sexta-feira, 6 de maio de 2011

Times Brasileiros Fora da Libertadores

Brasilicídio

06 de Maio de 2011 15:30

Por Mauro Beting, colunista do Yahoo! Esportes
Passam quatro e fica um. Era o meu chute depois da primeira rodada das oitavas-de-final da Libertadores. Passou um e ficaram quatro. É o que aconteceu depois da quarta-feira nada verde-amarela. Ou tudo verde. ou tudo amarelado.
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Soberba? Talvez. Mas a lógica apontava os brasileiros classificados. Não era só chute e torcida da imprensa e da bola daqui. Era o que esperavam colombianos, uruguaios, paraguaios e chilenos. Não é erro de prognóstico apenas desta pátria amada. É da gente que acompanha o futebol e, mesmo sabendo que tudo pode acontecer, ainda fica sem palavras quando falta futebol aos favoritos.
É do jogo. Mas o ‘Miercoles dos Diabos’, honestamente, ainda não havia visto. Desde 1994 não acontecia de apenas um clube brasileiro ficar entre os oito sobreviventes da Libertadores. Desde nunca um brasuca foi eliminado na primeira fase de mata-mata como foi o Corinthians, no início desta temporada.
Como é que pode o Cruzeiro que fazia cinco gols por jogo em Sete Lagoas levar dois do Once Caldas e ser eliminado atuando tão mal, ainda mesmo antes do desatino de Roger?
Foto: Gazeta PressComo é que pode o Internacional levar a virada em sete minutos no Beira-Rio e perder para um dos mais fracos times da história do Peñarol, sem mais poder de reação?
Como é que pode o Fluminense ter um gol de lambuja e levar três do Libertad no final de uma partida onde mal jogou?
Como é que pode o desfalcado Grêmio perder duas vezes para a boa Universidad Católica sem roçar a meta alheia?
O pior é que nem foram quedas por pênaltis ou pelos gols marcados pelos visitantes. O Tricolor gaúcho ficou no zero; o carioca e o Cruzeiro perderam no saldo simples; o Inter só fez um ponto em seis. Só sobrou um dos dois que quase foram eliminados na fase de grupos. Justamente o que sempre teve mais potencial. Mas só passou por uma atuação de Gilmar, Cejas ou Rodolfo Rodríguez de Rafael, em Querétaro.
Antes de a bola rolar na Libertadores, o Santos parecia o maior favorito entre os tantos favoritos brasileiros. Agora, é o sobrevivente. Com ótimas chances. Desde que não se esfacele na disputa do título estadual.
Para muitos, a disputa do RS-11 foi a vilã da eliminação da dupla gaúcha. Gigantes que estariam pensando mais nos Gre-Nais estaduais preparatórios para os Gre-Nais continentais que na fase anterior contra equipes que pareciam fáceis...
Não acredito. Mas, uma vez mais, é hora de crer nos problemas e discutir o que fazer com os estaduais longos demais. Não exterminá-los, mas enxugá-los. Racionalizá-los. Melhorá-los. Até para evitar que fase decisiva deles seja tão lesiva como foi as oitavas-de-final dos diablos.
COPA DO BRASIL – Parece que ninguém mais vai discutir a falta de qualidade dos adversários da série histórica de 23 vitórias do Coritiba. Agora 24, depois da estrondosa goleada sobre o Palmeiras de Felipão e de Marcos, que voltou para tentar evitar o vexame paulista. Time desfalcado que, heroicamente, no Pacaembu, pelo SP-11, havia conseguido segurar o Corinthians com um a mais no clássico da semifinal paulista. Mas que não conseguiu segurar um Coxa avassalador, com velocidade no ataque, inversão de jogo, e faro de gol impressionante.
Coritiba que segue invicto em 2011. O que já não mais acontece com o Flamengo, que no rally contra equipes cearenses, desta vez perdeu no Engenhão para o Ceará. Poderia ter sido pior que o 2 a 1. O gol de Wanderley ainda dá alento ao Flamengo mais que a discutível bola que foi eficiente e suficiente para cancelar as finais do RJ-11, na conquista antecipada do 32º. estadual (o quinto na história). Futebol, porém, que não enche os olhos. E não está enchendo a barriga na prioridade do semestre, a Copa do Brasil.
O Vasco perdeu nos pênaltis o título da Taça Rio. Mas encontrou na Arena da Baixada um bom empate por 2 a 2 que o deixa mais vivo na competição. O time tem mostrado o melhor futebol entre os cariocas. Mas ainda tem faltado algo no momento de decidir. Algo que o São Paulo tem sentido. Na semifinal paulista, no contragolpe, perdeu para o Santos de Neymar, Ganso e, sim, de Muricy. Na Copa do Brasil, na ida, deveria ter goleado o Avaí. Mas perdeu boa parte das enormes 17 chances criadas. Ao menos outras cinco o goleiro Renan defendeu e levou para a Ressacada a definição que ainda tem mais cores tricolores. Mas que já poderia estar decidida.
Mauro Beting

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