segunda-feira, 5 de julho de 2010

Haiti

Seminário “O Haiti está vivo ainda lá” no Museu Afro Brasil discutirá arte, cultura, religião e política haitiana



No dia 05 de julho, das 10h às 18h30 o Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura promove o Seminário “O Haiti está Vivo Ainda Lá”. Serão três mesas de debate que abordarão arte, cultura, religiosidade, política e o impacto sofrido pela população haitiana com a tragédia do terremoto que assolou o país no início deste ano. Entre os convidados estão os haitianos Yves Telemáque, um dos maiores artistas de bandeiras sagradas do Haiti e Euvonie Georges Auguste, reconhecida ativista voduísta. O tema é inspirado na exposição “O Haiti está vivo ainda lá. Bandeiras, Recortes e Garrafas consagradas ao Vodu , que será aberta no domingo, dia 04 de julho, às 12 horas.



Programação do Seminário ‘O Haiti está vivo ainda lá”



10:00 – Abertura – com Diretor Curador Emanoel Araujo



10:30 – 13:00 - Visão Triangular da religião do vodou



Hippolyte Brice Sogboissi – Benin - Hyppolyte Brice Sogbossi é beninense e radicado no Brasil há mais de 10 anos. Doutor em Antropologia Social e professor da Universidade Federal de Sergipe. Pesquisador de relações religiosas.



Euvonie Georges Auguste – Haiti – Membro de Fanmi Lavalas, o maior movimento popular no Haiti, Euvonie tem presença importante na luta pelo reconhecimento e respeito ao culto Vodu, religião do povo haitiano. De 2001 a 2004, tomou parte ativa na campanha de alfabetização lançada pelo governo Aristide, em 7 de setembro de 2001.



Yves Télémaque – Haiti - Yves Télémaque nasceu em 9 de fevereiro de 1955, em Porto Príncipe. Seu pai, Emmanuelle André Télémaque -apelido Weweet, foi um famoso Houngan do bairro de Bel Air. Foi iniciado na arte das bandeiras por seu pai e durante o tempo que estava aprendendo esta arte usava o terreno do templo.

Hoje considerado um dos maiores artistas vivo de bandeiras do Haiti.



Sérgio Ferretti - Brasil (Maranhão) - Doutor em Ciências - Antropologia Social, USP. Professor Emérito da Universidade Federal do Maranhão. Pesquisador de religiões afro-brasileiras, tambor de mina, Casa das Minas, cultura popular, tambor de crioula e sincretismo. É autor de artigos em periódicos científicos, capítulos de livros e livros. Membro da Comissão Maranhense de Folclore.



Mediação - José Renato Baptista - Doutorando em Antropologia Social pelo Museu Nacional / Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pesquisa Religiões Afro-Brasileiras, notadamente, o Candomblé. O seu projeto de doutorado é assim intitulado: Os Loas e os Orixás, Ancestrais Afro-Americanos: uma comparação sobre os sentidos sociais do dinheiro, da propriedade e do mercado no Vodu Haitiano e no Candomblé.



14:00 às 16:00 - Política e Literatura



José Renato Baptista - Doutorando em Antropologia Social pelo Museu Nacional / Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pesquisa Religiões Afro-Brasileiras, notadamente, o Candomblé. O seu projeto de doutorado é assim intitulado: Os Loas e os Orixás, Ancestrais Afro-Americanos: uma comparação sobre os sentidos sociais do dinheiro, da propriedade e do mercado no Vodu Haitiano e no Candomblé.



Normélia Maria Parise - Doutora em Letras pela Universidade Federal Fluminense. Atualmente é professora adjunta da Fundação Universidade Federal do Rio Grande. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Línguas Estrangeiras Modernas , atuando principalmente nos seguintes temas: imaginário, violência e resistência na literatura de expressão francesa do Québec e do Caribe.



Mediação: Lígia Ferreira - Doutora em Estudos Portugueses e Brasileiros pela Université de Paris III Sorbonne. Professora da área de língua e literatura francesa da UNIFESP- Universidade Federal de São Paulo e integra o grupo de pesquisa "Diálogos Interculturais" no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. Desde março 2009, é presidente do conselho de administração do Museu Afro Brasil.



16:30 às 18:30 - Duas visões do terremoto



Caio Guatelli - Fotógrafo, enviado especial da Folha de São Paulo para o Haiti. Prêmio Abril de Jornalismo 2005 e Prêmio Folha de Fotografia 2009.



