segunda-feira, 19 de julho de 2010

Viagem ao Continente Africano

Caros do Grupo,

o Brasil se caracteriza pela centralização, e a partir disso se gera toda uma malversação dos recursos públicos, cria-se assim a sociedade dos privilégios. Caminhamos na contramão do princípio da subsidiariedade, este fundamental para se ter justiça, desenvolvimento, etc.. A recente viagem do atual ocupante do Palácio do Planalto - em reformas atrazadas do PAC, assim ocupando, obviamente que não para se capacitar, o antigo Centro de Treinamento do Banco do Brasil. Pior é termos que ouvir dele a incitação, promovendo a divisão entre os brasileiros, como se ele não fosse presidente de todos os brasileiros.


"Somos pobres porque acreditamos na distribuição e não na produção de riqueza e renda, esta resultante da baixa tributação e do empenho de todos quando se valoriza o mérito e se observa o esforço em poder competir com liberdade e dignidade, observando a responsabilidade individual, a filosofia da liberdade, o estado de direito e o princípio da subsidiariedade e aquela quando se sustenta a demagogia e o clientelismo político, com seu capitalismo de comparsas e socialismo de privilegiados e quando não se aplicam recursos dos impostos em bens e serviços públicos". (Gerhard Erich Boehme).




"O Estado não deve, de forma alguma, fazer aquilo que os cidadãos também não possam fazer. Isso é autoritarismo puro. Ao contrário, só se pode atribuir ao Estado tarefas que os próprios cidadãos possam cumprir, mas que não é desejável que as cumpram sozinhos (seja porque isso sairia muito caro, seja porque não teriam forças para executá-las). O Estado nada mais é do que o resultado da transferência de poder dos indivíduos para uma entidade que os represente em suas próprias ações. E ninguém pode transferir o que não tem." (Marli Nogueira)



Por outro lado, os políticos que dependem do voto dos eleitores vivem justamente do fato de se declararem necessários. Não têm interesse na solução de problemas nas famílias, nos bairros através das iniciativas privadas dos cidadãos e de associações voluntárias, pois, se assim ocorresse, eles seriam supérfluos.

Os políticos querem convencer os eleitores de que o político é aquele que consegue resolver os problemas do cidadão. Isso quando não se posiciona como político de esquerda, que coloca o Estado como solução para tudo. E assim não se dá conta de que cria justamente a principal causa do fracasso das esquerdas, quando o interesse individual é violentamente suprimido e acaba substituído por um pesado sistema de controle burocrático, que esteriliza as fontes da iniciativa e criatividade.

Políticos, em especial os de esquerda, querem ter o poder de decidir quem vai ser o beneficiário de certas políticas - e quem vai ser a vítima. Eles detêm o poder de distribuir privilégios e de impor custos.

Essa é a realidade atual, razão pela qual o Brasil caminha para o fracasso, com endividamento público e privado crescente, a escravização através de uma abusiva carga tributária, com mais da metade de sua força de trabalho na informalidade, pois esta não é alvo dos privilégios criados por uma estrutura sindical que assalta o Estado e hoje promove a emPTização e o nePTismo.

Eles têm o poder de determinar o que constitui um problema, ou mesmo criá-los, inviabilizando a boa gestão. Seja o problema também uma crise ou uma catástrofe, como as inúmeras que tivemos no início deste ano e hoje também assolam o Nordeste, sem a presença dos próprios políticos assumindo seus erros, seja do presimente ao prefeito múltiplas vezes eleito. Eles decidem o que merece muita atenção - e o que pode ser descartado e esquecido. Quando não partem para o embuste.

"Quando alguém mente, está roubando de alguém o direito de saber a verdade. Quando alguém trapaceia, está roubando o direito à justiça". (Khaled Hosseini em The Kite Runner - O caçador de pipas. Tradução de Maria Helena Rouanet - Editora Nova Fronteira)

Para a maioria dos políticos, é fundamental que as pessoas sequer tentem solucionar os seus próprios problemas, deixando esta tarefa para eles, "os Salvadores da Pátria", que assim acumulam índices de preferência, similares aos obtidos por um dos maiores déspotas da história da humanidade, que levou o mundo ao caos com a 2ª Guerra Mundial ou às do ex-presidente George "(Johnny) Walker" Bush, no primeiro ano de seu (des)governo, felizmente lenta e gradualmente sendo desmascarado.

