quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Copenhagen

Melhor não ter nenhum acordo em Copenhagen do que um que signifique uma catástrofe.

A única oferta na mesa em Copenhagen seria condenar o mundo em desenvolvimento a perpétua pobreza e sofrimento



Naomi Klein

guardian.co.uk, 17 de dezembro de 2009



No nono dia da conferencia sobre o clima em Copenhagen a África foi sacrificada. A posição do bloco de negociação do G77, incluindo os estados Africanos, foi clara: um aumento de 2 ° C na temperatura média global se traduz em 3-3,5°C para a África. Isso significa, segundo a Aliança Pan-africana por Justiça Climática [em inglês: Pan African Climate Justice Alliance], "que 55 milhões de pessoas a mais poderiam estar em risco de passar fome”, e “pressões relacionadas à água poderiam afetar entre 350 e 600 milhões pessoas".

O arcebispo Desmond Tutu diz: “Estamos diante de um desastre iminente em escala monstruosa … O objetivo global de aproximadamente 2°C significa condenar a África a incineração e nenhum desenvolvimento moderno.”

Mesmo assim, isso é exatamente o que o primeiro ministro da Etiópia, Meles Zenawi, se propôs a fazer na sua escala em Paris a caminho de Copenhagen: ao lado do Presidente Nicolas Sarkozy, afirmando falar por toda a África (ele é o chefe do grupo Africano de negociação do clima), revelou um plano que inclui o temido aumento de 2°C e oferece aos países em desenvolvimento apenas $10bilhões ao ano para ajudar a pagar por tudo que se relaciona ao clima, desde muros no mar até tratamento de malária e a luta contra o desmatamento.

É difícil acreditar que esse é o mesmo homem que há apenas três meses estava dizendo o seguinte: “iremos usar nossos números para deslegitimar qualquer acordo que não seja consistente com a nossa posição mínima... Se necessário, estamos preparados a nos retirarmos de qualquer negociação que ameace ser outro estupro ao nosso continente... O que não estamos preparados a aceitar é o aquecimento global acima do nível evitável mínimo.” E isso: “iremos participar nas próximas negociações não suplicando para defender o nosso caso mas sim como negociadores que defendem as nossas visões e interesses.”

Ainda não sabemos exatamente o que Zenawi recebeu em troca de uma mudança tão radical no seu tom ou como, exatamente se vai de uma posição exigindo $400bilhões de dólares por ano em financiamento (a posição do grupo africano) para um mero $10bilhões de dólares. Analogamente, não sabemos o que aconteceu quando a secretária de estado Hillary Clinton se encontrou dom o presidente Filipino Gloria Arroyo apenas algumas semanas antes da conferencia e repentinamente a mais dura negociadora Filipina foi retirada de sua delegação e o país, que vinha exigindo cortes profundos no mundo rico, repentinamente entrou na linha.



Sabemos sim, ao testemunhar uma série desses rostos sorridentes, que as potencias do G8 estão dispostas a fazer qualquer coisa para chegar a um acordo em Copenhagen. Essa urgência não flui de um desejo ardente de evitar uma mudança climática cataclísmica, já que os negociadores sabem muito bem que os cortes insignificantes nas emissões que estão propondo são uma garantia de que as temperaturas irão subir os dantescos 3,9° C, como afirma Bill McKibben.

Matthew Stilwell do Instituto de Governança e Desenvolvimento de Sustentabilidade [em inglês: Institute for Governance and Sustainable Development]– um dos mais influentes orientadores nessas discussões – diz que as negociações não estão voltadas a realmente evitar a mudança climática e são na verdade um campo de batalha sobre um recurso profundamente valioso: o direito ao céu. Há um limite limitado de carbono que pode ser emitido na atmosfera. Se os países ricos fracassarem em reduzir drasticamente as suas emissões, eles estão ativamente devorando a parcela insuficiente disponível para o sul. O que esta em jogo, argumenta Stilwell, não é nada menos do que a “importância do compartilhamento do céu”. A Europa, ele diz, entende muito bem quanto dinheiro pode ser ganho com o comércio de carbono, já que usa esse mecanismo há anos. Os países em desenvolvimento, por outro lado, nunca lidaram com restrições de carbono, portanto muitos governos não entendem o que estão perdendo. Comparados os $1.2 trilhões de dólares ao ano, segundo o eminente economista britânico Nicholas Stern - com os insignificantes $10bilhões de dólares na mesa para os países em desenvolvimento , nos próximos três anos, Stilwell afirma que os países ricos estão tentando trocar “miçangas e cobertores por Manhattan”. Ele acrescenta: “Esse é um momento colonial. Por isso nenhuma pedra ficou encoberta para conseguir que os chefes de Estado viessem aqui para assinar esse tipo de acordo... E não tem volta. O último recurso sem dono acaba de ser dividido e distribuído entre os ricos.”

Por meses agora ONGs estavam por trás da mensagem de que o objetivo de Copenhagen “era selar o acordo”. Em toda parte no Bella Centre, os relógios estão rodando. Mas não é suficiente apenas um acordo, qualquer acordo, principalmente por que o único acordo oferecido não irá resolver a crise climática e pode piorar muito as coisas, amarrando indefinidamente as atuais desigualdades entre norte e o sul.

Augustine Njamnshi da Aliança Pan-africana por Justiça Climática explica a proposta de 2°C de forma muito crua: “Você não pode dizer que esta propondo a ‘solução’ para a mudança climática se a sua solução irá causar a morte de milhões de Africanos e se serão os pobres, não os poluidores, que irão continuar a pagar pela mudança climática.”

Stilwell diz que um acordo errado iria “amarrar uma abordagem errada até 2020” – muito além da data de limite para o pico de emissões. Mas ele insiste que não é muito tarde para se evitar uma tragédia maior. “Eu prefiro esperar seis meses ou um ano e fazer a coisa certa, por que a ciência esta se desenvolvendo, a vontade política esta crescendo, a compreensão da sociedade civil e comunidades afetadas esta crescendo, e eles estarão prontos a pressionar os seus líderes a assinarem o tipo de acordo certo.”

No início dessa negociação a mera noção de um adiamento era uma heresia ambiental. Mas agora muitos estão vendo o valor de se diminuir a pressa e de fazer a coisa certa. Mais significativo, após descrever o que significariam 2°C para África, o arcebispo Tuto pronunciou que é “melhor não se chegar a nenhum acordo, do que se assinar um mau acordo”. Isso com certeza seria um desastre político para alguns chefes de estado – mas poderia ser a última chance de se evitar um desastre real para todos os demais.



tradução: Ana Amorim, São paulo, 19 de dezembro 09

Ovos da Serpente


A tapetada da ignorância ou os novos ovos da serpente

As mídias vêm divulgando uma nova moda, que contaria com muitos adeptos. Ela consiste em enrolar tapetes dos automóveis, transformando-os em cassetetes improvisados. Estes são manejados por jovens, que se divertem com os efeitos dos golpes desferidos no corpo de desavisados, pedestres ou ciclistas. Estes jovens são os novos ovos da serpente.

Luís Carlos Lopes

As mídias vêm divulgando a nova moda, que contaria com muitos adeptos e admiradores. Ela consiste em enrolar os tapetes dos automóveis, transformando-os em cassetetes improvisados. Estes são manejados por jovens, que se divertem com os efeitos dos golpes desferidos no corpo de desavisados, pedestres ou ciclistas que circulam no espaço público. A ‘brincadeira’, fortemente ofensiva, consiste em fazer o outro sentir uma dor intensa. Pelo menos em um caso, a tapetada foi acompanhada de outras agressões racistas feitas a um homem negro.

Os alvos são os passantes, aqueles que ousam dividir o espaço das cidades com os demais membros da população. Os eventos são filmados e depois divulgados na Internet, com muito orgulho e sensação do dever cumprido. Os tapeteiros têm muitos fãs, como se pode ver nas redes de relacionamento. Ao que parece, eles se acham o máximo e desconhecem qualquer regra de convivência e respeito social. Existem os que fazem, os que ajudam e os que aprovam tal barbaridade. Eles batem em moças – Será que existe algum teor sexual no comportamento deles? –, rapazes e em qualquer outro alvo que lhes pareça ‘merecedor’ de uma tapetada.

Estes novos agressores criptofascistas nada tem a ver com a sapatada iraquiana em Bush e com o doido que agrediu o Berlusconi. Não são atos cometidos por pessoas insatisfeitas com a ordem. Ao contrário, os tapeteiros têm mais a ver com os que agridem verbalmente ou fisicamente mulheres, negros, índios, mendigos e homossexuais. São filhos de um certo humor televisivo baseado no preconceito e no sofrimento do outro. Acreditam que estão acima de todos e podem fazer o que bem entendem. Divertem-se com a dor alheia, tal como todos que conseguem achar graça das diferenças, das tragédias e das misérias humanas.

Certamente, eles têm automóveis e alguns recursos. Há provas que vários são estudantes de nível superior de escolas privadas. Alguns freqüentam cursos que lhes darão diplomas impossíveis de serem acessados pela maioria dos estudantes brasileiros. Moram, comem e bebem sem nenhum problema. Eles têm tempo livre à vontade para vadiar por aí, buscando encontrar um sentido, mesmo que negativo, para suas vidas. Vão da ação violenta à sua divulgação na Internet em minutos.

Eles não conhecem o real significado da expressão direitos humanos e têm raiva de quem lembra da mesma. Acham que são mais brasileiros do que os que agridem, não demonstrando qualquer culpa ou remorso. Mesmo assim, como são, em sua maioria, brancos e socialmente bem situados, conseguem ter um tratamento diferencial quando são pegos. Não há registro que suas famílias deixem de apoiá-los ou exerçam qualquer tipo de controle de seus comportamentos violentos. Flutuam na atmosfera de uma sociedade baseada na diferença extrema, na baixa cultura e na falta de inteligência e de compaixão.

Estes jovens são os novos ovos da serpente. Representam o que há de pior na sociedade brasileira. Aqueles que, dependendo da evolução da história do país, estarão prontos para tentar impedir qualquer mudança e para garantir seus privilégios de classe. Estão sendo chocados e se preparando para um possível embate no futuro. O que fazem hoje, talvez seja uma pequena amostra do que poderão fazer em outro contexto. Só é possível evitar isto, se desde hoje a vigilância democrática esteja atenta para as manifestações ainda líquidas de um fascismo que poderá se solidificar, dependendo de quem estiver no poder central.

O estímulo à leitura e ao consumo da obra de arte de qualidade - popular e erudita - são antídotos a ser considerados. A Internet, por exemplo, é um meio de comunicação, onde há de tudo um pouco. Eles trafegam no lixo, mas poderiam usar o mesmo meio para acessar as conquistas da filosofia, das artes e das ciências. É tecnofobia demonizar o meio. O problema está no modo que eles são capturados para usá-lo.

Na verdade, eles vieram do consumo de uma televisão de baixíssima qualidade e de outras mídias também pouco edificantes. Hoje, estes jovens encontram na Internet os mesmos vícios e problemas, potencializados pela interatividade. Não é difícil que eles acreditem que o mundo é só o que eles e suas redes intersubjetivas imaginam como o único e possível.

Eles pouco ou nada ouvem, vêem ou lêem comunicando o combate aos preconceitos tradicionais da sociedade brasileira. Não sabem o que são exatamente o racismo, o sexismo, a homofobia, o idadismo e o terrível e secreto preconceito contra a inteligência. Certamente, não compreendem que a pobreza não é um destino e sim um problema político.

