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terça-feira, 22 de novembro de 2011
Dividas do Simples
Outras Palavras
bibliotecadiplô e OUTRASPALAVRAS
Boletim de atualização de Outras Palavras e Biblioteca Diplô - Nº 119 - 19/11/2011
Manuel Castells sugere o fim do euroIndignado com atitude antidemocrática das elites e planos seguidos de salvamento dos banqueiros, ele afirma: outro sonho europeu é possível
A Espanha vota para nadaEleitores podem optar por quem quiserem, domingo. Mas a chanceler alemã e a "troika" já definiram programa que novo governo executará. Por Pep Valenzuela, de Barcelona
A indignação venceu a letargiaProvavelmente, os indignados vão “aplanar o terreno para a construção, mais tarde, de outro tipo de organização”. Não é pouco. Por Nazaret Castro, de Madri
Nossa sociedade do espetáculoContra a visão de mundo liberal-burguesa, as ideias do francês Guy Debord podem facilitar o entendimento do mundo contemporâneo. Por Arlindenor Pedro
Chéri à Paris: Noventa e umUma característica marcante da cultura local parisiense: a tendência a filosofar e a poetizar, mesmo onde não cabe”. Por Daniel Cariello
A Espanha vota para nadaEleitores podem optar por quem quiserem, domingo. Mas a chanceler alemã e a "troika" já definiram programa que novo governo executará. Por Pep Valenzuela, de Barcelona
A indignação venceu a letargiaProvavelmente, os indignados vão “aplanar o terreno para a construção, mais tarde, de outro tipo de organização”. Não é pouco. Por Nazaret Castro, de Madri
Nossa sociedade do espetáculoContra a visão de mundo liberal-burguesa, as ideias do francês Guy Debord podem facilitar o entendimento do mundo contemporâneo. Por Arlindenor Pedro
Chéri à Paris: Noventa e umUma característica marcante da cultura local parisiense: a tendência a filosofar e a poetizar, mesmo onde não cabe”. Por Daniel Cariello
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PONTO DE CULTURA
Os primeiros textos da Escola Livre de Comunicação Compartilhada
Comissão da Meia-VerdadeApós aprovação no Congresso, lei que deveria rever crimes da ditadura será sancionada pela presidenta Dilma. Ex-presos políticos reivindicam indicar integrantes. Por Juliana Machado
O violento silêncio de um novo começo
Diante das pressões para que indignados elaborem um projeto alternativo ao capitalismo, Slavoj Žižek propõe: é hora de permanecer em silêncio. Por Tadeu Breda
O dia em que o Occupy ganhou as ruasPouco depois de reprimido em Nova York, movimento realiza dezenas de manifestações nos EUA, reúne milhares de pessoas e parece ampliar aliança com sindicatos. Por Karen Matthews
A violência não cessa contra os Guaranis-Kayowaas
Enquanto processo de demarcação de terras arrasta-se, indígenas do MS continuam no alvo dos pistoleiros. Vítima mais recente é cacique de 59 anos que resistia ao descaso. Por Tadeu Breda
“Poder e dinheiro para quem penetra em nossas inseguranças”Eduardo Galeano sintetizou bem o proibicionismo, ao lembrar que dizer “a droga” hoje é como era dizer “a peste” em outras épocas. Por Júlio Delmanto
O violento silêncio de um novo começo
Diante das pressões para que indignados elaborem um projeto alternativo ao capitalismo, Slavoj Žižek propõe: é hora de permanecer em silêncio. Por Tadeu Breda
O dia em que o Occupy ganhou as ruasPouco depois de reprimido em Nova York, movimento realiza dezenas de manifestações nos EUA, reúne milhares de pessoas e parece ampliar aliança com sindicatos. Por Karen Matthews
A violência não cessa contra os Guaranis-Kayowaas
Enquanto processo de demarcação de terras arrasta-se, indígenas do MS continuam no alvo dos pistoleiros. Vítima mais recente é cacique de 59 anos que resistia ao descaso. Por Tadeu Breda
“Poder e dinheiro para quem penetra em nossas inseguranças”Eduardo Galeano sintetizou bem o proibicionismo, ao lembrar que dizer “a droga” hoje é como era dizer “a peste” em outras épocas. Por Júlio Delmanto
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OUTRAS MÍDIAS
Uma seleção de textos publicados na websfera brasileira
Relações perigosas entre mídia e políciaUm repórter experimentado revela como a polícia escolhe os jornalistas "amigos" a quem passa "furos"; e de que forma estes profissionais retribuem, omitindo violências e ilegalidades. Por Luiz Carlos Azenha, em Viomundo
André Singer e Gianotti debatem futuro do lulismoDois intelectuais fortemente ligados à política polemizam sobre Bolsa-Família, nova classe média, desestruturação dos partidos, projetos estratégicos e universidade. No Instituto Moreira Salles
