quinta-feira, 18 de março de 2010

Tunel do Tempo - Paulo Furtado





Sandra Bullock é Traida



Uma modelo americana revelou à imprensa que manteve um caso com Jesse James, marido da atriz Sandra Bullock, enquanto ela rodava o filme 'Um sonho possível' (The Blind Side), que lhe rendeu o Oscar de melhor atriz. Foto:Kevork Djansezian/AFP


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Modelo revela caso com marido da atriz Sandra Bullock
Qui, 18 Mar, 01h42



WASHINGTON (AFP) - Uma modelo americana revelou à imprensa que manteve um caso com Jesse James, marido da atriz Sandra Bullock, enquanto ela rodava o filme "Um sonho possível" (The Blind Side), que lhe rendeu o Oscar de melhor atriz.

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Michelle McGee, de 32 anos, inconfundível pelas tatuagens que cobrem seu corpo, disse à revista americana In Touch que havia conhecido o marido de Sandra Bullock em Los Angeles no ano passado, enquanto Bullock estava rodando o filme em Atlanta (Geórgia, sudeste dos Estados Unidos), a 3.200 km de distância.


Segundo a In Touch, McGee, apelidada de "a Bomba", conheceu Jesse James porque queria trabalhar como modelo para a West Coast Choppers, a empresa de motocicletas do marido de Bullock.


Depois de uma breve troca de e-mails, a atriz foi se encontrar com Jesse James, de 40 anos. "Acabamos no sofá", contou. Segundo ela, a relação durou "11 meses, durante os quais houve cinco semanas de sexo". Mas Michelle McGee nega ter querido complicar a vida de Bullock.





"Pensei que Jesse James e (Sandra Bullock) tinham terminado. Nunca o teria seduzido se soubesse que ainda estava casado", disse.


Sandra Bullock, de 45 anos, ainda não respondeu oficialmente às declarações da rival declarada. Mas cancelou sua presença na estreia de "Um Sonho Impossível", em Londres, prevista para a próxima terça-feira.


Em um comunicado, Bullock explicou que "por razões pessoais" era impossível para ela viajar ao exterior por enquanto. "Peço desculpas pelos incômodos causados e agradeço seu apoio e compreensão", disse ela aos fãs.






Foto: AFP: Uma modelo americana revelou à imprensa que manteve um caso com Jesse
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Marcha das Mulheres

Mulheres comandam


O 10º Acampamento de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Movimento sem Terra da Bahia foi aberto ontem - em Salvador -, e continua até segunda-feira, 8 de Março. O encontro reúne cerca de 2.000 mulheres e faz parte de um calendário de lutas estadual e nacional.

A reportagem é de Marko Ajdarić para o Plantão SINTRACOM - Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e da Madeira da Bahia, 05-03-2010.



Mas as mulheres gaúchas do campo e da cidade é que balançaram - mesmo - o chão da praça e das estradas: a quarta-feira foi marcada por uma série de protestos em pelo menos 6 pontos do Rio Grande do Sul. A maioria foi comandada pelas mulheres da Via Capesina, que se dividiram em 3 marchas. As ações renderam até alguns segundos em um telejornal nacional. A cobertura do Plantão SINTRACOM procura ir mais fundo e mais longe, para que os nossos leitores entendam a extensão da jornada de lutas, e seus motivos, que não se restringiram à questão do preço do fumo.

Sim, o MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) cobra definição de reajuste no preço do fumo (atualmente em R$150,00 por arroba), mas - também - a redução dos preços dos insumos e auxílio aos produtores atingidos pelas enchentes. Muito além disso, o MPA teve a inteligência de associar a sua pauta de reivindicações às de outros gaúchos e gauchas.

As mulheres que participaram das mobilizações denunciam, em nota pública, que mais de 95% da soja e cerca de 40% do milho que são plantados no Rio Grande do Sul são geneticamente modificados e que o Brasil é o campeão mundial de uso de agrotóxicos. Por isso, “a maior parte da comida que chega à mesa da população brasileira não é alimento, é veneno'. (ao final desse texto, o manifesto da mulherada que peleia).

Detalhes locais dos protestos

Porto Alegre

Dezenas de mulheres da Via Campesina (1), do Movimento de Trabalhadores Desempregados (MTD) e movimentos sindicais ocuparam o sétimo andar do prédio da delegacia estadual do Ministério da Agricultura, . O ato foi contra a 'política de desenvolvimento do governo federal que privilegia o agronegócio, responsável pela produção de alimentos transgênicos, com o uso intenso de agrotóxicos', destacou o MST, em nota. Lá, elas espalharam sementes transgênicas de milho e arroz pelos corredores.



Caminhada em Porto Alegre

À tarde, um grupo de manifestantes seguiu em 11 ônibus para a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), para questionar a implantação de um parque tecnológico de pesquisas (amplamente saudado por setroes conservadores da imprensa gaúcha). Segundo a Via Campesina, o empreendimento é destinado a pesquisas para multinacionais. A assessoria de imprensa da UFRGS informa que a criação do parque ainda depende de aprovação do conselho universitário (vídeo sobre essa luta, tambem liderada por mulheres, aqui ).

A quinta-feira (4/3) foi de atividades internas no acampamento das mulheres. Na parte da manhã, ocorreram debates. À tarde, um grupo formado por camponeses, estudantes e trabalhadores urbanos usou o teatro popular para problematizar assuntos como o machismo na família e dentro de casa, no meio rural e a mercantilização do corpo da mulher.

No final da tarde, as mulheres voltam às suas regionais, encerrando o acampamento na capital dos gaúchos. Um grupo ainda fica na cidade para participar do protesto dos estudantes da UFRGS, que acontece na manhã de hoje.

Palmeira das Missões

No noroeste do estado, centenas de mulheres se reuniram em Palmeira das Missões. Elas bloquearam a rodovia RS-569 por cerca de duas horas, entre Palmeira das Missões e Novo Barreiro, em frente ao acampamento dos Sem-Terra. Elas protestam contra a lentidão do processo de Reforma Agrária no Brasil. Depois disso, por volta das 10 horas, as trabalhadoras seguiram em um ônibus para a prefeitura do município para reivindicar o combate à violência contra as mulheres. O ato se repetiu também em frente à multinacional Solae Alimentos, que fica às margens da BR-116. Caminhões que chegavam à empresa carregados com soja foram barrados na porta pelo movimento.

Esteio



A imagem que o Brasil viu na TV - em foto do movimento popular

Os portões de entrada da empresa Solae na cidade de Esteio (na Grande Porto Alegre), também foi ocupado por cerca de 800 mulheres. A fábrica foi escolhida por ser um dos maiores complexos de processamento de soja transgênica do Brasil: a Solae foi fundada em 2003 por uma aliança do grupo Bunge(2) (multinacional de sementes e de comida industrializada) com o grupo Dupont (produtora de agrotóxicos).

Em Esteio, as camponesas e camponeses ficaram por cerca de 4 horas. Durante a manifestação, as mulheres simbolicamente 'amamentaram' esqueletos para denunciar que os efeitos nocivos dos agrotóxicos e dos transgênicos. Os caminhões carregados com soja só puderam ingressar na empresa depois das 11 horas , quando o bloqueio dos trabalhadores foi supsenso. Eles estavam com bandeiras, faixas e alimentos. Pouco antes do meio-dia, o grupo saiu em diversos ônibus pela BR-116 em direção a Porto Alegre.

Santa Cruz do Sul







O aparato repressivo em Santa Cruz do Sul

Em Santa Cruz do Sul - capital do fumo gaúcho - o MPA escolheu o momento da visita da governadora Yeda Crusius à região e a grande aglomeração de pessoas por conta da abertura da grande feira agropecuária anual da região para termais visibilidade.

O MPA estava acampado no parque de eventos de Santa Cruz do Sul desde a terça-feira. Por volta das 7:30 horas, os agricultores levantaram acampamento e embarcaram em ônibus até a rodovia BR–471 (Santa Cruz–Rio Pardo). Logo após chegar, os manifestantes montaram um bloqueio sobre a rodovia, pegando de surpresa motoristas que seguiam para a Expoagro. Meia-hora depois, o MPA retomou a marcha, por uma das pistas da rodovia. Segundo a coordenação do movimento, 2.000 pessoas participaram desta caminhada. Na chegada a um pedágio, os manifestantes voltaram a interromper o trânsito. Dali, a caminhada seguiu até um cruzamento da BR com uma estrada pequena, onde os agricultores se depararam com uma barreira montada por PMs munidos com escudos, a maioria do Pelotão de Choque do Batalhão de Operações Especiais. Neste local, houve disparos, que feriram uma agricultora no rosto (foto abaixo). Cerca de 1.000 pessoas tentaram furar o bloqueio da polícia, que reagiu com tiros de balas de borracha.



O coordenador do MPA, Gilberto Tutenhagen, afirma que a manifestação dos produtores ocorria de forma pacífica. ' Não tínhamos um pedaço de pau e uma enxada, e fomos recebidos com bombas e balas de borracha. Várias pessoas foram feridas, inclusive uma mulher com ferimentos na cabeça' – contou Gilberto.


À tarde, o MPA se instalou na Praça Getúlio Vargas, no centro de Santa Cruz. Durante um ato político, o vereador Wilson Luiz Rabuske (PT), coordenador local do movimento, recebeu um mandado proibitório de um oficial de justiça. Segundo Rabuske, o documento estipula multa de R$ 50.000 por dia, caso o MPA invada as dependências da Souza Cruz. Ao fim da tarde, os agricultores retornaram a suas casas.