Há razões de sobra para desconfiarem de tudo que cheire a política e para imaginarem que qualquer um interessado nisto é um ladrão. Em suma, estão apartados de um instrumental básico para compreender o mundo em que vivem. São alienados, manipulados pelos mais fortes e manipuladores dos mais fracos que conseguem alcançar.



Luís Carlos Lopes é professor e autor do livro "Tv, poder e substância: a espiral da intriga", dentre outros



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Viva Favela






Valeu 2009! Viva 2010!
por: Renata Sequeira - 22/12/2009



Em 2009, o Viva Favela ganhou novos correspondentes, parceiros e até um prêmio. Para 2010, esperamos muito mais novidades: vem aí o Viva Favela 2.0!! Confira também a mensagem de fim de ano, em vídeo, do Viva Rio.



Boa opção de compras
por: Renata Sequeira e Landa Araújo - 21/12/2009



Se você ainda não comprou todos os presentes da sua lista de Natal, e a grana anda curta, já pensou em dar uma passada em um brechó? Brechós do Terreirão e da Rocinha são uma boa opção de compras para a festa de final de ano e o amigo-oculto.



Drogas e juventude
por: Viviane Oliveira* - 21/12/2009


Jovens participantes do PROTEJO apresentaram o resultado de suas pesquisas sobre drogas e dependência química em seminário que reuniu, pela primeira vez, os alunos dos quatro pólos da Maré. Eles mostraram suas impressões e reflexões em relação ao uso de drogas e a descriminalização.




Concurso de fotografias “Fototalentos’10”

Curso de Fono da UFRJ oferece tratamento gratuito

Pré-Vestibular da Maré abre processo seletivo

Concurso para o Exército

2238 vagas para concurso dos Correios

Vagas para aprendiz

Mensagem

NATAL é o simbólico, no nascimento, um tempo de renovar

a esperança, na certeza e luta por um mundo novo.

Ele nos mostra a cada ano que é o novo de novo:

o renascimento das convicções que não foram alcançadas.

E pede no seu simbolismo, sem desesperança, o caminho

a seguir, de novo.

Portanto,

você que sonhou um sonho de solidariedade e extrapolou esse sonho;

que acreditou que é preciso mais que acreditar;

que soube dar a mão e caminhar junto;

que soube ser mais que amigo e irmão. Mais, ainda, ser cúmplice e companheiro;

que teve olhos para olhar os oprimidos sem a piedade. Mas capáz de reuní-los como companheiros de jornada;

que sabe enxergar os opressores da humanidade. Confronta-los e denunciá-los;

que almeja e luta por um mundo melhor, justo, fraterno e de oportunidades iguais;

que elege as estrelas como objetivo;

que constroi um sendeiro de beleza onde todos possam caminhar dando as mãos;

que acredita que todos os Natais trazem a mensagem de um renascimento em busca de lúz e esperança;



À você que nos recebe à cada dia,;

que nos lê;

que nos repassa; (ou não)

que amplia os espaços e o tempo da consciência do caminho;

desejando, agradecendo e retribuindo.



Um FELIZ NATAL!



CARTA O BERRO

Vanderley Caixe



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2010

Caros do Grupo,



de um lado temos um Brasil sem rumo, pautado pela mentira, embustes, principalmente pela discriminação espacial¹, agora promovida pelo programa “Minha casa, Minha vida”, esta como uma das principais causas da escalada da violência, temos a supressão da liberdade individual e a divisão da sociedade pela luta de classes e das etnias que a compõe. É o circo que sustenta o clientelismo político, com a corrupção crescente.



"E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45)



Mas teremos em 2010 um novo ano, quando teremos a oportunidade de escolher nossos representantes, e mais importante que isso, muito mais importante, a oportunidade de lutarmos pela nossa liberdade. E nesta luta teremos um fator motivador, as comemorações do Ano Nacional Joaquim Nabuco.



Eu tenho comigo que de todos os brasileiros, o que mais dignificou o termo "brasileiro" foi o engenheiro André Pinto Rebouças, hoje ele seria lembrado por ser afrodescendente, não pela sua grandeza, idealismo e capacidade de empreender. Se Johann Moritz von Nassau-Siegen é denominado pela “história” de o "brasileiro", Rebouças deu outro sentido ao termo, ou melhor deu sentido ao termo.



De um lado comemoramos o dia 20 de novembro, que com a lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, incluído no calendário escolar, data em que comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra, que é também feriado em muitas cidades brasileiras.



Mas não nos damos conta de que devemos também ter a consciência de sermos brasileiros, mesmo porque a defesa de uma pretensa pureza étnica não nos pode ser aceitável, a história da humanidade mostra como isso é falso e produz muito sofrimento, dor e mortes e esta está longe de uma realidade, pois atende somente a falsas propostas e programas de políticos demagogos. Um povo não pode ser separado pela cor da pele ou etnia da qual descende, muito menos pela religião que professa.



Zumbi foi o grande líder do quilombo dos Palmares, respeitado herói da resistência, não antiescravagista, mas sim em defesa da liberdade. Muitos o consideram um mito, e a partir desta realidade o enaltecem, outros já criticam a escolha, pois deixa de ser um exemplo, um referencial, como o foi Martin Luther King para os Estados Unidos da América, como o foi Rebouças para o Brasil, que souberam deixar seu legado de luta pela mudança em toda sociedade, não se apartando dela, mas se inserindo e promovendo as mudanças necessárias.



Quanto a Zumbi, infelizmente temos poucos registros históricos, algumas pesquisas e estudos indicam que nasceu em 1655, sendo descendente de guerreiros angolanos. Não está claro se ele conquistou a sua liberdade nos conflitos entre os portugueses e os remanescentes da transnacional WIC. Mas é certo que ele nasceu durante o período da insurreição pernambucana. A insurreição pernambucana, também referida como Guerra da Luz Divina, registrou-se no contexto do segundo período de atuação da WIC, indevidamente chamado de invasões holandesas do Brasil, culminando com a expulsão dos neerlandeses da região Nordeste do Brasil. O movimento integrou forças lideradas pelos senhores de engenho André Vidal de Negreiros e João Fernandes Vieira, pelo africano Henrique Dias e pelo indígena Felipe Camarão.



Para entendermos o “Brasil” da época de Zumbi, recomendo que acessem: http://www.culturabrasil.pro.br/holanda.htm



A Restauração Portuguesa em 1640 conduziu à assinatura de uma trégua de dez anos entre Portugal e os Países Baixos. Com este abalo ao domínio espanhol, a guerra de independência dos Países Baixos prosseguiu.



Na América, o Brasil se pronunciou em favor do Duque de Bragança (1640). Na região Nordeste, sob domínio da WIC, Maurício de Nassau foi substituído na administração. Ao contrário do que preconizara em seu "testamento" político, os novos administradores da companhia passaram a exigir a liquidação das dívidas aos senhores de engenho inadimplentes, política que conduziu à Insurreição Pernambucana de 1645 e que culminou com a extinção do domínio neerlandês após a segunda Batalha dos Guararapes.



Formalmente, a rendição foi assinada em 26 de Janeiro de 1654, na campina do Taborda, mas só provocou efeitos plenos, em 6 de agosto de 1661, com a assinatura da Paz de Haia, onde Portugal concordou em pagar aos Países Baixos oito milhões de Florins, equivalente a sessenta e três toneladas de ouro.



Isso mesmo, sessenta e três toneladas de ouro.



Este valor foi pago aos Países Baixos, em prestações, ao longo de quarenta anos e sob a ameaça de invasão da Marinha de Guerra. De acordo com uma corrente historiográfica tradicional em História Militar do Brasil, o movimento assinalou ainda o germen do nacionalismo brasileiro, pois os brancos, africanos e indígenas fundiram seus interesses na expulsão do invasor.



Nesta conjuntura é que estudos nos indicam que em um dos povoados do quilombo, foi capturado quando garoto por soldados portugueses e entregue ao padre Antonio Melo, de Porto Calvo. Criado e educado por este padre, o futuro líder do Quilombo dos Palmares já tinha apreciável noção de português e latim aos 12 anos de idade, sendo batizado com o nome de Francisco.



Era um período de intensos conflitos, e em linhas gerais, a atuação da WIC no Brasil, erroneamente denominadas de invasões holandesas podem ser recortadas em dois grandes períodos:



1624-1625 - Invasão de Salvador, na Bahia

1630-1654 - Invasão de Olinda e Recife, em Pernambuco

1630-1637 - Fase de resistência ao invasor

1637-1644 - Administração de Johann Moritz von Nassau-Siegen

1644-1654 - Insurreição pernambucana



Padre Antônio Melo escreveu várias cartas a um amigo, exaltando a inteligência de Francisco (Zumbi). Em 1670, com quinze anos, Zumbi fugiu e voltou para o Quilombo. Tornou-se um dos líderes mais famosos de Palmares. "Zumbi" significa: a força do espírito presente. Baluarte da luta pela liberdade, Zumbi foi o último chefe do Quilombo dos Palmares.



O nome Palmares foi dado pelos portugueses, devido ao grande número de palmeiras encontradas na região da Serra da Barriga, ao sul da capitania de Pernambuco, hoje estado de Alagoas. Os que lá viviam chamavam o quilombo de Angola Janga (Angola Pequena). Palmares constituiu-se como abrigo não só de negros, mas também de brancos pobres, índios e mestiços. Os quilombos, que na língua banto significam "povoação", funcionavam como núcleos habitacionais e comerciais, além de local de luta pela liberdade, já que abrigavam escravos fugidos de fazendas. No Brasil, o mais famoso deles foi Palmares.



O Quilombo dos Palmares existiu por um período de quase cem anos, entre 1600 e 1695. Período no qual tivemos também o desenvolvimento de boa parte do Brasil, não como colônia, mas como fruto da atuação de uma transnacional do então Sacro Império Romano-Germânico - Sacrum Romanum Imperium, a West-Indische Compagnie ou WIC, que por nós é conhecida como sendo a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais ou Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais. O século XVII vê um grande desenvolvimento da agricultura, que usa a mão-de-obra africana, com culturas de tabaco e especialmente da cana-de-açúcar na Bahia, Pernambuco, e mais tardiamente no Rio de Janeiro.



Neste período as expedições chamadas de Entradas e Bandeiras dos paulistas descobriram o ouro, pedras preciosas em Minas Gerais e ervas no sertão. As colônias nordestinas foram ocupadas pela em 1624 e entre 1630 e 1654, principalmente sob o comando de Johann Moritz von Nassau-Siegen, sendo enfim expulsos na batalha de Guararapes. Nessa época foi fundado o Quilombo dos Palmares, liderado por Zumbi, guerreiro, que congregava milhares de negros fugidos dos engenhos de cana do Nordeste brasileiro e alguns índios e brancos pobres ou indesejáveis. Este "submundo" foi finalmente destruído, não sem uma resistência heróica e violenta, por bandeirantes portugueses comandados por Domingos Jorge Velho, tendo seu líder sido morto e decapitado (segundo a tradição não-oficial, Zumbi teria conseguido escapar).



