quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Editorial Opinião

* Ficamos surpresos com as notícia com a notícia do Fórum sobre Cultura Afro-Brasileira, Encontros de supervisores da Rede Municipal de Ensino, História e Cultura Afro-Brasileira e Ensino de História e cultura Afro-Brasileira e Africana em nossa cidade. Mais fez o poder público municipal não discutiu com a comunidade negra e nem com os setores orgnizados ou lideranças negras sobre o assunto. Criaram um Conselho de Igualdade Racial sem nem se quer convidaram os setores negros de Vacaria/RS. querem decidir as coisas sem consultar os interessados. Fica aqui a nossa desaprovação do método e não do mérito. Rasgaram a história do Movimento Negro de Vacaria/RS e sua luta, quem está no poder deveria olhar o passado e reconhecer quem lutou pela causa em nossa cidade.
Paulo Furtado
Editor-Chefe Jornal Negritude

Editorial Opinião

* Lemos a programação da Semana Farroupilha de Vacaria/RS observarmos que somente um Jornal Impresso de nossa cidade que aparece na programação, parece que não existe outras mídias na Vacaria dos Pinhais. Ainda tentam se fazer de cegos é ignorar que os negros foram buchas de canhão na Revolução Farroupilha com os "Lanceiros Negros" qe foram usados e descartados do processo da cultura gaúcha do RS pelos menos aqui em Vacaria/RS parece que isso acontece. Aliás a Administração Petista de nossa cidade que é da ala da direita do partido nã segue a linha da sigla que sempre apoiou as Rádios Comunitárias, os pequenos jornais impresso, Blogs e sites. Aqui em Vacaria/RS o Prefeito Elói Poltronieiri privilegia com as informações e entrevistas os grandes veículos de comunicação, inclusive aqueles que na campanha eleitoral, faziam campanha contra a sua candidatura. Aliás aqui em nossa cidade fazer uma imprensa séria e imparcial não serve, a imprensa tem que ser "baba ovismo", "puxa sacaquismo" e submissão. mas nós do Jornal Negritude não somos assim, somos o diferencial de opinião e cobertura jornalística, fazemos um jornalismo sério e imparcial, não nos vendemos, temos o outro olhar de Vacaria/RS. Aliás estou nesta cidade por obrigação e não por opção, pois me aborrece as coisas que já passei neste lugar. Aqui o nosso trabalho não é valorizado porque somos sérios e não aceitamos ser os bobos da corte e os baba ovo do poder, não nos vendemos e não compramos ninguém, não compramos pesquisas para receber prêmio de melhores. Somos os melhores no trabalho e prestigio dos nossos leitores (as).
Paulo Furtado
Editor-Chefe Jornal Negritude

Trabalhismo na Internet


Rede PDT - O Trabalhismo na Internet
rede_pdt@hotmail.com ** 09/09/2009

Ela "deve" R$ 2 milhões para Sarney

A blogueira Alcinéa Cavalcante enfrenta uma das piores conexões do país para levar as notícias do Amapá ao restante do Brasil. Por sua atuação na campanha de 2006, foi processada mais de 20 vezes por José Sarney. Endereço do blog: www.alcinea.com

Alcinéa Cavalcante tem um automóvel Ka 2003, um laptop, uma linha telefônica convencional, um celular, algumas dezenas de livros de poesia, roseiras de cores variadas, dois cachorros vira-latas que não param de latir e uma mangueira na casa que herdou, mas ainda não está em seu nome. A cada ano, ela recebe uma notificação da Justiça que deixaria a maioria dos brasileiros com dor de estômago, suor frio, tremedeira. É a dívida de Alcinéa com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB): segundo ela, mais de R$ 2 milhões, com juros e multas. E aumentando. Explica-se: na eleição de 2006, quando Sarney se reelegeu senador pelo Amapá com menos folga que nas anteriores, ele processou a blogueira mais de 20 vezes. Sarney considerou abusivos posts e comentários de leitores. Num deles, enviado a ÉPOCA pelo advogado de Sarney, um leitor dizia: “Temos de mandar esse xibungo pro Maranhão, somente assim faremos justiça àquela população pilhada há anos por uma família de jagunços que se utilizam dos métodos mais desprezíveis para combater qualquer um que cruze o caminho desses viciados em corrupção”.

Alcinéa conta que ficou bem nervosa nas primeiras notificações. Não tinha advogado nem sabia o que fazer. Nos dias seguintes, passou a receber até três notificações de cada vez, e o oficial de Justiça já tomava cafezinho na casa dela. Alcinéa entregou a Deus. “Se eu devesse R$ 10, 12 mil, não dormiria, porque é um valor que, parcelando, dá para pagar”, diz ela. “Mas mais de R$ 2 milhões?” Aos 53 anos, ela é a matriarca da blogosfera do Amapá, reverenciada pelos mais jovens nos encontros ao vivo dos “blogueiros do Meio do Mundo”, na cafeteria Tom Marrom. É a dona ainda do “quintal mais bem informado de Macapá”. Pelo seu portão passa uma romaria de gente, da cultura à política. Não é Alcinéa quem vai até suas fontes, mas suas fontes que vão a ela. Debaixo de uma mangueira, ela recebe informações e bloga. Só vai à rua em busca da notícia quando pressente – ou é informada por uma fonte fiel – que a Polícia Federal se prepara para uma operação. Alcinéa passa noites inteiras de campana, para pegar a PF em flagrante. Quando consegue, o blog chega a 3 mil leitores por dia.

Alcinéa só reduz a produção do blog uma vez por ano, no Carnaval – ela adora um ziriguidum, um telecoteco. Filha de um poeta que fez história em Macapá, Alcy Araújo, e de uma professora, Alcinéa escreveu a primeira poesia aos 10 anos. Tornou-se repórter de rádio aos 13. Trabalhou em rádio, TV e jornal por quase toda a vida, mas formou-se mesmo em mecânica. Dividiu as manchetes na imprensa com o ensino sobre motores de avião, carros e navios. É funcionária federal há 31 anos, 15 deles em sala de aula. Afirma não ter partido. “Fui filiada ao PT, depois me desfiliei”, diz. “Às vezes, dou R$ 50 ao PSTU”. Quando leu um artigo sobre a internet, no início dos anos 90, Alcinéa e o único filho não sossegaram até acessar a rede por um portal de São Paulo. Pagavam interurbano. Iniciou sua aventura no mundo virtual, onde chegou a manter uma agência de notícias. Na eleição de 2004, criou o blog. E começou a mudar a relação de forças no Amapá. “A imprensa daqui depende muito dos recursos públicos, não denuncia nada que contrarie os interesses de quem está no poder”, diz. “Os blogs furam esse bloqueio. E as notícias vão para o mundo”.

O blog de Alcinéa costuma ter brincadeiras interativas com o leitor. Em agosto de 2006, com o título de “O adesivo perfeito”, a proposta era a seguinte: “Mande fazer um adesivo com a seguinte frase: ‘O carro que mais combina comigo é o camburão da polícia’. E bote na picape daquele candidato”. Os leitores responderam com os candidatos mais variados. Um deles manifestou-se dizendo que era “um adesivo perfeito para o Sarney”. No dia seguinte, Sarney entrou com uma ação pedindo indenização e a retirada do blog do ar. Alcinéa não recuou. Postou no blog a foto de um muro da cidade, onde estava pichado “Xô, Sarney!”. Mais uma ação.

News Negro

Comissão vai avaliar se candidato a servidor é negro
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O governador André Puccinelli regulamentou, nesta terça-feira, a Lei 3.594, em vigor desde dezembro de 2008, que institui a cota de 10% para negros nos ...
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MS avança nos diretos aos negros com vagas em concursos
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O governador André Puccinelli assinou ontem o decreto 12.810 que regulamenta a Lei nº 3.594/2008, criando a reserva de vagas para negros nos concursos ...
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Área de Saúde da População Negra
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... está sendo desenvolvido na região de Barretos por um esforço do Conselho Estadual de Participação do Negro e do GTAE - Área de Saúde da População Negra.
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Plataforma recebe festival de Teatro Negro
I Bahia
O bairro de Plataforma sedia neste mês o I Festival de Teatro do Subúrbio, que irá discutir, fomentar e fustigar o teatro negro durante os dias 11 e 20 de ...
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HEITOR (((((º_º))))) CARLOS
http://portodoscasa is.blogspot. com/
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Foragido Preso

Polícia Civil prende foragido da Justiça na Capital
10/09/2009 14:07


Policiais civis da Delegacia de Capturas (Decap), comandados pelo delegado Eduardo de Oliveira César, munidos com mandado de prisão expedido pela Vara de Execuções Criminais de Novo Hamburgo, prenderam nesta quinta-feira (10/09) um foragido da justiça. O homem, de 22 anos, foi detido às 9h50min, em uma residência, situada no Acesso “J”, Vila Cristiano Kraemer, na capital.

O foragido foi encaminhado ao Presídio Central, sendo que possui uma condenação de sete anos de reclusão, pelo crime de roubo de veículo. A Decap recebe denúncias anônimas pelo número 0800.510.46.68.

Fonte: Ascom/ PC

Descoberta

Poa, 10/09/09

Bom dia,


Na maternidade, dois bebês deitados lado a lado conversam. O menino pergunta:

- Você é um menino ou uma menina?

- Sei não. Acabei de nascer.

