sábado, 28 de agosto de 2010

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Tudo bem com você? Esperamos que esteja tudo em harmonia e que as coisas melhorem cada vez mais. Queremos te ver com muito axé, saúde, amor, trabalho, paz e prosperidade, pois você merece.Queremos agradecer às pessoas que foram à Bienal do Livro domingo passado e participaram do bate-papo e da roda de poemas. A presença de todos vocês foi muito importante. Nosso muito obrigado!
Tem umas fotos e vídeos nestes álbuns do Sergio e do Thyko:
http://picasaweb.google.com.br/SERGIOBALLOUK/Saraus?feat=email#
http://www.youtube.com/watch?v=bKn2xyj2EPM
http://www.youtube.com/watch?v=iwN0Pk3mIFA
http://www.youtube.com/watch?v=lBUsU9MmA0s
"Dá uma espiadinha..."
Rápidos comentários sobre dois eventos de 2010
CENSO 2010
Conversando com algumas pessoas que estão trabalhando no censo, chegamos à conclusão de que o número de afrodescendentes neste país continuará sendo subestimado. No questionário do IBGE consta uma pergunta relativa a cor/raça e são oferecidas as opções branca, preta, amarela, parda ou índigena (nesta ordem). O recenseado tem que se autoclassificar. Segundo nos relatam os recenseadores, na hora de se autoclassificarem, muitas pessoas visivelmente negras (de pele escura) se declaram pardas ou brancas. Alguns alegam, em sua defesa, que essa é a cor/raça que consta em sua certidão de nascimento. Realmente uma pergunta relativa a cor pode dar margem a respostas variadas. Cor, existem várias. Mas aqueles que têm mais informação e consciência sabem que quando se fala de cor/raça fala-se daquela divisão já consagrada na cultura ocidental, representada nas opções do IBGE (que talvez não tenha sido a melhor escolha).
E aí cabe a essas pessoas com mais informação (nós, que temos acesso a um computador e internet, p. ex.) dar um toque em seus irmãos/irmãs/parentes/vizinhos sobre a importância de eles/elas falarem a sua real cor/raça/etnia para a gente poder conhecer o verdadeiro rosto do Brasil.
ELEIÇÕESLendo um artigo sobre a eleição de legisladores mulatos no Brasil pós-independência (http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI4646895-EI6578,00.html) a impressão que dá é que perdemos alguma coisa no caminho. No Brasil, parece que nunca houve algo como um "voto racial" (ao menos não por parte das populações excluídas), uma maneira de um grupo étnico eleger pessoas para representar seus interesses (os do grupo), embora tenha havido tentativas nesse sentido desde pelo menos a Frente Negra, na década de 30 do século passado. Sistema de representação desacreditado, muitos políticos sem credibilidade, tudo isso ajuda o afastamento. Mas muitos são eleitos e continuamos maciçamente "de fora" (um ou outro da base ou famoso consegue furar o cerco). Exclusão que reflete outras exclusões (TV, cargos com melhor remuneração etc.). Alguns dizem que se houvesse um voto racial no Brasil, a população negra elegeria quem quisesse... Quem sabe... Um voto mais consciente das desigualdades já seria grande progresso...
O escritor Sacolinha está fazendo uma maratona para lançar dois livros (precisa de muito fôlego). Acesse o blog dele, veja lá um dia e agende-se, pois vale muito a pena:
http://sacolagraduado.blogspot.com/
Às vezes a vida é corrida, cheia de regras, misteriosa, criteriosa, injusta, dilacerante até...
Nessas horas, ler um bom livro é um santo remédio...
Cadernos Negros 33: um livro de poemas que já está no forno.
Axé!
Tamo junto...

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