quinta-feira, 18 de junho de 2009

Grêmio se Classifica para Semi-Finais


18 de junho de 2009 | N° 16004AlertaVoltar para a edição de hojeLIBERTADORES
Garantido, mas com susto
Grêmio fica só no 0 a 0 com Caracas e deixa o torcedor desconfiadoAo empatar em 0 a 0 com o Caracas, ontem à noite, o Grêmio se classificou para a semifinal da Libertadores da América de 2009. Saberá hoje se enfrenta o Cruzeiro ou o São Paulo, que jogam em São Paulo. Mas que tipo de semifinalista o Grêmio será? Essa é toda a dúvida, todo o medo e toda a desconfiança da torcida. Causada pelo que o time apresentou em campo.

Afinal, o Grêmio estava jogando no Olímpico, contra um adversário inferior e sem a pressão de alguma desvantagem no placar a reverter. Quer dizer: em tese, o Grêmio teria de subjugar o inimigo e batê-lo, senão com facilidade, com autoridade.

Em tese.

Também em tese, num panorama desses os destaques do Grêmio seriam seus habilidosos articuladores, Tcheco e Souza. Mas a realidade foi outra. Na realidade, o destaque do Grêmio foi o bravo volante Adilson, que corria de intermediária a intermediária lutando pela bola e passando-a com destreza para seus companheiros .

Além de Adilson, o Grêmio teve outros dois jogadores de relevância, e isso igualmente disse algo sobre a atuação do time: um foi Maxi López, só que não por ter feito gol, mas também pelo empenho, também pela forma como combateu o adversário; outro foi o goleiro Marcelo Grohe, protagonista de diversas intervenções importantes e uma defesa de rara elasticidade: aos 16 minutos, Lucena bateu forte de fora da área e Marcelo teve de espalmar com a ponta do dedo para escanteio.

Souza e Alex Mineiro, os homens da criatividade, não criavam nada, dando a impressão de absoluto desinteresse pelo que acontecia no Olímpico. Aos dois minutos Souza ainda tentou um chute de voleio, bem defendido por Vega no meio do gol. Depois disso, nada.

Os torcedores enfrentavam com galhardia o frio de 13ºC nas arquibancadas e o desempenho pífio do time. Cantavam e tentavam incentivar. Parecia inútil. Vibração mesmo, só pelas ondas do rádio. Aos 25 minutos do primeiro tempo e aos seis do segundo, quando, em São Paulo, o Corinthians marcou seus gols no Inter.

Aos 13 minutos, Paulo Autuori agiu: tirou Alex Mineiro e colocou Herrera, que, dois minutos depois, justificou sua entrada, foi à linha de fundo pela direita e cruzou na cabeça de Maxi López, quase abrindo o placar.

O Grêmio melhorou com os dois argentinos no ataque. Aos 19, Herrera repetiu o primeiro lance. Tomou a bola na intermediária pela direita e arrancou como se fosse um Tarciso. Seu marcador tentou contê-lo. Em vão. Herrera venceu-o na corrida, foi à linha de fundo e cruzou. Desta vez, quem estava na área era Souza, que cabeceou por cima do travessão.

Foi por ali, pelo lado direito do campo, que o Grêmio seguiu atacando. O time estava mais animado, a torcida estava mais animada, mas ainda havia o perigo de o Caracas fazer alguma peraltice no contra-ataque, numa falta ou num escanteio. Não o fez porque Marcelo Grohe permanecia atento como um pastor alemão. E porque, aos 39 minutos, Barone perdeu o gol dentro da pequena área. O final do jogo foi um alívio, mas ninguém saiu do Olímpico com o coração leve.



DAVID COIMBRA
ZERO HORA.com
Em vídeos e fotos, confira os melhores lances da partida no Olímpico


MultimídiaSouza ensaia bicicleta logo no começo do jogo dando a impressão de que o Grêmio faria uma boa partida, mas o time não se impôs diante do Caracas com um desempenho fraco, especialmente no ataqueFicha técnica
Fonte: Zero Hora

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