- Vamos ver o que você é. Baixe um pouco o lençol.

- Não! Que é isso?

- Só um pouquinho.

- Não!

- Só um pouquinho. Ninguém ta vendo.

- Não. Nem pensar.

- Deixa eu ver, deixa.

- Tá bem. Tá bem. Mas só um pouquinho.

- Assim não dá pra saber. Baixa mais, baixa.

- Você tem certeza de que não vem ninguém?

- Tenho, sim.

- E aquela enfermeira ali?

- Tá dormindo. Baixa mais, baixa. Só um pouquinho, baixa.

- Assim?

- Ah, é uma menina. Os sapatinhos são cor de rosa...

Pensou que fosse outra coisa né?

Beijos.

Deise Nunes.

Viva Favela






Sangue bom
por: Renata Sequeira - 16/04/2009


Cinquenta jovens das comunidades de Jardim Catarina e Salgueiro são um exemplo de que cidadania e juventude tem tudo a ver. Eles, que participam do projeto Protejo, doaram sangue aos pacientes em tratamento no Instituto Nacional do Câncer e mostraram que para ser solidário não existe barreira.


Morte na Maré
por: Walter Mesquita - 15/04/2009


Felipe dos Santos Correia de Lima, 17 anos, foi morto nesta quarta, 14, por volta das 11h, próximo à sua casa, na Rua do Serviço, Baixa do Sapateiro. Moradores e vizinhos contam que os policiais entraram atirando na favela. Felipe foi atingido por uma bala na cabeça quando conversava com amigos.


A arte de educar
por: Renata Sequeira - 09/04/2009


Despertar nos jovens o interesse pelo estudo nunca foi fácil. O desafio é ainda maior em áreas de baixa renda. Para aproxima-los, a Casa da Arte de Educar, que desenvolve trabalhos no Morro dos Macacos e Mangueira, lançou um material didático gratuito baseado na realidade desses jovens.




"Domingo é dia de cinema" no Odeon

"Nas Ondas do Ambiente" é lançado no Rio

Ato relembra vítimas de ação policial na Mineira

100 vagas no Instituto Beleza Natural de São Gonçalo

Inscrições abertas para vestibular da Uerj

Cine Debate Educação com entrada gratuita

Veja Porto Alegre - Retro



SHOWS
Nasi e Banda
O ex-líder da banda Ira! faz show no Bar Opinião, terça (14), a partir das 22h. Ele relembra sucessos do grupo e as novas canções da carreira solo.




2
SHOWS
Alexandre Pires
Na terça (14) o cantor faz show no Pepsi on Stage do CD e DVD mais recente, Em Casa. As 21 músicas do álbum contaram com co-direção de Ivete Sangalo.




3
PARA AS CRIANÇAS
Sitio do PicaPau Amarelo
O texto de Monteiro Lobato está em cartaz no Teatro Bourbon Country, quarta (15). A montagem de Flávio de Souza traz 18 atores e grande cenário no formato musical.




4
RESTAURANTES
O melhor alemão
O Steinhaus foi eleito pelo júri de VEJA Porto Alegre como melhor lugar de culinária alemão da cidade. Experimente o pato impecável com molho de carne, arroz picante e pedaços de damasco. Para sobremesa, panqueca de banana.




5
BARES
Clima de descontração
O boteco Ossip foi eleito o melhor da cidade por VEJA Porto Alegre, edição 2009, principalmente por conta do seu ambiente informal. Lá os garçons são chamados pelo nome e pode-se apreciar um dos rótulos de cachaça mineira.




6
BARES
Balada no Ocidente
De sarau literário à música eletrônica. Essa mistura eclética no mesmo lugar. Foi a programação de shows, festas e apresentações que deu ao bar o melhor para dançar segundo VEJA Porto Alegre.




7
CINEMA
Estreia de Divã
Lília Cabral vive uma mulher de 40 anos que decide procurar um psicanalista e se propõe novos desafios. Estreia prometida para sexta (17). Circuito a conferir.




8
TEATRO
Espetáculo Medéia
A peça usa o texto original escrito por Eurípedes e está em cartaz no Theatro São Pedro, sábado (18). Medeia pretende se vingar do marido que a abandonou e para isso não poupa nem os filhos.




9
SHOWS
The B-52's
Sucesso nos anos 80, o quarteto volta para turnê no Brasil. Em Porto Alegre o show é segunda (20), no Teatro do Bourbon Country. Trinta e seis anos de carreira compõem o repertório.



O que é
Esta newsletter informa o melhor da programação de gastronomia, lazer e entretenimento do Porto Alegre

Destaque Vermelho

DESTAQUES
DA EDIÇÃO DE HOJE DO PORTAL VERMELHO


Marilena Chaui na 'Cult'

Ideias
Filósofa convida esquerda a fazer novas reflexões
Ante a crise e o fiasco do neoliberalismo, Marilena Chauí opina: há campo para novas reflexões à esquerda e práticas de classe. A esquerda bem informada
Veja o vídeo dos 7 anos do Vermelho
O Vermelho festeja hoje seu sétimo aniversário. Veja o vídeo comemorativo dirigido por Toni C, que conta, em 8 minutos, um pouco do passado e do futuro do site, as opiniões de gente que entende de internet, de quem faz, colabora ou simplesmente visita o portal do galo.

Revolução Bolivariana
Hugo Chávez conduz tomada do controle estatal na Venezuela
Com expropriações e ocupações em setores estratégicos, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, provoca desconforto em setores da burguesia e em membros da oposição. Osvaldo Bertolino
Crise: uma pedra no caminho chamada Meirelles
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, representa uma era que entrou em colapso. Mas segue firme e forte no comando da política monetária brasileira, o que pode ser um risco gigantesco.

Lula nas pesquisas: um crédito de confiança

Altamiro Borges
Remessa de lucros sangra o Brasil

Fatima Oliveira
Desdenhar das reclamações da clientela é atirar no peito

Luciano Rezende
Os dois Paraguais e Paris + 11

Augusto Buonicore
Momentos da vida do PCdoB

Eron Bezerra
Raposa Serra do Sol e os “limites” do STF


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Quilombo

Esperamos que esteja tudo bem com você.

Três textos que fizeram parte do bate-papo realizado durante os saraus afro-mix estão disponíveis no nosso site. Dê uma olhada: Lima Barreto, Rap e Abolição.
www.quilombhoje.com.br



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A entidade "Memória Lélia Gonzalez" nos lembra que a lei das cotas que estabelece 50% de vagas nas universidades federais para egressos de escolas públicas, negros, pardos e indígenas, está em tramitação no Senado Federal e deve ser votada em breve. Um outro projeto, que estabelece cotas só para egressos de escolas públicas, excluindo a reserva para negros, pardos e índigenas, também está sendo analisado.

Sabemos que essa questão é polêmica e muitos ainda não se decidiram se são contra ou a favor das cotas.

Mas se você acha que as cotas devem ser aprovadas, mande uma mensagem para os senadores (e-mails seguem abaixo, fornecidos por "Memória Lélia Gonzalez").

Particularmente achamos necessária a adoção de políticas públicas em relação a negros, pardos e indígenas (já que nunca ocorreram neste país), dentre elas as cotas, e enviamos a mensagem reproduzida abaixo.

Exmo. Sr. Senador, Exma. Sra. Senadora.



Por que as cotas são necessárias?

Sem dúvida nosso país vive um momento ímpar em que uma injustiça histórica pode ser reparada. E o Sr., a Sra., são agentes dessa transformação. Na história deste país, a instituição desumana e cruel da escravidão permitiu que o trabalho de milhões de seres humanos fosse explorado durante séculos a fio, sem que esses seres subjugados tecnologicamente tivessem tido, após a abolição da escravatura, políticas públicas que os resgatassem da condição subumana a que foram submetidos. Coisa muito diferente se deu com os imigrantes europeus no final do século XIX e início do século XX, que vieram ao Brasil com algumas garantias que não foram dadas aos afro-descendentes, que literalmente derramaram seu sangue por esta terra durante quase quatrocentos anos.

Entendemos a adoção de políticas de ação afirmativa em parte como uma reparação dessa barbárie. Em segundo lugar, como uma transição para uma sociedade desenvolvida, que pressupõe educação e igualdade de condições entre seus cidadãos.

As COTAS são um exemplo dessas políticas de ação afirmativa. São uma dentre várias ações que se podem tomar visando ao atenuamento das desigualdades que se perpetuam e que são exemplarmente mostradas ano a ano pelas pesquisas empreendidas por órgãos idôneos.

A título de ilustração, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), junto com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher, publicou no final de 2008 uma pesquisa sobre desigualdades raciais, com alguns números alarmantes. Na educação, por exemplo, enquanto 95% de crianças negras e brancas cursam o ensino fundamental, no ensino médio há uma diferença: os brancos são 60% e os negros, 37% (a pesquisa não aborda o ensino superior, mas pode-se supor uma diferença maior). Em termos de renda, em média homens negros recebem metade do que os brancos, as mulheres brancas recebem 63% e as negras, 32% do que ganham os homens brancos. São números que confirmam de forma exata e incontestável o que a gente sabe e sente no dia-a-dia. Antes que tome corpo a tentação de se atribuírem tais diferenças a características de personalidade individuais ou coletivas, é necessário relembrar que elas têm raízes históricas.