Hulha Negra

Por volta das 11 horas, cerca de 50 integrantes de 20 assentamentos do interior do município de Hulha Negra (na Região da Campanha, fronteira sudoeste do RS), chegaram à frente da prefeitura do município. Eles exigiam uma reunião com o prefeito para reivindicar melhorias nas estradas vicinais da região.

O grupo deixou o assentamento na tarde anterior e acampou de noite na localidade do Passo do Neto, distante cerca de 20 quilômetros do centro da cidade.

De acordo com um dos representantes dos agricultores, Mário Vodzik, uma reunião com o prefeito Machado havia sido agendada para a semana passada. Causou surpresa a eles o aparato de segurança montado pela BM. “Tinha uma porção de viaturas pela estrada, outras na frente da prefeitura”, comentou Vodzik. “Nos sentimos ofendidos e humilhados”, completou Ildo Pereira, outro representante dos assentados. Foi a partir deste fato que resolveram se mobilizar e marchar rumo à prefeitura.

Reunidos (e esclarecidos) muitos dos fatos, sugerimos, agora a visualização de um vídeo da retransmissora estadual da Rede Globo (aqui), para ajudar a guardar na memória essa jornada. Em mais de uma fonte, está assinalado que integrantes da Via Campesina afirmaram que outros protestos serão deflagrados em diversos pontos do RS por estes dias.

Notas:

(1)Via Campesina é uma organização internacional de camponeses que tem por objetivo defender os interesses desses trabalhadores.

(2) Uma história - infelizmente exemplar - do mau relacionamento da Bunge com seus trabalhadores pode ser lida aqui.



Mulheres do campo e da cidade unidas na luta contra o agronegócio e pela soberania alimentar


Publicamos a seguir O Manifesto das Mulheres Gaúchas, assinado pelas mulheres da Via Campesina, do MTD, da Intersindical e do coletivo de mulheres da UFRGS, e divulgado no dia de ontem, durante as manifestações realizadas pelo estado do Rio Grande de Sul, comemorando o dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher.

Eis o manifesto.

O manifesto das gaúchas

Mulheres do campo e da cidade unidas na luta contra o agronegócio e pela soberania alimentar

Neste mês em que se comemoram os 100 anos do 8 de março como dia internacional de luta das mulheres, nós trabalhadoras do campo e da cidade do Rio Grande do Sul estamos novamente nas ruas. Este ano nossa mobilização tem como principal objetivo denunciar para a sociedade que a maior parte da comida que chega a mesa da população brasileira não é alimento, é veneno.

O Brasil é campeão mundial do uso de agrotóxicos, que são venenos muito perigosos usados na agricultura que provocam muitas doenças para produtoras/es e consumidoras/es e grandes impactos ambientais. Além disso, a maior parte dos produtos industriais que comemos é fabricada com soja transgênica que também causa muito mal à nossa saúde.

E quem come esta comida envenenada? Somos nós, pobres. São as mulheres e homens trabalhadores que recebem baixos salários ou estão desempregados e escolhem os alimentos pelo preço não pela qualidade. São as pessoas sem terra, sem teto, que se alimentam graças às cestas básicas. Os ricos têm opção de comer produtos orgânicos, cultivados sem venenos.

Os agrotóxicos e os transgênicos não servem para matar a fome do povo, e sim para matar a fome de lucro das empresas do agronegócio, a maioria delas multinacionais. Esses produtos envenenam as terras, as águas e principalmente as pessoas.

Leite materno só é fonte de vida quando as mães comem alimentos saudáveis

Nesta mobilização estamos amamentando esqueletos para denunciar a população em geral, e principalmente às mulheres, que quando comemos comida envenenada e damos o peito aos nossos filhos ao invés de alimentarmos a vida transmitimos a morte.

As doenças causadas por agrotóxicos são transmitidas de geração para geração, e um dos modos de transmissão é através do leite materno. No entanto, o mesmo governo que faz campanhas para incentivar as mulheres a amamentar, financia o agronegócio que produz a comida envenenada para o povo pobre, contaminando o leite da maioria das mães brasileiras.

A gente não quer só comida

Nós mulheres que passamos boa parte de nossas vidas envolvidas no cultivo e/ou no preparo da comida para garantir saúde à nossa família estamos nas ruas para gritar em alto e bom som que gente não quer só comida, a gente quer alimento saudável, a gente quer soberania alimentar!
Para o agronegócio o lucro está acima da vida. O agronegócio faz mal a saúde do povo e do meio ambiente! E os governos estadual e federal que financiam o agronegócio estão usando o dinheiro público para bancar o envenenamento da população pobre, a contaminação de nossas terras e águas.

Estamos em luta contra

Contra o agronegócio, um modelo de produção agrícola que se sustenta na superexploração do trabalho das pessoas, na contaminação dos alimentos, na destruição de nossas riquezas naturais. Lutamos contra o uso de recursos públicos para financiar a contaminação do povo e do meio ambiente; Estamos em luta contra todas as formas de violência contra mulheres, incluindo a imposição de um padrão alimentar que não respeita os costumes alimentares e causa muitos males à saúde.

Estamos em luta por

Soberania Alimentar - com reforma agrária, com geração de emprego e vida digna para as populações camponesas, com agricultura ecológica que respeita a diversidade de biomas e de hábitos alimentares. Os governos se dizem preocupados com a segurança alimentar, querem que as pessoas tenham várias refeições por dia. Mas tão importante quanto a quantidade da comida é a qualidade do que comemos. Por isso não basta segurança alimentar, precisamos construir a Soberania Alimentar.

Mulheres da Via Campesina, do MTD, da Intersindical e do coletivo de mulheres da UFRGS.

Porto Alegre, março de 2010.

Comemoração do Dia Internacional da Mulher completa 100 anos


Por muito tempo acreditou-se que a escolha do 8 de março para ser o Dia Internacional das Mulheres foi devido à um incêndio em uma fábrica têxtil nos Estados Unidos que vitimou cerca de 150 trabalhadoras que organizavam uma greve contra às más condições de trabalho. Até mesmo militantes do movimento feminista aceitavam essa explicação. Desde a década de 1970, entretanto, novas pesquisas nessa área têm apontado que a escolha da data está ligada à história da Revolução Russa. “De fato houve esse incêndio nos EUA, um acontecimento trágico para o movimento sindical e feminista na época, mas o incêndio sequer teria ocorrido nessa data”, explica Tatau Godinho, militante da Marcha Mundial de Mulheres.

A reportagem é de Dafne Melo e publicada pelo jornal Brasil de Fato, 05-03-2010.

Ela explica que hoje se tem comprovado pelos documentos que a orientação para se realizar as comemorações e manifestações internacionais se deu em 1910, numa resolução da Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, na Rússia, e que não havia uma indicação de data fixa para a comemoração. A reivindicação central seria o direito ao voto para as mulheres. Até a década de 1920 do século passado, as feministas realizaram as lutas em diferentes datas em seus países. Somente em 1922, após a Conferência Internacional das Mulheres Comunistas é que foi sugerida a data do 8 de março.

Revolução russa

No antigo calendário ortodoxo russo, o 8 de março corresponde ao 23 de fevereiro, data que marca o início da primeira fase da Revolução Russa, na qual o czar Nicolau II renunciou ao poder e a Rússia adotou um regime republicano. “As mulheres tiveram um peso muito grande nas mobilizações de fevereiro. Há registros de uma grande greve coordenada pelas operárias do setor têxtil que teria iniciado essas agitações; elas pediam o fim da participação da Rússia na I Guerra Mundial, a volta dos militares para suas casas, e pão”, explica Tatau. Essas mobilizações estavam, inseridas dentro das comemorações do Dia da Mulher e se davam em um momento em que o país estava mergulhado em uma crise política e era seriamente atingido pela fome.

Alguns dos líderes da revolução fazem referência direta ao fato em seus textos. “O dia das trabalhadoras em 8 de março de 1917 foi uma data memorável na história (…) A Revolução de fevereiro começou nesse dia”, escreveu a dirigente feminista Alexandra Kollontai. Leon Trotski, na obra “História da Revolução Russa”, comenta que ninguém poderia prever que o Dia da Mulher pudesse inaugurar a revolução, desencadeando uma greve de massas.

Resgate

Para Tatau Godinho, resgatar a verdadeira origem do 8 de março é importante por inúmeros motivos. Primeiro, mostra como a luta das mulheres pode e deve caminhar junto com a luta por transformações sociais mais profundas. Segundo, resgata a data como um momento de luta e organização das mulheres socialistas, devolvendo à comemoração seu conteúdo político. Também por esses motivos não é difícil imaginar porque a memória histórica hegemônica aceitou e propagandeou a versão do incêndio da fábrica têxtil nos EUA, e escondeu sua origem socialista. “Há um esforço de institucionalização e comercialização da data que coincide com um certo refluxo do movimento de mulheres socialistas, o que começa a se reverter na década de 1970, quando se começa a surgir o interesse na verdadeira origem da escolha da data”, finaliza Tatau.

O Manifesto das Gaúchas

O manifesto das gaúchas

Mulheres do campo e da cidade unidas na luta contra o agronegócio e pela soberania alimentar

Neste mês em que se comemoram os 100 anos do 8 de março como dia internacional de luta das mulheres, nós trabalhadoras do campo e da cidade do Rio Grande do Sul estamos novamente nas ruas. Este ano nossa mobilização tem como principal objetivo denunciar para a sociedade que a maior parte da comida que chega a mesa da população brasileira não é alimento, é veneno.

