terça-feira, 12 de maio de 2009

Angola

Mensagem de pesar pelo desaparecimento do Presidente Álvaro Holden Roberto, líder histórico angolano,





Alemanha



Holden Roberto, líder político, amante da paz e um dos lutadores destacado da história nacional e para a independência total de África. Nesta hora de mágoa e tristeza para a grande família FNLA, os amigos e simpatizantes deste partido histórico e nacionalista africano, venho em nome da Organização a IAADH e.V. exprimir os nossos pesámos pela perda irreparável do que considero como o herói genuíno e filho da terra angolana, o falecido « Mais Velho Álvaro Holden Roberto », também nosso irmão e companheiro de luta pela paz sem armas de fogo que também lutou pela uma justiça distributiva em Angola.



Foi com enorme consternação e emoção que a Direcção da IAADH (Iniciativa Angolana Antimilitarista para os Direitos Humanos), recebeu a triste noticia proveniente do Bureau Político da FNLA sobre o falecimento do Mais Velho Álvaro Holden Roberto, então Presidente do mesmo partido político histórico angolano e opositor firme contra o sistema militarista e injusto, estabelecido em Angola a pôs independência.



"Só choramos a quem conhecemos melhor". Chocado pela notícia e a humilhação imposto pelo regime durante a sua vida política desde de 1992 data das primeiras e últimas eleições, as condições de Holden Roberto a viver em Luanda pouco tempo antes de sua morte, chorei realmente por Álvaro Holden Roberto, que sacrificou a sua vida determinante para a independência de Angola. Chorei por essa Angola ingrata que não soube reconhecer o trabalho daquele último líder histórico angolano.



Chorei em saber que em Angola não existe uma classe política com coragem e determinação para levantar a sua voz mais alta e forte contra a humilhação permanente imposta aos angolanos que vem ceifando vidas dos filhos da pátria, levando igualmente com a vida do líder que preferiu abster-se da ganância do poder, enquanto os seus irmãos fazem carreira com armas em punho, e Choro neste momento e partilho os pesámos com a família biológica, em companhia de toda família FNLA, aquela que sempre o acompanhou neste seu duro e tortuoso caminho de libertação da pátria que só revelou-lhe ingratidão desumana assegurada pelos que manejam o poder em travessas injustas. Conheci o Mais Velho Álvaro Holden Roberto pessoalmente, tornando em amigo e companheiro na nossa luta pela uma verdadeira paz contra os beligerantes senhores da guerra, contra as injustiças sobre tudo social e das violações constantes dos direitos humanos.



Como criança, aprendi a conhecer Álvaro Holden Roberto na altura em que meus país financiavam uma luta justa ao lado de FNLA como do MPLA contra o colonialismo ou o barbarismo colonial Português em Angola. Acompanhei pessoalmente a história moderna angolana e aprendi através dos diferentes relatórios que testemunham que o Mais Velho Álvaro Holden Roberto e seus homens foram a força motriz da resistência do ferro e determinantemente contribuíram globalmente para a derrota das forças colonial portuguesa na nossa terra angolana. Por essa razão, é que muita gente particularmente em Portugal, algumas marionetas dos antigos colonos portugueses actualmente no poder em Luanda, nunca nutriram simpatia pelo Mais Velho, recusando a dar-lhe o devido reconhecimento.



Oh Mais Velho Holden, os filhos genuínos e conscientes da pátria, te prestarão sempre homenagem, porque ficarás para mim, assim como para a maioria dos angolanos como o verdadeiro libertador de Angola que nunca te revelastes corrupto ou marioneta das Superpotências mundiais no sentido de matar milhões de angolanos para roubar as riquezas da sua terra.

Oh Mais Velho Álvaro Holden Roberto! eu sempre te defenderei, porque em 1976 deixastes as armas para optar pela via não militar que visava a destruição total de Angola.



A actual falta de respeito do regime angolano perante os heróis nacionais de outros

partidos, que dedicaram as suas vidas para libertação de Angola, como apologista dos direitos humanos, deu-me oportunidade de conhecer pessoalmente o Mais Velho Álvaro Holden Roberto.



Chorei bastante quando entre ano 2001 e 2002, os homens do poder sobre regime do MPLA, confiscaram- lhe o passaporte diplomático recusando de prorrogarem a validade violando os seu direito como cidadão angolano. Nessa altura, o Mais Velho já tinha problemas de saúde sérios e se o regime respeitasse a vida humana, Holden Roberto deveria beneficiar de uma junta medica fora do país afim de ser tratado adequadamente. Mas o direito lhe foi negado pelos homens do poder continuando a rejeitar-lhe o prorrogamento do seu passaporte nacional. Como se não bastasse, cortaram as linhas telefónicas de sua residência privando-o da telecomunicação.



