quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Inter perde para o São Paulo



29 de outubro de 2009 | N° 16139
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CASTIGO DEMAIS
Inter perde jogando bemMais uma vez, como já acontecera no Beira-Rio diante do Cruzeiro, o Inter falhou no momento de assumir a liderança do Brasileirão. A diferença é que ontem, na derrota para o São Paulo, perdeu jogando melhor. Mas na hora em que tudo se decide, isso importa pouco. O fato é que a derrota por 1 a 0 deixa o Inter mais longe do título, embora ainda no G-4.

Uma análise mais profunda da derrota de ontem lembraria de Nilmar. Se ele não tivesse sido vendido e estivesse em campo, é difícil acreditar que perderia gols tão inacreditavelmente escancarados como os que o Inter perdeu. DAlessandro, Alan Kardec e Marquinhos desperdiçaram chances que raramente surgem em um único jogo entre equipes como Inter e São Paulo. Mas eles perderam. E o Inter pagou caro por tanta ineficiência no último lance.

Mário Sérgio armou um Inter diferente. Manteve o 4-4-2 do Gre-Nal, mas deslocou Fabiano Eller para a lateral-esquerda, adiantando Kleber até o meio-campo, formando um quarteto de mobilidade com Sandro, Giuliano e D’Alessandro. No primeiro tempo, o Inter teve controle absoluto do jogo na defesa, na armação e no ataque. Tanto que o torcedor do São Paulo sentou-se no estádio. Diminuiu o ritmo da cantoria até quase o silêncio. No meio-campo, o Inter teve mais troca de passes e posse de bola.

Mário Sérgio ousou ao mudar e encurralou o São Paulo

No ataque, produziu três chances de gol, todas com D’Alessandro. A primeira numa cobrança de falta no pé da trave, aos 17 minutos. Na segunda, aos 36, o argentino entrou livre para dançar o tango com Bosco após assistência de Kleber, mas demorou a se decidir. Perdeu.

A punição não tardaria.

Até o gol de Washington, aos 47 minutos, a defesa não apresentava falhas. Mas o erro, quando veio, superou todos os acertos dos zagueiros. O escanteio veio da esquerda, mal cobrado por Hernanes. A bola correu a área inteira, rasteira, driblando pernas, inclusive as do titubeante goleiro Lauro. Até encontrar um agradecido centroavante do outro lado.

Era o castigo.

No segundo tempo, logo a 8 minutos, Mário Sérgio percebeu o Inter acuado. E o São Paulo perto de ampliar o placar. Arriscou para tirar o seu time das proximidades de Lauro. Tirou Fabiano Eller e colocou Alan Kardec, um zagueiro por um centroavante. Trocou Taison por Marquinhos, um atacante por um meia avançado. E mandou erguer bola na área para Kardec e Alecsandro.

Deu certo.

Em questão de minutos, o Inter passou a pressionar o São Paulo. E o fez com coragem. Alan Kardec errou de cabeça na pequena área, após cruzamento de Daniel, aos 21. Depois, a 35, Marquinhos teve o gol à sua frente, mas não conseguiu cumprir a promessa de dedicar um gol a mulher Bruna, de aniversário.

O Inter foi valente, jogou bem, não apenas se defendeu, viu o São Paulo terminar o jogo dando balão em casa, mas perdeu. A rigor, falhou de novo na hora de assumir a ponta. Não se perde quatro chances claras de gol sem o devido castigo. E nem dá para lamentar Nilmar, que já se foi.

ZERO HORA.com

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DIOGO OLIVIER | Enviado Especial/São Paulo
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Fonte: Zero Hora

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