quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Lei da Palmada

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Que palmada?!!

Lei da palmada? Claro que não. A lei deveria ser chamada lei da surra, lei dos que arrastam crianças pelo cabelo, lei dos que humilham, lei com o nome de qualquer criança morta pelo pai que -num dia mais estressado- apertou o pescoço mais forte e matou a filha.
Sem simplificações, gente.
Vocês conseguem imaginar que a lei Maria da Penha (lei que proíbe violência contra a mulher) foi feita por que alguns maridos dão carinhosas palmadas em suas esposas enquanto mantém relações sexuais? Evidente que não. Soaria patético.  Pois estão simplificando a lei aprovada ontem pela câmara dessa maneira.
Vamos imaginar duas situações: Te imagina no ambiente de trabalho e um chefe te olha e te chama de idiota, incopetente. Chamaríamos isso de assédio moral, certo? Certo. Sem agressão física, nós protegemos os adultos, pessoas com completo desenvolvimento físico e psicológico. Então porque existe uma lei para proteger um cidadão que tem condições de se levantar e pedir demissão? Pois ele está em uma situação frágil, depende do trabalho.
Outra situação: sempre foi crime bater em alguém. Sim. E porque temos uma lei específica para violência contra a mulher? Para obrigar as delegacias a aceitarem denúncias, para pararem de tratar como algo do "comportamento familiar". Qual a resposta da sociedade: estão se metendo no casamento, estão se metendo na Família ou "com tanta coisa para fazer e os políticos se preocupando com isso". Passaram os anos e violência contra a mulher saiu das sombras. Isso com mulheres adultas e com capacidade de se levantarem e saírem, certo. Relativamente certo. Mas porque a lei? Pela fragilidade e envolvimento emocional delas com os agressores.
Como ser contra uma lei que protege os seres mais frágeis (crianças) da violência daqueles que elas mais amam (seus familiares)? Ainda escuto: estava estressado ou estava bêbado. Nunca vi bêbado bater em polícia (só em mulher e filho). Nunca Vi estressado bater em chefe.
Palmada? Não. A câmara votou a criminalizaçao do relho, do ferro quente, do arrastar pelo cabelo na loja. 

 

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