Não consideramos que as cotas sejam um privilégio. Ao contrário, são uma reparação do privilégio existente hoje, em que apenas uma minoria de negros, pobres e indígenas consegue acesso ao ensino superior, e não porque não se esforcem, ao contrário, se esforçam e muito, trabalhando de dia para sustentar famílias e estudando à noite, mas no cotidiano a discriminação os empurra para a base da pirâmide social.

Não negamos que o ensino público merece ser alvo de uma melhora constante, mas as cotas não excluem as ações que possam fazer isso acontecer.

Se essas políticas de ação afirmativa seriam transitórias ou permanentes é outra discussão.

Diante disso conclamamos V.Sa. a permitir que as cotas sejam adotadas nas universidades públicas, VOTANDO A FAVOR do PL 180/2008.

Seria um passo gigantesco para este país, o reconhecimento de que caminha para a maturidade, permitindo a igualdade de condições de acesso ao ensino superior por seus cidadãos.

Assim, contamos com sua colaboração para que possamos construir um Brasil com mais justiça social.



Quilombhoje Literatura



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E-mails dos senadores:

sergio.zambiasi@senador.gov.br; sarney@senador.gov.br; j.v.claudino@senador.gov.br; jose.agripino@senador.gov.br; jtenorio@senador.gov.br; sergio.guerra@senador.gov.br; roseana.sarney@senadora.gov.br; rosalba.ciarlini@senadora.gov.br; romeu.tuma@senador.gov.br; romero.juca@senador.gov.br; renatoc@senador.gov.br; renan.calheiros@senador.gov.br; raimundocolombo@senador.gov.br; simon@senador.gov.br; paulopaim@senador.gov.br; paulo.duque@senador.gov.br; patricia@senadora.gov.br; papaleo@senador.gov.br; osmardias@senador.gov.br; neutodeconto@senador.gov.br; mozarildo@senador.gov.br; marisa.serrano@senadora.gov.br; mario.couto@senador.gov.br; maria.carmo@senadora.gov.br; marconi.perillo@senador.gov.br; marco.maciel@senador.gov.br; crivella@senador.gov.br; maosanta@senador.gov.br; magnomalta@senador.gov.br; lucia.vania@senadora.gov.br; leomar@senador.gov.br; katia.abreu@senadora.gov.br; josenery@senador.gov.br; jose.maranhao@senador.gov.br; jonaspinheiro@senador.gov.br; joaquim.roriz@senador.gov.br; joaoribeiro@senador.gov.br; joaodurval@senador.gov.br; jefperes@senador.gov.br; jayme.campos@senador.gov.br;



jarbas.vasconcelos@senador.gov.br; inacio.arruda@senador.gov.br; ideli.salvatti@senadora.gov.br; heraclito.fortes@senador.gov.br; gilvamborges@senador.gov.br; gerson.camata@senador.gov.br; geraldo.mesquita@senador.gov.br; garibaldi.alves@senador.gov.br; francisco.dornelles@senador.gov.br; flexaribeiro@senador.gov.br; flavioarns@senador.gov.br; fernando.collor@senador.gov.br; fatima.cleide@senadora.gov.br; expedito.junior@senador.gov.br; ecafeteira@senador.gov.br; eliseuresende@senador.gov.br; efraim.morais@senador.gov.br; eduardo.suplicy@senador.gov.br; eduardo.azeredo@senador.gov.br; edison.lobao@senador.gov.br; demostenes.torres@senador.gov.br; delcidio.amaral@senador.gov.br; cristovam@senador.gov.br; cicero.lucena@senador.gov.br; cesarborges@senador.gov.br; augusto.botelho@senador.gov.br; arthur.virgilio@senador.gov.br; antval@senador.gov.br; acm@senador.gov.br; alvarodias@senador.gov.br; mercadante@senador.gov.br; almeida.lima@senador.gov.br; alfredon@senador.gov.br; adelmir.santana@senador.gov.br; wellington.salgado@senador.gov.br; valterpereira@senador.gov.br; valdir.raupp@senador.gov.br; tiao.viana@senador.gov.br; tasso.jereissati@senador.gov.br; siba@senador.gov.br; serys@senadora.gov.br;



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Se não quiser reber mais nossos e-mails, clique em "responder" e coloque "excluir" na linha do assunto.

O Congresso

Poa, 26/03/09

Que tal começarmos a quinta-feira rindo desta piada?

Adorei...por isso repasso.....é a verdade

Beijos.

Deise Nunes.





Congresso Nacional :

Se gradear, vira zoológico,
se murar, vira presídio,
se colocar uma lona em cima, vira circo,
se colocar lanternas vermelhas, vira casa de puta,
se der descarga, não sobra ninguém...

Destaque Vermelho

Poa, 01/04/09

Oi galera querida,

Quero agradecer todos os cliques que minha filha recebeu.

Foi o teu apoio, clicando no nome dela, que a Júlia foi selecionada para participar do desfile da C&A no Donna Fashion 2009. O desfile acontece no Shopping Iguatemi, no dia 04/04 às 21 horas. Não preciso dizer que estarei babando na primeira fila, né?

Valeu pelo teu carinho, apoio e paciência.

Beijos grandes.

Deise Nunes.

Deise Nunes

Poa, 01/04/09

Oi galera querida,

Quero agradecer todos os cliques que minha filha recebeu.

Foi o teu apoio, clicando no nome dela, que a Júlia foi selecionada para participar do desfile da C&A no Donna Fashion 2009. O desfile acontece no Shopping Iguatemi, no dia 04/04 às 21 horas. Não preciso dizer que estarei babando na primeira fila, né?

Valeu pelo teu carinho, apoio e paciência.

Beijos grandes.

Deise Nunes.

Zé Dirceu

1964: democratas e ditatoriais

O que são 45 anos – transcorridos desde aquele primeiro de abril até hoje? O que foi aquilo? O que restou daquilo?






30/03/2009

Emir Sader

Os golpistas – incluída toda a imprensa, menos a Última Hora – insistiam em dizer que a data era 31 de março; nós, que era primeiro de abril. Ainda mais que eles tentavam dizer que tinha sido uma “revolução”, confessando o prestigio da palavra revolução – até ali identificado com a revolução cubana.

O que são 45 anos – transcorridos desde aquele primeiro de abril até hoje? O que foi aquilo? O que restou daquilo?

Medido no tempo, parece algo distante. Afinal, tinham transcorridos apenas 34 anos desde a revolução de 30 - o momento de maior ruptura progressista na história brasileira. Período que incluiu os 15 anos do primeiro governo de Getúlio e os 19 de democracia liberal, incluídos os 4 do novo mandato de Getúlio e os 5 do JK.

Nem é necessário discorrer muito para dizer que se tratou de um golpe militar, que introduziu uma ditadura militar. Nem a “ditabranda” da FSP (Força Serra Presidente), nem o “autoritarismo” de FHC – todas tentativas de suavizar o regime. Um regime dirigido formal e realmente pela alta oficialidade das FFAA, que reorganizou o Estado em torno dessas instituições, tendo o SNI como seu instrumento de militarização das relações sociais. Um regime que atuou politicamente a favor da hegemonia do grande capital nacional e internacional. Para isso, entre suas primeiras medidas estiveram a intervenção militar em todos os sindicatos e o arrocho salarial – a proibição de qualquer campanha salarial, sonho de todo grande empresário.

Para que se criasse um clima que desembocou no golpe militar, foi montada uma campanha de desestabilização que – hoje se sabe, pelas atas do Senado dos EUA – tinha sua condução diretamente naquele país, com participação direta do então embaixador norte-americano e a cumplicidade ativa da grande mídia – que até hoje não fizeram autocrítica do papel ditatorial que tiveram, nem mesmo a FSP, que emprestou seus carros para ações repressivas da Oban -, somada às mobilizações feitas pela Igreja Católica e pelos partidos de direita – com o lacerdismo moralizante na cabeça.

Nunca como naquele período as grandes empresas privadas lucraram tanto. Foram elas as maiores beneficiárias da repressão – prisões arbitrárias, torturas, fuzilamentos, desaparições, entre outras formas de violência de um regime do terror. Foram o setor economicamente hegemônico durante a ditadura –ao contrário da visão inconsistente de FHC, de que uma suposta “burguesia de Estado” seria o setor hegemônico, para absolver os grandes monopólios nacionais e internacionais.

O Brasil vinha vivendo um processo importante de democratização social, política e cultural. O movimento sindical se expandia, os funcionários públicos passavam a incorporar-se a ele, os militares de baixa graduação passavam a poder se organizar e se candidatar ao Parlamento, se desenvolvia a sindicalização rural, acelerava-se a criação de uma forte e diversificada cultural popular – no cinema, no teatro, nas artes plásticas, -, um movimento editorial de esquerda se fortalecia muito.

Foi para brecar a construção da democracia que o golpe foi dado. Com um caráter abertamente antidemocrático e fortemente antipopular – como as decisões imediatas contra os sindicatos e campanhas salariais demonstram -, foi um instrumento do grande capital e da estratégia de guerra fria dos EUA na região.

1964 se constituiu em um momento de forte inflexão na história brasileira. O modelo de desenvolvimento industrial passou a se centrar na produção para a alta esfera do consumo e a para a exportação, acentuando a concentração de renda e a desigualdade social, assim como a dependência.

