quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Barraco do Palmeiras



GRÊMIO
Um direto no títuloA panela de pressão do Palmeiras explodiu ontem, no Olímpico, para alegria dos concorrentes ao título e à Libertadores. O zagueiro Maurício e o atacante Obina trocaram agressões em campo, foram expulsos no 2 a 0 para o Grêmio e terão os contratos rescindidos hoje.

Recém havia acabado o primeiro tempo quando aconteceu a briga a caminho do vestiário, devido ao primeiro gol do Grêmio, marcado momentos antes por Rafael Marques. Obina e Maurício falharam ao permitir a jogada de Máxi Lopez, e houve a troca de sopapos que foi determinante para o lamento do goleiro Marcos.

– Título, pode esquecer – afirmou, sem lembrar que o time pode ceder o terceiro lugar para Inter ou Atlético-MG ainda nesta rodada.

O quebra-quebra pegou a todos de surpresa. O time inteiro do Palmeiras caminhava em direção ao vestiário. Perto da lateral, Maurício se dirigiu a Obina, sem camisa, tirando satisfações. Obina veio de encontro ao zagueiro, e os dois trombaram, com Obina empurrando Maurício pelo peito. O volante Pierre apartou, afastando o atacante.

Passaram-se alguns segundos, com Obina indo em direção ao túnel, seguido por Maurício, Diego Souza e outros jogadores. Ainda reclamando, o zagueiro se aproximou do atacante, xingou-o e acertou-o de raspão no rosto, com a mão esquerda. Foi demais para o baiano Obina, 26 anos: o parrudo centroavante de 1m83cm desferiu um direto de esquerda no queixo do companheiro.

A turma do deixa-disso, claro, entrou em ação. Danilo segurou Obina pelo pescoço, enquanto Diego conteve Maurício. Na arquibancada, a torcida do Grêmio cantarolava:

– Obina, Obina!

A confusão continuou longe das câmeras, porque Maurício esperou Obina para o revide. Houve nova troca de agressões no túnel.

O técnico Muricy Ramalho fez o que pôde para minimizar o prejuízo no segundo tempo. Tentou substituir Obina por Vagner Love, que até entrou em campo. Mas Héber Roberto Lopes impediu a substituição.

– Ele (árbitro) vai decidir lá – resignou-se Muricy, na volta ao banco.

Héber puxou o vermelho para Maurício, que retornou ao vestiário onde encontraria adivinhe quem? Sim, Obina. Tanto que o goleiro Marcos, por precaução, pediu que a segurança do Palmeiras ocupasse o local.

Este foi o primeiro relato de confusão entre Obina e Maurício. O atacante é descrito como um jogador de grupo, enquanto o zagueiro, 21 anos, foi integrado ao grupo principal este ano e nunca havia criado caso. Agora, eles ficam na expectativa de uma punição pesada pelo STJD.

– Eles sabem que erraram. Mas, daqui a pouco, estão amigos de novo – contemporizou Muricy.

O zagueiro Danilo desabafou:

– O atacante deles não pode fazer o que quer na nossa área. O Obina foi só cobrar. Esperávamos que jogadores com mais bagagem assumissem a responsabilidade. Tem jogadores que não estão nem aí.


ZERO HORA.com

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Fonte: Zero Hora

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