O Brasil é campeão mundial do uso de agrotóxicos, que são venenos muito perigosos usados na agricultura que provocam muitas doenças para produtoras/es e consumidoras/es e grandes impactos ambientais. Além disso, a maior parte dos produtos industriais que comemos é fabricada com soja transgênica que também causa muito mal à nossa saúde.

E quem come esta comida envenenada? Somos nós, pobres. São as mulheres e homens trabalhadores que recebem baixos salários ou estão desempregados e escolhem os alimentos pelo preço não pela qualidade. São as pessoas sem terra, sem teto, que se alimentam graças às cestas básicas. Os ricos têm opção de comer produtos orgânicos, cultivados sem venenos.

Os agrotóxicos e os transgênicos não servem para matar a fome do povo, e sim para matar a fome de lucro das empresas do agronegócio, a maioria delas multinacionais. Esses produtos envenenam as terras, as águas e principalmente as pessoas.

Leite materno só é fonte de vida quando as mães comem alimentos saudáveis

Nesta mobilização estamos amamentando esqueletos para denunciar a população em geral, e principalmente às mulheres, que quando comemos comida envenenada e damos o peito aos nossos filhos ao invés de alimentarmos a vida transmitimos a morte.

As doenças causadas por agrotóxicos são transmitidas de geração para geração, e um dos modos de transmissão é através do leite materno. No entanto, o mesmo governo que faz campanhas para incentivar as mulheres a amamentar, financia o agronegócio que produz a comida envenenada para o povo pobre, contaminando o leite da maioria das mães brasileiras.

A gente não quer só comida

Nós mulheres que passamos boa parte de nossas vidas envolvidas no cultivo e/ou no preparo da comida para garantir saúde à nossa família estamos nas ruas para gritar em alto e bom som que gente não quer só comida, a gente quer alimento saudável, a gente quer soberania alimentar!
Para o agronegócio o lucro está acima da vida. O agronegócio faz mal a saúde do povo e do meio ambiente! E os governos estadual e federal que financiam o agronegócio estão usando o dinheiro público para bancar o envenenamento da população pobre, a contaminação de nossas terras e águas.

Estamos em luta contra

Contra o agronegócio, um modelo de produção agrícola que se sustenta na superexploração do trabalho das pessoas, na contaminação dos alimentos, na destruição de nossas riquezas naturais. Lutamos contra o uso de recursos públicos para financiar a contaminação do povo e do meio ambiente; Estamos em luta contra todas as formas de violência contra mulheres, incluindo a imposição de um padrão alimentar que não respeita os costumes alimentares e causa muitos males à saúde.

Estamos em luta por

Soberania Alimentar - com reforma agrária, com geração de emprego e vida digna para as populações camponesas, com agricultura ecológica que respeita a diversidade de biomas e de hábitos alimentares. Os governos se dizem preocupados com a segurança alimentar, querem que as pessoas tenham várias refeições por dia. Mas tão importante quanto a quantidade da comida é a qualidade do que comemos. Por isso não basta segurança alimentar, precisamos construir a Soberania Alimentar.

Mulheres da Via Campesina, do MTD, da Intersindical e do coletivo de mulheres da UFRGS.

Porto Alegre, março de 2010.

Artigo de Maria Conceição

ARTIGOS
Conjunto vazio, por Maria Conceição Lopes Fontoura*Os anos de 1960 e de 1970 do século 20 assistiram a mudanças importantes no ensino. A matemática passou a ser chamada de moderna. Na minha memória, da repaginação da matéria das contas, ficaram alguns ensinamentos relativos à teoria dos conjuntos. Unitário é composto por um único ser. Já o conjunto é vazio se não possuir elemento algum. Relembro a teoria dos conjuntos neste 8 de março, quando o mundo comemora os cem anos do Dia Internacional da Mulher.

Mulheres negras ingressaram no Rio Grande do Sul para trabalhar no campo e nas cidades. Encontram-se as marcas do trabalho realizado pelas afrodescendentes em todo o solo gaúcho, tanto no período em que estavam privadas de liberdade quanto nestes 122 anos de liberdade formal. Lutar e vencer os obstáculos existentes na sociedade gaúcha, agravados pelo machismo, pelo racismo e pela exploração de classe, tornam as mulheres negras as protagonistas de seu empoderamento. Ocupar todos os espaços da sociedade sul-rio-grandense tem sido uma das tarefas assumidas pelas mulheres negras, a fim de atingir a plena cidadania.

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, a casa do parlamento do povo gaúcho, em seus quase 175 anos de existência, ainda não acolheu uma mulher negra como parlamentar. É inadiável a presença de mulheres negras no parlamento estadual, para discutir diferentes pleitos de interesse do povo gaúcho, bem como para dar visibilidade a lutas empreendidas por setores que buscam espaço na sociedade gaúcha.

Algumas pessoas afoitamente atribuirão essa ausência às próprias mulheres negras. Pensar assim é desconhecer que eleições, na maioria das vezes, são decididas pelo poder econômico. Para mulheres negras, identificadas com o empoderamento popular, não é tarefa fácil construir uma campanha. Mesmo apresentando boas propostas para conquistar o eleitorado, lutam contra inimigos sinistros que operam principalmente entre possíveis aliados. A presença de mimos torna alguns eleitores reféns de ternos de camisetas, de galetos, de tijolos... A responsabilidade de acabar com o conjunto vazio, no tocante à presença das mulheres negras no parlamento gaúcho, é de todas as pessoas comprometidas com a construção de uma sociedade gaúcha justa, igualitária e plural. Somente assim poder-se-á dizer que a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul é verdadeiramente a casa do povo gaúcho.

*Diretora executiva de Maria Mulher Organização de Mulheres Negras

Destaque do Dia





Destaques do Dia
Yeda Crusius e o governador de São Paulo visitam a Festa da Uva 2010
A governadora Yeda Crusius, acompanhada do governador de São Paulo, Jose Serra, do prefeito de Caxias do Sul, José Ivo Sartori, e do deputado federal, Ruy Pauletti, durante visita aos pavilhões da Festa da Uva 2010, em Caxias do Sul.

Local: Caxias do Sul - RS
Data: 06/03/2010
Foto: Antonio Paz / Palácio Piratini
Código: 33667

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A governadora Yeda Crusius, acompanhada do governador de São Paulo, Jose Serra(2ºesq), durante visita aos pavilhões da Festa da Uva 2010, em Caxias do Sul.


Local: Caxias do Sul - RS
Data: 06/03/2010
Foto: Antonio Paz / Palácio Piratini
Código: 33666

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A governadora Yeda Crusius, acompanhada do governador de São Paulo, Jose Serra, durante visita aos pavilhões da Festa da Uva 2010, em Caxias do Sul.

Local: Caxias do Sul - RS
Data: 06/03/2010
Foto: Antonio Paz / Palácio Piratini
Código: 33665

Yeda Crusius e o governador de São Paulo visitam a Festa da Uva 2010
A governadora Yeda Crusius, acompanhada do governador de São Paulo, Jose Serra(E), durante visita aos pavilhões da Festa da Uva 2010, em Caxias do Sul.


Local: Caxias do Sul - RS
Data: 06/03/2010
Foto: Antonio Paz / Palácio Piratini
Código: 33663

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EUA Avançam

EUA. Avançam as milícias de ultradireita


Segundo um relatório de uma ONG especializada, a crise econômica gerou um caldo de cultivo para a proliferação de grupos racistas, milícias anti-imigrantes e organizações neonazistas.

A reportagem é do jornal Página/12, 06-03-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O número de grupos extremistas de ultradireita cresceu enormemente nos Estados Unidos com a presidência de Barack Obama, quando as milícias e outros grupos estouraram em loucas teorias da conspiração, explodindo a ira populista no país, segundo um relatório emitido nesta sexta-feira pelo Southern Poverty Law Center (SPLC), uma organização não governamental que monitora o assunto.

Os chamados grupos Patriotas Antigovernamentais – milícias e outras organizações extremistas que veem o governo federal como seu inimigo – surgiram no último ano depois de mais de uma década em silêncio. O SPLC documentou 244% de aumento no número de grupos "Patriot" ativos em 2009. Seus números cresceram de 149 grupos em 2008 a 512 grupos em 2009, um aumento de 363 novos grupos em um só ano.

Segundo o relatório, intitulado "A Fúria da Direita", os grupos Patriotas foram alimentados pela fúria sobre as mudanças demográficas do país, a crescente dívida pública, a problemática econômica e uma série de iniciativas do presidente Obama, que foram chamadas de "socialistas" e até de "fascistas" pelos seus oponentes políticos.

"Esse extraordinário crescimento é motivo de sérias preocupações" – disse o editor do boletim Intelligence Report, Mark Potok. "As pessoas associadas ao movimento Patriotas durante seu pico na década de 90 produziram grande violência, especialmente o atentado na cidade de Oklahoma, que deixou 168 mortos". O movimento Patriotas calou fundo na cena política conservadora, de acordo com o novo relatório. "Os 'tea parties' e os grupos similares que surgiram nos últimos meses não podem, por honra à verdade, considerar-se grupos extremistas, mas estão atravessados por ideias radicais, teorias conspirativas e racismo", diz o relatório.

Diferentemente da década de 90, as ideias centrais do movimento Patriotas estão sendo promovidas por pessoas que reúnem grandes públicos, como Glenn Beck, da FOX News, e Michelle Bachmann, representante republicana de Minnesota. Beck, por exemplo, revigorizou uma teoria chave conspiratória dos Patriotas – a acusação de que a Agência Federal Emergency Management está dirigindo em segredo campos de concentração – antes de "desacreditá-los" finalmente.