No Quilombo de Palmares (o maior em extensão), viviam cerca de vinte mil habitantes. Nos engenhos e senzalas, Palmares era parecido com a Terra Prometida, e Zumbi, era tido como eterno e imortal, e era reconhecido como um protetor leal e corajoso. Zumbi era um extraordinário e talentoso dirigente militar. Explorava com inteligência as peculiaridades da região. No Quilombo de Palmares plantavam-se frutas, milho, mandioca, feijão, cana, legumes, batatas. Em meados do século XVII, calculavam-se cerca de onze povoados. A capital, era Macaco, na Serra da Barriga.



A Domingos Jorge Velho, um bandeirante paulista, vulto de triste lembrança da história do Brasil, foi atribuído a tarefa de destruir Palmares. Para o domínio colonial, aniquilar Palmares era mais que um imperativo atribuído, era uma questão de honra. Em 1694, com uma legião de 9.000 homens, armados com canhões, Domingos Jorge Velho começou a empreitada que levaria à derrota de Macaco, principal povoado de Palmares. Segundo Paiva de Oliveira, Zumbi foi localizado no dia 20 de novembro de 1695, vítima da traição de Antônio Soares. “O corpo perfurado por balas e punhaladas foi levado a Porto Calvo. A sua cabeça foi decepada e remetida para Recife onde, foi coberta por sal fino e espetada em um poste até ser consumida pelo tempo”.



O Quilombo dos Palmares foi defendido no século XVII durante anos por Zumbi contra as expedições militares que pretendiam trazer os negros fugidos novamente para a escravidão. O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695.



Sobre a morte de Zumbi existem inúmeros relatos, mas nada oficial, seguindo os historiadores, que se baseiam em documentos da época;

- no final da Guerra dos Palmares, um membro do exército luso-brasileiro escreveu que viu Zumbi jogar-se do alto de um penhasco para não ser aprisionado;

- outro afirma que o feriu e matou durante um dos combates;

- um terceiro garante que depois de morto cortou a sua cabeça e a levou para Recife;

- ninguém afirmou que Zumbi tenha levado dois tiros mas conseguido escapar;

o que nos leva a concluir que haveria vários Zumbi em Palmares, ou que o termo Zumbi designasse por exemplo um capitão ou chefe de um quilombo.



Ainda as mesmas fontes afirmam que para acabar com a resistência - heróica, sem dúvida - dos palmarinos, foi pedido ao Governo que mandasse canhões, mas quando estes finalmente chegaram, tinha já acabado a guerra e nem um só tiro de canhão foi disparado.





A lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003 também tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Nas escolas as aulas sobre os temas: História da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, já começaram a propiciar o resgate das contribuições dos povos negros nas áreas social, econômica e política ao longo da história do país.



Assim como Zumbi dos Palmares, temos a história do engenheiro André Pinto Rebouças, parte de nossa história mais recente, de uma história que dignifica os brasileiros, e muitas de suas obras estão ainda presentes para homenageá-lo. O engenheiro André Pinto Rebouças era brasileiro e foi, e ainda hoje, é exemplo. Em Curitiba temos ruas e um bairro em homenagem a ele e seu irmão, também engenheiro.



No ano de 1891, o engenheiro e intelectual liberal André Rebouças desenhou em seu Registro de Correspondência um triângulo equilátero, nomeando cada um dos lados: Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo (Liberal), Taunay (Conservador) e André Rebouças (sem partido). Por meio de uma tênue linha pontilhada, os ângulos da figura uniam-se em uma pirâmide, em cujo vértice encontrava-se o nome de Dom Pedro II. Assim ilustrava Rebouças suas relações com seus companheiros de campanha abolicionista e militância reformadora, reunidos pelo exílio europeu: divergentes em suas escolhas partidárias, mas unidos em sua lealdade a Dom Pedro II.



Estudei a vida e as obras do engenheiro André Pinto Rebouças e assim pude entender a sua grandeza, o fiz quando ainda estudava no Colégio Estadual de minha cidade natal, depois disso cursei engenharia (UFRJ), administração (UFPR), fiz alguns cursos de pós-graduação, etc... Mas sempre com admiração crescente para com a vida e a obra de Rebouças, e assim passando a entender as razões do fracasso do Brasil republicano, quando todo um idealismo, e não apenas isso, mas todo um exemplo, passou a ser deixado de lado, com a quartelada que muitos chamam de "Proclamação da República", deixamos de ter espaço para não apenas o engenheiro André Pinto Rebouças, mas também dos demais nomes que compunham o grupo que viria a se destacar no nosso III Reinado. Tivéssemos um Duque de Caxias ainda vivo, a vergonhosa quartelada não teria ocorrido. Os republicanos se anteciparam e impediram que as indenizações aos recém libertos fossem feitas, a exemplo do que se debateu e tornou realidade nos Estados Unidos e em outros lugares do mundo.



Recomendo que, ao longo deste Ano Nacional Joaquim Nabuco, não apenas leiam as obras de Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, mas também o livro "O quinto século: André Rebouças e a construção do Brasil", de Maria Alice Rezende de Carvalho, que foi publicado pela editora Revan.



O tema da obra é a trajetória de André Pinto Rebouças (1833-1898). Filho de um advogado mulato autodidata e da filha de um comerciante, ele nasceu em Cachoeira, na Bahia. Depois de formar-se como engenheiro no Rio, foi estudar na Europa em 1861. De volta ao Brasil, trabalhou na reforma de portos e edificações no litoral. De 1865 a 1866, serviu como engenheiro na Guerra do Paraguai. André Rebouças teve papel importante nas obras do plano de abastecimento de águas para o Rio e na construção das docas da Alfândega. Como empresário, envolveu-se, sem sucesso, em vários empreendimentos que visavam a modernização do país. Na década de 1880, Rebouças engajou-se no movimento abolicionista ao lado de amigos como Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo e o engenheiro Alfred d’Escragnolle Taunay, o Visconde Taunay.



Rebouças era muito ligado a D. Pedro II, viu com hostilidade o movimento militar que levou à República. Embarcou para a Europa no Alagoas, acompanhado o imperador na viagem para o exílio. E o que vemos hoje que esta continua a ser uma das, senão a maior perda que todos nós brasileiros tivemos e assim demos oportunidade para oportunistas republicanos e inúmeros políticos que se alternaram e também hoje ocupam o Palácio do Planalto, com suas realizações pautadas pelo clientelismo político, com seu capitalismo de comparsas, e agora com seu socialismo de privilegiados.



"E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45)



Perdemos o ideal da liberdade, hoje os brasileiros são escravos de outra forma, agora o somos pela abusiva carga tributária, que retira de nós 40% do resultado de nosso trabalho e ao contrário do que o engenheiro André Pinto Rebouças nos ensinava, perdemos o compromisso com as futuras gerações, pois não valorizamos o ensino fundamental, pois por conta da falta de nosso compromisso como brasileiros, retiramos ou anulamos o potencial dos brasileirinhos.



Trazendo para os dias atuais o idealismo de Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, o nosso desafio é e deve ser a luta contra a excessiva carga tributária que nos é imposta, pois além de ser um verdadeiro manicômio, a carga de impostos, taxas e contribuições cobradas das pessoas e empresas drena todos os recursos da sociedade que poderiam estar sendo aplicados na produção e consumo, sem contar que limitam os juros, os recursos para criar e desenvolver os negócios, criar novos produtos e principalmente remunerar dignamente aqueles que optaram por se abdicar do consumo no passado confiando no empreendedorismo e a realização profissional.



"Bens e serviços públicos têm como característica essencial a impossibilidade de limitar o seu uso àqueles que pagam por ele ou a impossibilidade de limitar o acesso a eles através de restrições seletivas, com uma única exceção éticamente aceitável: o privilégio ou benefício dado ao deficiente físico ou mental ." (Gerhard Erich Boehme)



Assim, além de simplificar a legislação tributária, a União, os estados e municípios deveriam se comprometer em reduzir significativamente a carga de impostos. Este entrave expõe o brasileiro à escravidão, pois contribui e os recursos não retornam à sociedade através de serviços públicos de qualidade, em especial o ensino básico de qualidade e a segurança pública. Atualmente temos a perda de liberdade de ir e vir em muitos lugares e períodos do dia, sem contar o elevado custo de vida resultante com as despesas para conferir ao cidadão melhores condições de segurança. O cidadão é triplamente penalizado, paga impostos para ter segurança pública, aloca recursos na segurança pessoal e sofre os resultados (prejuízos materiais, morais, físicos, sem contar as vidas humanas que são imensuráveis) da violência e a impunidade devido à falta de justiça. O resultado é o custo de vida crescente, piores condições de qualidade de vida e a sonegação, a corrupção e falta de transparência nas contas públicas.



Muito embora os atuais políticos queiram nos fazer acreditar, no Brasil nunca tivemos luta de classes de verdade; a tensão social sempre foi entre o Estado, ou seus donos, e a Sociedade, especialmente os brasileiros desprovidos de privilégio. E não será com poucos privilégios, como a questão de cotas nas universidades que iremos fazer a diferença. Não descarto que a questão das cotas tenha um impacto positivo, seguramente, mas também tem um impacto negativo muito grande, é e está sendo mais um motivo para nos desviarmos do compromisso com a educação fundamental, para que ela seja o grande diferencial na vida de todos os brasileiros.



"A qualidade do ensino público só melhora na Universidade porque nela estão os formadores de opinião pública e um seleto público votante". (Gerhard Erich Boehme)




Já que estamos nos aproximando da Copa do Mundo, inclusive no Brasil, e das Olimpíadas, aqui vale uma reflexão, até hoje, exceto o primeiro grande craque brasileiro do futebol, Arthur Friedenreich, que defendeu inicialmente o Sport Club Germânia, equipe que disputou 26 vezes o Campeonato Paulista de Futebol, conquistando o título nos anos de 1906 e 1915, foram raros os esportistas brasileiros que tiveram seus talentos despertados e aperfeiçoados em suas respectivas escolas. E isso também deve nos encher de vergonha, pois esta realidade mostra como as escolas não fazem parte de nossas vidas, como o potencial de milhões de brasileiros são destruídos, escondidos ou ...



Hoje vivemos dando sustentação a um circo promovidos pelos nossos políticos, promovem uma falsa luta entre esquerda e direita, uma falsa luta de classes, uma falsa luta entre as etnias dais quais descendemos, etc... ... perdemos assim a possibilidade de discutirmos aspectos éticos, os nossos princípios e valores. E como bem nos lembra o Luciano Pires, temos os nossos refugiados éticos.



Não podemos inverter as coisas, como bem nos lembra o Luciano Pires, recomendo, portanto, que leiam o novo livro de Luciano Pires: "Nóis...qui invertemo as coisa."

Este livro foi lançado este ano. É mais um divertido bestseller.



“No Brasil de hoje não é mais o mérito que determina o valor das pessoas, mas sua ideologia. Sua cor. Sua raça. Falar bem o idioma é motivo de piada. Ser elite é quase uma maldição. Música de sucesso é aquela que for mais escatológica. O homem honesto aparece na televisão como se fosse algo inédito. Roubar é normal. Bala perdida é normal. Corrupção é normal. Vivemos uma inversão de valores sem precedentes e é contra esse estado das coisas que devemos gritar” (Luciano Dias Pires Filho)



http://www.lucianopires.com.br/cafebrasil/podcast/?Pagina=/2009/12/04/refugiados-eticos/



Com a república, passamos a ter a sociedade dos privilegiados. Este negócio de direita e esquerda permite que entrem em cena atores de um enredo menor num país onde o Estado sempre soube definir-se como um fim em si mesmo, como uma encarnação falsificada da Nação. O Estado sempre foi propriedade privada de poucos, e por isso Brasil nasceu e cresceu desigual. A maioria, ou o povo, esta entidade sem rosto, multidão silenciosa e amorfa, sempre foi coadjuvante da sociedade do privilégio e, basicamente, é gente demais para dividir a pouca riqueza existente.