Para políticos, o Estado e o governo são os meios preferidos de solucionar problemas. Tanto mais à esquerda, mais forte é este discurso. Eles sugerem aos eleitores que a solução vinda do Estado custa menos do que a solução gerada pela própria iniciativa. Segundo os políticos, o governo é capaz de solucionar todos os problemas e de dar fim a qualquer tipo de crise e catástrofe. A grande maioria dos políticos modernos não quer aceitar a posição dos liberais quanto ao governo, fato tão bem expressado por José Antônio Pimenta Bueno, político brasileiro da época do Imperador Dom Pedro II:



"O governo, em circunstâncias ordinárias, não tem a obrigação de sustentar ou manter os particulares, nem ele teria recursos para cumprir essa tarefa; eles devem viver de sua indústria e previdência".



Essa atitude, ao mesmo tempo prudente e modesta, já não existe. Hoje se espera que o Estado e o governo sustentem e mantenham os particulares. Mas esperar demais do Estado e do governo é um erro crucial. O ensaísta liberal francês Claude-Frédéric Bastiat já o ensinou muito bem há mais de 150 anos:

"O Estado é a grande ficção, em que cada um faz todo o possível para viver às custas do outro".

De igual forma nos adverte o Pastor Rogers:

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Para cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém. Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a." (Pastor Adrian Pierce Rogers 12 de setembro de 1931 - 15 de novembro de 2005)

Isto, de transferir responsabilidade aos políticos ou ao Estado, certamente não pode funcionar.

Realmente estamos hoje em uma encruzilhada, ou optamos pela continuidade de tudo que há de pior na política, acreditando em "Salvadores da Pátria" que se pautam pelo clientelismo político, com o republicano capitalismo de comparsas, sem mercado, e no socialismo de privilégios, sem compromissos com a educação fundamental e a saúde.

Ou optamos, mesmo sendo derrotados, por assumir responsabilidades, por entender que o princípio da subsidiariedade é fundamental para construirmos uma verdadeira nação. Mas optamos por sermos nós mesmos, a entender as razões de nosso fracasso, as razões pelas quais o Brasil desperdiça talentos ou os perde com a diáspora econômica, ou como nos alerta o Luciano Pires, criando os refugiados éticos.

http://www.portalcafebrasil.com.br/podcasts/refugiados-eticos

Abraços,

Gerhard Erich Boehme
gerhard@boehme.com.br
(41) 8877-6354
Skype: gerhardboehme
Caixa Postal 15019
80530-970 Curitiba - PR



"Os analfabetos deste novo século não são aqueles que não sabem ler ou escrever, mas aqueles que se recusam a aprender, reaprender e voltar a aprender." (Alvin Toffler)




Café com o Presidente

Uma dívida histórica com os africanos

Gerhard Erich Boehme

boehme@folha.com.br

boehme@globo.com









"Nada é mais terrível do que uma ignorância ativa". (Johann Wolfgang von Goethe - 1749-1832 - Escritor alemão, um dos maiores vultos da literatura européia)





É triste a posição de nosso presimente, busca dividir a sociedade brasileira, o faz das diversas formas, segundo a classe social ou a etnia da qual descendemos, ou pior, segundo a opção política ou mesmo segundo o grau de instrução. Em sua recente viagem à África, mais mentiras e enganações, além dos porres.



Dívida, seguramente não temos, como mais esta mentira dita pelo nosso presimente, se estudarmos a História iremos identificar por onde quer que se olhe que tivemos sim, nós brasileiros, muita injustiça feita com os africanos que para cá vieram, o que inclui seus descendentes até que finalmente lhes foi dada a liberdade, e isso devemos muito a um ideal de liberdade pelo qual lutaram pessoas como o engenheiro André Pinto Rebouças, o jurista Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, o engenheiro Alfred d’Escragnolle Taunay, o Visconde Taunay e o farmacêutico e jornalista José Carlos do Patrocínio.



Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo (Liberal), Taunay (Conservador) e André Rebouças (sem partido). Por meio de uma tênue linha pontilhada, os ângulos da figura uniam-se em uma pirâmide, em cujo vértice encontrava-se o nome de Dom Pedro II. Assim ilustrava Rebouças suas relações com seus companheiros de campanha abolicionista e militância reformadora, reunidos pelo exílio europeu: divergentes em suas escolhas partidárias, mas unidos em sua lealdade a Dom Pedro II.



São pessoas que construíram a história brasileira, a que nos traz dignidade. Em especial se estudarmos a vida e a obra de Rebouças, e assim passando a entender as razões do fracasso do Brasil republicano, quando todo um idealismo, e não apenas isso, mas todo um exemplo, passou a ser deixado de lado, com a quartelada que muitos chamam de "Proclamação da República", deixamos de ter espaço para não apenas o engenheiro André Pinto Rebouças, mas também dos demais nomes que compunham o grupo que viria a se destacar no nosso III Reinado. Tivéssemos um Duque de Caxias ainda vivo, a vergonhosa quartelada não teria ocorrido. Os republicanos se anteciparam e impediram que as indenizações aos recém libertos fossem feitas, a exemplo do que se debateu e tornou realidade nos Estados Unidos e em outros lugares do mundo.



Recomendei e continuo a recomendar que, ao longo deste Ano Nacional Joaquim Nabuco, não apenas leiam as obras de Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, mas também o livro "O quinto século: André Rebouças e a construção do Brasil", de Maria Alice Rezende de Carvalho, que foi publicado pela editora Revan.



O tema da obra é a trajetória de André Pinto Rebouças (1833-1898). Filho de um advogado mulato autodidata e da filha de um comerciante, ele nasceu em Cachoeira, na Bahia. Depois de formar-se como engenheiro no Rio, foi estudar na Europa em 1861. De volta ao Brasil, trabalhou na reforma de portos e edificações no litoral. De 1865 a 1866, serviu como engenheiro na Guerra do Paraguai. André Rebouças teve papel importante nas obras do plano de abastecimento de águas para o Rio e na construção das docas da Alfândega. Como empresário, envolveu-se, sem sucesso, em vários empreendimentos que visavam a modernização do país. Na década de 1880, Rebouças engajou-se no movimento abolicionista ao lado de amigos como Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo e o engenheiro Alfred d’Escragnolle Taunay, o Visconde Taunay.



Rebouças era muito ligado a D. Pedro II, viu com hostilidade o movimento militar que levou à República. Embarcou para a Europa no Alagoas, acompanhado o imperador na viagem para o exílio. E o que vemos hoje que esta continua a ser uma das, senão a maior perda que todos nós brasileiros tivemos e assim demos oportunidade para oportunistas republicanos e inúmeros políticos que se alternaram e também hoje ocupam o Palácio do Planalto, com suas realizações pautadas pelo clientelismo político, com seu capitalismo de comparsas, e agora com seu socialismo de privilegiados.



"E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45)



Perdemos o ideal da liberdade, hoje os brasileiros são escravos de outra forma, agora o somos pela abusiva carga tributária, que retira de nós 40% do resultado de nosso trabalho e ao contrário do que o engenheiro André Pinto Rebouças nos ensinava, perdemos o compromisso com as futuras gerações, pois não valorizamos o ensino fundamental, pois por conta da falta de nosso compromisso como brasileiros, retiramos ou anulamos o potencial dos brasileirinhos. E isso se dá por conta dos, se é que podemos chamar assim, brasileiros que hoje se encontram em Brasília ocupando palácios, distantes da realidade brasileira e mentindo a todos.



Trazendo para os dias atuais o idealismo de Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, o nosso desafio é e deve ser a luta contra a excessiva carga tributária que nos é imposta, pois além de ser um verdadeiro manicômio, a carga de impostos, taxas e contribuições cobradas das pessoas e empresas drena todos os recursos da sociedade que poderiam estar sendo aplicados na produção e consumo, sem contar que limitam os juros, os recursos para criar e desenvolver os negócios, criar novos produtos e principalmente remunerar dignamente aqueles que optaram por se abdicar do consumo no passado confiando no empreendedorismo e a realização profissional.



