quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Avião não Trupulado em Favelas

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2912200906.htm

Avião não tripulado vai monitorar favelas
Nova aeronave da PF dispensa piloto, é comandada à distância e permite identificar uma pessoa a 10 mil metros de altitude

Comprado de empresa israelense, Heron, que é capaz de visualizar até embarcações submersas, vai monitorar Amazônia
ROBERTA DE ABREU LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

A primeira aeronave não tripulada da Polícia Federal -a ser utilizada tanto na vigilância da Amazônia quanto no sobrevoo a favelas- está próxima a entrar em operação. Faz parte da frota de 15 aviões controlados à distância, comprada em outubro da empresa israelense IAI (Israel Aerospace Industries) por R$ 345 milhões.
O Heron, modelo adquirido pelo governo brasileiro, é usado atualmente por órgãos de defesa de países como EUA, Canadá, Índia e Turquia. No Brasil, esses aviões -cujo nome técnico é Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado)- serão usados pela PF para mapear e monitorar todo o território nacional.
O Heron pode ser comandado por um piloto em terra, que fica numa base a até mil quilômetros de distância, ou voar em missões pré-programadas. Decolagem e pouso são automáticos. Cada aeronave é dotada de aparelhos que permitem captar imagens em alta resolução mesmo quando está a 10 mil metros de altitude. Pessoas, automóveis e até as informações de um crachá podem ser visualizados com nitidez. "A nova frota será uma ferramenta estratégica para combater crimes que vão desde o tráfico de drogas até o desmatamento da Amazônia", diz o delegado Alessandro Moretti, diretor do Centro de Inteligência da PF.
Além de monitorar a entrada de drogas e armas na fronteira, os aviões serão usados em favelas do Rio e de SP. Fornecerão à polícia um mapa detalhado desses lugares e poderão servir de apoio em incursões em morros, munindo os soldados de informações sobre a movimentação dos traficantes sem que nenhum deles precise se arriscar sobrevoando uma área conflagrada em um helicóptero.
Em regiões muito extensas e de difícil acesso, como a floresta amazônica, a aeronave poderá identificar invasões de áreas indígenas e focos de desmatamento ilegal. O Heron tem autonomia para voar 36 horas e é capaz de visualizar túneis e embarcações submersas. Seus sensores permitem que ele opere à noite e em condições climáticas desfavoráveis. Mas o avião não tripulado também tem risco de acidente. Aeronaves como a americana Predator já precisaram ser abatidas no ar, por estarem descontroladas. A maioria dos acidentes envolve erros de operação dos pilotos em terra. Falhas técnicas e choque com objetos, como antenas, também são comuns.
No Brasil, equipe da PF passou por treinamento no exterior para a operação dos aviões que começam a chegar.




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