Como o Brasil poderá se beneficiar da crise (II)Luís Nassif destaca programas de colaboração com a África e mostra que o provável agravamento dos terremotos financeiros exigirá virar de vez, aqui, a página do neoliberalismo
Olhares do cinema sobre a Primavera ÁrabeEm dois grandes documentários exibidos no Rio, as revoluções que derrubaram ditaduras de décadas no Egito e Tunísia, suas circunstâncias históricas e seus instantes poéticos. Por Mauricio Santoro
Occupy Wall Street: crise e estratégia
André Singer e Gianotti debatem futuro do lulismoDois intelectuais fortemente ligados à política polemizam sobre Bolsa-Família, nova classe média, desestruturação dos partidos, projetos estratégicos e universidade. No Instituto Moreira Salles
Como o Brasil poderá se beneficiar da crise (II)Luís Nassif destaca programas de colaboração com a África e mostra que o provável agravamento dos terremotos financeiros exigirá virar de vez, aqui, a página do neoliberalismo
Olhares do cinema sobre a Primavera ÁrabeEm dois grandes documentários exibidos no Rio, as revoluções que derrubaram ditaduras de décadas no Egito e Tunísia, suas circunstâncias históricas e seus instantes poéticos. Por Mauricio Santoro
Occupy Wall Street: crise e estratégia
A questão mais visível é o autismo dos partidos institucionalizados da esquerda nos EUA ou Europa. Por Hugo Albuquerque, em O Descurvo
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"Com a proteção de Ogun não haverá nenhum perigo em nosso caminho".
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PANTA REI = (TUDO MUDA)
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"Ubunto" é uma antiga palavra Africana, cujo significado é: "humanidade para todos".
Ubunto também quer dizer "Eu sou o que sou devido ao que todos nós somos".
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Vamos Reinventar o Mundo
Vamos reinventar o mundo
Outubro de 2011
1. Estamos presenciando, neste ano de 2011, um deslanchar de lutas populares muito mais original, difuso e vigoroso do que qualquer outro que vivemos nas últimas décadas, inclusive o pós-Seattle, entre 1999-2001. Mobilizações políticas varreram o mundo árabe, já derrubaram vários governos, permanecendo em vários países. Indignados tomam as praças na Espanha e em outros países europeus. Occupy Wall Street se espalha pelos Estados Unidos, já começando a alterar o quadro político do país – uma pesquisa da Times de 13 de outubro mostra que o movimento tem a simpatia de 54% dos norte-americanos, contra 27% do Tea Party. E protestos e mobilizações indígenas que vem se desenvolvendo há mais tempo produzem uma grande efervescência na usualmente tempestuosa região andina, desbordando com suas demandas governos nacionalistas. Um nível inusitado de atividade de movimentos de massas atinge também países como o Chile (com o protesto dos estudantes por educação pública), Israel (manifestações por justiça social) e o conservador Japão (contra a energia nuclear). O dia de ação global de 15 de outubro, com manifestações em quase mil cidades de 82 paises evidenciou a força e a capacidade de ação deste movimento. A analogia que de imediato vem à mente, pelo espraiamento, é com 1968.
2. A indignação com as desigualdades e injustiças políticas e sociais parece ser a marca comum à grande maioria destes movimentos formados em torno de demandas difusas que questionam o “sistema” ou o “poder”, se confrontam com sua destrutividade e rompem com a passividade e a inércia das décadas neoliberais. As políticas de austeridade prometem mais miséria para os anos vindouros e levam os jovens a se mobilizarem por seu futuro. Em todos os continentes, setores antes apáticos se colocam em movimento de forma bastante democrática, ao mesmo tempo pluralista, unitária e autônoma em relação ao poder. A diversidade de demandas e pontos de vista é uma força destes movimentos. Uma grande desconfiança em relação às instituições econômicas e políticas (e também aos partidos) marca os protestos, quase sempre impulsionados por jovens sem perspectivas ou revoltados com o atual estado de coisas. E a grande imprensa já rotula estes movimentos de anti- capitalistas, embora uma definição deste tipo esteja longe de ser compartilhada por todos os seus integrantes. A difusão das mobilizações acaba fortalecendo todo tipo de dinâmicas de protestos a partir de referências específicas de cada região (como no Japão ou Bolívia).