Infelizmente o nosso presimente não soube fazer um correto balanço de sua viagem ao continente africano no programa de rádio "Café com o Presidente". A visita oficial a seis países (Cabo Verde, Guiné Equatorial, Quênia, Tanzânia, Zâmbia e África do Sul) foi por ele classificada como sendo a oportunidade de saldar uma dívida histórica do Brasil para com a África. Fechou a viagem com um porre na África do Sul.



E o mais grave, além do Brasil não ter nenhuma dívida histórica com os africanos, e nada justifica abonarmos dívidas anteriormente contraídas, pois estes recursos aqui devem ser destinados à educação e à saúde, além dos serviços públicos. Não se faz solidariedade com o bolso alheio.



Entendo que a justiça somente deva ser feita com quem foi lesado, caso contrário os germânicos, os judeus, os romanos, etc. também deveriam ser alvo de privilégios, pois em alguma época da história também foram escravos.



"A educação só produz resultados em sociedades em que as pessoas podem fazer escolhas pessoais e econômicas, dando-lhes a oportunidade de serem criadoras e descobridoras."

(Odemiro Fonseca em "Benefícios da liberdade")



Agora eu pergunto: O que faz ele contra os escravos de hoje no Brasil, a começar pelos milhares de bolivianos e angolanos que vivem do trabalho escravo em São Paulo? Ou dos alagoanos em muitos canaviais? E contra a escravidão a qual é submetido todo o povo brasileiro que não vive da emPTetização e do nePTismo promovida nos órgãos públicos e nas estatais ou do clientelismo emanado pelos corruPTos de todos os tipos.



Entendo que a justiça deveria ter sido feita com aqueles que sofreram, não criando privilégios aos seus descendentes. Pois, se assim o fizermos estaremos penalizando outras pessoas que nada fizeram ou nenhuma culpa possuem, sendo injustificado criar privilégios ou penalizar o contribuinte. Com base em que direito isso deve ser feito? Acaso os recursos públicos caem do céu? Ou são advindos dos impostos e do endividamento que no futuro caberá a todos também pagar?



O Brasil continua a ser um páis de oportunidades. Seria um país fantástico se não houvesse restrições a nossa liberdade e se o Estado assumisse o compromisso de fornecer, e isso somente subsidiariamente, uma excelente educação fundamental.



Uma questão importante a ser observada é que o processo de escravidão era iniciado pelos próprios povos africanos, que escravizavam os derrotados nas inúmeras lutas tribais, sendo raro as incursões visando o aprisionamento. A escravidão africana surgiu na própria África.

Quando os primeiros "colonizadores", tendo à frente os portugueses, alcançaram a então chamada Costa d´África, os pequenos reinos existentes no que é hoje a Nigéria e o Dahomey, criações artificiais dos ingleses e franceses, viviam em permanente guerras internas. A tribo localmente dominante era constituída pelos iorubás. No sistema primitivo então reinante, os prisioneiros eram comidos em festins canibalescos. Era o mesmo do que ocorria com os primeiros índios encontrados, em 1500, em nosso litoral do Rio e de São Paulo, como bem nos lembrou o alemão Hans Staden em seus registros, os quais posteriormente viraram filme: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Hans_Staden_(filme)



A presença de homens de pele branca configurou não apenas uma surpresa para esse pessoal, mas uma solução conveniente e economicamente mais avançada para o problema dos prisioneiros de guerra. Os vencidos podiam ser vendidos! Foram essa situação e contingência o que acelerou de modo extraordinário o "comércio dos negros".



Lagos foi fundada pelos portugueses e construída pelos primeiros católicos locais que haviam economicamente progredido graças a conhecimento práticos de tecnologia, tais como os poços artesianos para obtenção de água potável. Lagos é uma palavra portuguesa. Os ingleses chegaram depois e descobrindo essa facilidade ali só se instalaram em meados do século XIX.



A escravidão nada tem de extraordinária, eis que dominante em civilizações tão avançadas quanto a grega e a romana. Diz-se que Platão, por exemplo, teria por curto tempo sido escravizado ao voltar de sua aventura em Siracusa, na Sicília. Muitos grandes filósofos romanos foram escravos. Jesus foi crucificado como um escravo.