O Brasil que saiu da ditadura, 21 anos depois, era um país diferente daquele de 1964. As organizações democráticas e populares haviam sido duramente golpeadas. A imprensa havia sido depurada dos órgãos de esquerda. (Não esquecer que a resistência na imprensa foi feita pela chamada imprensa nanica, por si só uma denúncia da imprensa tradicional.) O país havia se transformado no mais desigual do continente mais desigual do mundo.

Vários dirigentes da ditadura ainda andam por aí, junto com seus filhos e netos, dando lições de democracia, sendo entrevistados e escrevendo artigos na imprensa. A imprensa não dirá nada ou tentará, uma vez mais, se passar por vítima da ditadura, escondendo o papel real que desempenhou. (Que tal republicar as manchetes de cada órgão naquele primeiro de abril de 1964?) Na resistência e na oposição à ditadura se provou quem era e é democrata no Brasil. ( O texto foi originalmente publicado no Blog do Emir)



Emir Sader é filósofo, cientista político e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), onde coordena o Laboratório de Políticas Públicas.

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----- Original Message -----
From: Consciência.Net



Abril 01, 2009
45 anos do Golpe: memória da luta e resistência do campesinato na Ditadura Militar
"Agora que o País se livrou do fantasma da comunização, podemos repetir o que vínhamos dizendo exaustivamente: todo comunista é covarde e mau caráter. (...) Enfim, começa hoje uma nova era para o Brasil. Confiemos no espírito público dos homens que salvaram a democracia brasileira (...)". Foi com essas palavras que um dos jornais de maior circulação da época anunciou em seu editorial o novo regime político imposto aos brasileiros em 1964: a ditadura militar. Leia texto da Comissão Pastoral da Terra, regional Nordeste II.



Ao amanhecer o dia 1° de abril daquele ano, o Brasil viveria, por um período que duraria 21 anos, um dos momentos mais nefastos na história do país. Após exatos 45 anos, setores que patrocinaram a ditadura insistem em classificá-la de "ditabranda" ou de uma época de pequenos excessos cometidos. Os movimentos sociais e as organizações populares não esquecem o horror vivido e as conseqüências políticas ocasionadas por aquele regime.

Momentos de efervescência política nos anos que antecederam o Golpe

"Os anos que antecederam o '64' foram de uma efervescência política muito grande no Brasil, sobretudo no Nordeste e no campesinato", comenta o Padre Hermínio Canova, da Coordenação Nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e que acompanhou a resistência e luta das organizações camponesas que iam surgindo até então. Para o Padre Hermínio, aquele período anterior ao Golpe foi um marco para a luta dos trabalhadores brasileiros, um período de ascenso de massas, potencializado ainda mais pela referência à Revolução Cubana e às reformas de base anunciadas por Goulart.

A mobilização do campesinato também foi um elemento fundamental para o avanço das lutas populares naquele período. No início dos anos 60, consolidavam-se organizações como as Ligas Camponesas que, sobretudo no Nordeste foram importantes instrumentos de organização e de atuação do campesinato.

O golpe interrompe o processo de luta do campesinato

As organizações e lideranças camponesas que faziam a defesa da Reforma Agrária e dos direitos humanos foram massacradas com a Ditadura Militar. O integrante do Núcleo de Documentação dos Movimentos Sociais da UFPE e preso político no regime, o professor de Comunicação Social, Luis Momesso, enfatiza que a ditadura teve como um dos seus principais eixos de apoio o latifúndio - que se via ameaçado pelas mobilizações populares.

Lideranças como Francisco Julião e João Pedro Teixeira, das Ligas Camponesas de Pernambuco e da Paraíba foram alguns dos símbolos da resistência e luta no Nordeste e se consolidaram como "elementos perigosos" para as forças reacionárias. Ainda dois anos antes do golpe, João Pedro Teixeira foi brutalmente assassinado, enquanto Francisco Julião foi perseguido, preso e exilado nos anos da ditadura.

As medidas impostas pela Ditadura para o campo foram logo postas em prática. O regime intensificou o avanço do capital no campo e o fortalecimento do latifúndio, através da entrada de maquinários modernos e agrotóxicos. Foi anulada a lei de 1962, que controlava remessas de lucros para o estrangeiro, dando força e permitindo a entrada em larga escala das multinacionais no país. "Esse é considerado um dos períodos em que latifundiários, empresários e usineiros mais expulsaram os camponeses, posseiros, indígenas e quilombolas de suas terras", afirma Hermínio. A massa de camponeses expulsa do campo, desempregada e sem nenhum direito garantido, migravam para as cidades sem perspectivas de vida e emprego.

Como forma de mascarar as tensões no campo e colocar um freio nos movimentos campesinos, o governo de Castelo Branco emitiu, em 1965, o estatuto da Terra. Mesmo contendo avanços, como falar pela primeira vez da função social da propriedade e da desapropriação para fins de Reforma Agrária, o estatuto não tinha o objetivo de sair do papel e ainda conseguia acobertar o latifúndio em um único item que assegurava que "a propriedade declarada empresa rural não poderia ser desapropriada".

A repressão aos que se posicionavam contra o Regime tornou-se ainda mais brutal em 1968, com o Ato Institucional n° 5 (AI 5). O decreto deu ao regime militar poder absoluto. A partir daí, as organizações de caráter político de oposição ao regime foram barbaramente massacradas e perseguidas. "Nos Sindicatos de Trabalhadores Rurais mais atuantes, a diretoria era substituída por interventores do estado, os chamados `pelegos´ e lideranças camponesas foram brutalmente assassinadas, presas e torturadas", relembra Hermínio.

O campesinato seguiu resistindo ao cenário de terror e violência protagonizado pela Ditadura Militar. Segundo Hermínio "umas das áreas mais cobiçadas para o avanço do capital na ditadura era a pré-Amazônia - que compreende os estados de Tocantins, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul." Foi naquela região, em 1975, em plena ditadura militar, que surgiu a Comissão Pastoral da Terra, como resposta à grave situação dos trabalhadores rurais, desenvolvendo um serviço pastoral e contribuindo com a luta e organização do campesinato contra a implementação do regime, que fazia o jogo dos interesses capitalistas nacionais e transnacionais.

Solidariedade e resistência no campo em Pernambuco

No estado, a luta dos camponeses e camponesas violentados pela ditadura militar contou com a solidariedade e a dedicação de pessoas que também seriam consideradas figuras indesejadas da Ditadura Militar Brasileira. Dom Helder Câmara, designado para ser o arcebispo de Olinda e Recife, chegou à capital pernambucana nos primeiros dias do Golpe Militar.

Por sua atuação social e política de repúdio ao Regime Militar, o "Arcebispo vermelho", como era denominado na época, foi perseguido e censurado pelos militares. Dom Helder ainda conseguiu realizar várias viagens ao exterior onde denunciava as violações de direitos humanos cometidas pela ditadura brasileira.

Outro lutador do povo que sempre esteve ligado às lutas do campesinato foi Gregório Bezerra. Nascido na região do Agreste do estado pernambucano, Gregório começou a trabalhar nas lavouras de cana com quatro anos para ajudar a família. Integrante do PCB, foi preso político e exilado durante o regime. Faleceu em outubro de 1983, deixando um legado de luta e resistência para Pernambuco e o Brasil.

45 anos depois: continua a perseguição política aos movimentos de luta pela terra

Após 45 anos, camponeses a camponesas são insistentemente criminalizados por levantarem a bandeira da Reforma Agrária. Casos mais recentes - como o fechamento das escolas itinerantes do MST no Rio Grande do Sul, em fevereiro deste ano, e a criminalização de lideranças de organizações do campo, como o caso do advogado da CPT, José Batista Afonso, são exemplos de que a perseguição política aos movimentos de luta pela terra persiste.

Para o professor Momesso, "a ditadura não existe mais enquanto regime, mas o capitalismo continua. As mesmas pessoas que patrocinavam a ditadura estão hoje no Governo, como Sarney. O capital não tem projeto para a sociedade, e nesse contexto, a tendência dele é radicalizar pela violência, sempre foi. Quando não é pela via do estado, é via milícias armadas contratadas pelos latifundiários. Nós estamos em uma democracia que é violência, é ditadura também", finaliza Momesso.
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"NÃO RESOLVEMOS A QUESTÃO CENTRAL DA REFORMA

DO PAPEL DAS FORÇAS ARMADAS", DIZ JOSÉ DIRCEU.

José Dirceu de Oliveira e Silva completava 15 dias de maioridade, mas ainda era um adolescente político. Trabalhava em um escritório na Praça da República, no centro de São Paulo, estudava no Colégio Paulistano e fazia cursinho pré-vestibular. Tinha acabado de fazer 18 anos quando viu descendo pela Rua da Consolação, vindo da Rua Maria Antônia, estudantes do Colégio Mackenzie fazendo manifestação em favor do golpe militar de 64. Contra os alunos direitistas, o jovem Zé Dirceu teve certeza de que estava do lado certo, mas jamais imaginou que poderia liderar nos anos seguintes parte da resistência à ditadura militar que vigorou por 21 anos. Passados 45 anos de sua maioridade e do golpe, José Dirceu avalia o período, refuta teses tais como “o AI-5 foi culpa das guerrilhas urbanas” ou que “a luta armada prolongou o regime ditatorial”. Ele reconhece o legado econômico do período, mas avalia que o país teria se saído muito melhor sob a democracia. O ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), ex-ministro-chefe da Casa Civil dn primeiro mandato do presidente Lula e deputado cassado por seus pares (sob acusação de envolvimento com o mensalão) analisa que, após quase 25 anos de redemocratização, o país precisa rever o papel das Forças Armadas e passar a limpo sua história contemporânea. A seguir, os trecho principais de entrevista por telefone, concedida no dia 26 deste mês.