3. Estas mobilizações e protestos ocorrem no marco de uma mudança significativa na situação mundial, na esteira da crise de 2007/8, contribuindo para aprofundar alterações geopolíticas (mais evidentes no mundo árabe), sócio-econômicas e, acima de tudo, políticas. São movimentos democráticos e populares que nascem das necessidades e aspirações do tempo presente, depois de três décadas de globalização neoliberal. São movimentos que efetuam uma ruptura profunda com o passado, suas organizações e tradições, movimentos que recusam as divisões ou enquadramentos decorrentes das clivagens da esquerda estabelecida. São movimentos que se desenvolvem a partir do uso das tecnologias da informação e da comunicação, das redes sociais e das práticas digitais das novas gerações – o que ajuda a entender sua conexão com o público mais amplo, sua sincronia mundial e seu rápido espraiamento global. São movimentos de jovens, de uma nova geração política que não conheceu o peso das derrotas vividas pelas gerações mais velhas e são afetadas pelos exemplos de experiências por vezes distantes. São mobilizações portadoras de valores humanos essenciais, perdidos nos anos neoliberais, como empatia pelo sofrimento alheio, solidariedade, defesa da igualdade, busca de justiça, reconhecimento da diversidade, critica da homogeneização mercantil do mundo, valorização da natureza – essenciais à reconstrução de um projeto contra-hegemônico. E são movimentos que embaralham ainda mais as já falidas clivagens geopolíticas herdadas do mundo bipolar pré-1991.
4. Há uma similitude entre o que se passa no terreno social e o que se passa na relação entre os estados, no terreno geopolítico. A crise da economia capitalista nos EUA, União Européia e Japão é estrutural; a manutenção de um certo crescimento dos emergentes parece indicar um declínio relativo do império norte-americano e um protagonismo crescente, vertebrado pela China, dos BRICS. Nos antigos centros imperialistas, se a austeridade alimenta a renascida conflitividade social, a decadência libera forças reacionárias, racistas e xenófobas. Mas, de conjunto, a passagem do unilateralismo de George W. Bush e do globalitarismo de mercado para um multilateralismo com diferentes matizes abre brechas para a retomada dos processos de transformação social. A manutenção das velhas relações de poder imperial ou as reações dos pólos capitalistas se dão – como já pudemos perceber no mundo árabe – contra os movimentos sociais e políticos progressistas. Mas é também inquestionável que na América do Sul, África e Ásia o poder de arrasto da China ainda dá algum fôlego a um certo desenvolvimentismo – em geral apoiado nas exportações de produtos primários. Embora profundamente predatório da biosfera, o crescimento econômico reforça a legitimidade de vários destes governos junto a suas populações. Mas nenhum pais pode ficar imune a uma onda mundial de mobilizações desta magnitude e cedo ou tarde a “aterrisagem” da economia chinesa arrefecerá o dinamismo dos emergentes.
5. Nada, no horizonte visível, indica que o impulso destes movimentos vá ser estancado. Sua raiz esta na crise e nas respostas governamentais à crise, socializando os prejuízos do sistema financeiro e salvando bancos e especuladores (políticas de austeridade, corte dos gastos estatais, etc). No caso dos Estados Unidos, Occupy Wall Street emerge também, objetivamente, como um contraponto ao Tea Party e tende a ser estimulado pela esquerda do Partido Democrata. Os movimentos da primavera árabe estão apenas no início de suas lutas – algumas já atingiram objetivos importantes, outras estão estancadas por violentas repressões do poder, outras ainda degeneraram ou tende a derivar para guerras civis e o movimento apenas relou na superfície da sociedade saudita. O mesmo pode ser dito da luta indígena na América Sul: a demanda chinesa por commodities alimenta a invasão dos territórios das populações tradicionais e a apropriação privada de bens comuns, o saque das riquezas naturais da região. Tudo indica que estamos apenas no inicio do primeiro tempo de uma conjuntura em que, depois das décadas neoliberais, diferentes sociedades voltarão a se colocar em movimento.