Mas resolver os nossos problemas, nem pensar, pessoas como o Professor Comparato estão interessados na projeção pessoal, não importando quem paga a conta, mas isso é natural com o pessoal da USP, que nem ao menos se dá conta de que os recursos para a USP são retirados daqueles que deveriam ir para a justiça, principalmente para a polícia judiciaària, que é denominada pela Polícia Civil e inclui também a Polícia Técnico-científica, ou na prevenção ao crime com as polícias militares ou também denominadas de brigadas militares, as polícias rodoviárias e guardas municipais e para a educação fundamental do Estado de São Paulo. A começar o mais vergonhoso deles que tem origem no ICMS pago por aquele que compra feijão (17% de ICMS, sem contar outros impostos diretos ou indiretos).



Defender a tese de que negros e afrodescendentes devam merecer tratamento ou cuidados especiais é o mesmo que pregar que devem ser merecedores de um tratamento que só cabe aos deficientes físicos e mentais, o que seguramente não são. A eles, e não só a eles, mas a todos os brasileirinhos deve ser assegurado um ensino fundamental de qualidade. Cito como exemplo os judeus, japoneses e os alemães, em especial os luteranos, onde o compromisso com a educação é de todos, basta ver que onde existe uma comunidade judaica (www.eibsg.com.br/) ou luterana (www.luteranos.com.br) sempre existe também uma Escola.



Qual a razão deste compromisso não ser o mesmo entre os afrodescendentes? É a essa pergunta que espero que aqueles que defendem que afrodescendentes são merecedores de privilégios que me respondam.



Quanto a criar privilégios, devemos sim combatê-los.



Se estudarmos a nossa história vermos que temos inúmeros brasileiros dignos e merecedoresde todo o nosso respeito: O engenheiro André Pinto Rebouças é um exemplo. Principalmente pelo fato dele ter sido um verdadeiro brasileiro, que soube viver seu tempo e entender o pais em que vivia. Soube acreditar nas pessoas, não como merecedoras de privilégios, mas sim de iguais direitos de oportunidades, a começar pelo ensino fundamental que tanto defendia.



A propósito, o Engenheiro André Pinto Rebouças fazia parte da elite do 2° Império, foi uma das pessoas que mais dignificaram os brasileiros. Tal qual D. Pedro II, Joaquim Nabuco, Alfredo Taunay e tantos outros foram brasileiros que foram impedidos de dar continuidade ao 3º Reinado e aí sim construir um verdadeiro e honrado país.

Recomendo o livro:

O quinto século

André Rebouças e a construção do Brasil

Maria Alice Rezende de Carvalho

História 256 páginas R$45,00

Formato: 16 x 23 cm Código: 0143 ISBN/ISSN: 8571061386



Acesse: www.monarquia.org.br e www.brasilimperial.org.br



"Quando alguém mente, está roubando de alguém o direito de saber a verdade. Quando alguém trapaceia, está roubando o direito à justiça". (Khaled Hosseini em The Kite Runner - O caçador de pipas. Tradução de Maria Helena Rouanet - Editora Nova Fronteira)



Não temos débito com ninguém, a menos dos contratos que formalmente aprovamos e que observem os preceitos legais.





E os escravos de hoje?





Assistimos o fruto de nosso trabalho sendo perdido ou desperdiçado, não fazemos jus a ele, pois, por falta de uma reforma tributária, assim como as demais reformas necessárias, assistimos a um Estado inchado, com uma infinidade de impostos que não conseguem administrar, colocam os brasileiros na posição de escravos, não apenas da burocracia, mas de fato, pois dos 365 dias do ano, 147 a 152 dias nos são destinados para pagar impostos, o que representa 40% de um ano inteiro. E o brasileiro continua em festa, teremos este ano 130 dias que não serão dedicados ao trabalho. Mas quem pagará a conta? O Brasil é um dos países com a maior carga tributária de todo o mundo, com a pior educação fundamental e um dos mais violentos, em 2009 tivemos mais de 150 mil mortes devido a violência, que segundo o IPEA consome mais de 5% de nosso PIB e alcança de forma assustadora os nossos ídolos no futebol e outros tantos esportes.



