Além do que, pela ação de um marketing eficiente e uma censura forte, criou-se um clima de ufanismo em toda a nação, contribuindo, em grande medida, para o fortalecimento da imagem do presidente que angariou boa margem de prestígio, principalmente nas camadas populares.

Foi no governo de Médici e, com menor ênfase no governo do General Ernesto Geisel (1974-1979), que os grupos identificados com as guerrilhas urbana e rural foram sendo progressivamente eliminados. A repressão desencadeada na época atingiu centenas, talvez milhares de pessoas envolvidas com a luta armada.

No Brasil os números da ditadura não são exatos. Depois de vinte anos do fim do governo militar, os acessos aos arquivos secretos ainda são proibidos. Os organismos de segurança, como o SNI ainda mantém seus arquivos fechados. Os únicos disponíveis para pesquisa, somente em alguns Estados brasileiros, são os arquivos do DOPS e os arquivos do projeto Brasil Nunca Mais (BNM).

Aliás, essa é uma dívida que o Estado brasileiro tem com os seus cidadãos. Abrir e tornar público todos os arquivos da repressão da ditadura militar. A sociedade brasileira estabeleceu uma memória densamente acrítica com relação à ditadura: exemplo disso foi a anistia unilateral, tanto para os presos e torturados como para os torturadores (mas isso é um tema vencido no Brasil). O que mais deixa indignado a comunidade de pesquisadores e os familiares das vítimas é que tanto o governo FHC, como o atual governo Lula não resolveram essa questão dos arquivos. Pelo contrário, FHC fez publicar e Lula confirmar um decreto colocando mais dificuldades de acesso aos documentos chamados sigilosos e confidenciais do período em tela.

Para finalizar, é importante frisar que a memória desse período, de extrema repressão, onde as Forças Armadas tiveram a sua auto-imagem de defensora da pátria abalada, é ainda incômoda e imprecisa. É incômoda porque as novas descobertas sobre o período (depoimentos de ex-militares, trabalhos das comissões de direitos humanos, das comissões de familiares, dos grupos Tortura Nunca Mais, além de descobertas de arquivos, como o “arquivo do terror”, no Paraguai) desvenda com mais nitidez o terror que se abateu sobre os dissidentes do regime.

Isso faz com que, tanto a direita, como as classes dominantes, procurem se imiscuir dessa herança, através de discursos sobre a excepcionalidade do período e dos atos praticados. Elas estão imbuídas de apagar o passado e promover o esquecimento como a melhor forma da recuperação da harmonia nacional. Apagar da memória os crimes cometidos pelas ditaduras é apagar da memória as lutas desenvolvidas contra elas. Apagar da memória esse passado traumático, indesejado, é querer impedir que a sociedade conheça o arbítrio e a violência política instaurada pelas ditaduras. Em contrapartida, os grupos de esquerda, os familiares e os ativistas de direitos humanos tem desenvolvido uma importante ação no sentido de construir uma memória que se contraponha à memória oficial.



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