O crescimento dos grupos Patriotas chega em um momento em que o número de grupos de ódio racistas está em níveis recordes – aumentando de 926 em 2008 a 932 em 2009. O crescimento coroa uma década em que o número de grupos de ódio aumentou em 55%. A expansão teria sido muito maior em 2009 se não fosse o desaparecimento do Partido Americano Nacional de Trabalhadores Socialistas, uma rede neonazista cujo fundador foi preso em 2008.

Também houve um aumento de grupos "extremistas nacionalistas" – organizações paramilitares que vão além de advogar por políticas estritas de imigração e, na realidade, confrontam ou acossam imigrantes suspeitos. Esses grupos cresceram de 173 em 2008 a 309 em 2009, um aumento de quase 80%. Essas três correntes da direita radical – os grupos de ódio, os grupos extremistas nacionalistas e as organizações Patriotas – são os elementos mais voláteis da paisagem da política norte-americana. Tomados em conjunto, seus números aumentaram em mais de 40%, crescendo de 1.248 grupos em 2008 a 1.753 neste ano.

Já existem sinais de reminiscências da violência da direita radical dos 90. Os extremistas de direita assassinaram seis oficiais das forças de segurança desde que Obama assumiu. Skinheads, racistas e outros foram presos em supostos planos para assassinar o presidente. Mais recentemente, indivíduos com opiniões antigovernamentais e racistas foram presos em uma série de casos com bombas.

Os grupos de ódio na lista desse relatório incluem os neonazistas, nacionalistas brancos, neoconfederados, skinheads racistas, membros do Ku Klux Klan e separatistas negros. Outros grupos de ódio têm como alvo gays ou imigrantes, e alguns se especializam em produzir música racista ou propaganda que nega o Holocausto.

Contato das Assessorias da SSP RS

Contatos das Assessorias de Comunicação Social da SSP
12/03/2010 17:08


Para facilitar e tornar mais ágil o trabalho dos profissionais de imprensa que buscam informações da Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul (SSP/RS) e seus organismos vinculados (Polícia Civil, Brigada Militar, Instituto-Geral de Perícias e Superintendência dos Serviços Penitenciários), principalmente aos finais de semana e feriados, informamos os telefones celulares funcionais das respectivas assessorias, bem como telefones convencionais e e-mails para outras demandas durante a semana.

Solicitamos aos profissionais da mídia para que busquem sempre com as assessorias a intermediação de demandas junto às fontes de cada instituição. Ressaltamos também que ao pé da página inicial do site da SSP ( www.ssp.rs.gov.br ), no banner Cadastre-se, pode ser efetuado o registro para recebimento do mailing diário de notícias da Secretaria.

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Jessie Jane







Excelente entrevista com a grande companheira Jessie Jane exclusiva ao Jornal A Verdade em fevereiro de 2010, nº 113.
Logo em seguida enviarei a fantástica entrevista com Abelardo da Hora, do mês de março (nº 114) do Jornal A Verdade.
Encontrado nas principais bancas de revista de Belém a Porto Alegre.


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Jessie Jane: “A raiz da corrupção que está aí é o golpe militar de 1964”, A Verdade




Jessie Jane Vieira de Sousa é professora do departamento de história do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) e foi diretora do Instituto de janeiro de 2006 a janeiro de 2010. Possui graduação em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF), mestrado em História pela Universidade Estadual de Campinas e doutorado em História Social pela UFRJ.





Filha de um trabalhador mineiro, Jessie Jane se filiou à Ação Libertadora Nacional (ALN) em 1969. Na ALN conheceu Colombo e com ele viveu na clandestinidade até 1970. Ambos foram presos no dia 1º de julho de 1970, quando executavam a ação de seqüestro do Caravelle PP-PDX da Cruzeiro do Sul, no Rio de Janeiro.



Estava com 21 anos quando foi presa e barbaramente torturada. Permaneceu nove anos na penitenciária de Bangu (Presídio Talavera Bruce). Em 1972, obteve autorização judicial para se casar e em setembro de 1976, nasceu Leta, sua filha.



Depois que saiu da cadeia foi morar em Volta Redonda, onde trabalhou construindo arquivo do movimento operário. De 1999 a 2002, exerceu o posto de diretora do Arquivo Público do Rio de Janeiro, onde estão arquivados todos os documentos do antigo DOPS. Como pesquisadora, publicou oito artigos para periódicos, escreveu dois livros, além de dez textos para jornais e revistas e o mesmo número de trabalhos para congressos. Nessa entrevista, a professora Jessie Jane fala sobre a situação atual do país e da universidade brasileira.





A Verdade – Qual a sua avaliação sobre o golpe militar de 1964 e suas consequências para o povo brasileiro?

Jessie Jane – Foi uma das coisas mais dramáticas da história do Brasil. A sociedade brasileira vivia um momento de ascensão dos movimentos sociais, avanço da esquerda, dos movimentos sociais – e o golpe interrompeu isso. Não só do ponto de vista dos processos políticos que estavam sendo gestados e que foram ceifados. As consequências aí estão colocadas: corrupção, violência, tudo isso tem a raiz ali.



A Verdade – Para a universidade, em particular, o que representou a ditadura?

Jessie – Eu não estava na universidade quando houve o golpe, mas a UFRJ viveu isso de forma grave. Por exemplo: no curso em que eu dou aula, História, vários professores foram expulsos da universidade, houve intervenção, criou-se um vazio na universidade, do ponto de vista docente, e depois veio o amordaçamento da discussão. Acho que a universidade é hoje muito mais distanciada das questões nacionais. A universidade não tem uma interlocução com a sociedade, sua presença na sociedade é quase nenhuma. Não há projetos nacionais sendo gestados, isso tudo consequência desse esvaziamento causado pelo golpe. A universidade que existia no Brasil pré-64 tinha menos jovens. Era, digamos assim, mais elitista do que é hoje. No entanto, era um espaço de disputa política muito mais ativo. Hoje, ela vive um marasmo político absoluto. Eu diria até que é um espaço do conservadorismo, principalmente na área das humanas.



A Verdade – Por que até hoje os torturadores não foram punidos no Brasil?

Jessie – Por vários motivos. Primeiro por que há uma cultura política no Brasil que é de sempre as transições virem de cima; tem um conchavo entre as elites e chega-se a um acordo; e aí tudo o que passou pertence ao passado, e o passado fica petrificado. Isso foi feito na história do Brasil inteira, e a tal da transição democrática que foi feita, foi feita com isso. Tanto é que se diz: “Quem foram os personagens da transição?”. Tancredo, até Sarney é o personagem. E aí teve um acordo sinistro na verdade, de silêncio entre os golpistas, aqueles que eram parte do golpe, a tal da oposição democrática e até setores da esquerda foram parte desse silêncio. O movimento social não conseguiu avançar, e aí já estou me referindo ao movimento de defesa dos direitos humanos. Não consegui construir forças para produzir uma nova memória, porque a memória que se produziu é uma memória de que houve uma anistia, de que todo mundo foi anistiado, o que não é verdade. Quando Lula assumiu o governo, vários setores acharam que, com ele, iríamos avançar nessa questão, mas Lula não tem nenhum compromisso com isso. Acho até que, nos últimos dois anos, até avançou um pouquinho com Tarso Genro no Ministério da Justiça e com Paulo Vannuchi na Secretaria de Direitos Humanos, mas estamos muito longe disso. Eu tenho dúvidas de se ainda vamos conseguir punir os torturadores, mas tenho esperança.



A Verdade – O que fica de lição, para o povo, da luta contra a ditadura?

Jessie – Acho que há uma coisa que é importante, principalmente para minha geração: é um pouco da questão da democracia, entendeu? A gente tinha uma ideia um pouco diferenciada sobre a discussão democrática, porque a gente sempre pensava na democracia como uma democracia literal do século 19, aquela democracia do voto que a gente chamava de democracia burguesa, e que é mesmo, né? Faz parte da revolução burguesa, essa coisa. Só que, quando você vive num regime ditatorial, quando você não tem nenhum espaço de expressão, essa democracia burguesa é importante, e conseguir isso foi importante. Porque ela amplia a possibilidade de você construir uma democracia real. Quando todos os segmentos da sociedade conseguem espaço para se organizar, para se expressar, você vai alargando, pode alargar ou não, não é um resultado inevitável. Acho que é um pouco o que o Brasil tem tentado fazer ao longo desses anos, mas nós estamos muito aquém daquilo que deveria ser uma democracia real, em que todos tivessem acesso a tudo. Mas de qualquer forma acho que a luta contra a ditadura deu algumas lições para a gente, principalmente a ideia de quanto pior, é pior mesmo, não é “quanto pior, melhor”.



A Verdade – Qual o papel da luta armada para a derrota da ditadura militar?

Jessie – Analisar a luta armada é supercomplexo, até porque você tem uma interdição da história política brasileira em discutir essas coisas, e aí um discurso pacifista sempre tenta obstruir essas possibilidades. Do ponto de vista histórico, você não tem nenhuma mudança de regime, de modelo, que não tenha sido pela luta armada. Nenhuma classe entrega o poder a outra sem haver uma revolução ou qualquer tipo de rebelião. Nunca aconteceu e provavelmente não acontecerá. O Chile tentou isso e deu no que deu. Isso é uma experiência histórica que os povos viveram e de que, até hoje, não conheço outro modelo. Se alguém conhecer, me conte, porque eu não conheço. No caso do Brasil, é preciso contextualizar a opção da luta armada naquele momento histórico. Alguém assim falando hoje parece fazer parte de um bando de lunáticos que resolveram.. . Bem, mas penso que a luta armada tem, teve um papel na luta contra a ditadura, mesmo que seja um papel de exemplo.



