sexta-feira, 21 de maio de 2010

Inter se Classifica na Libertadores



INTER
Giuliano põe Inter na semiUm milagre, pode-se dizer. Quem sabe um milagre de campeão. O Inter jogou mal, errou muito, até perdeu o jogo por 2 a 1, mas está na semifinal da Libertadores graças à vitória sem levar gol no Beira-Rio por 1 a 0. Giuliano, um temente à Deus, marcou o gol salvador, aos 43min20s. O Inter está na semifinal contra o São Paulo de Fernandão.

Os dirigentes quase quebraram uma das cabines de tanto pular e gritar quando o árbitro Oscar Ruiz apitou o fim de tudo. Eles assistiram ao jogo no setor de imprensa. O septuagenário vice de comunicação Gélson Pires chorou. O vice de futebol Fernando Carvalho se abraçou ao filho Martin e ficaram ali por alguns minutos, numa cena comovente. Só se separaram quando torcedores do Estudiantes começaram a tentar quebrar o vidro da cabine.

– Sai todo mundo daí, sai! Deixa, deixa! – gritou Carvalho, que abraçaria até uma cadeira de tão emocionado que estava. – Jogamos mal, realmente jogamos, mas e daí? Foi demais!

A polícia invadiu as cabines. Por sorte, conseguiu acalmar os sofridos argentinos, doídos com a derrota no finzinho. Em campo, os jogadores vibravam cada um a seu modo. Guiñazu se ajoelhou e rezou. Bolívar, Sorondo e mais outros tantos se atiraram ao chão. Sandro não sabia para onde correr. Durante a comemoração ainda dentro de campo, Pato e Desábato se estranharam, o reserva Lauro entrou na confusão e uma grande briga se armou.

Foi um catarse coletiva. Mas não precisava ser tão sofrido.

Tudo mudou apenas na reta final, quando o técnico Jorge Fossati ao menos tentou atacar, com os ingressos de Walter e Giuliano. Aí sim: o Inter foi valente e alcançou o gol salvador.

O Estudiantes não partiu para cima desde o início. Foi chamado pelo Inter. Aos poucos, graças à lentidão para sair da defesa, Verón deflagrou a ocupação do campo, com marcação adiantada.

Nos gols do Estudiantes, os velhos erros de sempre. No primeiro, o lançamento veio quase do círculo central, às costas de Nei. Bolívar não cobriu, Pato saiu correndo a esmo e foi encoberto por González. Eram 19 minutos, e a zaga novamente condenava o time. Dois minutos depois, Pérez pega o rebote e acerta o ângulo: 2 a 0.

Diante de tudo isso, imaginava-se que haveria mudança radical no vestiário. Nada disso. O Inter voltou igualzinho do intervalo. Nenhuma alteração. De esquema, de nomes, de movimentação. Nada. Só aos 21 Nei saiu para Walter entrar, retomando o 4-4-2. Pouco depois, o atacante quase fez o gol salvador. Depois veio Giuliano, aos 31, no lugar de D’Alessandro.

E veio de seus pés, um temente à Deus, o gol do milagre. Quem sabe, com algumas mudanças bem pensadas no recesso da Copa, o ingresso de Tinga e a contratação de um atacante, quem sabe um milagre de campeão da Libertadores.



DIOGO OLIVIER
Fonte: Zero Hora

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sim