Agência Brasil – No momento do golpe militar, o senhor já era militante?

José Dirceu – A minha militância política e um novo mundo que descobri aconteceram quando eu entrei para a PUC [Pontifícia Universidade Católica] para fazer o curso de Direito. Ali começo a militar com amigos do Partido Comunista Brasileiro, fazer cineclube, protestar contra o autoritarismo vigente na escola, contra as anuidades, contra o fechamento dos centros acadêmicos, pela associação atlética [da faculdade], contra o recrudescimento da ditadura com a Lei Suplicy [que extinguiu a União Nacional dos Estudantes - UNE e as uniões estaduais de estudantes] e com o Ato Institucional nº 2 [escrito “à nação” e que estabeleceu a suspensão de direitos políticos e eleição indireta para presidente, além de censura à propaganda considerada “subversiva”, entre outras medidas].

ABr – A esquerda fez uma leitura errada dos acontecimentos que antecederam o golpe, avaliando que poderia haver resistência?

Dirceu – O golpe era um golpe anunciado, que tem raízes na Escola Superior de Guerra. Tinha uma avaliação de que haveria tentativa de golpe, mas não houve uma preparação para resistir. Ainda que os norte-americanos estivessem preparados. Os americanos tinham mandado uma frota da Marinha para cá e estavam preparados não só para reconhecer os golpistas [como representantes legítimos do Estado brasileiro], como também para fazer uma intervenção política e militar ao lado deles. Em grande parte, o golpe foi financiado, articulado e apoiado pelos americanos. Depois disso e até o governo Geisel, toda política interna e externa refletiu essa ligação carnal com os Estados Unidos. O Juracy Magalhães [ministro das Relações Exteriores do governo Castelo Branco, 1966-1967] disse que “o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”.

ABr – Qual a pior conseqência do golpe?

Dirceu – Evidentemente a ditadura em si foi o pior. Há muitos aspectos da política econômica: concentração de renda, êxodo rural, empobrecimento das classes populares e endividamento. O que marca a ditadura é a repressão, as torturas, os crimes políticos, os desaparecimentos, a censura, o impedimento de que o país tivesse instituições democráticas. Até então, o Brasil em 70 anos de República viveu 35 de ditadura. Isso trouxe conseqüências graves para a formação política e cívica do país. O saldo que a ditadura deixou foi trágico: não só pelos assassinatos e torturas, mas pela cassação dos direitos políticos dos milhares que foram diretamente cassados como eu, mas de todo o povo brasileiro que não pôde exercer os direitos.

ABr – Na sua vida, a cassação e o exílio foram os piores momentos?

Dirceu – O golpe me despertou para a política, assim como aconteceu com milhões de brasileiros. O Brasil não parou de lutar. Fizemos questão de manter as ruas na mão daqueles que se opunham à ditadura. Nós mantivemos centros acadêmicos abertos e mobilizações de alguns setores contra a ditadura, como os de intelectuais, artistas, professores, jornalistas. Tentamos fazer uma ponte com o movimento sindical que se levantou em 1968, em Osasco (SP). A cassação do meu habeas corpus pelo Ato Institucional nº 5 foi o pior momento [que o impediu sair da prisão, feita durante o 30º Congresso da UNE, no interior de São Paulo].

ABr – Por que o movimento estudantil capitaneou a resistência ao regime militar?

Dirceu – Os estudantes pertenciam a uma geração libertária que saiu de casa, foi trabalhar e estudar nas grandes cidades sem depender dos pais. Foi uma geração avessa ao conservadorismo cultural e moral e ao autoritarismo que existia no país. O movimento estudantil foi mais do que luta contra a ditadura, foi uma revolução de comportamento. Isso coincide com um momento de grandes transformações no mundo.

ABr – Olhar isso com uma certa nostalgia não esconde a dureza que foram aqueles anos?

Dirceu – Não, a vida é assim, tem muitas facetas, é um arco-íris. A luta nossa teve seus momentos de tristeza e dor pelas derrotas, mas teve seus momentos de alegria e vitória pela criação e pelos sonhos.

ABr – A luta armada levou o país ao AI-5?

Dirceu – Não. Isso é uma tese sem fundamento que até serve de justificativa para o golpe. Os atos institucionais nº 1 e nº 2 já mostram a natureza da ditadura. Todo golpe tem uma natureza violenta porque é uma solução fora da política. Dizer que a repressão teve como causa a resistência à ditadura é uma coisa simplesmente inaceitável. Então não se pode lutar pela liberdade? Esse tipo de conceito não corresponde aos fatos históricos. Ditadura era ditadura. Também foram reprimidos os partidos políticos de oposição. O Partido Comunista Brasileiro, que não participou da luta armada, também foi reprimido. Não tem sentido esse argumento.

ABr – A visão revolucionária de alguns setores estava equivocada? A visão reformista do citado “Partidão” talvez fosse a leitura mais adequada daqueles momentos?

Dirceu – A luta armada tem, em primeiro lugar, uma justificativa pelo menos moral: é o direito à resistência, está previsto na carta das Nações Unidas, contra a opressão e um governo ilegítimo que nasceu da violência de um golpe militar inconstitucional e se impôs pela força. Evidentemente que não foi o método mais correto. Não soubemos combinar a resistência armada com a luta política e social. Porém, daí tirar a conclusão de que a luta pacífica ou que a resistência institucional poderiam ser bem-sucedidas está errado porque elas também foram derrotadas. No processo histórico todos aprendemos, não vejo por que dar toda a razão aos pacifistas ou negar toda a razão à luta armada, apesar do seu caráter militarista.

ABr – Qual foi o maior aprendizado?

Dirceu – Que não se pode fazer nenhuma luta se não tiver apoio popular e é preciso aprender com a luta. Nós aprendemos isso e exercitamos a partir de 80, muitos fundadores do PT vivemos essa experiência e soubemos aproveitá-la na vida política.

ABr – Houve acertos no regime militar?

Dirceu – Evidentemente houve acertos, não é possível governar o país por tanto tempo sem crescimento, sem realizações. O país mudou radicalmente. O Brasil de 1985 não é igual ao Brasil de 1964. É um outro país, para o bem e para o mal. Caracterizado pela pobreza, perda da soberania popular e ausência de instituições democráticas, mas também com infra-estrutura de telecomunicações, rodoviária, energia, apesar de ter abandonado as ferrovias, não ter desenvolvido a hidrovia, e de a produção de energia nuclear não ter dado certo. Teve endividamento externo, mas o país criou uma indústria petroquímica, a Petrobras sobreviveu, se constituiu a Eletrobrás, a Telebrás. Não se conseguiu criar uma indústria de TI [tecnologia da informação], mas o país avançou na indústria pesada, de máquinas e equipamentos, apesar de não ter conseguido acompanhar o desenvolvimento tecnológico mundial. O Brasil começou a criar as bases para a agricultura e a groindústria que tem hoje. O saldo absoluto negativo é no social e político. No econômico - como o país trabalhou, produziu, acumulou muito e aumentou sua população -, é inegável que houve crescimento, mas nada disso justifica a ditadura. Tudo isso poderia ter sido feito com democracia e teria sido feito melhor. Talvez, por exemplo, não teríamos visto um desenvolvimento urbano tão concentrador, tanta favelização. Talvez a participação do trabalho na renda nacional teria sido maior, feito a reforma agrária em uma época que teria outro impacto.

ABr – Que diferenças e semelhanças o senhor apontaria entre aquele projeto de desenvolvimento e o projeto atual do governo Lula?

Dirceu – Nenhuma semelhança. O país é outro, o mundo é outro, não tem nenhuma comparação. Não fazemos o crescimento com base no endividamento externo. O país já tem uma base industrial e tecnológica para dar saltos. O principal problema do país é combater a pobreza, a desigualdade, e fazer uma revolução tecnológica e educacional. Outro problema é fazer a integração da América do Sul, que não estava colocada naquela época. O discurso era chauvinista, de direita nacionalista, até de sub-imperialismo. Não vejo paralelo. Tudo agora é feito na democracia, naquela época não havia participação da sociedade. Não se pode comparar.

ABr – No governo Geisel, a abertura correu riscos?

Dirceu – Claro que correu. Só não ocorreu porque as forças que lutavam pela democracia foram se impondo. A sociedade foi se mobilizando: a Igreja teve um papel importante, o MDB [Movimento Democrático Brasileiro, partido de oposição ao regime militar que antecedeu o PMDB], os sindicalistas [que depois vão fundar o PT], os intelectuais, os jornalistas, a imprensa e as camadas populares que se levantaram por melhores condições de vida. O país caminhou para a democracia resistindo e lutando. Senão, não teria saído da ditadura. A democracia não é obra da distensão e nem dos militares, ela é obra de quem lutou.

ABr – Por que o Brasil tem tanta dificuldade de passar essa história a limpo?