A Verdade – Este ano foi divulgado um encontro em que o general Médici, à época presidente do Brasil, e o presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, discutiram a derrubada do governo [do presidente chileno Salvador] Allende, em 1973. Em junho do ano passado, houve um golpe militar em Honduras e muitos acreditam na participação dos Estados Unidos nesse episódio. Como vê a participação dos EUA nos golpes militares na América Latina?

Jessie – Bom, isso tudo está documentado. É documentação do Departamento de Estado, não sou eu que estou dizendo. Hoje se conhece toda a intervenção de fato dos Estados Unidos. Inclusive um colega meu da [cadeira de] História, o Carlos Fico, acabou de lançar um livro que se chama O grande irmão: da Operação Brother Sam aos anos de chumbo, que contém documentação do Departamento de Estado que mostra a presença dos Estados Unidos na articulação do golpe no Brasil, no Chile. Está mais do que documentado. Então esses golpes todos, na América Latina, desde os anos 1950, e as intervenções na América Central, a presença do governo americano... O problema dos Estados Unidos é que, quando está falando de governo norte-americano, você está falando de empresas, porque aquilo é um Estado empresarial, de interesses econômicos, políticos e ideológicos, e, naquele momento, no contexto da Guerra Fria. Hoje também há a presença dos Estados Unidos, porque se sabe que o governo Obama é um governo dividido. Há grandes personagens do Departamento de Estado que têm empresas em Honduras. Há um artigo muito interessante que saiu no Le Monde Diplomatique falando sobre isso. Que as empresas, essas empresas bananeiras todas são de americanos, gente do Departamento de Estado. E tem mais um outro detalhe, que é o seguinte: há hoje na América Latina um desequilíbrio, digamos assim, na correlação de forças, porque há governos, não vou dizer governos de esquerda, mas governos mais populares ou mesmo que ficam do centro para esquerda em quase todos os países. Na América Central você tem agora El Salvador, a Guatemala... tem esse Zelaya, que não é nenhuma flor que se cheire, mas pelo menos é um dissidente da oligarquia. E o Le Monde Diplomatique fazia uma análise muito interessante, mostrando que o golpe militar em Honduras era um balão de ensaio desses setores dos falcões americanos com setores conservadores latino-americanos, dizendo “olha, se der certo quem sabe poderemos fazer isso em outros lugares”. Por isso eu acho que a reação do Hugo Chávez é importante porque ele sabe disso: está a Venezuela ali, a Colômbia que os americanos apoiam estão ali... Na verdade, é a questão da geopolítica. As pessoas são muito ingênuas nisso. Esses setores empresariais americanos têm uma estratégia ao lado dos setores conservadores, e não é à toa que se vê como os jornais burgueses tratam isso. Está havendo um rearranjo da direita latino-americana. E daqui a pouco começam as eleições, e eles estão se rearranjando, Essa gente tem projeto, tem estratégia, e essa é sempre uma estratégia continental.



A Verdade – Que papel pode cumprir a universidade na conquista de uma nova sociedade?

Jessie – Hoje? Nenhum. Os estudantes discutem questões muito pontuais. Mesmo esses estudantes da chamada extrema-esquerda são muito míopes, não têm uma plataforma de discussão de Brasil. É tudo muito primário, se resume em lutas quase que intestinas, eles não têm uma representação na massa estudantil. A maioria dos estudantes, hoje, chega aqui, estuda e vai para casa, e quer seu diploma para poder subir na vida. Não se tem um movimento de professores que tenha discussão além do corporativo – ou então cada um com seu projeto de pesquisa. Os funcionários são só corporação, só discussão de direitos. Deveres? Nenhum. Acho que nesse momento a única coisa que você pode fazer é formar bem seu aluno para ele ser um bom professor.



A Verdade – Como vê a atual situação do Brasil?

Jessie – De forma muito pessimista. Acho que os movimentos sociais estão quase todos cooptados pelo governo federal, uma central sindical absolutamente chapa-branca; uma coisa que o governo Lula fez, a despeito de todas as coisas boas que foram feitas – e reconheço que o governo Lula é muito melhor do que o governo Fernando Henrique, evidente. Mas houve no governo Lula um esvaziamento enorme dos movimentos sociais. Hoje existe uma cooptação clara e evidente de lideranças de movimentos. Não vejo nenhuma autonomia nos movimentos sociais. Quem ainda tenta fazer algum discurso autônomo, mesmo assim muito fraco, é o MST, que está sendo criminalizado. Também o MST me parece que está, um pouco, vivendo assim sem rumo. Do ponto de vista sindical, o que vejo é uma coisa corporativa, esvaziada de conteúdos políticos mais relevantes, cooptação das centrais. A CUT é uma central chapa-branca. O resto já era mesmo. Um movimento estudantil também chapa-branca. Essas organizações que se opõem à UNE também não conseguem ter um discurso que pegue. Eu vejo aqui, os meninos vêm aqui dizer um monte de abobrinhas, é uma coisa monocórdia, uma coisa que não tem consequência porque, para poder atingir o conjunto dos estudantes, é preciso uma fala que tenha a ver com a vida das pessoas, não adianta querer... Então, eu vejo o Brasil, hoje, com muitos problemas. Diferente, por exemplo, de um país como a Bolívia, que tem uma tradição de participação, de demandas, nós somos uma sociedade hoje muito acomodada nos nossos índices de país em desenvolvimento.



Gabriela Gonçalves Cardoso, Rio de Janeiro




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Palácio Piratini

Obras
Governadora anuncia R$ 8,5 milhoes de investimentos para Viamão
Verba será aplicada em obras de pavimentação asfáltica, "Pusemos em prática o Governar para Todos", afirmou Yeda em visita ao municípío. Executivo
Yeda reajusta salários de servidores de órgãos extintos da administração estadual
A medida é válida para cargos de provimento efetivo e em comissão extraordinários (CCEX) criados, respectivamente, pela Lei nº 10.959, de 27 de maio de 1997, e pelo artigo 7º da Lei 10.717, de 16 de janeiro de 1996. Segurança
Delegacia de Polícia de Porto Alegre recebe prêmio nacional de qualidade
Pesquisa da Altus e Aliança Global analisou 109 delegacias a partir do ponto de vista do atendimento ao cidadão. Prêmio será entregue dia 16, em São Paulo. Administração
Carazinho, Taquara e Erechim recebem escritórios regionais da Junta Comercial
Nova unidades servem para descentralização dos serviços de análise e processos de abertura de empresas em menor tempo. Trânsito
Pelotas terá regional do Detran/RS para aplicação de provas teóricas
Interiorização integra a reestruturação da autarquia. Em Pelotas, atualmente, são mais de 110 mil condutores

News Negro

Jovens de cursinho pré-vestibular para alunos de baixa renda ...
Correio Braziliense
u201D Membro do Círculo Palmarino, ligado ao movimento negro, Joselício Junior, destacou que o grupo defende a adoção de cotas como elemento de reparação ...
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Bombeiros convocam candidatos que se declararam negro para entrevista
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Candidatos que se declararam negro no ato de inscrição do Concurso Público para ingresso no curso de formação de oficiais e de soldados do Corpo de ...
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Destruir a obra
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Ela não vê a sua ascensão, nem a do presidente Obama, como provas de que não há barreiras para negros e mulheres. Essa sinceridade é encantadora porque é ...
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DNA do carioca é europeu, aponta pesquisa da Uerj
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Já o negro não tinha a mesma liberdade para se relacionar com a branca", explica Cavalcanti. Assim, os genes europeus foram sendo passados ao longo dos anos ...
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Conjunto vazio, por Maria Conceição Lopes Fontoura*
Zero Hora
Mulheres negras ingressaram no Rio Grande do Sul para trabalhar no campo e nas cidades. Encontram-se as marcas do trabalho realizado pelas afrodescendentes ...
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Ativista que morreu em janeiro é homenageada na entrega do Prêmio ...
Agência Brasil
O movimento negro considera as cotas uma das grandes conquistas para reduzir a desigualdade racial no país. Além de Edialeda, o júri foi composto por Lúcia ...
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Noticiários sobre a Audiência Pública sobre as Cotas Raciais
Vooz
Zarur criticou iniciativas como o Centro de Convivência Negra da Universidade de Brasília, ao que chamou de “monumento à segregação” e “gueto físico”. ...
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HEITOR (((((º_º))))) CARLOS
http://portodoscasa is.blogspot. com/
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Camponesas

CAMPONESAS LUTAM CONTRA O AGRONEGÓCIO E A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
8/3

Somando-se à luta feminista durante este 8 de março, as mulheres da Via Campesina se mobilizam por todo o país para denunciar os malefícios do agronegócio contra a vida e o trabalho das camponesas. Atos, protestos e atividades de formação e estudos acontecem desde a semana passada em todas as regiões do País.

A Jornada de Luta contra o Agronegócio e contra a Violência: por Reforma Agrária e Soberania Alimentar pretende resgatar a data como o Dia Internacional de Luta das Mulheres Trabalhadoras e questionar o modelo de desenvolvimento imposto pelas empresas transnacionais, pelos bancos, pelo governo e pelo Estado para o campo brasileiro. Neste ano são comemorados os 100 anos do 8 de março. “Defendemos alternativas viáveis como a agroecologia, a agricultura camponesa cooperada, a produção de alimentos saudáveis. A Reforma Agrária continua sendo uma medida democratizante e importante para a implantação destas propostas”, afirma Marina dos Santos, integrante da coordenação nacional do MST.