A democracia de massa no Brasil, a oclocracia, é fenômeno muito recente, e seu aparecimento em meados dos anos 1980 tem a mais inesperada conseqüência: a hiperinflação. O leitor já parou para pensar por que a inflação vai de 100% anuais para 84% mensais de 1984 a 1989 durante os primeiros anos de democracia depois de três décadas de ditadura?



A resposta para este enigma é simples: o Povo quis participar da Sociedade do Privilégio, anseio absolutamente legítimo, pois se as políticas públicas eram dirigidas a setores “especiais” ou “estratégicos”, por que exatamente alguém, qualquer pessoa, deve ser excluído desta categoria? Por que apenas alguns e não todos não são merecedores das benesses do Estado?



Os primeiros anos da nossa democracia de massa produziram a hiperinflação por que a dinâmica política foi a de “incorporar” todo mundo que aparecesse, todos que quisessem podiam ter a sua Emenda no Orçamento, a sua “Conquista” consagrada na Constituição, seu programinha de apoio no contexto da “Política Industrial”, todo o país passou a ser “estratégico”, e por força do Princípio da Isonomia, todos passaram a merecer o direito a algum pequeno Cartório pelo menos igual ao do vizinho. Todos se tornaram Credores do Estado, e portanto cobradores implacáveis da Dívida Social.



O novo Estado Democrático, diante destes anseios, adotou um modelo de “Clientelismo de Massa”, cujo espírito ainda permanece muito vivo, e que consiste em estender a todos os brasileiros algum Privilégio, via orçamento, ou via regulação, por que todos têm direito. É o Espírito (da Constituição) de 1988.



Todavia, como o Estado não é criador de riqueza, apenas um veículo de transferência, o modelo rapidamente se revelou impraticável. O nobre propósito de “incluir os excluídos” a qualquer custo, acabou corrompido pelo fato de que o dinheiro advinha da tributação do próprio “excluído” através da inflação. Ou das futuras gerações através de dívidas crescentes.



Todos têm direito, mas simplesmente não é possível conceder tantos privilégios a tanta gente; não vamos acabar com a Sociedade do Privilégio multiplicando Direitos e Privilégios de forma irreal.



Com efeito, quem vai terminar com a sociedade do privilégio é a economia de mercado, e isso assusta as esquerdas, e não é outro o motivo pelo qual a estabilização, a abertura, a desregulamentação, e a privatização geraram tantas tensões.



A economia de mercado é subversiva numa sociedade do privilégio pois propugna a competição, a impessoalidade e a meritocracia, e dispensa, tanto quanto possível a interveniência de um Estado cheio de vícios.



Só uma verdadeira e bem urdida sociedade do privilégio consegue o prodígio de alijar a economia de mercado do sistema político-partidário, e consegue nos impor quatro candidatos a desancar o que chamam de “o modelo neoliberal”, cada qual propondo, em diferentes vestimentas, a extensão de novos privilégios e o crescimento do Estado.



Uma coisa é certa, como o Luciano Pires nos alerta, nos faltam princípios e valores, e digo mais, nos falta entender nossa história, em especial a história brasileira, com os feitos do engenheiro André Pinto Rebouças, do engenheiro Alfred d’Escragnolle Taunay, o Visconde Taunay e em especial, de Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, principalmente por termos o ano de 2010 como o Ano Nacional de Joaquim Nabuco.



Desejo Feliz 2010 e boa leitura:



http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do?select_action=&co_autor=55



Abraços,



Gerhard Erich Boehme
gerhard@boehme.com.br
(41) 3095-8493
(41) 8877-6354
Skype: gerhardboehme
Caixa Postal 15019
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¹ Discriminação espacial e falta de educação



O nosso compromisso deve ser com a eliminação do analfabetismo, em especial o analfabetismo funcional e combatermos a discriminação espacial em nossa sociedade. Vale lembrar que 64% dos brasileiros são analfabetos funcionais, pois assim podem ser classificados aqueles que não possuem a competência para redigir um texto que relate o seu dia de ontem.



A questão da violência no Brasil é grave e no Rio de Janeiro há muito tempo se perdeu o controle, começou com a leniência do brasileiro frente à “malandragem do carioca”, enaltecida e “glamourizada” até mesmo por Walt Disney com seu personagem Zé Carioca (http://pt.wikipedia.org/wiki/Alô,_amigo).



Depois com Getúlio Vargas protegendo moradores de áreas que deveriam ser saneadas, mas que seguia a tradição iniciada pelos políticos cariocas e brasileiros, então ainda na Capital do Brasil. Com o governador e médico Cândido Barata Ribeiro foi iniciada a fracassada República, o pontapé inicial foi a quartelada que muitos chamam de “Proclamação da República”, com seu notório populismo, o descaso público frente às favelas, sem um projeto de urbanização, e com a leniência das autoridades frente ao desrespeito ao patrimônio público e privado, com a ocupação de áreas impróprias. Tivéssemos um Duque de Caxias ainda vivo seguramente tal afronta ao povo brasileiro não teria ocorrido, o Brasil seguiria seu pujante desenvolvimento com o III Império.

Merece ser destacado, como um marco no que se refere à discriminação espacial no Brasil, um fato que ocorreu na gestão de Cândido Barata Ribeiro como prefeito em 1893, quando foi decidida a realização de uma "mega operação de limpeza", de saneamento, demolindo estalagens anti-higiênicas e cortiços que se localizavam no centro do Rio de Janeiro. O maior deles, com cerca de 4 mil pessoas, chamava-se Cabeça-de-Porco, que serviu de inspiração para o romance “O Cortiço” de Aluísio de Azevedo. Como este, havia quase 600 cortiços no centro da cidade, que abrigavam cerca de 25% da população carioca.



O avô das favelas:

http://www.favelatemmemoria.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=63&from_info_index=6&sid=4



A discriminação espacial, fruto do descaso público e da falta de compromisso com planos diretores e que é, seguramente, após a falta de educação fundamental de qualidade, a principal causa da escalada de violência no Brasil, ainda mais agora, ao sabor de programas populistas e irresponsáveis como o “Minha casa, Minha vida”. Os despejados acabaram migrando para os morros próximos, inclusive o Morro da Favella (hoje Favela da Providência), dando origem à primeira favela brasileira (e à própria expressão “favela”).



"A qualidade do ensino público só melhora na Universidade porque nela estão os formadores de opinião pública e um seleto público votante". (Gerhard Erich Boehme)



O resultado desta discriminação espacial produziu no Rio de Janeiro as suas atuais quase 1.000 favelas e urbanizações populares, estas pautadas pela discriminação espacial, a exemplo da “Cidade de Deus”, a ausência do poder público é uma constante, são lugares onde as polícias não entram ou não se fazem presente. É o estado ausente onde deveria atuar.



“Um Estado, o chamado 1º Setor, deve apenas atuar subsidiariamente frente ao cidadão e não estar voltado para ocupar o papel que cabe ao 2º Setor - pois assim se cria o estado empresário e com ele fomenta-se o clientelismo, a corrupção e o nepotismo - ou 3º Setor - pois assim se promove o Estado populista que cria ou alimenta os movimentos (antis)sociais, o paternalismo e o assistencialismo, bem como que abre espaço para a demagogia político e perda da liberdade e responsabilidade do cidadão. Caso contrário ele acaba criando o 4º Setor - quando o poder coercitivo (tributação, defesa nacional, justiça e segurança pública) do Estado deixa de ser exercido por ele e é tomado por parte de segmentos desorganizados ou não da sociedade - cria-se então o Estado contemplativo, que prega a mentira, pratica a demagogia e o clientelismo e cria o caos social através da violência e desrespeito às leis”. (Gerhard Erich Böhme)

Entenda melhor: http://www.youtube.com/watch?v=GwGpTy-qpAw



Mas isso não é privilégio do Rio de Janeiro, pequenas cidades brasileiras, pois lá também temos a escravização do trabalhador brasileiro através da excessiva carga tributária.



Além de ser um verdadeiro manicômio, a carga de impostos, taxas e contribuições cobradas das pessoas e empresas drena todos os recursos da sociedade que poderiam estar sendo aplicados na produção e consumo, sem contar que limitam os juros, os recursos para criar e desenvolver os negócios, criar novos produtos e principalmente remunerar dignamente aqueles que optaram por se abdicar do consumo no passado confiando no empreendedorismo e a realização profissional.



"Bens e serviços públicos têm como característica essencial a impossibilidade de limitar o seu uso àqueles que pagam por ele ou a impossibilidade de limitar o acesso a eles através de restrições seletivas, com uma única exceção éticamente aceitável: o privilégio ou benefício dado ao deficiente físico ou mental ." (Gerhard Erich Boehme)



Assim, além de simplificar a legislação tributária, a União, os estados e municípios deveriam se comprometer em reduzir significativamente a carga de impostos. Este entrave expõe o brasileiro à escravidão, pois contribui e os recursos não retornam à sociedade através de serviços públicos de qualidade, em especial o ensino básico de qualidade e a segurança pública. Atualmente temos a perda de liberdade de ir e vir em muitos lugares e períodos do dia, sem contar o elevado custo de vida resultante com as despesas para conferir ao cidadão melhores condições de segurança. O cidadão é penalizado, pois paga impostos para ter segurança pública, aloca recursos na segurança pessoal e sofre os resultados (prejuízos materiais, morais, físicos, sem contar as vidas humanas que são imensuráveis) da violência e a impunidade devido à falta de justiça. O resultado é o custo de vida crescente, piores condições de qualidade de vida e a sonegação, a corrupção e falta de transparência nas contas públicas.



A discriminação espacial, com seus conjuntos de casas populares, nestes casos é mais grave, pois geram a violência por uma série de razões, dentre as quais destaco:



1. não permitem que as crianças tenham espaço para brincar sob os olhos dos pais ou responsáveis, já que em tenra idade são “expulsas” para as ruas, com todo tipo de influência negativa; fazendo com que a educação não venha de pessoas responsáveis, mas de oportunistas que se apropriam de nossas crianças para iniciá-las na criminalidade ou em atividades sexuais;

2. as famílias não possuem condições, em seu espaço físico, de exercer uma atividade econômica, como uma oficina, um atelier, etc., nem hoje e muito menos no futuro, assim destruindo qualquer iniciativa de voltada ao empreendorismo;

3. as famílias, impossibilitadas pela área disponibilizada, não podem ampliar as suas construções de forma que tenham uma vida mais digna e que acompanhe o seu crescimento natural, com a chegada dos filhos ou mesmo a vinda de pais ou parentes em idade mais avançada;

4. as famílias ficam impossibilitadas de terem uma complementação da alimentação, através de árvores frutíferas, hortas ou criação de pequenos animais (galinhas, codornas, etc);

5. as famílias, devido a irracional ocupação dos espaços, ficam privadas de sua intimidade;

6. as famílias ficam impossibilitadas de ampliarem as suas residências, conferindo a elas mais conforto, qualidade de vida e praticidade;

7. as famílias ficam impossibilitadas de investirem suas poupanças, tempo e recursos em suas residências, possibilitando o aumento natural do valor de seu patrimônio;

8. as famílias passam a ocupar o espaço sem preocupações com o ambiente que as cercam, criando e agravando os impactos ambientais e deteriorando o espaço urbano.



