segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Fotos EScolha da Rainha Carnaval de Vacaria RS





Beco das Garrafas

Agenda do Beco das Garrafas
Cristóvão Colombo, 933 - Porto Alegre -RS
Fone 51-30131307
Aberto de terças a sábados, a partir das 20:30horas

terça, 17/02 - Celso Campos - MPB - Couvert R$ 6,00
quarta, 18/02 - Telmo Martins - MPB - couvert R$ 7,00
quinta, 19/02 - Roda de Choro com Rafael Ferrari - couvert R$ 6,00

Estaremos fechados excepcionalmente nesta sexta e sábado

Travessia Urbana nas Br's de Vacaria RS

“Sem ela Vacaria pode ser prejudicada”. A afirmação é do deputado Francisco Appio, lembrando que a execução de um contorno da BR-285, desviando de Vacaria, vai reduzir o trânsito de turistas, veículos e pessoas que se beneficiam do comércio com restaurantes e serviços. O alerta do parlamentar foi feito na semana passada após uma audiência no DNIT com o diretor Hideraldo Caron, que confirmou o projeto para desviar a BR-285 de Vacaria. Para o deputado Francisco Appio esta é a sétima tentativa de desvio daquela rodovia federal, nas vezes anteriores houve forte resistência de comerciantes, empresários e prestadores de serviços. Sem a execução de melhorias no perímetro urbano, o contorno vai causar danos irreversíveis à comunidade. O perímetro urbano da BR-116, por exemplo, tem uma grande concentração de prestadores de serviços e o mesmo ocorre na avenida Militar.

Tratando-se de uma rodovia de uso intenso de turistas oriundos da Argentina e de todo o Mercosul, a BR-285 tem sua interseção com a BR-116 comprometida no centro da cidade pela ausência de rótulas, vias de acesso adequadas, elevadas ou viadutos causando estrangulamento da circulação, especialmente nos horários de pico.

Diante disso, o deputado Francisco Appio levou a preocupação às autoridades municipais. Foi recebido em audiência na manhã desta segunda-feira (16/02), pela vice prefeita, em exercício, Vera Marcelja, a quem entregou informações a respeito da circulação de veículos e da existência, há mais de 10 anos, de um projeto que trata das travessias urbanas. Projeto este contratado pelo governador Antonio Britto, que com financiamento do BID permitiria a construção de vias laterais, rótulas e melhorias na circulação de veículos, especialmente na interseção entre as duas rodovias federais, a BR-285 e a BR-116. Com a derrota nas eleições em 1998 o governo seguinte arquivou os projetos das travessias urbanas e na alteração dos contratos das concessionárias de pedágios passou o perímetro urbano em 2000 para o atendimento em manutenção e conservação, porém sem melhorias para aquelas concessionárias.

O deputado Francisco Appio insiste: “Sem melhorias a travessia urbana de Vacaria se transformara em uma tapera, se for realizado o desvio da BR- 285” .





Deputado Estadual Francisco Appio - www.appio.com.br

Itália insulta o Brasil

Itália insulta o Brasil no caso Battisti, diz filósofo italiano Toni Negri
Thiago Scarelli
Do UOL Notícias
Em São Paulo (SP)A Itália adota uma postura "insultante" com o Brasil no conflito em torno do ex-ativista Cesare Battisti, porque não se trata de um país desenvolvido, e mente quando diz que vivia um Estado de Direito nos anos 70. A análise é do filósofo italiano Antonio Negri, que passou mais de dez anos preso por seu envolvimento com a militância de esquerda na Itália.

Negri é co-autor, com Michael Hardt, do livro "Império", publicado no Brasil em 2001 e umas das obras mais importantes e polêmicas sobre o processo de globalização. Com Giuseppe Cocco, publicou "Global - Biopoder e Luta em uma América Latina Globalizada", em 2005.

Leia abaixo a entrevista completa, concedida por Negri via telefone desde Veneza.

Quem é Toni Negri

Antonio Negri, 75, é um filósofo italiano, professor da Universidade de Pádua (Itália) e do Colégio Internacional de Paris (França). Entre os anos 50 e 70, participou dos movimentos de esquerda na Itália, condenando tanto a direita quanto o stalinismo. Esteve preso entre 1979 e 1983, depois se exilou na França por 14 anos. Condenado por subversão, o filósofo voltou para a Itália em 1997 e cumpriu pena até 2003. Atualmente, divide seu tempo entre Veneza e Paris, cidades onde desenvolve atividades acadêmicas
UOL - Como o senhor vê a posição da Itália no caso Battisti?

Antonio Negri - A posição italiana é uma posição muito complexa. Com se sabe, o governo italiano é um governo de direita e é um governo que, depois de 30 anos, retomou a perseguição das pessoas que se refugiaram no exterior depois o final dos anos 70, depois do final dos anos nos quais na Itália houve um forte movimento de transformação, de rebelião. E portanto o governo italiano retoma hoje uma campanha pela recuperação destas pessoas. Em particular, tentou fazê-lo com a França, para conseguir a extradição de Marina Petrella [condenada por subversão pela justiça italiana] e não conseguiu porque o governo francês, a presidência francesa [Nicolas Sarkozy], impediu. Neste ponto, aparece em um momento exemplar o caso Battisti.