"Ninguém pode usar uma máscara por muito tempo: o fingimento retorna rápido à sua própria natureza." (Sêneca)



E qual a razão da visita do presimente não ter incluído também o Congo?


Lamentável a postura do Itamaraty, promove a ingerência em outros países, defende tiranos, etc.. Mas, mas nada faz ou menciona sobre a tragédia em curso no Congo, terra de onde vieram os antepassados de milhões de brasileiros. Entendo que deva ser a hora do Brasil se posicionar de forma clara sobre o que lá ocorre, e liderar um verdadeiro processo de paz, não em defesa da ideologia ou dos interesses do Foro San Pablo, mas em defesa da liberdade e da justiça.

É uma guerra entre bandos armados da República Democrática do Congo pelo controle das minas, em especcial as de que fornecem matéria-prima para a fabricação de produtos como celulares e laptops. O conflito, que já dura mais de dez anos, atinge sobretudo as mulheres, vítimas de estupro e mutilação genital.

Recentemente tivemos a participação do médico congolês Demis Mukwege no ciclo de palestras Fronteiras do Pensamento, que acontece em Porto Alegre até o final de 2010. Ginecologista, Mukwege recebeu uma série de prêmios internacionais, além de uma indicação ao Nobel da Paz, por sua cruzada pelo fim da violência em seu país.
Em sua palestra, Mukwege, teria explicado que a guerra do Congo não tem fundo religioso ou cultural, mas econômico. O conflito seria mantido pelas multinacionais interessadas no tântalo, no tungstênio e no estanho das minas congolesas. Assim como de cobre, cobalto, diamantes, ouro, ferro e urânio

O estupro e a mutilação das mulheres funcionariam como uma estratégia para manter esse mecanismo em funcionamento.

Destruir o aparelho genital das mulheres, que são o pilar da família, sem matá-las, diante dos maridos, dos filhos e dos vizinhos é uma forma de destruí-las não apenas fisicamente, mas também psicologicamente, destruindo assim a família, os seus maridos e os seus filhos. É uma maneira de destruir o tecido social, de destruir todos os valores, de desorganizar uma sociedade que já não era tão organizada.

A tragédia no Congo deu origem a uma campanha internacional, pela internet, de pressão às empresas que utilizam esses minérios na fabricação de seus eletrônicos. Temos algumas lideranças no Brasil tocando no assunto, mas sem o efetivo apoio do atual (des)governo. Devemos exigir uma posição oficial do governo brasileira, uma reação efetiva dos governos, da Organização Mundial do Comércio (OMC) e da Organização das Nações Unidas (ONU) diante "desses grupos de terrorismo econômico que provocam tamanho sofrimento, vergonha e humilhação àquelas comunidades".

Há de se perguntar se não seria o caso de a Organização Mundial do Comércio e dos governos reagirem diante de empresas que se utilizam desse material vindo das minas do Congo ou de se fazer um boicote às empresas que fabricam telefones celulares e laptops que de lá retiram suas matérias primas.

Segundo o jornal norte-americano The New York Times, o conflito do Congo é o mais letal desde o final da 2ª Guerra Mundial, e o leste do país costuma ser descrito como maior polo mundial de estupros. A guerra causou 5,4 milhões de mortes até abril de 2007, e o total aumenta em 45 mil ao mês, de acordo com um estudo do Comitê Internacional de Resgate. Mais de 2 milhões de congoleses já buscaram refúgio em outros países.

Não seria o caso do Brasil também ser um destino seguro?





“Bens e serviços públicos têm como característica essencial a impossibilidade de limitar o seu uso àqueles que pagam por ele ou a impossibilidade de limitar o acesso a eles através de restrições seletivas, com uma única exceção eticamente aceitável: o privilégio ou benefício dado aos portadores de deficiência física ou mental, incluindo as advindas com a idade ou aquelas resultantes de sequelas de acidentes ou fruto da violência.” (Gerhard Erich Boehme)





A culpa do Ocidente

Rodrigo Constantino









“A prosperidade do Ocidente foi gerada por seus próprios povos e não foi tirada de outros.” (Peter Thomas Bauer)



Peter Thomas Bauer nasceu em Budapeste, na Hungria, em 1915, e acabou indo estudar economia em Cambridge. Lord Bauer dedicou boa parte de sua carreira à London School of Economics, foi um admirador de Thatcher e membro da Mont Pèlerin Society, fundada por seu amigo Hayek.