Dirceu – Porque nós não resolvemos uma questão central que é a reforma e a revisão do papel das Forças Armadas no país. Foi criado o Ministério da Defesa, mas ele não está consolidado. Nunca os militares abriram mão de autodefinir as suas políticas. Nunca o Congresso Nacional avocou isso para si, o que significa que a sociedade não avocou para si. Existe um capítulo não encerrado, como acontece em outras casos. Precisamos, por exemplo, fazer uma reforma política e não deixar que o poder econômico, a cada dia, controle mais a política, e a política dependa do dinheiro. O Brasil não acertou as contas com a sua própria história. Por Gilberto Costa/Abr.









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News Discriminação

Promotora quer cota para negros em desfiles
O Globo - Rio de Janeiro,RJ,Brazil
"O percentual de modelos negros no evento [em torno de 3%] é bem menor que o de brancos. O objetivo da Promotoria é fazer um acordo de inclusão social. ...
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Estudante se diz parda, mas UFSM discorda e cancela vaga
Zero Hora - Porto Alegre,RS,Brazil
No caso dos cotistas afro-brasileiros, é necessária uma autodeclaração do aprovado dizendo que é negro ou pardo. Tatiana fez o que foi pedido e começou as ...
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Obama

.....Obama deu ordens aos Departamentos de Estado, do Tesouro e do Comércio para que, o quanto antes, comecem a eliminar estas restrições e facilitar as comunicações com a ilha.
Segundo o alto funcionário, o objetivo da iniciativa é "apoiar o desejo do povo cubano de determinar seu próprio destino". A partir de agora, as pessoas que quiserem poderão enviar remessas e ajuda humanitária à ilha. Também foi suspenso o veto a produtos como sementes para plantações e artigos para pesca.
As remessas liberadas pelo governo americano poderão ter como destinatário qualquer cidadão de Cuba, com exceção de funcionários do regime, que não poderão se beneficiar das medidas.
Além disso, acabam as limitações relativas à duração e à frequência das viagens à ilha, acrescentou o funcionário.
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++.....http://www1. folha.uol. com.br/folha/ mundo/ult94u5498 32.shtml



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HEITOR (((((º_º))))) CARLOS
http://portodoscasa is.blogspot. com/
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Retro do jornal Negritude

A Inter de Milão deve tentar rescindir o contrato de Adriano que termina em junho de 2010, de acordo com jornal italiano ‘Corriere dello Sport''. O empresário do atleta, Gilmar Rinaldi, deve se reunir com os dirigentes do clube nesta terça-feira. O jogador anunciou na semana passada que vai se afastar do futebol por tempo indeterminado, por estar desmotivado com o esporte.
A ideia da Inter é pagar parte do bônus, já que Adriano marcou três gols na atual temporada do Campeonato Italiano. Caso não aceite a proposta, o clube recorreria ao Colégio Arbitral da Liga Italiana de Futebol.
Para o clube, não teria problemas de comprovar que tentou ajudar o jogador a enfrentar as crises em que passou.
http://esportes. dgabc.com. br/default. asp?pt=secao&pg=detalhe&c=2&id=5738505&titulo=Inter+ faz+proposta+ de+rescisao+ a+Adriano
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Isso é mau!
Os europeus passarão à pensr duas vezes antes de continuarem a contratar brasileiros. ...



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HEITOR (((((º_º))))) CARLOS
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News Negro

Comunidade negra promove encontro infantil
Jornal Cidade - Rio Claro - Rio Claro,SP,Brazil
(Da Redação) - Na próxima quinta-feira, dia 16, acontece mais uma pré-conferência dentro da programação da I Conferência Municipal de Igualdade Social, ...
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“Dia da Consciência Negra” é alterado para o último domingo de ...
Jornal da Economia - São Roque,SP,Brazil
O projeto enfatiza a importância da fixação do “Dia da Consciência Negra”, em decorrência da notória importância da comunidade negra em nosso País. ...
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Piratas

Estão-nos mentindo sobre os piratas

5/1/2009, Johann Hari: *The Independent* , UK

Quem imaginaria que em 2009, os governos do mundo declarariam uma nova
Guerra aos Piratas? No instante em que você lê esse artigo, a Marinha Real
Inglesa - e navios de mais 12 nações, dos EUA à China - navega rumo aos
mares da Somália, para capturar homens que ainda vemos como vilãos de
pantomima, com papagaio no ombro. Mais algumas horas e estarão bombardeando
navios e, em seguida, perseguirão os piratas em terra, na terra de um dos
países mais miseráveis do planeta. Por trás dessa estranha história de
fantasia, há um escândalo muito real e jamais contado. Os miseráveis que os
governos 'ocidentais' estão rotulando como "uma das maiores ameaças de nosso
tempo" têm uma história extraordinária a contar - e, se não têm toda a
razão, têm pelo menos muita razão.

Os piratas jamais foram exatamente o que pensamos que fossem. Na "era de
ouro dos piratas" - de 1650 a 1730 - o governo britânico criou, como recurso
de propaganda, a imagem do pirata selvagem, sem propósito, o Barba Azul que
ainda sobrevive. Muita gente sempre soube disso e muitos sempre suspeitaram
da farsa: afinal, os piratas foram muitas vezes salvos das galés, nos braços
de multidões que os defendiam e apoiavam. Por quê? O que os pobres sabiam,
que nunca soubemos? O que viam, que nós não vemos? Em seu livro *Villains Of
All Nations*, o historiador Marcus Rediker começa a revelar segredos muito
interessantes.

Se você fosse mercador ou marinheiro empregado nos navios mercantes naqueles
dias se vivesse nas docas do East End de Londres, se fosse jovem e vivesse
faminto-, você fatalmente acabaria embarcado num inferno flutuante, de
grandes velas. Teria de trabalhar sem descanso, sempre faminto e sem dormir.
E, se se rebelasse, lá estavam o todo-poderoso comandante e seu chicote
[ing. *the Cat O' Nine Tails*, lit. "o Gato de nove rabos"]. Se você
insistisse, era a prancha e os tubarões. E ao final de meses ou anos dessa
vida, seu salário quase sempre lhe era roubado.

Os piratas foram os primeiros que se rebelaram contra esse mundo.
Amotinavam-se nos navios e acabaram por criar um modo diferente de trabalhar
nos mares do mundo. Com os motins, conseguiam apropriar-se dos navios;
depois, os piratas elegiam seus capitães e comandantes, e todas as decisões
eram tomadas coletivamente; e aboliram a tortura. Os butins eram partilhados
entre todos, solução que, nas palavras de Rediker, foi "um dos planos mais
igualitários para distribuição de recursos que havia em todo o mundo, no
século 18 ".

Acolhiam a bordo, como iguais, muitos escravos africanos foragidos. Os
piratas mostraram "muito claramente- e muito subversivamente- que os navios
não precisavam ser comandados com opressão e brutalidade, como fazia a
Marinha Real Inglesa." Por isso eram vistos como heróis românticos, embora
sempre fossem ladrões improdutivos.

As palavras de um pirata cuja voz perde-se no tempo, um jovem inglês chamado
William Scott, volta a ecoar hoje, nessa pirataria *new age* que está em
todas as televisões e jornais do planeta. Pouco antes de ser enforcado em
Charleston, Carolina do Sul, Scott disse: "O que fiz, fiz para não morrer.
Não encontrei outra saída, além da pirataria, para sobreviver".

O governo da Somália entrou em colapso em 1991. Nove milhões de somalianos
passam fome desde então. E todos e tudo o que há de pior no mundo ocidental
rapidamente viu, nessa desgraça, a oportunidade para assaltar o país e
roubar de lá o que houvesse. Ao mesmo tempo, viram nos mares da Somália o
local ideal onde jogar todo o lixo nuclear do planeta.

Exatamente isso: lixo atômico. Nem bem o governo desfez-se (e os ricos
partiram), começaram a aparecer misteriosos navios europeus no litoral da
Somália, que jogavam ao mar contêineres e barris enormes. A população
litorânea começou a adoecer. No começo, erupções de pele, náuseas e bebês
malformados. Então, com o tsunami de 2005, centenas de barris enferrujados e
com vazamentos apareceram em diferentes pontos do litoral. Muita gente
apresentou sintomas de contaminação por radiação e houve 300 mortes.

Quem conta é Ahmedou Ould-Abdallah, enviado da ONU à Somália: "Alguém está
jogando lixo atômico no litoral da Somália. E chumbo e metais pesados,
cádmio, mercúrio, encontram-se praticamente todos." Parte do que se pode
rastrear leva diretamente a hospitais e indústrias européias que, ao que
tudo indica, entrega os resíduos tóxicos à Máfia, que se encarrega de
"descarregá-los" e cobra barato. Quando perguntei a Ould-Abdallah o que os
governos europeus estariam fazendo para combater esse 'negócio', ele
suspirou: "Nada. Não há nem descontaminaçã o, nem compensação, nem
prevenção."

Ao mesmo tempo, outros navios europeus vivem de pilhar os mares da Somália,
atacando uma de suas principais riquezas: pescado. A Europa já destruiu seus
estoques naturais de pescado pela superexploraçã o - e, agora, está
superexplorando os mares da Somália. A cada ano, saem de lá mais de 300
milhões de atum, camarão e lagosta; são roubados anualmente, por pesqueiros
ilegais. Os pescadores locais tradicionais passam fome.

Mohammed Hussein, pescador que vive em Marka, cidade a 100 quilômetros ao
sul de Mogadishu, declarou à Agência Reuters: "Se nada for feito, acabarão
com todo o pescado de todo o litoral da Somália."