O atual modelo econômico não tem condições de gerar desenvolvimento e melhores condições de vida para a população, garantindo os direitos sociais e a Reforma Agrária. Segundo o Censo Agropecuário de 2006, a agricultura familiar é a responsável por 85% da produção de todos os alimentos. E é nela que trabalham 85% das pessoas do campo.

Além disso, poucas empresas no mundo controlam a produção de alimentos, desde a semente até a venda para o consumo. Em 2005, as dez maiores produtoras de semente controlavam cerca de 50% do mercado mundial. Com isto, as relações de trabalho, os direitos trabalhistas e previdenciários das mulheres e homens são violados constantemente.


A questão agrária continua sem solução: existem no Brasil 90 mil famílias acampadas e mais de quatro milhões de famílias sem-terra no País. A parcela de mulheres beneficiárias pela Reforma Agrária é baixa (12,6% em 1996; 13% em 2002 e 13,6% em 2003). Na Colômbia, esse índice chega a 45%. Segundo a FAO, somente 1% das propriedades rurais em todo o mundo estão em nome de mulheres.

Estados

Em São Paulo, a 250 mulheres da Via Campesina participam da 3ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres. A partir de hoje (8/3), as mulheres começam a marcha de Campinas a São Paulo com mobilizações nacionais simultâneas de diferentes tipos, formas, cores e ritmos para marcar o centenário da Declaração do Dia Internacional das Mulheres.

No Rio de Janeiro, trabalhadoras da Via Campesina e do Comitê de Erradicação do Trabalho Escravo marcham na BR-101, rumo à Usina Capim, em Ururaí, Campos dos Goytacazes. Em 2009, o estado liderou os índices de resgate de trabalhadores em situação análoga ao escravo. Foram 715 trabalhadores resgatados pelo Ministério Público do Trabalho, num total de 4.283 em todo o Brasil.

No Paraná, cerca de 1.000 camponesas ocupam a Usina Central do Paraná desde as seis horas da manhã na cidade de Porecatu (norte do Paraná). O ato denuncia a monocultura da cana e o trabalho escravo.

No Ceará, mais de 400 mulheres estão em frente à indústria química Nufarm, no Novo Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza. Elas fazem protesto contra a fábrica, oitava maior produtora de agrotóxicos do mundo.

Na Paraíba, 400 mulheres da Via Campesina marcham pelas ruas do município de Sousa, sertão da Paraíba. Elas denunciam o uso desenfreado de agrotóxicos pelo grupo Santana, grande empresa agrícola. Os maiores prejudicados são as famílias acampadas no pré- assentamento Isabel Cristiano.

Em Alagoas, as manifestantes acampam na praça dos Martírios, nem Maceió, em frente ao Palácio do Governo do Estado, ficando ali instaladas para as atividades da semana. Em Arapiraca, cerca de 350 trabalhadoras da Via Campesina realizam ato nesta manhã na praça Marques, Centro. Em Delmiro Gouveia, uma marcha discute a construção do Canal do Sertão, obra que deve privilegiar os grandes latifundiários, já que seu usufruto será comercial.

Em Pernambuco, cerca de 180 mulheres reocuparam, pela quinta vez, a Fazenda Uberaba, no município de Bonito, brejo pernambucano. As manifestantes montaram acampamento ontem (7/3) junto com suas famílias. Em 2004, homens armados perseguiram militantes do MST acampados próximos à fazenda. Um dos homens foi identificado como filho da proprietária da área que mantinha pistoleiros fortemente armados.

Em Minas Gerais, durante os dias 6, 7 e 8 de março, 500 mulheres se mobilizam para denunciar a situação de opressão em que vivem por causa do agronegócio, da violência e do machismo, da criminalização e acima de tudo do sistema capitalista.

Em Tocantins, mais de 800 mulheres da região Amazônica e demais movimentos populares do Estado do Tocantins farão uma caminhada em comemoração aos 100 anos de instituição do dia 8 de março. O protesto será em defesa da vida, pelos direitos humanos e pela soberania alimentar.

As mulheres do Mato Grosso promovem uma campanha de doação de sangue em frente aos correios e a Igreja Matriz, em Várzea Grande. As mato-grossenses estão reunidas no Encontro Estadual de Mulheres Trabalhadoras Rurais do estado que será marcado por debates sobre a atual conjuntura, os impactos sociais, ambientais e econômicos do agronegócio e o papel da mulher na transformação da sociedade.

No Rio Grande do Sul, trabalhadoras da Via Campesina, do MTD (Movimento dos Trabalhadores Desempregados), da Intersindical e do Levante da Juventude estão mobilizadas desde o dia 3/3. As manifestantes promoveram palestras e ocuparam a Delegacia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em Porto Alegre. Elas ainda se somaram aos estudantes e trabalhadores urbanos no dia 4/3 para uma vigília na reitoria da UFRGS em protesto contra a votação do projeto do Parque Tecnológico.

Leia o manifesto em: http://www.mst.org.br/especiais/35

Informações à imprensa: Mayrá Lima - (61) 96846534
Mariana Duque – (21) 97363678
Assessoria de Comunicação em SP - (11) - 96903614





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Mulheres


À todas as companheiras que nos leem, repassam. À todas as mulheres.
Nas suas jornadas diárias, nas suas lutas para a conquista de espaços e direitos. E para que não percam jamais a beleza e a graciosidade de ser mulher,
o nosso reconhecimento e da Carta O Berro, nesse dia 8 de março e em todos os dias.
Parabéns companheiras!
Vanderley


Ps. Vejam abaixo o ensaio enviado pelo camarada Augusto Buonicore, em vários capítulos sobre a história da luta das mulheres/ e o vídeo do Chico "Mulheres de Atenas.
Ainda, enviado pela companheira Fernanda Tardin, dois vídeos espetaculares das mulheres em circunstâncias diferentes, na luta, sem perder a sua condição de mulher
" Pq. é importante destacar a luta em conjunta de companheiros para avanços de genero é preciso!
"





Camaradas

Leiam o ensaio "A luta de libertação da mulher e o socialismo" no novo portal da Fundação Maurício Grabóis.

http://fmauriciograbois.org.br/portalNEW/revista.int.php?id_sessao=9&id_publicacao=102&id_indice=339

Ouçam e vejam Chico Buarque em Mulheres de Atenas

http://fmauriciograbois.org.br/portalNEW/revista.int.php?id_sessao=9&id_publicacao=102&id_indice=277

Viva os 100 anos do 8 de março!

Augusto Buonicore


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Pq. é importante destacar a luta em conjunta de companheiros para avanços de genero é preciso!

http://www.youtube.com/watch?v=HlShJ2u72lc

e

http://www.youtube.com/watch?v=8Zo9BT4Xa oM

No dia Internacional das Mulheres, um video conta de mulheres, de lutas e do fracasso de empresarios norte americanos, 100 anos atras , no dia 08 de março.
Aos camaradas e companheiros, agradeceremos a solidariedade e companheirismo nas tantas lutas de vida e ideais. Juntos Somos Fortes ou como falou CHE :
Unidos Venceremos, Hasta La Vitória
JUNTOS SOMOS FORTES. Somos a base da piramide, 180 milhoes de brasileiro, só falta fazermos uso dessa força e assim evitar que o topo nos manipule.
bjs
Fernanda Tardin




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Destaque Vermelho

TVSocialista debate desafios da mulher nos 100 anos do 8 de março

Conheça Amodio, uma estrela brasileira na Olimpíada de Vancouver




Jornal da Rádio Vermelho Especial Dia da Mulher

Tucanos farão "força-tarefa" para conter
queda de Serra em SP
e ouviu um "não" "Candidato clandestino"
Sangria de Serra põe tucanos e mídia em estado de alerta
Mesmo sem anunciar sua candidatura à Presidência, José Serra (PSDB-SP) segue em plena movimentação. Mas, enquanto o tucano não assume que está na disputa, a grande mídia dispara sem piedade. "Ou ele disputa o Planalto ou sai da vida pública", esbraveja o Estadão.






Trabalhadores em luta
Força Sindical inaugura sede e sinaliza amplo apoio a Dilma A classe média do Brasil
Frei Betto: como vivem 91 milhões de brasileiros num país injusto
Rádio Vermelho
José Reinaldo: eleição num Iraque sob ocupação é farsa Resposta bolivariana
Chávez: Hillary é uma "Condoleezza loura" que agride a Venezuela




As adversidades de José Serra

Blog do Renato
Um novo tempo para as mulheres
Mazé Leite
Anita, a mulher que modernizou as artes brasileiras

Carlos Pompe
Babando a descendência

Eduardo Bomfim
O futuro de Alagoas

Cloves Geraldo
"A Fita Branca": A Gênese da Serpente

João Guilherme Vargas Netto
As duas lâminas da tesoura





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Prefeitura de Porto Alegre RS


Notícias


A MANCHETE
Novos agentes e mais câmeras para monitorar o trânsito da cidade
DENGUE
Sarandi recebe veneno contra o Aedes aegypti
Novo bloqueio no bairro Petropólis
DESTAQUES
Plano municipal prevê ações integradas para a mulher
Feira do Material Escolar vende mais de R$ 1 milhão
Lei estabelece destinação correta a resíduos da construção civil
Começa a vacinação contra a Gripe A
Caminhada reúne trabalhadoras no Centro
PORTO ALEGRE CULTURAL
Céus artificiais na Galeria Lunara
Inscrições para Gincana Solidária começam amanhã
PREVISÃO DO TEMPO
Conheça a previsão para os próximos dias
TEMPO HOJE
Veja imagem de satélite
VEJA PAUTAS PARA AMANHÃ
Confira as atividades da prefeitura previstas para 09 de março



Notícias da prefeitura na imprensa

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Notícias em Jornal Notícias em TV Notícias em Rádio Notícias na Internet




Todas as Notícias

A MANCHETE
Novos agentes e mais câmeras para monitorar o trânsito da cidade
Amanhã, às 11h, no Paço, serão apresentados os 70 novos agentes de fiscalização da EPTC, chamados por meio de concurso. No total, Porto Alegre contará, a partir de agora, com 464 agentes de fiscalização. Também na terça-feira, entrarão oficialmente em funcionamento 15 novas câmeras de monitoramento, instaladas em vias de intenso fluxo da capital, com o objetivo de realizar operações especiais e agilizar o fluxo de veículos. Somadas às outras 16 que operavam desde novembro 2008, a população agora será atendida por 31 câmeras. Leia mais...