Bauer sempre combateu o planejamento central, defendendo o livre mercado em uma época onde o modismo era ser socialista. Sua obra é vasta, e um dos seus primeiros trabalhos mostra como os barões do capitalismo “selvagem” americano eram, na verdade, como os grandes inovadores da atualidade, desbravando terrenos e criando várias oportunidades e empregos. Ele costuma ser lembrado como um oponente ao mecanismo estatal de ajuda ocidental aos países pobres. O foco aqui será sobre o pensamento de Bauer acerca da suposta culpa do Ocidente na pobreza do Terceiro Mundo, termo condenado pelo autor.



INGLESES “EXPLORADORES”



O estudo da história mostra como muitas acusações feitas ao Ocidente não passam de falácias. A idéia de que a riqueza ocidental é fruto da exploração dos países pobres não se sustenta com um mínimo de reflexão e observação dos fatos. Os países mais pobres são justamente aqueles que, até bem pouco tempo atrás, sequer tinham contato com os países ricos ocidentais. A acusação de que os britânicos tiraram a borracha da Malásia, por exemplo, inverte um fato importante: foram os ingleses que levaram a borracha para lá. Segundo Bauer, não havia seringueiras na região antes dos ingleses plantarem, como o próprio nome botânico sugere: Hevea brasiliensis. Assim, se a Malásia se tornou importante produtora da borracha, isso foi possível graças aos ingleses. Como eles podem ser acusados de exploradores nesse caso? Como afirma Bauer, “longe de ter drenado riqueza de países menos desenvolvidos, a indústria britânica ajudou a criá-la por lá, como o comércio externo promoveu o avanço econômico em grandes áreas do Terceiro Mundo onde não tinha nenhuma riqueza para ser drenada”.



São justamente os países mais isolados do comércio ocidental que apresentam pior quadro de miséria e fome. A noção de culpa dos países ocidentais é uma acusação originada no próprio Ocidente. O marxismo, por exemplo, partindo da crença de que as diferenças de renda são anomalias e injustas, passa a idéia de exploração. A crença de que a riqueza é estática, de que a economia é um jogo de soma zero, onde para um ganhar o outro tem que perder, influenciou muito esta culpa ocidental. Muitos observam a riqueza nesses países, a miséria mundo afora, e concluem, sem a devida reflexão, que uma coisa só pode ser causa da outra. Esta visão é muito cômoda para os governantes dos países pobres, pois permite a desculpa perfeita para a manutenção de um modelo centralizador e fechado. Os países ricos são os bodes expiatórios que justificam as atrocidades domésticas.



HONG KONG: UM CASO DE SUCESSO



Se os críticos sinceros dedicassem mais tempo à observação dos fatos, logo abandonariam a tese da exploração ocidental. Na África e na Ásia, as áreas mais prósperas são aquelas com maior contato comercial com o Ocidente. O contato com os países ricos foi, portanto, um dos principais agentes de progresso, não de atraso. Os aborígenes, pigmeus e povos do deserto, “protegidos” da “exploração” ocidental, são infinitamente mais pobres que os demais. Hong Kong, por outro lado, representa um incrível caso de sucesso e acelerada criação de riqueza. Aliás, Hong Kong é citada por Bauer com bastante admiração. Não é difícil entender os motivos. A análise de seu exemplo derruba de uma só vez inúmeras falácias repetidas. Hong Kong foi colônia britânica por muitos anos. É um lugar extremamente populoso, mostrando que o número de pessoas não é o que importa, e sim sua conduta. Alguns países com vastas terras e pouca gente vivem na miséria, enquanto Hong Kong é rica. Isso mostra que o controle de natalidade em si não é solução para nada. Com a mentalidade adequada, liberdade econômica e instituições corretas, qualquer povo pode sair da miséria e prosperar. Por fim, Hong Kong, assim como Cingapura, não possui recursos naturais. Mas isso não impediu o progresso nessas regiões, já que este depende de atitudes, não de recursos naturais.