Minha casa, Minha vida é um estelionato eleitoral, reforça a cultura da lombada com suas cidades de deus:




"Cidade de Deus, o berço da criminalidade institucionalizada no Brasil foi construída pela COHAB e financiada pelo BNH, a Cidade de Deus foi construída pelos governadores do Estado da Guanabara de 1965 até 1970, idealizado pelo populista da extrema direita, Carlos Lacerda, cassado na Contra-Revolução de 1964, e concluído pelo então governador Negrão de Lima entre os anos 1968 e 1970.

Manteve-se a discriminação espacial, que antes os confinavam em favelas como Praia do Pinto, Parque da Gávea, Ilha das Dragas, Parque do Leblon, Catacumba e Rocinha. Atravessada pelo Rio Grande e seu afluente Estiva, a Cidade de Deus passou a ter um crescimento interno desordenado, observando-se um processo de favelização ao longo desses canais.

Junto ao conjunto surgiram as comunidades do Muquiço, Santa Efigênia, travessa Efraim, Rocinha II e Jardim do Amanhã II, além de mais discriminação espacial institucionalizada, com os novos conjuntos habitacionais como o Vila Nova Cruzada e o Jardim do Amanhã. Em 1997, com a inauguração da "Linha Amarela", a Cidade de Deus seria seccionada: de um lado os Conjuntos Margarida, Gabinal etc e, do outro, o restante das antigas glebas, as duas partes interligadas por passarelas. A vida no bairro inspirou o filme brasileiro "Cidade de Deus", baseado no romance homônimo de Paulo Lins, com roteiro de Bráulio Mantovani, dirigido por Fernando Meirelles. Lançado em 2002 no Brasil e, posteriormente, no exterior, o filme teve enorme sucesso, recebendo inúmeros prêmios e indicações. Infelizmente não trouxe à reflexão dos brasileiros, hoje pocotizados, como bem nos lembra Luciano Pires (www.lucianopires.com.br) em seu bestseller, para a questão da discriminação espacial no Brasil, decorrente de falta de políticas públicas consistentes, como Plano Diretor e Agenda 21 Local." (Gerhard Erich Boehme)




A questão é que, por uma serie de fatores, a violência tomou conta da sociedade brasileira e segundo estudos do IPEA, este de 2004, já era responsável por comprometer mais de 5% de nosso PIB. Mais recentemente citam 10%, percentual mais próximo da realidade, face o estudo do IPEA não considerar pontos importantes. E isso em uma época em que o Professor Pochmann ainda não fazia suas ingerências políticas na entidade. Mas se consideramos a perda com o turismo, podemos estimar valores acima de 20% do PIB. Se compararmos o nosso potencial com a Espanha, de 35 a 40% do PIB. E pensar que temos pela frente a Copa do Mundo de Futebol em 2.014 e as Olimpíadas de 2.016. Acaso não foi irresponsabilidade aceitar estes desafios?



http://www.nevusp.org/portugues/index.php?option=com_content&task=view&id=199&Itemid=29

http://desafios2.ipea.gov.br/003/00301009.jsp?ttCD_CHAVE=6177

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG77064-6009,00-DO+PIB.html





Temos hoje o gasto com a violência comprometendo mais de 5% de nosso PIB (Em 2004 eram R$ 95 bilhões/ano), isso segundo estudos do IPEA, que é entidade do Governo Federal. E segundo que o Brasil se tornou recordista mundial em acidentes de trânsito, com mais de 100 mortes por dia. Isso mesmo, somente uma pessoa ignorante não se comove com esta questão, mas se comovem com um personagem de novela que sofre um acidente no Reino da Jordânia, enquanto que a realidade está batendo a nossa porta, por conta dos incompetentes que elegemos, a começar por aquele que nos dá o pior exemplo.



Somos também recordistas de acidentes de trabalho, o Brasil tem 410 mil acidentes de trabalho por ano, que matam 3 mil brasileiros e custam R$ 32 bilhões ao país. Estes acidentes de trabalho matam oito trabalhadores brasileiros por dia e esta conta pode ser muito maior, já que não inclui os 40 a 80 milhões de brasileiros da economia informal. Números macabros retratam o descuido de boa parte do empresariado com as normas de segurança e com seus funcionários, mas de responsabilidade do Estado fiscalizar e antes de tudo, responsabilidade de nossas escolas formar cidadãos com noções básicas.



E no trânsito? Nos alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS), que nos mostra que o Brasil tem o quinto maior número de mortes no trânsito de todo o mundo. O dado foi divulgado com a publicação do maior estudo já realizado sobre o impacto dos desastres para a saúde.



Não temos dados mais atualizados, pois a OMS utilizou dados de 2007, com o objetivo de comparar todos os países. Segundo dados oficiais naquele ano, houve 35,1 mil mortes causadas por desastres com automóveis no Brasil. Especialistas acreditam que esse número pode ser bem maior, pois só são contabilizadas as mortes que ocorrem no local do acidente.



Recomendo que leia também o livro: Guerra Civil: Estado e Trauma de Luis Mir.



Em seu livro, o espanhol Luís Mir diz que nosso país está vivendo uma verdadeira guerra civil, em que as pessoas se matam entre elas ou são fuziladas pela polícia, principalmente a tiros, e nas favelas. Ou seja: as vítimas desta guerra são os pobres, que vivem em permanente estado de tensão e terror. As mortes chegam a 150 mil por ano e custam, para o Estado, metade do que o país gasta com saúde. Não existe no mercado nenhum outro livro igual a este, que é absolutamente inédito e original. Guerra Civil: Estado e Trauma, com quase mil páginas, é um estudo sobre a guerra civil brasileira e suas vítimas, desnuda com precisão documental, propriedade moral e serenidade investigatória essa verdadeira tragédia nacional, atordoante e aterradora.



E assim é hoje escrita a história brasileira, bilhões são colocados a serviço da corrupção e aos milhares, dezenas de brasileiros morrem nas estradas, outras tantos morrem no trabalho e o mais grave, mais de uma centena morre resultado da violência.



"Bens e serviços públicos têm como característica essencial a impossibilidade de limitar o seu uso àqueles que pagam por ele ou a impossibilidade de limitar o acesso a eles através de restrições seletivas, com uma única exceção éticamente aceitável: o privilégio ou benefício dado ao deficiente físico ou mental ." (Gerhard Erich Boehme)

Mensagem

Fabio:

Das Utopias

Se as coisas são inatingíveis. .. ora!
não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
a magica presença das estrelas!
MÁRIO QUINTANA

Que neste Natal as Bençãos do Céu se derramem sobre todos e que 2010 seja pleno de sonhos, realizações e de Paz!
Um Imaginativo Natal e um Ano Novo Imaginável para todos!

Fabio

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Governo do Estado Terá Sede no Rodeio de Vacaria RS

Governo do Estado terá sede no Rodeio

Local será montado a fim de receber autoridades.

O governo do Estado do Rio Grande do Sul deve montar um local específico no parque de exposições Nicanor Kraemer da Luz, onde poderão ser recebidas as autoridades que vierem para o 28º Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria.
A expectativa é que, inclusive, o secretário estadual das Obras Públicas, José Carlos Breda, venha ao Rodeio e efetue seu trabalho no parque durante o evento.

Acesse o nosso hotsite do Rodeio de Vacaria!


Rádio Fátima AM (Jornalismo), 30/12/2009, 09h30

Mulher é Agredida por Seguranças das Lojas Americanas

CIDADES

todas as notícias de CIDADES 27/12/2009 às 21:43 | ATUALIZADA EM: 27/12/2009 às 21:45 | COMENTÁRIOS (118)
Mulher é agredida por segurança das Lojas Americanas na frente do filho
Mariana Peixoto | A Tarde

Uma confusão nas Lojas Americanas do shopping Iguatemi chamou a atenção de diversos consumidores no final da tarde deste domingo, 27. Segundo relato dos presentes, uma mulher não identificada, aparentando ter 25 anos, que estava acompanhada do filho de aproximadamente quatro anos, foi agredida fisicamente por um segurança do estabelecimento. O gerente da loja, Jean Silva, disse que a mulher teria tentado furtar um objeto de maquiagem.

De acordo com as testemunhas, o segurança, que não teve o nome divulgado, segurou a mulher pelo pescoço, a arrastou pelo interior da loja e conduziu para o depósito, enquanto a criança chorava e gritava pela mãe. “Daqui de fora (do depósito) ouvimos vários gritos”, relatou Joceval Tibúrcio, 48, que presenciou toda a confusão.

Indignação - Cleziane Silva, 28, ficou assustada com o acontecimento. “Eu nunca tinha visto uma cena como esta. A mulher não teve reação pela forma como foi abordada”, contou. Ela também lamentou o fato de a criança ter sido agredida verbalmente e passado pelo constrangimento: “O que chamou a nossa atenção foram os gritos da criança. Eu tentei entrar em contato com o juizado de menores, mas não consegui falar”.

O cliente Adagilson Rodrigues, 35, disse que pediu várias vezes para ver como a criança estava, mas ninguém permitiu. “Por mais que a moça tenha errado, a atitude tomada não deveria ter sido esta. A criança não tem culpa pelo ato da mãe”, lamentou.

Segundo uma funcionária, que pediu para não ser identificada, a mulher teria apanhado bastante no interior do depósito, na frente do filho. Nenhum responsável pelo estabelecimento quis dar explicações aos consumidores que aguardavam a saída da mulher e da criança do depósito. O segurança não apareceu depois da confusão e, conforme os funcionários, a mulher foi liberada pelos fundos da loja.

O gerente das lojas Americanas não quis dar outros detalhes sobre o assunto e disse que ainda não sabe a punição que o segurança receberá pela atitude tomada.

AVALIAÇÃO: Boa 24 votos Imprimir Enviar
Fonte: A Tarde Online

Roda Viva




* Edição GRAVADA. Não aceita perguntas.
Gay Talese
Jornalista e escritor


Há mais de 50 anos Gay Talese vive entre o jornalismo e a literatura. Ele foi responsável pela mais famosa reportagem sobre Frank Sinatra sem ter conseguido entrevistá-lo. Como o cantor estava gripado e não queria falar com jornalistas, Talese procurou outros personagens do cotidiano dele e revelou o mundo de Sinatra de uma forma que dificilmente conseguiria sem ter o pedido de entrevista recusado.

Gay Talese é um dos responsáveis por criar o estilo de fazer reportagens combinando técnicas jornalísticas com recursos literários. Ele trabalhou em jornais e revistas escrevendo reportagens como se fossem textos literários e livros e uma autobiografia como se fossem reportagens.

O trabalho de Talese virou uma das marcas do novo jornalismo surgido nos Estados Unidos na década de 60 e o transformou em um dos maiores expoentes do movimento que teve também grandes nomes como Norman Mailer, Tom Wolfe e Truman Capote, entre outros.

