quinta-feira, 19 de março de 2009

Entrevista com a Vereadora Sofia Cavedon parte final

Entrevista com a Vereadora Sofia Cavedon

JN: Instrumentalizar essa escola?
Sofia: - A escola, o professor tem um importante papel nesses novos tempos, que vivemos de estrutura familiar à gente tem que se dar conta que a mulher saiu de casa, sobrevivência da família, esta trabalhando fora a pouco tempo, trinta e quarenta anos. Bom isso não justifica crianças não terem referencia familiares, mais ainda temos que agregar profunda desigualdade social, a violência, essa cultura discriminatória das religiões, etnias, de gênero, tudo isso traz uma criança e um adolescente mais desorganizado, mas essa criança e adolescente mais desorganizada é a criança inteira que está entrando na escola, então nós temos que superar na escola que a criança chegue pronta e nós vamos trabalhar com o intelecto dela nosso aluno é o integral, a discussão da educação integral nós vamos receber esse aluno do corpo e alma, como o seu corpo, com suas tristezas, com suas angustias, com suas ausências, com sua fome, com a sua gordura, com sua deficiência, sendo negro ou sendo branco, acreditando em Deus ou não, sendo católico ou umbandista, e, portanto o currículo não pode ser currículo porque esta todo fragmentado que não tem nada a ver a vida da criança. Bote a criança no seio do debate, currículo é o meio, o conteúdo é um meio não é o fim, é um meio do qual a criança vai aprender por aprender, ela vai se encontrar na história, então quem sou eu na história do Brasil? Quem sou eu na historia de Vacaria? Quem sou eu na historia do RS, Quem é a minha família? O que eu acho dessa história? Qual o posicionamento que eu tenho? É para construir identidade que nós estamos na escola, isso é ser psicólogo, não, mas a gente tem essa competência técnica, a gente que estudou a gente tem a competência técnica, estabelecer pontes com as famílias até para as famílias, se darem conta o que elas não estão fazendo, a nossa tarefa nós estudamos psicologia de desenvolvimento na universidade, nós estudamos, filosofia, sociologia, nos preparamos para dar aula didática, pai e mãe não se preparam para ser pais e mães ninguém se prepara para ser pai e mãe, então nós levamos a educação para além dos muros da escola e no meu ver uma educação que estenda pontes com a família, tirem a invisibilidade dos alunos muitas vezes os pais estão enxergando que não está aprendendo que está com problemas de saúde, que está com problemas com os amigos, muitas às vezes a gente deixa passar, dentro da sala de aula, deixe passar a sala de aula, ato invisível, ato invisível, a gente não vê o problema a gente tem que solucionar com esse aluno inteiro, descobrir o que é, se o problema é na família, nós temos o soe, entrar em contato com a família, não substituir, nós temos que sacudir a família, estabelecer pontos, estabelecer pacto, planejamento, nós estamos nos intrometendo no processo de desenvolvimento, mas ele é o nosso aluno, temos responsabilidade com esse desenvolvimento, à família não passa ao lado desse desenvolvimento é um instrumento, uma parceira que a gente tem a gente não pode abrir mão dessa parceria.

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