terça-feira, 8 de junho de 2010

Jovem é Assassinado por PMS em Boate


Manifestação pede justiça

Familiares do jovem estão inconformados e exigem explicações das autoridades
Crédito: PAULO NUNES
Familiares do jovem estão inconformados e exigem explicações das autoridades
Crédito: PAULO NUNES


Amigos e parentes do acadêmico em administração de empresas Wagner Boeira Cardoso, 27 anos, morto com um tiro na cabeça, na madrugada do último domingo, após sair de uma boate na Capital, fizeram uma manifestação. Portando cartazes por justiça e vestindo camisetas com a foto de Cardoso, cerca de 60 pessoas, segundo a EPTC, caminharam da frente da boate até a esquina das ruas Tobias da Silva com Doutor Timóteo, onde ocorreu o assassinato. No próximo domingo, uma nova passeata sairá às 15h do Parcão e irá até o Palácio da Justiça, na Praça da Matriz.

Conforme a prima de Cardoso, Nara Mani, a família exige explicação das autoridades e quer que o dono da boate onde os suspeitos do crime trabalhavam se pronuncie a respeito. Segundo o primo da vítima, Émerson Boeira, Cardoso e um amigo estavam na fila para pagar a conta, quando um comentou com o outro que a conta estava muito alta e seria bom falar com o gerente. Então, um dos seguranças teria interferido de forma ríspida. "Meu primo e o outro pagaram a conta e saíram da boate", relatou. Já na rua, uns seis homens teriam atacado Cardoso e o amigo. Eles teriam corrido, provavelmente para pegar o carro na garagem, mas foram perseguidos pelos dois suspeitos, interpreta Boeira. Duas quadras depois, Cardoso foi atingido pelo tiro. "Ele tinha passado nos concursos do Banrisul e Trensurb. Estava muito feliz. Faltava pouco para se formar em administração na Fapa, onde cursava o sexto semestre", disse o primo.

Ontem, um dos PMs suspeitos de envolvimento no assassinato teve liberdade provisória decretada pela Justiça. O soldado está afastado das atividades de rua, mas atua administrativamente no 9 BPM. O outro brigadiano, também suspeito, está preso preventivamente. A Justiça entendeu que ele poderia ter prestado socorro à vítima, mas fugiu alegando ter disparado acidentalmente. Ele foi detido na BR 290.








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POLÍCIA > correio@correiodopovo.com.br

Um comentário:

  1. Gostaria de entrar em contato com os familiares para manifestar minha solidariedade. A brutalidade policial tem que acabar.Esse, infelizmente não é um caso isolado. Se a pm age assim, é porque assim aprendem a agir.

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