Participam como convidados entrevistadores:
Carlos Eduardo Lins da Silva, ombudsman do jornal Folha de S. Paulo; Regina Echeverria, jornalista; Humberto Werneck, jornalista e escritor; Caio Túlio Costa, jornalista e professor de jornalismo na Cásper Líbero e consultor de novas mídias.
Twitters no estúdio: Rosana Hermann, jornalista (http://twitter.com/rosana); Jeanne Callegari, jornalista e escritora (http://twitter.com/jeannecallegari) e Ana Rusche, escritora (http://twitter.com/anarusche)
Fotógrafo convidado: Natalie Gunji, fotógrafa (www.flickr.com/photos/nat_gunji)

Apresentação: Paulo Markun


O Roda Viva é apresentado às segundas a partir das 22h10.
Você pode assistir on-line acessando o site no horário do programa.
http://www2.tvcultura.com.br/rodaviva

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Para cancelar o recebimento dos emails do Roda Viva, por favor, acesse:
http://www2.tvcultura.com.br/rodaviva/comenteeparticipe-cancelar.asp.

News Racismo

Primeiro negro no STF não foi Joaquim Barbosa
Escrito por Rede PDT
Ter, 29 de Dezembro de 2009 06:12

Antonio Santos Aquino/Tribuna da Imprensa - Helio, uma das primeiras coisas que Lula pensou quando eleito, foi em nomear um negro para STM. Uma mulher nomeada não seria a primeira: Fernando Henrique já nomeara Ellen Gracie. Foi um corre-corre até encontrarem o homem certo: Joaquim Barbosa, com todos os predicados; foi nomeado, chegando como um “espalha-raios” , criando atritos com seus pares e dando entrevista em que dizia: pensavam que eu era um negro submisso. O povo quedou-se perplexo: Estaria o ministro Joaquim Barbosa sendo discriminado por alguém? Ficamos todos sem saber pois não nos foi dito. O ministro tinha a obrigação de dizer quem pensava que ele era um negro submisso. A mídia noticiou que ele teria atritado com sete ministros; chamado o ministro Eros Grau de “caquético” dizendo não lhe bater por ser ele velho. O ministro Marco Aurélio entrevistado pela TV Bandeirantes diz que se a ofensa que lhe fez o ministro Joaquim Barbosa fosse no século passado,teria havido um duelo (?). Quando publicaste um libelo contra a morosidade da justiça e particularmente dele ministro Joaquim Barbosa, ele “fez beicinho” dizendo ter sido ofendido. Além de tudo não é como pensou Lula e o próprio ministro Joaquim Barbosa, o primeiro negro a ser nomeado para o STF. Em 1902 foi nomeado o primeiro ministro negro e em 1912 o segundo. (Que eles procurem nos Anais).

José Aparecido Fiori/Gazeta de Novo - Tribute-se a tragicidade dolorosa protagonizando a disputa do menino Sean, que finalmente partiu com o pai biológico, não às famílias envolvidas, senão ao circo e ao jus sperniandi de casuísmos rabulísticos e liminares concedidas pela in-justiça tupiniquim, procrastinando- se o ato final por suprema decisão salomônica. Cega, morosa, ineficiente, a Justiça é a principal culpada pela espetacularizaçã o do caso em que expôs o garoto na mídia, retardando-se, pelo expediente da procrastinação causídica, a pronta implementação do natural, justo e legítimo direito do pai ficar com o filho.

http://www.jornaldi adia.com. br/jdd/index. php?option= com_content&view=article&id=25919:primeiro- negro-no- stf-nao-foi- joaquim-barbosa&catid=68:celebridad es-gente&Itemid=117


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HEITOR (((((º_º))))) CARLOS
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Locais da Câmeras de Monitoramento em Vacaria RS

Definidos os locais das câmeras de monitoramento em Vacaria

Serão 20 câmeras colocadas em diferentes pontos da cidade de Vacaria.

O prefeito Elói Poltronieri esteve em Brasília a fim de assinar o recebimento de recursos do Pronasci. O dinheiro, que vai ser aplicado principalmente em segurança pública, terá 900 mil reais destinado a instalação de 20 câmeras de monitoramento em diversos pontos da cidade de Vacaria. Elas serão instaladas os cruzamentos das seguintes ruas:
Rua Campos Sales - Rua Presidente Kennedy (presídio)
Av. José Loureiro da Silva - Rua Borges de Medeiros
Rua Liberato Salzano Vieira da Cunha - Rua Vergílio Rodrigues (praça Jardim dos Pampas)
Rua Edson - Rua Carlos Chagas (posto de saúde Monte Claro)
Rua Deputado Brito Velho - Av. Dom Frei Cândido Maria Bampi (posto de saúde, colégio, UCS)
Rua Nabor Moura de Azevedo - Av. Franciosi (posto de saúde Imperial, ginásio)
Av. Samuel Guazelli - Av. Moreira Paz
Rua Assis Brasil - Rua Martin Luther King (rodoviária)
Av. Militar - Av. Moreira Paz (igreja, avenida, rotatória)
Rua Júlio de Castilhos - Rua 3 de Dezembro (delegacia de ensino)
Rua Fernando de Noronha - Rua Bento Batalha (bairro Municipal)
Rua Pinheiro Machado - Rua Borges de Medeiros
Av. Moreira Paz - Rua José do Patrocínio (cemitério)
Av. Dom Frei Cândido Maria Bampi - Rua Antônio Gomes (cemitério)
Rua Libório Rodrigues - Rua Marechal Floriano
Av. Antônio Ribeiro Branco - Av. Siqueira Campos (Praça da Juventude)
Rua Júlio de Castilhos - Rua Luiz Faciolli
Rua Júlio de Castilhos - Av. Militar
Rua Ramiro Barcelos - Rua João Teodoro Duarte (fruteira Santo Antônio)
BR-116 (trevo do Ginete)

A central de monitoramento ficará localizada na sede da Guarda Municipal, onde seá controlada por dois servidores da Guarda e um policial militar.



Rádio Fátima AM (Jornalismo), 30/12/2009, 08h24

Notícias da Prefeitura de Porto Alegre RS



A MANCHETE
Capital terá coleta de lixo no feriado
DESTAQUES
Cerca de 60 km de vias recebem novo asfalto
Nove alunos municipais vão integrar Orquestra de Câmara Jovem
Carnavalescos a caminho do samba no Linha Turismo
FIM DE ANO
Saúde alerta para riscos no manuseio de artefatos explosivos
Porto-alegrenses vão entrar 2010 com o samba de Jair Rodrigues
O que funciona no feriado
Operação caça-fogos apreende 750 rojões no Sarandi
Trânsito muda para a festa de Réveillon na Usina
MAIS SERVIÇOS
EPTC divulga programação de janeiro do radar móvel
PREVISÃO DO TEMPO
Confira a previsão do tempo desta quarta-feira, dia 30
TEMPO HOJE
Veja imagem de satélite
VEJA PAUTAS DO DIA
Pautas para o dia 30 de dezembro



Notícias da prefeitura na imprensa

Clique nos links abaixo para ter acesso a todas as notícias sobre a prefeitura veiculadas em jornal, TV, rádio e Internet:

Notícias em Jornal Notícias em TV Notícias em Rádio Notícias na Internet




Todas as Notícias

A MANCHETE
Capital terá coleta de lixo no feriado
Porto Alegre vai passar o Réveillon sem lixo nas ruas. A coleta será feita todos os dias, menos no domingo, como normalmente ocorre. Neste feriado, o DMLU espera corrigir problemas observados no Natal. “As pessoas devem ter pensado que faríamos feriado na sexta-feira, 25, porque havia muito pouco lixo disposto nas ruas. A consequência foi uma demanda reprimida no final de semana”, explica o diretor-geral do departamento, Mário Moncks. Informações sobre dias das coletas domiciliar e seletiva pelo telefone 156 ou no site do departamento. Leia mais...


DESTAQUES
Carnavalescos a caminho do samba no Linha Turismo
O Carnaval de Porto Alegre começa a esquentar os tamborins na terça-feira, 5, quando o Rei Momo e sua corte, as 20 candidatas à rainha do Carnaval, reis e rainhas mirim e da terceira idade irão desfilar pelo Centro Histórico a bordo do Linha Turismo. O ônibus sairá às 15h30 do terminal de embarque, na Travessa do Carmo, e fará uma parada por volta das 16h em frente ao Paço Municipal, onde a bateria da escola mirim Esporte dá Samba dará boas-vindas ao Carnaval. Leia mais...


Cerca de 60 km de vias recebem novo asfalto
Foram repavimentadas ruas e avenidas de grande circulação, como Ipiranga, Assis Brasil, Edgar Pires de Castro, Vicente Monteggia, A. J. Renner, Sertório e Cristóvão Colombo. Desde 2007, a Smov aplicou R$ 24,7 milhões no programa de Revitalização Asfáltica. “São obras que vão melhorar as condições de circulação e trânsito da cidade, proporcionando economia futura com manutenção”, afirmou o titular da pasta, Maurício Dziedricki. Para conservar as vias, a Smov desenvolve o serviço de tapa buracos, ação permanente de recuperação da malha viária. Leia mais...


Nove alunos municipais vão integrar Orquestra de Câmara Jovem
Eles passaram por uma seleção que durou oito meses e venceram 360 concorrentes a uma vaga no grupo musical, organizado pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). Também foram aprovados outros 23 alunos gaúchos. O estudante da Escola Municipal Nossa Senhora do Carmo, Maicon Palavro, 14 anos, foi um dos escolhidos. Ele conta que realizou um sonho, pois sempre almejou integrar uma orquestra. “Cheguei a chorar de tanta emoção. Agora, quero aproveitar ao máximo as aulas”, disse. Leia mais...


FIM DE ANO
Saúde alerta para riscos no manuseio de artefatos explosivos
Estatísticas do HPS indicam que uma em cada dez vítimas de acidentes com fogos de artifício atendidas no local tem membros amputados, principalmente dedos. Por isso, o melhor é ficar longe dos fogos. Se a pessoa insistir em manuseá-los, deve ler e seguir as instruções do fabricante, jamais carregar bombinhas no bolso e nunca acender próximo ao rosto. Outro aviso é nunca associar bebida alcoólica com o uso de fogos, mantendo as crianças afastadas. Leia mais...


Operação caça-fogos apreende 750 rojões no Sarandi
Os artefatos estavam sendo comercializados ilegalmente num bar situado na rua A/acesso B, na Vila Elisabeth, bairro Sarandi. Até quinta-feira, 31, a operação caça-fogos seguirá fiscalizando bares, armazéns, bancas de camelôs, lanchonetes e pequenos mercados. As ações ocorrem desde 15 de dezembro. Já foram realizadas 143 vistorias em estabelecimentos comerciais e apreendidas mais de 2,7 mil unidades de fogos de artifícios. Leia mais...


Porto-alegrenses vão entrar 2010 com o samba de Jair Rodrigues
Foram preparadas dez toneladas de fogos de artifício para o Réveillon da Usina do Gasômetro, que vão iluminar e colorir o céu da orla por 12 minutos. Mais de 70 mil pessoas devem esperar o ano novo no local. A programação começa às 21h, com o samba e o pagode do Grupo Senzala. Às 22h30, subirá ao palco Jair Rodrigues, que tocará até a contagem regressiva da virada. E a festa seguirá com o Musical Essência. No intervalo entre os shows, o DJ Claudinho Pereira manterá o alto astral dos participantes. Leia mais...