Anderson Schneider - Fotógrafo enviado pela Revista Época ao Haiti. Prêmio Especial de Fotografia Humanitária da IV Bienal de Fotografia de Pleven e Prêmio NPPA Best of Photojournalism.



Mediação : Claudia Alexandre - Jornalista e Radialista. Assessora de Imprensa do Museu Afro Brasil. Consultora de Comunicação. Integra a Cojira – Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo). Pesquisa: “Comunicação Social e Diversidade Étnica no Brasil – O Negro nos meios de Comunicação”.



Inscrições: Grátis. Vagas Limitadas. Informações: (11) 5579-0593 ou agendamento@museuafrobrasil.com.br. Classificação: 16 Anos.



Exposição mostra a arte sagrada em Bandeiras, Recortes e Garrafas

Retratar a arte religiosa do Haiti pode significar a tentativa de explicar como um povo marcado por traumas e infortúnios encontra forças para reconstruir sua terra natal. A Exposição “O Haiti está vivo ainda lá. Bandeiras, Recortes e Garrafas consagradas ao Vodu , que o Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura, inaugura dia 04 de julho, às 12 horas, apresenta cerca de 350 obras inéditas que revelam como os símbolos do cotidiano sagrado e profano servem de alicerce para manter a tradição do país que foi terrivelmente atingido por um terremoto, no início de 2010. Além dos objetos sagrados, a mostra apresenta cerca de 70 imagens produzidas pelos fotógrafos Caio Guatelli e Anderson Schneider, enviados ao Haiti para a cobertura da catástrofe. Há ainda, 11 fotos do pesquisador e antropólogo Pierre Verger, do final dos anos 40. A curadoria é do artista plástico Emanoel Araujo, Diretor-Curador do Museu Afro Brasil. A mostra vai até o dia 29 de agosto.

Cores e magias são marcas das bandeiras rituais produzidas em cetim, veludo ou seda artificial. Nas estampas em tons vibrantes, bordadas com miçangas e lantejoulas, apresentam símbolos congos, daomeanos e da cultura ocidental, que se misturam formando um complexo mosaico, com textos cerimoniais africanos, motivos católicos, maçônicos e tapeçaria . As bandeiras desta mostra pertencem ao médico Jacques Bártoli, um dos principais colecionadores da arte haitiana. Cada bandeira é dedicada a um loa (deus do panteão voduísta) específico e contém as cores e representações de seus emblemas simbólicos. Nem todas as bandeiras usadas nas cerimônias do Vodu são abundantemente decoradas como aquelas que podem ser adquiridas em lojas norte-americanas. Algumas bandeiras rituais usadas no início do século XX eram produzidas a partir de uma ou duas peças de tecido colorido, contendo pouca ou nenhuma ornamentação. Após a ampla disponibilidade de lantejoulas e miçangas, o uso de enfeites aumentou de maneira expressiva. Além disso, estimulada pela crescente comercialização, as bandeiras tornaram-se visualmente complexas e confeccionadas por uma grande variedade de motivos decorativos.

A arte dos recortes em chapas de metal, muitas recuperadas dos tambores de óleo e gasolina, são inspiradas nos imaginários religioso e folclórico. As figuras podem representar tanto símbolos diabólicos e cenas católicas como traços decorativos que variam de flores a aves, passando por signos do zodíaco e pelos populares veves, que são desenhos compostos por um conjunto de sinais simbólicos que representam os atributos dos loa (divindades e seres espirituais do Vodu). Já as místicas garrafas são estampadas artesanalmente com diversos materiais. Assim como as bandeiras também são objetos rituais, dedicadas aos deuses voduístas e decoradas com lantejoulas e miçangas em cores vibrantes. Algumas técnicas de colagem permitem a apresentação de uma grande variedade de motivos decorativos.



Diretor curador: Emanoel Araujo

Diretor executivo: Luiz Henrique Marcon Neves

Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/ nº

Parque Ibirapuera- Portão 10

São Paulo - SP - Brasil

CEP: 04094-050

Fone: 55 11 5579 0593

www.museuafrobrasil.com.br

Funcionamento: de terça a domingo, das 10 às 17 horas (permanência até às 18h)

Estacionamento: Portão 3 – Zona Azul

Entrada: Grátis

Para maiores informações: faleconosco@museuafrobrasil.com.br

Para agendar visitas: agendamento@museuafrobrasil.com.br ou

Fone: 55 11 5579 0593 ramal 121



Assessoria de Imprensa

Claudia Alexandre

11. 5579-0593 // 3782-9304 ou cels: 7881-2688/ 9172-4662

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