segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Morte de Onésimo Duarte


23 de agosto de 2010 N° 16436
LUTO GAÚCHO
MTG perde o ícone Onésimo Duarte
Um dos ícones do tradicionalismo gaúcho, Onésimo Carneiro Duarte morreu ontem, aos 81 anos, em decorrência de complicações cardiovasculares. Ele estava internado há duas semanas no Hospital Mãe de Deus, na Capital.

O bancário aposentado do Banco do Brasil foi o presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) que mais tempo permaneceu no cargo. Duarte era natural de Vacaria, onde foi o patrão do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Porteira do Rio Grande, em 1962. Foi ele o responsável por promover o Rodeio de Vacaria a nível internacional, trazendo turistas de outros países e Estados. Dirigiu o MTG em duas oportunidades, de 1975 a 1977 e de 1983 a 1985.

– Onésimo Carneiro Duarte foi um gaúcho serrano autêntico. Foi um dos maiores líderes do nosso movimento, do qual foi presidente mais de uma vez. Teve papel de destaque sempre no Rodeio de Vacaria. O Rio Grande do Sul fica mais pobre com a partida desse querido amigo – disse o tradicionalista Nico Fagundes, amigo de Duarte.

Levou a cultura do Estado a todo o país, com palestras sobre o assunto. Além de ter estudado e difundido o tropeirismo, militou sobre a importância das bibliotecas nos CTGs e da figura do gaúcho.

– Ele sempre se preocupou com a questão ideológica do movimento. Também se envolveu com a questão educacional. Ele defendia que o MTG não podia simplesmente fazer o movimento para si. Tinha que contribuir com o sistema educacional – afirmou o presidente do Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore e ex-presidente do MTG, Manoelito Savaris.

Duarte conduziu o MTG em busca de crescimento e com o futuro em vista. Por isso, investiu na aquisição da atual sede do movimento, que fica na Rua Guilherme Schell, 60, em Porto Alegre. Sua trajetória serviu de inspiração a outros presidentes, como o atual, Oscar Gress. O dirigente lembra que Duarte fez história na maneira como conduziu o tradicionalismo gaúcho.

– Quando ele era presidente, eu era ainda muito moço. Mas conheci a sua história. A gente se inspira nesses homens sérios. Foi um grande tradicionalista. É uma grande perda para o Rio Grande do Sul – destacou Gress.

Duarte, que era conselheiro vaqueano do MTG, cargo vitalício convocado em situações especiais, morava na Capital desde 1975. Ele deixa a mulher, Vani Ferrassi Duarte, com quem era casado havia 56 anos, seis filhos, 12 netos e dois bisnetos.



Fonte: Zero Hora

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