DENGUE
Sarandi recebe veneno contra o Aedes aegypti
Começou hoje a aplicação de inseticida para a forma adulta do mosquito Aedes aegypti no Bairro Sarandi. A ação ocorre devido ao registro de um caso de dengue importado de fora do Rio Grande do Sul. A atividade complementa as ações preventivas do Programa da Dengue de Porto Alegre, sendo realizada após a visita domiciliar com a remoção das formas larvais do mosquito. Nessa etapa, é utilizado um produto inseticida em ultra-baixo volume, com máquinas costais portáteis. Leia mais...

Novo bloqueio no bairro Petropólis
A ação ocorre amanhã devido a um caso importado de dengue contraído em Ijuí. Será aplicado inseticida para a fase adulta do mosquito Aedes aegypti em trechos das ruas Protásio Alves, Lucas de Oliveira, Dona Eugênia, Corte Real, Luiz Só, Rômulo Telles Pessoa e Jaime Telles. A Secretaria de Saúde pede que a população auxilie permitindo a aplicação do inseticida na área externa da residência e tomando os cuidados indicados pelos técnicos. Leia mais...

DESTAQUES
Começa a vacinação contra a Gripe A
Os profissionais de saúde e indígenas são os primeiros a ser vacinados contra a Gripe A. Eles serão imunizados de hoje até 19 de março. Essa é a uma das cinco etapas da campanha nacional. Em Porto Alegre, cerca de 30 mil vacinas estão chegando aos postos para a fase inicial da imunização. Conforme a Secretaria de Saúde, a vacina é apenas um dos instrumentos de prevenção à gripe, portanto, não garante 100% de imunização. Sendo assim, é fundamental que a população também mantenha as medidas de higiene pessoal para evitar a doença. Leia mais...

Plano municipal prevê ações integradas para a mulher

Lançado hoje, o plano foi elaborado com base na percepção das mulheres quanto a preocupações essenciais como saúde, geração de renda, qualificação profissional, educação, segurança, mobilidade, desenvolvimento sustentável e relações sociais igualitárias. O documento foi produzido a partir de ações e programas de cada secretaria para formar a política de apoio às mulheres em todas as áreas. “É um conjunto de ações integradas, em que a mulher é o personagem principal”, explicou o prefeito José Fogaça. Leia mais...

Feira do Material Escolar vende mais de R$ 1 milhão

Em 32 dias, a Feira do Material Escolar superou em 40% o faturamento registrado em 2009, de R$ 873 mil. As vendas da edição encerrada no último sábado, 6, chegaram a R$ 1.236 milhão. Foi um novo recorde, maior que o de 2008, de R$ 1.029 milhão. O evento já é tradicional na cidade e atraiu 78 mil visitantes ao térreo do Mercado Público. Leia mais...

Caminhada reúne trabalhadoras no Centro
No dia em que são celebrados os cem anos do Dia Internacional da Mulher, o prefeito José Fogaça acompanhou hoje a caminhada promovida pelas trabalhadoras da Força Sindical. O roteiro começou na avenida Cristóvão Colombo e incluiu ruas do Centro até a Igreja do Rosário, onde, no final da manhã, foi realizado um culto ecumênico. Ao longo do percurso, foram distribuídas rosas para homenagear as mulheres. Leia mais...

Lei estabelece destinação correta a resíduos da construção civil

Será sancionada amanhã, pelo prefeito José Fogaça, às 15h, no Paço Municipal, a lei que institui o Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil em Porto Alegre. Ao determinar que os materiais sejam dispostos de forma adequada, a lei evitará o descarte em locais impróprios ou em aterros sanitários. Dentro da proposta, está a criação de centros de beneficiamento, reciclagem e disposição final dos resíduos, além da abertura de microcentros de recebimento e triagem de pequenos volumes. Leia mais...

PORTO ALEGRE CULTURAL
Inscrições para Gincana Solidária começam amanhã

Reunir escolas da rede municipal para realizar atividades envolvendo solidariedade, saúde, meio ambiente e sustentabilidade está entre os objetivos da 2ª Gincana Solidária, promovida pela Smed. O evento será realizado de 15 de março a 15 de dezembro, envolvendo as instituições de ensino infantil, fundamental e médio. Interessados devem fazer as inscrições de amanhã, 9, a quinta-feira, 11, no site da secretaria (clique aqui). Leia mais...

Céus artificiais na Galeria Lunara

A exposição "Céus artificiais", dos artistas Diego Amaral e Túlio Pinto, será inaugurada na quinta-feira, 11, às 19h, na Galeria Lunara, 5º andar da Usina do Gasômetro. A parceria traz o azul como indicador simbólico de um lugar ideal e, unindo gestos opostos, gera uma geografia subjetiva. Visitação de terça-feira a domingo, das 9h às 21h, até 4 de abril. Outras informações pelo fone 3289-8133 ou no site www.galerialunara.blogspot.com. Leia mais...

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Palácio Piratini

Segurança
Yeda anuncia construção de penitenciária feminina com 600 vagas em Guaíba
Será a primeira casa prisional construída para atender especificamente a mulheres. Obras integram o Programa Estruturante Cidadão Seguro. Dia Internacional da Mulher
Governadora é homenageada por participantes da Cavalgada da Mulher
"A igualdade é uma conquista social, mas é preciso avançar ainda mais para combater a violência e a discriminação", ressaltou Yeda às integrantes do Instituto Anita Garibaldi. Japão firma parceria para obras em escolas estaduais
Quatro instituições serão beneficiadas com obras no valor de R$ 990 mil doados pelo Governo do Japão. Encontro
Definidas ações prioritárias na 1ª Conferência Estadual de Defesa Civil
Evento reuniu, em Porto Alegre, mais de 600 participantes, permitindo estabelecer ações pertinentes para serem abordadas pelo Sistema Nacional de Defesa Civil.



Nova Petrópolis
Encontro reúne conselheiros municipais de meio ambiente neste final de semana
Inscrições podem ser feitas através do site www.famurs.com.br. O evento acontecerá nos próximos dias 11, 12 e 13 de março.

A Nota É Minha
Programa permitiu à escola estadual de Montenegro instalar equipamentos de ar-condicionado
Mobilização de pais, alunos e professores garantiu 300 mil cupons fiscais nos últimos dois trimestres. Além das salas refrigeradas, os alunos aprenderam a evitar a sonegação.

Segurança Bancária

Seminário debate segurança bancária na Capital
08/03/2010 18:41


O Banrisul promoverá o Seminário Estadual de Segurança Bancária, nesta quarta-feira (10), a partir das 9h, no Teatro do CIEE (Rua Dom Pedro II, nº 861), em Porto Alegre. O encontro reunirá os maiores especialistas brasileiros no setor para uma troca de experiências sobre o cenário atual da segurança nos bancos. No evento, estarão em debate as técnicas mais inovadoras que estão sendo utilizadas em todo o País, com o objetivo de otimizar a segurança bancária.

O seminário é dirigido a profissionais e gestores das áreas de segurança patrimonial, jurídica, controladoria, serviços bancários e tecnologia. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do site www.capacita.com.br/segurancabancaria . As vagas são limitadas.

Fonte: www.estado.rs.gov.br

Dia Internacional da Mulher




ESPECIAL: 8 de Março


Parabéns, mulher! Pelo Dia Internacional da Mulher e pela tua luta cotidiana!

Núcleo Piratininga de Comunicação






Origens do Dia da Mulher



Quando começou a ser comemorado o Dia Internacional da Mulher?

Quando começou a luta das mulheres por sua libertação?

Qual é a influência do movimento socialista na luta das mulheres?

E o 8 de Março, como nasceu?

E, mais importante de tudo. Como continuar a luta pela

dignidade, igualdade e participação da mulher na sociedade?





Por Vito Giannotti



A história da luta das mulheres e da criação do Dia da Mulher é objeto de muitos livros e artigos. È uma história longa e que vem de longe. Do século passado. Para se ter uma ideia da extensão desta luta vamos voltar ao ano de 1910. Pois é, a decisão de criar o Dia da Mulher foi tomada há quase cem anos. Em agosto de 1910, mulheres reunidas na Conferência das Mulheres Socialistas, na Dinamarca, decidiram criar o Dia da Mulher.



Na ocasião, não ficou decidido qual seria este dia. O mês de março foi escolhido ao acaso. Em 1914, a França escolheu o dia 9 de março para fazer o seu ato e a Alemanha o dia 8. Antes já havia sido celebrada em várias datas, nos EUA; e em 1º de março, na Suécia.



E como se chegou ao 8 de março? No dia 23 de fevereiro de 1917 pelo calendário russo, que correspondia ao 8 de março no calendário ocidental, mulheres tecelãs da Rússia começaram uma greve que mudou completamente os rumos da política do país. Em 1921, a Conferência das Mulheres Comunistas, realizada em Moscou, adota o dia 8 de Março como data unificada do Dia Internacional das Operárias. A partir desta data, os socialistas espalham pelo mundo o 8 de março como data das comemorações da luta das mulheres.