Esse é o contexto do qual nasceram os "piratas" somalianos. São pescadores
somalianos, que capturam barcos, como tentativa de assustar e dissuadir os
grandes pesqueiros; ou, pelo menos, como meio de extrair deles alguma
espécie de compensação.

Os somalianos chamam-se "Guarda Costeira Voluntária da Somália". A maioria
dos somalianos os conhecem sob essa designação. [Matéria importante sobre
isso, em
http://wardheernews .com/Articles_ 09/April/ 13_armada_ not_solution_ muuse.html:
"The
*Armada* is not a solution".] Pesquisa divulgada pelo *site* somaliano
independente *WardheerNews* informa que 70% dos somalianos "aprovam
firmemente a pirataria como forma de defesa nacional".

Claro que nada justifica a prática de fazer reféns. Claro, também, que há
gângsteres misturados nessa luta - por exemplo, os que assaltaram os
carregamentos de comida do World Food Programme. Mas em entrevista por
telefone, um dos líderes dos piratas, Sugule Ali disse: "Não somos bandidos
do mar. Bandidos do mar são os pesqueiros clandestinos que saqueiam nosso
peixe." William Scott entenderia perfeitamente.

Por que os europeus supõem que os somalianos deveriam deixar-se matar de
fome passivamente pelas praias, afogados no lixo tóxico europeu, e assistir
passivamente os pesqueiros europeus (dentre outros) que pescam o peixe que,
depois, os europeus comem elegantemente nos restaurantes de Londres, Paris
ou Roma? A Europa nada fez, por muito tempo. Mas quando alguns pescadores
reagiram e intrometeram- se no caminho pelo qual passa 20% do petróleo do
mundo... imediatamente a Europa despachou para lá os seus navios de guerra.

A história da guerra contra a pirataria em 2009 está muito mais claramente
narrada por outro pirata, que viveu e morreu no século 4º AC. Foi preso e
levado à presença de Alexandre, o Grande, que lhe perguntou "o que
pretendia, fazendo-se de senhor dos mares." O pirata riu e respondeu: "O
mesmo que você, fazendo-se de senhor das terras; mas, porque meu navio é
pequeno, sou chamado de ladrão; e você, que comanda uma grande frota, é
chamado de imperador." Hoje, outra vez, a grande frota europeia lança-se ao
mar, rumo à Somália - mas... quem é o ladrão?

http://www.independ ent.co.uk/ opinion/commenta tors/johann- hari/johann- hari-you- are-being- lied-to-about- pirates-1225817. html
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A tradução não é minha!!!!
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HEITOR CARLOS

O Papa não vê a Dor

Autorretratos
por: Renata Sequeira - 25/03/2009


Ao longo de oito anos, os correspondentes de fotografia do site Viva Favela ajudaram a retratar as favelas e periferias com um olhar de quem vive essa realidade. Imagens que narram o cotidiano dos moradores e que foram reunidas no livro fotográfico "vivafavela", que será lançado na próxima terça-feira, 31.


Todos na torcida
por: Rodrigo Nogueira/ Renata Sequeira - 19/03/2009



Representantes comunitários, comunicadores populares e entidades sociais estiveram presentes na sede do Viva Rio para conhecer o projeto olimpíco Rio 2016 e saber qual será o legado social que uma olimpíada pode deixar para a cidade. Veja também o vídeo.



Um dia de cão
por: Renata Sequeira - 16/03/2009


Ele é Bóris, um rotweiller de seis anos de idade, adorado no Morro Santa Marta e agora ator principal do vídeo que os jovens do projeto Curta Favela realizaram na oficina que aconteceu na comunidade, no último domingo, 15.




Viva Favela chama os leitores para participar do site

Museu Histórico da Cidade com entrada gratuita

2ª Mostra Cultural Hip-Hop Samba na Tijuca

Cursos gratuitos na Escola de Arte Visuais

Inscrições abertas para oficina de TV Digital

Vagas de estágio para projeto Segundo Tempo

Viva Favela






Autorretratos
por: Renata Sequeira - 25/03/2009


Ao longo de oito anos, os correspondentes de fotografia do site Viva Favela ajudaram a retratar as favelas e periferias com um olhar de quem vive essa realidade. Imagens que narram o cotidiano dos moradores e que foram reunidas no livro fotográfico "vivafavela", que será lançado na próxima terça-feira, 31.


Todos na torcida
por: Rodrigo Nogueira/ Renata Sequeira - 19/03/2009



Representantes comunitários, comunicadores populares e entidades sociais estiveram presentes na sede do Viva Rio para conhecer o projeto olimpíco Rio 2016 e saber qual será o legado social que uma olimpíada pode deixar para a cidade. Veja também o vídeo.



Um dia de cão
por: Renata Sequeira - 16/03/2009


Ele é Bóris, um rotweiller de seis anos de idade, adorado no Morro Santa Marta e agora ator principal do vídeo que os jovens do projeto Curta Favela realizaram na oficina que aconteceu na comunidade, no último domingo, 15.




Viva Favela chama os leitores para participar do site

Museu Histórico da Cidade com entrada gratuita

2ª Mostra Cultural Hip-Hop Samba na Tijuca

Cursos gratuitos na Escola de Arte Visuais

Inscrições abertas para oficina de TV Digital

Vagas de estágio para projeto Segundo Tempo

News Racismo

Neta de Mussolini quer proibir filme sobre racismo em Itália
Público.pt
Apesar de os italianos e os seus políticos serem acusados de racistas, o filme (que não está na competição oficial do festival) arrancou aplausos dos ...
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VENEZA SUSPENDE FILME ROMENO SOBRE RACISMO NA ITÁLIA
Ansalatina.com. br
VENEZA, 5 SET (ANSA) - As projeções do filme romeno "Francesca" no 66º Festival de Cinema de Veneza foram suspensas, após a produção -- que aborda o racismo ...
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Justiça do DF condena jovem acusado de racismo na internet
G1.com.br
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) condenou nesta quinta-feira (3) um jovem acusado de cometer racismo na internet a um ano e ...
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As armadilhas do racismo
Revista Época
Uma história do racismo e das cotas, sem a preocupação de ser politicamente correto Existem assuntos sobre os quais quase todos têm opinião, dos acadêmicos ...
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Justiça de Brasília condena jovem por racismo na internet
O Globo
Dessa forma, caso uma manifestação seja racista, não há que se falar em liberdade de expressão, uma vez que esta conduta é criminosa, apta, portanto, ...
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Veneza: neta de Mussolini quer processar diretor de filme que ...
O Globo
O filme retrata uma Itália racista, com a história de uma professora romena que deseja montar uma escola para os filhos de imigrantes na Itália. ...
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Veneza: aplausos para 'Francesca', filme sobre uma Itália racista ...
O Globo
VENEZA - O filme do diretor romeno Bobby Paunescu, "Francesca", que retrata uma Itália racista, recebeu aplausos ao ser apresentado hoje para os jornalistas ...
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Da Cor do Brasil: A luta anti-racista ea defesa dos direitos humanos
Vooz
... a meta de reunir gente "sangue bom" que abrace a luta anti-racista, o fortalecimento da cultura da paz ea defesa dos direitos humanos em nossa cidade. ...
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África do Sul denuncia racismo do Canadá
Diário de Notícias - Lisboa
Uma decisão que o Governo de Pretória classificou de "racista". "Levamos estas questões muito a sério", explicou à BBC o porta--voz do Congresso Nacional ...
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'Tintim' gera nova polêmica nos EUA
AFP
Há dois anos, a livraria Borders, que distribui o título nos Estados Unidos, anunciou uma medida similar, motivada pelas acusações de racismo. ...
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Filhos albinos de mãe negra fazem exames oftalmológicos em Olinda
G1.com.br
Três irmãos albinos, filhos de mãe negra, têm dificuldade de viver como crianças comuns nas vielas do bairro Varadouro, em Olinda (PE). ...
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HEITOR (((((º_º))))) CARLOS
http://portodoscasa is.blogspot. com/
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News Racismo

Lei de autoria de Stepan representará o Rio no Museu do Genocídio

A Lei nº 5.000, de autoria do vereador Stepan Nercessian, passará a fazer parte do acervo do Museu do Genocídio Armênio ao lado de outras iniciativas de governantes de todo o mundo que reconhecem o massacre ao povo armênio.

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Stepan recebe homenagem da ITAL-Rio

A ITAL–Rio promoveu, no último dia 03 (quinta-feira), uma homenagem à Imperatriz Tereza Cristina, junto ao seu busto, na Praça Itália, na confluência da Av. Pres. Antonio Carlos com Av. Beira Mar. O vereador Stepan Nercessian foi agraciado com uma medalha comemorativa, ao lado de outras personalidades que promovem a integração entre as duas nações.

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Deu no Jornal de Teatro: Classe artística diverge sobre o Vale-Cultura

“O projeto tem o meu apoio. Acredito que toda a iniciativa que tem como objetivo fomentar e ampliar o acesso da população à cultura é bem-vinda. O formato já deu certo em outras áreas, como transporte e alimentação, e irá facilitar e estimular o consumo de bens e serviços culturais”.

Stepan Nercessian - ator e político.