UOL - O que o senhor quer dizer com perseguição? É perigoso neste momento para Battisti retornar à Itália?

Negri - Eu não sei se é perigoso. Mas é certo que ele foi condenado à prisão perpétua e seria para ele uma situação muito grave.

UOL - Um dos motivos que o Brasil cita para manter o refúgio político é a ameaça de perseguição política contra Battisti...

Negri - Mas seguramente ele seria alvo de uma perseguição política e midiática.

UOL - Trata-se, portanto, de um temor com fundamento?

Negri - Veja bem, o governo italiano, depois de 30 anos, quer recuperar, para fazer um exemplo, as pessoas que se refugiaram no exterior. E que se refugiaram no exterior porque na Itália havia uma condição de Justiça que era impossível de agüentar.


Premiê italiano, Silvio Berlusconi, afirmou que seu governo fará tudo o que for possível para conseguir a extradição de Cesare Battisti
UOL - O que significa esse "exemplo"? A punição de Battisti resolveria a questão da violência na Itália nos anos 70?

Negri - Precisamente. Resolveria em dois sentidos: por um lado, se recupera aquilo que eles chamam 'um assassino'; e por outro se esquece aquele que foi um Estado de Exceção, que permitiu a detenção e a prisão preventiva de milhares de pessoas durante estes anos. É necessário recordar que nos anos 70 o limite jurídico da prisão preventiva era fixado em 12 anos. É necessário recordar o uso da tortura e de processos sumários inteiramente construídos sob a palavra de presos aos quais era prometida a liberdade em troca de confissões. Este foi o clima dos anos 70. E não nos esqueçamos que nos anos 70 houve 36 mil detenções, seis mil pessoas foram condenadas e milhares se refugiaram no exterior. E se há quem duvide desses números, e que quer continuar duvidando, basta que deem uma olhada nos relatórios da Anistia Internacional naqueles anos. Portanto, essa é uma questão muito séria. O caso Battisti é, na verdade, um pobre exemplo de uma estrutura, de um sistema no qual a perseguição, insisto na palavra 'perseguição', era acompanhada por enormes escândalos na estrutura política e militar italiana. Houve uma construção, principalmente por meio de uma loja maçônica chamada P2, de uma série de atentados dos quais ainda hoje ninguém sabe quem foram os autores, atentados que deixaram milhares de mortos, por parte da direita. E o governo italiano nunca pediu, por exemplo, que o único condenado por estes atentados seja extraditado do Japão, onde se refugiou. Existe uma desigualdade nas relações que o governo italiano mantém com todos os outros condenados e refugiados de direitas que é maluca. O governo italiano é um governo quase fascista.

UOL - Se houvesse um governo de esquerda na Itália o caso seria o mesmo? [O líder da oposição de centro-esquerda] Romano Prodi faria o mesmo?

Negri - Eu não acredito que Prodi faria o mesmo, mas parte da esquerda faria o mesmo, isso é verdade.

UOL - Como o senhor vê hoje o PAC [Proletários Armados pelo Comunismo, grupo do qual Battisti fazia parte]?

Negri - O PAC era um grupo muito marginal, mas isso não significa que não estivesse dentro do grande movimento pela autonomia. Mas ouça, o problema é esse: eu acho que as coisas das quais foi acusado Battisti são coisas muito graves, mas - e isso me parece importante dizer - estas são responsabilidades compartilhadas por toda a esquerda verdadeira. Não se trata de um caso específico. O Supremo Tribunal Federal do Brasil construiu uma jurisprudência pela qual foram acolhidos outros italianos nas mesmas condições que Battisti.

UOL - E como a Itália deve solucionar esta dívida com o passado?

Negri - Isso deveria ser feito por uma anistia, mas o governo italiano nunca quis caminhar por este terreno. Talvez tudo isso tenha determinado tremendas conseqüências no sistema político italiano, porque foi retirada da história da Itália uma geração ou duas, que poderiam ter conseguido determinar uma retomada política. É uma situação muito dramática. E gostaria de acrescentar uma coisa: o a postura da Itália no confronto com o Brasil a respeito deste tema é uma postura muito insultante.


Presidente da França, Nicolas Sarkozy, negou em outubro de 2008 a extradição da italiana Marina Petrella, alegando razão humanitária em função da frágil saúde da italiana
UOL - Por quê?

Negri - Trata-se de uma pressão feita sobre o Brasil, enquanto um país fraco, depois que os franceses não extraditaram à Itália Marina Petrella. Psicologicamente, trata-se de uma operação política e midiática muito pesada contra o Brasil, na tentativa de restituir a dignidade da Itália, no âmbito da busca de restituir os exilados.

UOL - O senhor acha que as autoridades italianas se sentem especialmente ofendidas pelo fato de a decisão em favor de Battisti vir de um país em desenvolvimento, antiga colônia de um país europeu?

Negri - Seguramente, porque se trata de pobres que reagem contra os ricos, contra os capitalistas.