Ainda me lembro dos grandes prejuízos causados pela repressão eficaz para destruir a saúde do homem por simples razão: O Mais Velho Álvaro Holden Roberto não aceitou a corrupção do Presidente angolano para deixar-se manipular tendo condenado a acção dos 2 beligerantes (José Eduardo dos Santos e o falecido Jonas Savimbi), por terem sido os senhores da guerra.



Holden Roberto amante da paz, vítima do sistema no poder estabelecido desde a independência a que ele próprio sacrificou a vida inteira. As injustiças levam-nos a protestar e condenar publicamente através dos órgãos de informação nacionais e internacionais a humilhação permanente tais como as violações das leis humanitárias cometidas contra o Mais Velho Álvaro Holden Roberto.



Graças ao nossos protesto assim como de outros amigos do Mais Velho, paziguaram a situação levando os homens do poder a prorrogarem o passaporte e permitirem que o Mais Velho saísse do país no principio do ano 2002 com destino á Paris, onde Mais Velho Álvaro Holden Roberto por via telefónica, exprimiu a sua gratidão a mim e ao meu colega Paulo Bunga pela determinação na acção da IAADH contra as violações dos direitos humanos em Angola. "É estranho que hoje o jovem (Matondo), que foi uma criança ontem e durante minha luta para libertação dos Angolanos, grita e voa para socorrer-me, eu como um dos libertadores dessa terra e líder histórico desse país.", disse-me ao telefone o Mais Velho Álvaro Holden Roberto, quando esteve em Paris. Fiquei muito triste e chorei muito! Chorei porque não tínhamos dinheiro para poder ajudar financeiramente o nosso Mais Velho e amigo.



Lembro-me ainda do nosso encontro em Munique meses depois em que falamos sobre muitas coisas e estratégias para uma outra Angola, justa e dotado dum Estado do Direito. Falei de minha ideia de publicar um livro sobre as bruxas do poder angolano, o Mais Velho me encorajou de fazer. Rimos seriamente sobre o título proposto.


Ele me encorajou muito na nossa luta pela paz e, a nossa luta contra o militarismo permanente contra os oprimidos no sentido de se estabelecer um Estado do Direito e uma justiça distributiva. Durante muito tempo pedi muitas vezes ao Mais Velho de escrever sua memória á respeito da história e a versão verdadeira da história da luta armada que findou com o regime colonial, no sentido de deixar a todos os filhos da pátria mãe “Angola”, um documento escrito sobre afirmações e/ou mentiras relativo à história da guerra anti-colonial tanto falcificada pelos homens do MPLA que pensam ser os únicos herdeiros da terra mãe “Angola”.



Durante o encontro em Munique, Alemanha, o Mais Velho me prometeu de finalizar sua memoria para uma publicação próxima. Fiquei sempre a esperar. Estou agora a chorar porque não conseguimos preservar essa grande biblioteca. Angola perdeu uma grande biblioteca. Mas agora espero por sapatos de defunto Álvaro Holden Roberto ou sua memoria, que os dirigentes de FNLA devem publicar imediatamente! A memória é património nacional e também para Africa e o mundo que o Mais Velho deixou aos angolanos e não é um património para os arquivos do partido.



Se os governantes angolano fossem homens digno com caracter humano, deviam dar um tratamento devido e até mesmo cronear o Mais Velho Álvaro Holden Roberto como simbulo nacional, o seu único líder historico vivante. Mas Angola não deu este privilegio, o que não é normal, por isso precisa-se duma mudança radical do sistema ou do poder. Um dia tudo mudará nessa terra, ninguém é eterno nessa terra, somos todos passageiros. Os homens do poder não ficarão eterno, o seu poder nunca ficará eterno em Angola. Eles todos vão cair e acabarão de morrer, como todos os homens! A vida é curta para todos! A justiça pela qual o Mais Velho dedicou a sua vida vencerá e este será no beneficio de todos os angolanos independentemente da origem, da lingua, da pertença política, classe social, religião ou convicção. A grande presente, que os restantes da FNLA poderá oferecer o falecido Mais Velho Álvaro Holden Roberto, é de contribuir na erradicação desse poder ou sistema injusta estabelecido em Angola para a instauração dum Estado democrático, respeitando os valores humanas.



Ô Mais Velho Álvaro Holden Roberto, eu ficarei cantar "Wansonga e nzila Holden Papa, wansonga e nzila Holden Papa ". Holden nos faltará muito!



(Pela Direcção de IAADH)

Emanuel Matondo

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