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Emenda retira da pauta projeto para instalação de lixeiras em ônibus

O Projeto de Lei do vereador Stepan Nercessian que dispõe sobre a colocação de lixeiras em coletivos públicos no Rio de Janeiro saiu da pauta antes mesmo de passar pela primeira discussão em plenário, confirmando uma antiga prática na Câmara em relação a projetos ligados ao transporte público.

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Vereador Stepan


Lei de autoria de Stepan representará o Rio no Museu do Genocídio

A Lei nº 5.000, de autoria do vereador Stepan Nercessian, passará a fazer parte do acervo do Museu do Genocídio Armênio ao lado de outras iniciativas de governantes de todo o mundo que reconhecem o massacre ao povo armênio.

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Stepan recebe homenagem da ITAL-Rio

A ITAL–Rio promoveu, no último dia 03 (quinta-feira), uma homenagem à Imperatriz Tereza Cristina, junto ao seu busto, na Praça Itália, na confluência da Av. Pres. Antonio Carlos com Av. Beira Mar. O vereador Stepan Nercessian foi agraciado com uma medalha comemorativa, ao lado de outras personalidades que promovem a integração entre as duas nações.

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Deu no Jornal de Teatro: Classe artística diverge sobre o Vale-Cultura

“O projeto tem o meu apoio. Acredito que toda a iniciativa que tem como objetivo fomentar e ampliar o acesso da população à cultura é bem-vinda. O formato já deu certo em outras áreas, como transporte e alimentação, e irá facilitar e estimular o consumo de bens e serviços culturais”.

Stepan Nercessian - ator e político.


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Emenda retira da pauta projeto para instalação de lixeiras em ônibus

O Projeto de Lei do vereador Stepan Nercessian que dispõe sobre a colocação de lixeiras em coletivos públicos no Rio de Janeiro saiu da pauta antes mesmo de passar pela primeira discussão em plenário, confirmando uma antiga prática na Câmara em relação a projetos ligados ao transporte público.

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Hermanos na Repescagem



10 de setembro de 2009 | N° 16090AlertaVoltar para a edição de hojeELIMINATÓRIAS
Argentina rumo à repescagemAo perder para o Paraguai por 1 a 0 em Assunção, a Argentina pode reviver o drama de 1993, quando teve de disputar um encarniçado mata-mata contra a Austrália, na repescagem, para ir à Copa dos Estados Unidos, no ano seguinte. O placar de ontem fez do time de Diego Maradona o quinto colocado nas Eliminatórias Sul-Americanas. Enfrentaria o quarto colocado de América do Norte e Central por uma vaga na Copa da África do Sul.

Pressionado pela necessidade de um bom resultado no Defensores del Chaco, Diego Maradona realizou quatro alterações em relação à equipe argentina que foi derrotada pelo Brasil. O técnico escalou Sergio Romero, Papa, Gago e Aguero nas vagas de Andújar, Otamendi, Maxi Rodríguez e Tevez. Pouco mudou frente a frágil Argentina vencida pelo Brasil em Rosário, e o Paraguai dominou o jogo. Aos 23 minutos, já havia acertado duas bolas na trave. Aos 27, Valdez finalmente fez o gol que colocou o Paraguai na Copa e a Argentina no fundo do poço.

Há mais complicações. Necessitando de seis pontos em dois jogos, a Argentina enfrenta o Peru em casa sem Verón, que ontem foi expulso aos sete minutos do segundo tempo. No último jogo das Eliminatórias, pega o Uruguai em Montevidéu. Seria mais fácil se o país vizinho estivesse já sem chances de classificação. Seria. O Uruguai venceu a Colômbia ontem por 3 a 1 e, se superar o Equador na próxima rodada, chega vivíssimo no confronto contra a Argentina. Ao fim do jogo, Maradona prometeu lutar pela classificação “até a última gota de seu sangue”.



Fonte: Zero Hora

Nil Maravilha na Copa 2010


SALTO TRIPLO
Nilmar perto da CopaEra para ser praticamente um amistoso. Classificado com três rodadas de antecipação, o Brasil enfrentava o Chile em clima de ressaca após a festa na casa da Argentina, no sábado passado. Pois Nilmar fez de um jogo sem pretensões para a Seleção o seu trampolim para a Copa da África do Sul ao marcar três gols no 4 a 2, ontem. Gerou festa para a torcida baiana e criou um problema para Dunga.

Diante da família, que foi prestigiá-lo no Estádio Pituaçu, o atacante do Villarreal mostrou discurso afinado com o do técnico. De que um jogador deve aproveitar todas as suas oportunidades na Seleção, seja por cinco minutos em um amistoso, seja em um jogo decisivo.

– Acho que eu soube aproveitar a chance que eu tive. Mas isso só me garante a próxima convocação. Até a Copa ainda são 10 meses, e a concorrência é forte – declarou ao fim do jogo à Rádio Gaúcha.

O mais bonito do hat-trick, na opinião do ex-jogador do Inter, foi o primeiro gol. Aos 31 minutos do primeiro tempo, ao aparar, no ar, com o peito do pé direito, um cruzamento de Daniel Alves. O lateral do Barcelona, utilizado na esquerda, é outro destaque que pede passagem no time titular. Pouco depois, aos 39, o Chile errou a saída, Nilmar serviu Daniel Alves, que deixou Júlio Baptista em condições de marcar o 2 a 0. O time de Marcelo Bielsa, que está a uma vitória da classificação, empataria com dois gols de Suazo. Mas havia Nilmar, que garantiria a vitória aos 28 minutos do segundo tempo, de cabeça. Pouco tempo depois, aproveitaria uma sobra e consolidaria o 4 a 2.

Se Nilmar teme a distância da Copa, hoje ele está firme no grupo de Dunga. Não só tomou a dianteira de Alexandre Pato nas convocações, como passa a pleitear a vaga de Robinho no time titular, como segundo atacante. De acordo o jogador, Dunga foi claro ao pedir que ele se movimentasse e ajudasse na marcação como exige a função. Cumpriu as tarefas com louvor e ainda mostrou poder de fogo. Convocado para seis dos 16 jogos das Eliminatórias, Nilmar tem os mesmos quatro gols de Robinho na competição, enquanto o jogador do Manchester City esteve presente em todas as convocações, exceto no jogo de ontem, em que foi cortado por lesão.



Fonte: Zero Hora

Arquivo Paulo Furtado


Arquivos de Paulo Furtado


Arquivo Paulo Furtado

Arquivo Paulo Furtado


Arquivo de Paulo Furtado


Retro - Brasil vence a Argentina


ELIMINATÓRIAS
Não tem preço
Quer algo melhor do que a vaga na Copa de 2010 com três rodadas de antecipação? Aí vai: o 3 a 1 na Argentina, sábado, fez os hermanos deixarem Rosário apavorados. Maradona e Messi foram dormir em Rosário com a vaga no Mundial ameaçada. Os hermanos precisarão mostrar aquela velha bravura para chegar até a ÁfricaDiego Armando Maradona apostou tudo em seu carisma para o jogo contra o Brasil. Enfrentou críticas ao mudar o local do confronto, de Buenos Aires para Rosário, pediu o apoio de uma população fanática por futebol, confiou no poder de pressão de um estádio com torcida próxima do gramado, entrou em campo e fez gestos pedindo mais gritos do público. Usou a semana inteira para lançar provocações aos jogadores brasileiros. “Somos melhores”, gritava, enquanto treinava seu time. Nada deu certo. Perdeu o jogo e vê a classificação à Copa ser ameaçada por Colômbia e Equador. O futuro é sombrio. Enfrenta o Paraguai, quarta-feira, recebe o Peru e decide tudo contra o Uruguai, em Montevidéu.

Por ter dado tudo errado, Maradona não disfarçou o abatimento ao entrar na tumultuada sala de entrevistas do Gigante de Arroyito na noite de sábado. Usava ainda o abrigo escuro da seleção, cabelos grandes, barba por fazer e voz mais baixa. Nada lembrava o sujeito provocador dos dias anteriores ao jogo:

– Estou abatido, sim, mas não triste – explicou. – Triste, eu fiquei depois que levamos 6 a 1 da Bolívia.

Maradona garante que sua seleção fez tudo certo para vencer a partida, mas foi como se não tivesse ensaiado. Treinou exaustivamente a defesa para os cruzamentos altos, em cobranças de faltas por Elano. Sofreu dois gols assim. Sabia que Kaká seria um jogador fundamental para o Brasil e armou um esquema para tirar espaços dele. Mas, em um dos descuidos, viu o meia dar passe preciso para o gol de Luís Fabiano, o terceiro, que liquidou com o sonho de uma virada.

O técnico trabalhou todos os detalhes durante a semana. Passou um vídeo aos jogadores antes da partida. Mostrou imagens do país tão duras como a pobreza extrema e intercalou-as com mensagens dos familiares.

Havia no lado argentino a certeza de que o Brasil bloquearia os espaços e contra-atacaria em velocidade. Não pôde evitar que o adversário fizesse exatamente isso. Na volta do intervalo, quando os jogadores estavam quase saindo do túnel, tentou uma última injeção motivadora:

– Vamos fazer um e, depois, dois!

A Argentina até fez esse gol, mas em seguida Kaká e Luís Fabiano esfriaram a reação com o terceiro gol e empurraram os hermanos para perto do abismo. Maradona teve razões de sobra para se abater.



MÁRIO MARCOS DE SOUZA | Enviado especial/Rosário

Arquivo de Paulo Furtado