UOL - O senhor também esteve preso?

Negri - Eu fui detido em 1979 e fiquei na cadeia até 1983, em prisão preventiva, sem processo. Em 1983, houve um eleição parlamentar e eu saí da cadeia porque fui eleito deputado, porque não era ainda condenado. Fiquei preso quatro anos e meio - e poderia ter ficado até 12. Ou seja, quando os italianos dizem que nos anos 70 foi mantido o Estado de Direito, eles mentem. E isso eu digo com absoluta precisão, com base no meu próprio exemplo: fiquei quatro anos e meio em uma prisão de alta segurança, prisão especial, fui massacrado e torturado. Pude deixar a prisão apenas porque fui eleito deputado - do contrário, eu poderia ter ficado na prisão por 12 anos, sem processo. Durante os anos que fiquei na França, exilado, eu fui processado e condenado a 17 anos de prisão, mas que foram reduzidos porque havia uma pressão pública forte em meu favor. Quando voltei para a Itália, fiquei outros seis anos presos e encerrei a questão.


Aldo Moro, líder da Democracia Cristã e premiê por cinco vezes, foi sequestrado e morto pelas Brigadas Vermelhas em 1978
UOL - Quais eram as acusações?

Negri - Associação criminosa, gerenciamento de manifestações que eram violentas nos anos 70, em Milão, em Roma, em toda Itália. Mas a primeira acusação que sofri não era de agitador político, por escrever jornais etc., mas de chefiar as Brigadas Vermelhas, o que não é verdadeiro, e de ter assassinado [Aldo] Moro, acusações das quais fui absolvido depois. Entende? Na Itália se busca desesperadamente fazer valer uma mitologia dos anos 70, que é falsa. E a direita no poder hoje busca a qualquer custo restaurar um clima de falsidade e de intimidação para não permitir que a história seja contada como foi.

UOL - Existem aí semelhanças com o governo militar no Brasil?

Negri - Isso eu não sei, porque acho que os governos militares na América Latina foram particularmente violentos. Mas o problema é outro: a questão é que a liberdade, o Estado de Direito e as regras da democracia não podem ser infringidos ou falsificados em nenhuma situação.


-----Anexo incorporado-----

_______________________________________________
Cartaoberro mailing list
Cartaoberro@serverlinux.revistaoberro.com.br
http://serverlinux.revistaoberro.com.br/mailman/listinfo/cartaoberro

Festival Feminista

Festival reafirma direitos femininos e alerta para a violência contra a mulher
15/02/2009 17:15



Valorizar a presença da mulher, reafirmar direitos e ser um grito de alerta para a violência feminina. O maior festival de música nativista do verão 2009, realizado na noite de sábado (14), em Imbé, teve diversas conotações e provocou no público o repúdio em relação à violência. O RS Mulher em Canto foi um festival de músicas sobre mulheres, interpretadas exclusivamente por mulheres, e chamou atenção principalmente para a Lei Maria da Penha. Estatísticas mostram que a cada 17 segundos uma mulher é agredida no Brasil.

Após a abertura do evento, ao som do Hino Rio-grandense, interpretado por Fátima Gimenez, Maria Helena Gonzalez, coordenadora estadual da Mulher, fez um alerta em seu discurso. "Esse festival não é apenas o reconhecimento da importância da mulher. Ele se constitui em um grito de alerta. É uma conclamação ao combate da violência contra a mulher, que não escolhe raça ou classe social. É hora de dar um basta", enfatizou.

Dos 167 inscritos, 12 finalistas foram julgados pela comissão julgadora formada por Geraldo Flach, Vera Pratini de Moraes, Maria Luiza Benitez, Victor Hugo, Cléia Gomes e Maria Helena Gonzalez. Dez participaram no tema "Mulher", e duas com o tema "Lei Maria da Penha". De acordo com Geraldo Flach, o festival primou pela qualidade musical. "As músicas estavam dentro do tema, bem apresentadas no palco. O tema da violência contra a mulher, com certeza, é muito oportuno", afirmou.

No tema "Mulheres", o segundo lugar ficou com a música "Só consigo ser três", interpretada por Greice Morelli. "Da mesma canção", na voz da cantora Analise Severo, ganhou o primeiro lugar. A cantora Marlene Plastro ganhou o tema "Lei Maria da Penha", com a canção "Grito de Maria". "Este festival é um resgate da memória da mulher, que é uma história que deve ser cantada. Parabenizo a iniciativa do Governo do Estado, que provoca a discussão sobre o tema da violência", disse.

A vice-prefeita de Imbé, Nilza Godoy, agradeceu a realização do evento no município. "Acho de extrema importância que eventos como esse se multipliquem. Agradeço a iniciativa de grandes mulheres, como a governadora Yeda Crusius e a coordenadora da Mulher, Maria Helena Gonzalez, que estão, de uma forma diferente, trazendo o tema violência para a discussão", disse. Também estavam presentes no evento, que integra o Verão Legal RS, a deputada estadual Zilá Breitenbach, o prefeito Darcy Luciano Dias e o presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho, Manoelito Savariz.



Fonte: Site do Estado