A história desta greve ficou esquecida durante muito tempo. E uma nova versão do 8 de março começou a circular entre o movimento feminista e o movimento dos trabalhadores. Uma história triste que falava de uma greve, ocorrida no ano de 1857, em Nova Iorque, na qual 129 operárias têxteis haviam morrido queimadas após o patrão ter ateado fogo à fábrica.



Desde a década de 1970, porém, este fato já era questionado por mulheres que estudavam o tema. Teria mesmo ocorrido esta greve com mulheres queimadas? Não havia indícios sobre elas em nenhum jornal ou outro documento da época. Sequer relatos orais. Estas pesquisadoras foram à luta e fuçaram a origem da data.



Depois de muito trabalho, muita pesquisa, comprovaram que a origem do 8 de Março é bem outra. É uma história alegre. A história da greve bem sucedida das costureiras de São Petersburgo, na Rússia, em 1917, que obrigou o czar a mudar radicalmente o regime de opressão. A greve foi o estopim da Revolução Russa.



Vamos aos fatos?

No Brasil, um dos primeiros textos que contam o nascimento do 8 de Março, sem a historinha das 129 mulheres queimadas vivas, é o artigo 8 de Março: Conquistas e Controvérsias, baseado em farta bibliografia, de 1995, da estudiosa, Eva A. Blay.



Em 2001, a SOF publica um texto no qual conta a história da origem do Dia da Mulher: Dia Internacional da Mulher: em busca da memória perdida. Nele está escrito que o Dia da Mulher nasceu da decisão das mulheres socialistas, na Conferência de 1910, com a única orientação de ser num dia específico. Na Conferência não houve referência à greve Nova Iorque e às 129 mulheres queimadas. O texto aponta como origem do primeiro 8 de Março da história, a famosa greve das mulheres tecelãs de São Petersburgo, em 1917.



Ao final, indica, como referência bibliográfica, o texto-chave sobre o assunto. Um livro de uma pesquisadora canadense intitulado: O dia Internacional da Mulher – Os verdadeiros fatos e datas das misteriosas origens do 8 de março, até hoje confusas, maquiadas e esquecidas.



A autora, René Cote, após doze anos de pesquisa prova, através de mil documentos, que a história da origem do 8 de Março é mais bonita do que aquela que ouvimos até hoje.

Há vários outros estudos, em vários países, cada um acompanhado de uma vasta bibliografia, que vão no mesmo sentido das pesquisas da Côté. Um destes é um estudo de Liliane Kandel, de 1982, O Mito das Origens: sobre o Dia Internacional da Mulher.



Neste texto, a autora mostra como se construiu o mito das 129 queimadas. Como se chegou a inventar a tal greve que nunca aconteceu, naquela fábrica que nunca existiu, com as 129 mulheres queimadas que nunca existiram. Mostra que este mito nasceu, aos poucos, de uma preocupação legítima dos comunistas franceses, nos anos 1950, querendo ampliar o alcance do Dia da Mulher. Nasceu, sem ninguém perceber como, da necessidade de sair da limitação de “Dia das mulheres comunistas” e chegar a um dia geral da luta da mulher, seja ela socialista, libertária, comunista, cristã, ou simplesmente mulher em busca de sua identidade e libertação do peso de séculos de opressão.



A origem do mito da greve de 1857
A primeira menção a essa greve, sem nenhum dos detalhes que serão acrescentados posteriormente, aparece no jornal do Partido Comunista Francês, na véspera do 8 de Março de 1955. Mas onde se dá a fixação da tal greve de 1857 é numa publicação da Federação Internacional Democrática das Mulheres, de 1966, na então Alemanha Oriental.



O artigo fala rapidamente, em três linhas, de um incêndio que teria ocorrido em 8 de março de 1857 e matado 129 tecelãs. Continua dizendo que, em 1910, durante a 2ª Conferência da Mulher Socialista, a dirigente Clara Zetkin, em lembrança à data da greve das tecelãs americanas, teria proposto o 8 de Março como data do Dia da Mulher. É aqui, neste artigo que começou a confusão toda.



Esta versão teve origem da mistura com outros fatos ocorridos na cidade de Nova Iorque, mas em outra época. O primeiro foi uma longa greve real, de costureiras, que durou de 22 de novembro de 1909 a 15 de fevereiro de 1910.



O outro fato foi um incêndio ocorrido numa fábrica têxtil, em 29 de março de 1911 que causou a morte por falta de segurança de 146 pessoas, na maioria mulheres.



Essa fábrica pegando fogo, com dezenas de operárias se jogando em chamas, do oitavo e nono andar, nos dá a pista do nascimento do mito daquela greve de 1857, na qual teriam morrido 129 operárias num incêndio provocado propositadamente pelos patrões.

É assim, pela combinação de casualidades, sem plano diabólico pré-estabelecido, que nasce a maioria dos mitos. Assim nasceu o das 129 queimadas vivas.



A canadense Renée Côté pesquisou, durante doze anos, em todos os arquivos da Europa, EUA e Canadá e não encontrou nenhuma traça da greve de 1857. Nem nos jornais da grande imprensa da época, nem em qualquer outra fonte de memórias das lutas operárias.



Ela afirma e reafirma que essa greve nunca existiu. É um mito criado por causa da confusão com a greve de 1910; com o incêndio de 1911, nos EUA; e com a greve das costureiras de São Petersburgo, na Rússia, em 1917.



O mito estava fixado, firmado e consolidado. Agora era só repeti-lo.



Para saber mais consulte www.piratininga.org.br (vários artigos)





O feminismo dos anos 1960 retoma o Dia da Mulher

Na década de 60, o mundo vivia uma grande convulsão político-ideológica. No Ocidente, os estudantes passaram dos livros de Marcuse a Alexandra Kollontai e Wilhem Reich com sua Revolução Sexual e A Função do Orgasmo. As mulheres americanas se manifestavam contra a Guerra do Vietnã e falavam em libertação das mulheres. Na América Latina, mulheres com a metralhadora nas costas lutavam contra as ditaduras que oprimiam todo o continente. No mundo inteiro nasce o movimento feminista, diversificado, confuso mas muito ativo.



Os estudantes erguiam barricadas em Paris, tomavam as ruas em Praga, Berkley e Rio de Janeiro e falavam de revolução e de amor: Revolução social e sexual. Falava-se em socialismo em libertação das últimas colônias da opressão dos paises colonialistas da Europa, e falava-se em libertação das mulheres.



As feministas nas suas manifestações falavam de “mística feminina”, atacavam as várias manifestações de machismo. As mulheres estavam cansadas de serem tratadas como “brinquedo do homem”, como “ objeto de cama e mesa”.



Nesse caldeirão cultural mundial, em Chicago, em 1968; e em Berkley, em 1969, se retoma, através de boletins e jornais feministas, a idéia do Dia Internacional da Mulher.


Expediente


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Tel. (21) 2220-56-18 / 9923-1093
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Indios


Segmento defende o reconhecimento e a regulamentação profissional de ofícios tradicionais de Mestres da Cultura Popular



Representantes de grupos e comunidades tradicionais das Culturas Populares querem o reconhecimento e a regulamentação profissional de ofícios tradicionais desenvolvidos por diversos Mestres da Cultura Popular em todo o Brasil. Esta é uma das reivindicações do segmento incluída nas cinco propostas aprovadas pelos cerca de 150 representantes das várias manifestações culturais presentes nas cinco macrorregiões brasileiras que participaram da Pré-Conferência Setorial de Culturas Populares, realizada de 8 a 9, em Brasília.

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No primeiro dia de debates, delegados defenderam, entre outros pontos, a criação de Conselhos Municipais de Cultura



O mestre Zé Rolinha, de Laranjeiras, Sergipe, abriu a Pré-Conferência de Culturas Populares com uma canção da “Chegança”, pedindo a proteção de Nossa Senhora para os trabalhos da Plenária. No período da manhã, o segmento aprovou o regimento interno, e apresentou propostas para as diretrizes e ações priorizadas na carta elaborada durante o I Seminário de Políticas Públicas para as Culturas Populares realizado, em Brasília, em 2005.

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Indígenas querem a criação de um programa de ações para a valorização da cultura do segmento



Delegados e delegadas da Pré-Conferência de Culturas Indígenas encerraram os trabalhos ontem (dia 09), último dia do evento, com um canto religioso. Uma grande novidade foi a participação feminina na composição do primeiro colegiado do segmento, já pleiteada anteriormente pelo Grupo de Trabalho Indígena que, desde sua criação, em 2004, não possuía mulheres indígenas em sua constituição. A continuidade das ações do GT também foi assegurada por meio da eleição de membros do grupo. Dentre as principais propostas aprovadas para a II ª Conferência Nacional de Cultura, que acontecerá, também em Brasília, de 11 a 14 de março, está a criação de um programa de ações de valorização e difusão do patrimônio cultural indígena.

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No dia Internacional da Mulher, delegados da setorial garantem 50 por cento de participação feminina no Colegiado de Culturas Indígenas

A Pré-Conferência de Culturas Indígenas começou hoje com uma demonstração da força da mulher indígena, no Dia Internacional da Mulher. Como delegadas, elas garantiram, por meio de voto da Plenária, que 50 por cento das vagas no Colegiado Setorial do segmento sejam ocupadas por elas. Os delegados, índios e não índios, da Pré-Conferência de Culturas Indígenas, também decidiram que os indígenas farão parte de 50 por cento das vagas do Colegiado Setorial.



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