segunda-feira, 12 de julho de 2010

Diretor da Polícia Teria pedido Exoneração

Diretor da Polícia Civil teria pedido exoneração após caso de estupro em Santa Catarina

Delegado deu declarações que repercutiram negativamente na opinião pública no estado vizinho

O diretor da Polícia Civil de Santa Catarina, delegado Nivaldo Rodrigues, responsável pelo contato com a imprensa sobre do caso da estudante de 13 anos, que afirma ter sido estuprada por dois jovens de classe média alta, de 14, teria entrado em férias, na semana passada. Algumas informações indicam que o policial teria pedido exoneração, principalmente depois de ter sido criticado por uma declaração dada recentemente sobre o resultado dos laudos de conjunção carnal. Autoridades catarinenses negam que o policial tenha pedido exoneração. O caso do suposto estupro da menina foi denunciado pela Rede Record de Santa Catarina, na semana passada.

O caso está próximo de completar dois meses. Neste segunda-feira, expira o prazo de cinco dias que o Ministério Público de Santa Catarina tem para se manifestar sobre o assunto. No entanto, salientou o advogado da menina de 13 anos, Francisco Ferreira, em casos como esse, de tamanha repercussão na opinião pública, existe uma certa flexibilidade, não há uma rigidez tão grande.

Ironia

Os laudos do Instituto-Geral de Perícias catarinense indicam que a menina pode ter sofrido violência sexual. O que desgastou Rodrigues foi a sua declaração a respeito do caso, após o laudo ter sido concluído. “Não posso dizer se houve estupro”, comentou o policial. “Houve a conjunção carnal, houve o ato, mas se foi consentido ou não, se foi na marra ou não, eu não posso fazer esse comentário porque não estava presente”, ironizou o delegado. O fato é que a declaração do policial repercutiu negativamente na opinião pública do estado vizinho.

Os dois adolescentes suspeitos estão soltos. Na semana passada, eles entregaram os passaportes à Justiça, com o objetivo de mostrar que não têm a intenção de sair do país. Os policiais ainda fazem a perícia nos computadores, pertencente aos adolescentes - um filho de um delegado de Polícia catarinense e outro de um empresário -, que foram apreendidos.

O advogado de defesa ainda quer a medida de contenção (o equivalente a prisão temporária para adultos) para os dois adolescente suspeitos. De acordo com Ferreira, o fato de eles terem entregue os passaportes no Ministério Público, na semana passada, não impede que saiam do Brasil. “O fato de não terem mais os passaportes não impede que ambos (suspeitos) deixem o país”, comentou o advogado. “Eles podem ir para algum país da América do Sul, que não exija este documento”.


Fonte: Correio do Povo

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