01/09/2009
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GAÚCHOS COMERÃO CHURRASCO REQUENTADO E SEM SAL EM 2010?
por Paulo G. M. de Moura
Contrariando o PT nacional, Tarso Genro deu a largada à eleição para o governo gaúcho. Escaldado pelos erros do passado, o PT fugiu da prévia e, retoricamente, flerta com o PDT e PTB. Desde que esses abandonem o governo Yeda, o que não deve ocorrer. Tarso quer o impossível: ampliar alianças à direita sem desagradar à esquerda do PT. Desde 2000 as pesquisas revelam que os gaúchos querem novidade no poder. Em 2002 elegeram Rigotto - com discurso centrista a pacificador -, contra a beligerância de Tarso Genro e Antônio Britto. Em 2006, elegeram Yeda contra três exgovernadores. Com Yeda no Piratini, a virulência, que fora expulsa da cena da província pelos eleitores em 2002, está de volta à política gaúcha. O ambiente político está intoxicado pela briga do PT com Yeda. O PT usa o PSOL e o CPERS (sindicato dos professores do estado), com aríetes para arrombar as portas do Palácio Piratini. Yeda veste a carapuça, aceita as provocações e joga querosene na fogueira em que se assa. Yeda só se reelege por milagre. Mas, deve concorrer se não sofrer impeachment. Ela precisa que o PMDB volte ao poder para manter fechada a caixa de pandora. Aliás, a situação do PMDB gaúcho é tragicômica: não pode ficar e não pode sair do governo Yeda. Como saco de pancadas da oposição, Yeda - pela direita -, livra o candidato do PMDB - pelo centro -, do tiroteio do PT e do PSOL - pela esquerda. Yeda politicamente moribunda, mas no cargo até 31 de dezembro de 2009, interessa ao PMDB, ao PP e ao PT.
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Dr. Paulo G. M. de Moura
Consultoria em Comunicação & Análise Política
www.professorpaulomoura.com.br
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