O COLONIALISMO EXPLICA A POBREZA?



Os que tentam culpar o Ocidente pela pobreza do Terceiro Mundo ignoram questões que expõem imediatamente sua contradição. Como pode ser, por exemplo, que a riqueza dos povos da Suíça ou Estados Unidos tenha sido tirada, digamos, dos aborígenes ou dos pigmeus? De fato, quem tirou o que desses grupos? Como levar a sério esta acusação se é sabido que mais de três quartos da economia americana não dependem de recursos naturais, mas de serviços? Os americanos compram dezenas de bilhões de dólares de petróleo da Venezuela por ano a preço de mercado. Se esta montanha de dinheiro não reduz a miséria por lá, como culpar os americanos, e não a própria Venezuela? Culpar o colonialismo pela pobreza do Terceiro Mundo pode ser confortante, mas isso não faz com que seja verdadeiro. O Afeganistão, Tibete, Nepal e Libéria não foram colônias ocidentais, e, no entanto, são extremamente pobres. Já a Austrália e Hong Kong foram colônias, e são ricos. Os próprios Estados Unidos foram colônia inglesa e se transformaram na nação mais próspera do mundo.



Se o colonialismo não explica a pobreza do Terceiro Mundo, ele não explica também a riqueza ocidental. A Suíça e os países escandinavos são ricos, mas nunca tiveram colônias. A Espanha e Portugal, por outro lado, foram bem menos prósperos, mesmo com várias colônias. A União Soviética colonizou vários países, e isso não impediu seu completo fracasso. A Coréia do Norte, que se isolou do mundo, é um dos países mais miseráveis do planeta, enquanto sua irmã sulista prosperou justamente pelo comércio com o Ocidente. Não deixa de ser curioso que muitos dos que acusam o Ocidente de explorador culpam, ao mesmo tempo, o embargo americano pela miséria cubana. No fundo, eles sabem que praticar comércio com os americanos não é fonte de exploração, mas sim de progresso.



Criticar a colonização em si, assim como a escravidão, é algo absolutamente válido. No entanto, é preciso ser honesto nas críticas. O Ocidente não inventou tais práticas. Pelo contrário: elas já existiam muito antes. Os maiores donos de escravos africanos eram os próprios africanos, por exemplo. A escravidão foi uma realidade por quase toda a existência humana e teve seu término decretado justamente pelo Ocidente. O colonialismo é prática antiga na humanidade e veio justamente do Ocidente o basta para tal modelo.



POL-POT CONHECEU O MARXISMO EM PARIS



Aqueles que alimentam sinceramente a culpa ocidental estão preocupados com seu estado emocional, mas não com os resultados inspirados nesses sentimentos. As políticas adotadas com base nesta visão de culpa ocidental costumam causar mais dano aos pobres do Terceiro Mundo. Até mesmo a ajuda internacional através dos governos ocidentais é ineficaz e acaba perpetuando os modelos fracassados desses países. Isso não quer dizer que o Ocidente está isento de qualquer culpa. Se o Ocidente tem alguma culpa pela situação nos países pobres, esta se deve às ideologias coletivistas oriundas do Ocidente, não ao comércio e ao seu modelo capitalista. Não custa lembrar que tanto o nazismo quanto o socialismo nasceram no Ocidente, e que Pol-Pot, por exemplo, conheceu as idéias marxistas em Paris, antes de exterminar um terço do povo de Camboja em nome da “igualdade”. Mas os povos de países pobres não podem ser tratados como crianças indefesas e incapazes de decidir. Cabe ao povo de cada nação escolher seu rumo. Em vez de ficar culpando o Ocidente por seus males, fariam algo infinitamente mais inteligente se tentassem copiar o que deu certo lá. E isso é conhecido: o capitalismo de livre mercado.





Economista, articulista, autor de ‘Prisioneiros da Liberdade’, entre outros. Membro do Instituto Liberal.

Fonte: http://www.institutoliberal.org.br/galeria_autor.asp?cdc=1911



"Não se conhece nação que tenha prosperado na ausência de regras claras de garantias ao direito de propriedade, do estado de direito e da economia de mercado." (Prof. Ubiratan Iorio de Souza)

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