O que funciona no feriado
A administração municipal manterá os serviços essenciais no feriado de Ano-novo. Confira o que estará funcionando


Trânsito muda para a festa de Réveillon na Usina
Serão parcialmente bloqueadas as avenidas Mauá, entre a Bento Martins e a Augusto de Carvalho, João Goulart, no sentido Centro/bairro, e Loureiro da Silva, no trecho que vai da João Goulart até a Augusto de Carvalho, sentido Centro/bairro. A interrupção no trânsito ocorrerá a partir das 21h. Também serão alterados os itinerários dos ônibus com terminais na rua Uruguai, que circulam pela avenida Loureiro da Silva. Leia mais...


MAIS SERVIÇOS
EPTC divulga programação de janeiro do radar móvel
Os dias e os locais em que o sistema de radar móvel da EPTC estará atuando no mês de janeiro foram publicados no site da prefeitura. Veja os locais


PREVISÃO DO TEMPO
Confira a previsão do tempo desta quarta-feira, dia 30
(Clique aqui)


TEMPO HOJE
Veja imagem de satélite
(Clique aqui)


VEJA PAUTAS DO DIA
Pautas para o dia 30 de dezembro
(Clique aqui)





Editado pela Supervisão de Comunicação Social
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Sequestro Relâmpago

Comerciária é vítima de sequestro relâmpago
A vítima foi agredida, ameaçada de morte e mantida no local por quase uma hora e meia.

A jovem de 20 anos, é casada e foi vítima de sequestro relâmpago, às 20 horas desta segunda-feira, 28/12, em frente à loja em que trabalha, na rua Júlio de Castilhos, no centro de Vacaria.
Ao sair na calçada foi imobilizada por duas mulheres e um homem. Também foi colocada dentro de um Corsa, com placas de Vacaria e levada para a estrada ao lado do Campus Universitário da UCS, próximo a BR 285.
A comerciária foi agredida e ameaçada de morte pelas três pessoas. Foi mantida no local por quase uma hora e meia. Por volta das 21 horas e 30 minutos, através do orelhão ela conseguiu contato com a Brigada Militar, que orientou o registro na Delegacia de Policia.



Rádio Fátima AM (Jornalismo), 29/12/2009, 08h53

Nova Direção do Glória de Vacaria RS


Glória elege nova diretoria



Presidente Ivar Saraiva e diretor de futebol Luiz Beneton. Nesta terça feira, 29/12, foi oficializada a nova diretoria do Grêmio Esportivo Glória para o biênio 2010- 2011.

A nova diretoria está assim constituída:
- Presidente: Ivar Roque Saraiva;
- Primeiro vice-presidente: Iberê Mesquita Orsi;
- Segundo Vice- Presidente: José Casanova;
- Diretor de futebol: Luiz Geraldo Beneton;
- Vice-presidente do futebol amador: Luiz Eugênio Bortolon;
- Diretor social: Claudionor de Lima Dian.

Na ocasião o novo presidente Ivair Saraiva anunciou a contratação de 23 jogadores para a disputa da Segundona Gaúcha 2010. O Glória já contratou:
Goleiros: Márcio Kessler, que estava na equipe do Poços de Caldas (MG), Dudu, que atuou este ano pelo Glória e Marcos que é de Vacaria.
Zagueiros: Cirilo, que estava no Novo Hamburgo, Valdemar e André Alagoano, que estavam na equipe do Cristalina (GO), que subiu para a primeira divisão em 2010 e Vadson que atuou este ano pelo Glória.
Lateral direito: João Paulo, que estava no América (RN) e Tiago Machado, que estava no futebol português.
Lateral esquerdo: Fabrício Tocha e Jeferson .
Volantes: Danilo, que estava no Santa Cruz (RS), Ivanildo, que jogou em 2009 pelo Glória, Márcio Souza que estava no Campinense (PB) e Bruno.
Meia direita: Rodrigo Couto, que vem do Marcilio Dias e Jean, que é de Vacaria.
Meia esquerda: Léo Maringá, que em 2009 jogou na República Tcheca, Marcelo Muller, que está no Ypiranga de Erechim e vem após o término da primeira divisão do Gauchão, Edimar, que atuou no Santo Ângelo, Lucas, que vem da equipe do Góias e Vitinho, que estava em Portugal, irmão de um dos destaques do Brasileirão 2009, o lateral Vitor, do Goiás.
Atacantes: Leonel, que jogou pela Ulbra, Silvano, que estava no Riograndense, de Santa Maria e o uruguaio Simovick, 34 anos, que em 2009 jogou no futebol peruano.

A apresentação do plantel do Glória será neste sábado, 02/01, às 16h. Na oportunidade será apresentada a comissão técnica que terá o técnico Paulo Porto, o preparador físico Marcelo Sé e o preparador de goleiros Cláudio Acosta.


Rádio Fátima AM (Jornalismo), 30/12/2009, 08h08

Quadrilha Desarticulada em Erechim

Polícia Civil desarticula quadrilhas na região de Erechim
29/12/2009 18:22


Após meses de investigações, na manhã desta terça-feira (29), policiais civis das Delegacias de Polícia de Viadutos, Aratiba, Três Arroios e 2ª DP de Erechim, desarticularam quadrilhas que atuavam no tráfico de drogas, receptação e prática de furtos por arrombamento de residências na região de Erechim. Os agentes cumpriram vários mandados judiciais de busca e apreensão nas residências dos suspeitos. Foram presos e autuados em flagrante dois casais, pela prática de tráfico de drogas e receptação.

Um dos casais presos era especializado em praticar furtos com arrombamento em residências rurais, em vários municípios da região. Atuavam geralmente durante o dia, quando percebiam a ausência dos moradores e utilizavam um veículo GM/Corsa de cor vermelha, placas EDU-0359, que foi apreendido, como meio de transporte dos objetos furtados das vítimas. Em uma das residências, os policiais apreenderam 30 buchas de cocaína, valor de R$ 258,00 em moeda corrente, além de objetos normalmente utilizados na prática do tráfico; em outra apreenderam mais de 100g de maconha e objetos relacionados a ocorrências de furtos e, outros, cuja origem está sendo averiguada.

Após a lavratura dos respectivos autos de prisão em flagrante, os presos foram encaminhados ao Presídio Estadual de Erechim, onde permanecem à disposição da Justiça.

Fonte: Ascom PC

Mercosul


Carta O Berro......................................................................repassem


Publicado no blog MercadoGlobal.
Mercosul terá fundo para memória de vítimas de ditaduras
Objetivo é promover, financiar e divulgar estudos, pesquisas e trabalhos acadêmicos, artísticos e jornalísticos sobre as ditaduras e as perseguições que milhares de pessoas sofreram por governos militares que dominaram a América do Sul até os anos 80

Da agência EFE

O Mercosul – Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai, agora com participação da nações associadas Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Venezuela – deverá criar fundo econômico para financiar projetos destinados a preservar a memória das vítimas das últimas ditaduras militares que dominaram a região, sobretudo a partir dos anos 50 e 60.
A decisão foi tomada, a partir de sugestão do Brasil, no primeiro dia do 13º Encontro de Altas Autoridades em Direitos Humanos e Chancelarias do Mercosul e Estados Associados, em agosto, em Porto Alegre.
Cada país deverá estudar quanto dinheiro pode arrecadar para esse projeto, que deverá ser apresentado aos chefes de Estado do bloco na próxima cúpula semestral, marcada para dezembro, em Salvador.
A intenção é financiar trabalhos artísticos ou jornalísticos sobre as ditaduras e as perseguições que milhares de pessoas sofreram ao até os anos 80, quando os governos militares foram banidos da região.
Decidiu-se ainda pela criação de Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos do Mercosul e a interligação dos bancos de dados sobre direitos humanos existentes nos nove países, a fim de que possam ser usados por tribunais em eventuais processos de punição a torturadores e assassinos, que continuam impunes. Pretende-se que o acesso a esses bancos de dados seja realmente universal, de modo que todos os cidadãos da região tenham direito a conhecer a história verdadeira sul-americana.

Postado por Mensagem ao editor: ac.cunha@globo.com às 7:45 AM


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Cartaoberro@serverlinux.revistaoberro.com.br
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Destaque do Dia






Destaques do Dia
Feliz Ano Novo
No ano de 2009 andamos lado a lado divulgando a coragem para fazer. Agradecemos a confiança e o respeito que solidificaram a admiração e a amizade. Todo este cntexto ns fará mais próximos para novas conquistas no ano de 2010.

Feliz Ano Novo são os votos de toda equipe da assessoria de imprensa do Palácio Piratini.

Local: Porto Alegre - RS
Data: 29/12/2009
Foto: Palácio Piratini
Código: 32984

Yeda Crusius recebe em audiência a procuradora-geral de Justiça do Estado
A governadora Yeda Crusius, recebe em audiência a procuradora-geral de Justiça do Estado, Simone Mariano da Rocha e o secretário da Fazenda, Ricardo Englert.

Local: Porto Alegre - RS
Data: 29/12/2009
Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini
Código: 32980

Yeda Crusius em audiência com o secretários
A governadora Yeda Crusius, recebe em audiência o secretário da Fazenda, Ricardo Englert, o secretário da Fazenda Ricardo Englert e o sub-chefe Jurídico e Legislativo da Casa Civil, César Marsilac(d).

Local: Porto Alegre - RS
Data: 29/12/2009
Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini
Código: 32983

Yeda Crusius em audiência com o secretário da Fazenda
A governadora Yeda Crusius, recebe em audiência o secretário da Fazenda, Ricardo Englert.


Local: Porto Alegre - RS
Data: 29/12/2009
Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini
Código: 32981

Yeda Crusius em audiência com o secretário da Fazenda
A governadora Yeda Crusius, recebe em audiência o secretário da Fazenda, Ricardo Englert.

Local: Porto Alegre - RS
Data: 29/12/2009
Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini
Código: 32982





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Página Rural

INDICADORESFUTURO
Índice Venc. Valor %
Açúcar . . .
Álcool . . .
Algodão . . .
Bezerro . . .
Boi Gordo Jan 75,49 +0,35
Café Mar 169,25 -1,02
Etanol . . .
Milho Mai 19,52 -0,91
Soja Mai 22,90 +0,88

Índices: 29/12 - Fonte: BM&F
Para saber mais clique aqui


FÍSICO
Índice Praça Valor %
Açucar SP 63,50 +0,16
Algodão SP 134,70 +0,01
Arroz RS 29,69 +0,45
Bezerro MS 605,51 +0,79
Boi Gordo SP 75,54 +0,71
Café SP 272,51 -0,26
Etanol PR . .
Milho Camp. 20,26 -0,15
Soja PR 42,56 -0,42

Índices: 29/12 - Fonte: CEPEA
Para saber mais clique aqui
ARTIGOSRetomada do crescimento da agropecuária

O ano de 2010 será marcado pela recuperação dos resultados da agropecuária brasileira, tanto em volumes produzidos e comercializados, como em faturamento e crescimento da receita. Os bons sinais já surgem nas perspectivas quanto ao comportamento do Valor Bruto de Produção (VBP) do setor agropecuário em 2010, com projeção de aumento de 5,13% na comparação com 2008. Sozinho, em 2010, o VBP da agricultura deverá crescer em 5,9%, enquanto o da pecuária em 3,9%.

