sábado, 9 de janeiro de 2010

Papa Fala sobre o Meio Ambiente




CIDADE DO VATICANO, 1 JAN (ANSA) - O papa Bento XVI fez hoje, na missa que celebra a Solenidade de Maria, Mãe de Deus, e comemora o 43º Dia Mundial da Paz, duras críticas às guerras e à violência que atingem pessoas em todo o mundo.

A cerimônia foi iniciada às 10h locais (7h no horário de Brasília), na Basílica de São Pedro, e dela participaram também os embaixadores de diversos países junto à Santa Sé.

O Papa se dirigiu "aos que fazem parte de grupos armados de qualquer tipo" -- invocando o respeito pela vida humana e entre as pessoas, "nossos irmãos e irmãs" -- para pedir o fim dos conflitos. "A todos e a qualquer um digo que parem, reflitam e abandonem o caminho da violência!", exortou, dizendo que Deus ajudará quem tiver coragem de largar a luta armada.

Citando as vítimas dos conflitos, o Pontífice disse que o símbolo da ternura de Maria "encontra seu trágico contrário nas dolorosas imagens de tantas crianças e suas mães nas garras de violência e guerras", com faces marcadas por fome e doenças, desfiguradas pela dor e desespero.

Ao referir-se aos "representantes dos povos no mundo", Bento XVI disse que "os rostos dos pequenos inocentes são um apelo silencioso à nossa responsabilidade: frente suas condições de desamparo, caem todas as falsas justificativas" .

De acordo com o chefe máximo da Igreja Católica, a paz se iniciará a partir "de um olhar respeitoso, que reconhece no rosto do outro uma pessoa, qualquer que seja a cor de sua pele, nacionalidade, língua, religião". Para esse fim, todos devem "converter-se a projetos de paz, depor as armas de todos os tipos e se empenhar juntos a construir um mundo mais digno do homem".

Outro tema abordado pelo Papa foi a preservação ambiental, uma das bandeiras do pontificado de Bento XVI. "Se o homem se degrada, degrada-se o ambiente no qual vive", afirmou ao explicar que administrar com justiça e sabedoria os recursos naturais da Terra é condição indispensável para a paz.

"Há um nexo estreitíssimo entre o respeito do homem e a salvaguarda da Criação", acrescentou. "Se a cultura tende para um niilismo -- se não teórico, prático –, a natureza não poderá deixar de pagar as consequências" .

O Papa falou sobre a recente Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP 15), que ocorreu em Copenhague entre os dias 7 e 18 de dezembro, e contou com a presença de uma delegação do Vaticano.

Segundo Bento XVI, o evento fez emergir mais uma vez "a urgência de orientações específicas a nível global", que devem andar passo a passo com "as escolhas dos indivíduos, das famílias e das administrações locais".

Sobre a cultura de respeito à natureza, o Pontífice declarou que é preciso investir nas crianças, de forma a fazer com que "o compromisso pelo meio ambiente possa se tornar verdadeiramente educação pela paz e construção da paz".

Ainda durante a celebração de 1º de janeiro, Bento XVI dirigiu votos de um bom 2010 ao presidente da Itália, Giorgio Napolitano. "A ele, às outras autoridades do Estado e ao inteiro povo italiano formulo todos os melhores desejos para o ano que se inicia".

Antes do início da celebração, a mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz foi lida para os fieis na Praça São Pedro. Sob o título "Se quiseres cultivar a paz, preserva a Criação", o texto foi publicado no último dia 15.

Fonte: Jornal A Tribuna 02/01/2010

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Bento XVI pede fim do racismo e da intolerância

20/04/2009

Antes da abertura da Conferência da ONU contra a discriminação racial CIDADE DO VATICANO, domingo, 19 de abril de 2009 (ZENIT.org).- O Papa afirmou hoje, durante a oração do Regina Caeli com os peregrinos reunidos em Castel Gandolfo, que «só o reconhecimento da dignidade do homem, criado à imagem e semelhança de Deus, pode constituir uma referência segura» na luta contra o racismo.

O Papa fez estas declarações em referência à celebração, a partir de amanhã em Genebra (Suíça), da Conferência de exame da Declaração de Durban de 2001 contra o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e a intolerância.

Trata-se, explicou, «de uma iniciativa importante, já que ainda hoje, apesar dos ensinamentos da história, se registram estes fenômenos deploráveis».

O Papa citou a própria Declaração, que define a humanidade como uma «família» unida apesar da diversidade, e que defende a tolerância como necessária para o progresso da civilização.

«A partir destas afirmações se requer uma ação firme e concreta, no âmbito nacional e internacional, para prevenir e eliminar toda forma de discriminação e de intolerância», explicou o Papa, sublinhando o papel fundamental da educação nesta tarefa.

«É necessária, sobretudo, uma vasta obra de educação, que exalte a dignidade da pessoa e tutele seus direitos fundamentais» , declarou.

«A Igreja, por sua parte, reafirma que só o reconhecimento da dignidade do homem, criado à imagem e semelhança de Deus, pode constituir uma referência segura para este empenho».
Do reconhecimento de que toda pessoa tem sua origem e o fundamento de sua dignidade em Deus, acrescentou o Papa, «brota um destino comum da humanidade, que deveria suscitar em cada um e em todos um forte sentido de solidariedade e de responsabilidade» .

Por último, expressou seu desejo de que os participantes na reunião «trabalhem juntos, com espírito de diálogo e de acolhida recíproca, para colocar fim a toda forma de racismo, discriminação e intolerância, marcando assim um passo fundamental para a afirmação do valor universal da dignidade do homem e de seus direitos, em um horizonte de respeito e de justiça para toda a pessoa e povo».

Fonte: Noticias Cristã segunda-feira, 20 de abril de 2009





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