Leia mais MULTIMÍDIA




MG: raça Girolando avança e investe na capacitação


O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, José Donato Dias Filho, apresenta o balanço da raça em 2009, os pólos de criação e o mercado do Girolando no Brasil. Donato destaca os acordos firmados para exportação de material genético, a realização da Megaleite 2010 e o início das obras do Centro de Capacitação Girolando, em Uberaba/MG.


Ouvir áudio







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14:38 » GO: produção goiana de grãos ultrapassa 13 milhões de toneladas
14:36 » GO: Seagro marca presença em projetos de preservação ambiental
14:31 » PE: Tracunhaém recebe Centro de Comercialização e Produção Artesanal
14:29 » BA: Bahia Pulp apoia campanha para ampliação de área de preservação ambiental
14:20 » MG: exportação mineira de produtos hortícolas aumenta 15%
12:42 » DF: termina amanhã prazo para produtor pagar renegociação de dívidas agrícolas
12:29 » SP: uso de etanol evita emissão de 80 milhões de toneladas de gás carbônico de 2003 a 2009
12:23 » MT: prazo para emissão de Nota Eletrônica é prorrogado para 1º de julho, informa Aprosoja
12:18 » SC: Faesc quer recompensa financeira para produtor proteger recursos naturais
10:51 » SP: indicadores do etanol seguem em alta, informa Cepea
10:47 » SP: queda em Nova York diminui liquidez interna do café, informa Cepea
10:40 » SP: Abef ampliará ações para destacar a sustentabilidade da avicultura brasileira
10:36 » DF: confira agenda do ministro interino da Agricultura
09:25 » DF: expansão sustentável de cana-de-açúcar é destaque no setor de agroenergia em 2009
08:28 » DF: chove na região Nordeste, informa Inmet

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Pouco Avanço na Reforma Agrária

Estado brasileiro pouco avançou na reforma agrária, avalia MST

Robson Braga *

Adital -
O Estado brasileiro pouco avançou nas políticas voltadas ao campo. Algumas medidas pontuais não foram suficientes para solucionar questões como a reforma agrária, que exige estratégias amplas para a desapropriação das terras improdutivas espalhadas pelo país. A avaliação foi feita, em entrevista à ADITAL, por Marina dos Santos, uma das coordenadoras nacionais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Marina cita nomes de legisladores e magistrados do Brasil como responsáveis pela perseguição ao MST, que, em sua avaliação, acentua-se a cada ano. No último dia 9, o Congresso Nacional criou uma comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) para investigar supostos repasses ilegais do governo federal para o movimento. A medida tenta "inviabilizar qualquer avanço da reforma agrária, destruir os movimentos sociais do campo e impedir a realização de lutas sociais pela classe trabalhadora", afirmou Marina.


Na avaliação da coordenadora do MST, a bancada ruralista do legislativo federal tenta impedir a atualização dos índices de produtividade das terras brasileiras, atrasados há 29 anos. Muitas fazendas que, à época, eram consideradas produtivas hoje podem estar sendo subutilizadas pela iniciativa privada, impossibilitando que a agricultura familiar supra as necessidades alimentares do país.

Adital - Em 2009, houve avanços com relação à reforma agrária no Brasil? Que pontos a senhora destacaria das políticas adotadas pelo governo federal nesse sentido?

Marina dos Santos - Não houve muitos avanços concretos. O ritmo da criação de assentamentos está quase parado e não foram implantadas novas políticas para industrialização dos alimentos e geração de renda nas áreas da Reforma Agrária. Depois do acampamento em Brasília que fizemos em agosto, o governo federal anunciou mais uma vez a atualização dos índices de produtividade, que servem de referência para a desapropriação de latifúndios, que ainda não foi efetivada. Prometeu também reverter o corte no orçamento da Reforma Agrária por conta da crise econômica, que aconteceu em parte.

De concreto, tivemos uma vitória com a desapropriação da fazenda Nova Alegria, onde aconteceu o Massacre de Felisburgo, em 2004, e o aumento do crédito para moradias em assentamentos. Infelizmente, os assentamentos do governo são criados para resolver conflitos isolados, em vez de constituir um programa amplo para acabar com o latifúndio e combater a concentração de terras.

Adital - Desde sua fundação, o MST é perseguido politicamente por latifundiários, agentes políticos ruralistas e setores da mídia. Em 2009, essa perseguição foi acentuada?

Marina dos Santos - O nosso movimento vem sofrendo uma ofensiva violenta dos setores mais conservadores no país, que estão articulados em frações do Poder Judiciário, do Ministério Público, do TCU [Tribunal de Contas da União], do Parlamento e da mídia burguesa. A repressão aos movimentos sociais do campo tem diversas formas: o pagamento de jagunços para atacar trabalhadores rurais (Daniel Dantas, no Pará), o uso da Polícia Militar em estados governados pelo PSDB (Yeda Crusius, José Serra e Aécio Neves), manifestações públicas de políticos reacionários (como o deputado Ronaldo Caiado e o presidente do STF Gilmar Mendes), perseguição aos programas de ministérios em assentamentos e a criação de falsos escândalos pela mídia burguesa. No final do ano, os "demos" [integrantes do DEM, Partido Democratas, antigo PFL] [Ronaldo] Caidado, Katia Abreu e Onyx Lorenzoni conseguiram criar uma CPMI contra a Reforma Agrária e o MST.

Adital - Na avaliação da senhora, qual a motivação do Congresso Nacional ao instalar a CPMI sobre o MST?

Marina dos Santos - Os três parlamentares do DEM do Arruda [José Roberto, governador do Distrito Federal, atualmente envolvido em caso de corrupção], com sustentação da bancada ruralista, criaram essa CPI para inviabilizar qualquer avanço da Reforma Agrária, destruir os movimentos sociais do campo e impedir a realização de lutas sociais pela classe trabalhadora. Já fomos investigados em duas CPIs nos últimos cinco anos, mesmo sem existir nenhum elemento novo.

Está em curso no Parlamento uma ofensiva do agronegócio contra a Reforma Agrária, com projetos para burocratizar a atualização dos índices de produtividade e a desapropriação de terras e a tentativa de destruir o Código Florestal para liberar a devastação ambiental. É uma ofensiva orquestrada para consolidar o modelo agrícola devastador e concentrador do latifúndio. Para isso, precisam desmoralizar e destruir o nosso movimento.

Adital - O que o Movimento pretende fazer com relação às investigações do legislativo, anunciadas para iniciar em 2010?

Marina dos Santos - Queremos aproveitar a criação dessa CPI, que coloca a Reforma Agrária no centro do debate político, para falar sobre os modelos que disputam a agricultura: o latifúndio do agronegócio e a agricultura familiar/Reforma Agrária. Os dados do censo agropecuário divulgados neste ano servem como ponto de partida. A agricultura familiar produz 70% dos alimentos e emprega 75% da mão-de-obra, em apenas 24% das áreas agricultáveis, onde gera 40% do valor bruto da produção.

Essa CPMI pode também investigar a grilagem de terras, a expansão de empresas estrangeiras na compra de terras no campo, a devastação ambiental pelo modelo do agronegócio, os repasses de dinheiro público para entidades do latifúndio (como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Organização das Cooperativas Brasileiras e Sescop). Também vamos monitorar essa CPI para denunciar toda e qualquer tentativa de criminalização dos movimentos sociais e da Reforma Agrária.

Adital - Qual a avaliação da senhora sobre as estratégias que o MST tem utilizado para dar visibilidade à reivindicação pela reforma agrária? Em que medida essas estratégias são repensadas?

Marina dos Santos - As nossas ações são resultado do acúmulo histórico do movimento camponês e da classe trabalhadora, que fizemos nos 25 anos do nosso movimento e na luta permanente pela Reforma Agrária. As ocupações de terras são formas de luta que começaram com os indígenas expulsos das suas terras, dos escravos em seus quilombos e das famílias de trabalhadores rurais sem-terra. Esse instrumento voltou a ganhar força com o trabalho pastoral da Igreja, no final da década de 70, ainda em plena ditadura.

Cerca de 70% dos assentamentos foram criados depois da pressão de ocupações de terra. Isso demonstra que sem organização dos trabalhadores rurais e a ocupação de terras não há Reforma Agrária. Nos últimos anos, a agricultura passou por uma grande transformação, com a consolidação do agronegócio, que é o casamento dos latifundiários capitalistas com grandes conglomerados internacionais para a produção de commodities para exportação. Assim, o latifúndio foi colocado a serviço de empresas transnacionais e do capital financeiro, enquanto trabalhadores rurais são expulsos do campo. A expansão do agronegócio impôs a paralisação da reforma agrária e das políticas em benefício da pequena agricultura. Por isso, passamos a fazer protestos para denunciar os efeitos sociais e ambientais do agronegócio.

Adital - Como a população brasileira percebe o MST atualmente? Essa percepção tem sido alterada ao longo desses 25 anos de atuação do Movimento?

Marina dos Santos - Em primeiro lugar, é difícil definir sem homogeneizar os diversos setores da sociedade na percepção sobre a luta do nosso movimento. Claro que aqueles que conhecem o MST sob a ótica da televisão terão uma percepção distorcida. Infelizmente, a cobertura da mídia não dá elementos para que a opinião pública tenha um juízo de valor correspondente à realidade dos trabalhadores rurais. Por isso, não lemos ao pé da letra as pesquisas de opinião sobre o nosso movimento.

Avaliamos que a melhor forma de mensurar a percepção do nosso movimento é analisando o comportamento das comunidades onde estão nossos acampamentos e assentamentos. As forças organizadas e os cidadãos que conhecem a vida dos homens e mulheres que fazem a luta pela Reforma Agrária dão apoio político ao nosso movimento. Mais do que isso, ajudam os nossos acampamentos nos momentos de dificuldades, contribuem materialmente com nossas lutas, ocupações e marchas e compram os alimentos produzidos nos nossos assentamentos. Sem o apoio do povo brasileiro, o nosso movimento teria sido destruído.

Adital - A Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária acontece todos os anos, mesmo com todo o investimento negativo de certas mídias. Que resultados estas atividades têm apresentado?

Marina dos Santos - Todas as conquistas que tivemos foram resultado das nossas jornadas de lutas. Não podemos ver os avanços da Reforma Agrária como atos isolados, mas são resultados da luta permanente entre as classes no campo. De um lado, estão os latifundiários associados às grandes empresas, que defendem o modelo do agronegócio. Do outro lado, está a pequena propriedade e trabalhadores rurais sem-terra, que lutam pelo fortalecimento da agricultura familiar e da Reforma Agrária. Atualmente, a correlação de forças está favorável para o agronegócio e só temos conquistas por meio das lutas.

Adital - Como coordenadora de um dos principais movimentos sociais da América Latina, que avaliação faz dos avanços dos governos progressistas que resultam em iniciativas como a Alba? No que isso pode trazer de positivo para os movimentos sociais?

Marina dos Santos - As experiências dos países que fazem parte da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), especialmente a Venezuela, Bolívia e Equador, são bastante positivas, porque estão implementando medidas que resgatam a soberania nacional, ampliam a democracia e beneficiam setores populares.

Para isso, tiveram que enfrentar os fortes interesses do imperialismo dos Estados Unidos e as elites associadas nos seus países. Isso demonstra que é possível e necessário enfrentar os interesses da burguesia associada ao imperialismo para fazer as mudanças sociais. E sem movimentos sociais fortes e a organização popular não é possível fazer mudanças estruturais, aprofundar as transformações e evitar retrocessos para o povo.





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