6. Nenhuma resposta efetiva parece estar emergindo dos poderes estabelecidos. A crise ambiental que assoma, em especial na questão do clima, está sendo ignorada pela ONU e pelos grandes poderes, não será solucionada em Durban e arrasta a humanidade para uma cenário catastrófico, abrindo caminho para projetos delirantes de geoengenharia. A mercantilização da vida e a apropriação de parcela crescente da biomassa do planeta exerce uma pressão cada vez mais destrutiva sobre os diferentes ecossistemas e reduzem rapidamente a biodiversidade. O agravamento da crise social nas economias centrais e a indignação contra a desigualdade e a socialização das perdas do sistema financeiro não encontraram nenhuma resposta senão mais privatizações, neoliberalismo, intervencionismo em favor das finanças e a defesa cerrada dos privilégios por parte dos “senhores do mundo”, cuja face mais visível é a ideologia fascistizante do Tea Party. O avanço do extrativismo na América do Sul e da África, bem como a compra de terras, com seus impactos sobre os territórios dos povos indígenas e as populações tradicionais, continuará a alimentar as lutas de resistência que estes setores travam em defesa da natureza, dos bens comuns e de seu modo de vida. Tudo isso evidencia, para cada vez mais pessoas, que hoje é impossível enfrentar estas questões separadas de uma resposta global para um sistema que também é global e cuja crise atinge toda humanidade. Os manifestantes em Copenhague, durante a frustrada COP 15, diziam que se trata de “mudar o sistema para não mudar o clima”; podemos dizer que se trata de mudar o sistema para defender 99% da humanidade dos 1% que querem jogar sua crise sobre as costas dos demais.
7. Este parece ser um momento único para resgatarmos o sentido original do altermundialismo e do Fórum Social Mundial. Da mensagem do outro mundo é possível, focado no contraponto às instituições que governavam a globalização neoliberal, avançamos em Belém, em 2009, para a busca de alternativas ao desenvolvimentismo e ao consumismo a partir do terreno sócio-ambiental (em boa medida graças às contribuições dos movimentos das populações tradicionais da Abya Yala). Mas agora a luta social é oxigenada e enriquecida pelo movimento em busca de autonomia e controle do poder no mundo árabe (que reivindica sediar o FSM de 2013) e pelas vastas expressões da indignação com o capitalismo financeiro e as corporações na Europa e Estados Unidos. Se em 1968 se podia falar de uma revolução mundial – afinal frustrada – como convergência das lutas nos paises centrais, nos países dependentes e nas sociedades burocratizadas do Leste Europeu, agora podemos dizer que se outro mundo é possível, o será a partir da convergência destes atores aparentemente dispares, estimulando o encontro destes sujeitos políticos, favorecendo que criem um sentido de propósito comum, identidade e visão de futuro – como prometia (mais do que oferecia), há uma década, o altermundialismo. E esse encontro será ainda mais rico se conseguir também dialogar com a experiência das gerações políticas passadas da esquerda, em uma interação horizontal, sem imposições e preconceitos.
8. Caracterizamos a situação mundial, a partir do FSM de Belém, como de convergência de crises e crise de civilização. Não vamos, aqui, voltar a este debate. Precisamos apenas destacar que parcela importante dos movimentos atuais colocam em discussão nada menos do que o sistema, a globalização neoliberal, a organização capitalista da economia, sociedade e poder. E demandam não apenas a possibilidade abstrata de outro mundo, mas também a definição positiva de suas características e das estratégias de transição que podem conduzir-nos a ela, a partir de respostas concretas e imediatas à crise atual. Na Europa, vários movimentos da cidadania global estão falando de desglobalização, isto é, de menor dependência frente ao mercado mundial, resistindo à deslocalização de empreendimentos produtivos para a Ásia; há, em todo caso, sinais de um crescimento do protecionismo ou pelo menos da reversão das tendências liberalizantes. Há também uma demanda generalizada, entre os movimentos, para desinflar as finanças e voltar a enquadrar o mercado e o poder das corporações pela política, taxando fortemente os ricos e poderosos. Há igualmente um sentimento de desconfiança generalizada para com a representação política e os partidos políticos em favor da participação direta da base, de práticas horizontais, do uso das novas tecnologias para informação e deliberação democrática. Cresce a compreensão de que as mudanças são urgentes e terão que ser sustentáveis, social e ambientalmente, alterando a relação da economia com a natureza: o capitalismo e a cobiça que lhe é inerente estão devastando a natureza. E cresce também, por vários caminhos, a idéia de que a alternativa é uma dinâmica econômica voltada para dentro, nacional ou regionalmente, que só se sustenta amparada em uma grande redistribuição de renda (hoje mais concentrada do que em qualquer outro momento da história). Tudo isso é insuficiente como alternativa de sociedade, mas é um ponto de partida prático mais do que suficiente para aqueles que agora se colocam em movimento. E pode e deve ser enriquecido a partir do diálogo com as temáticas e propostas que vem sendo debatidas e acumuladas nos últimos anos, no processo FSM e em muitos outros espaços, até que finalmente se consolide uma nova linguagem política, capaz de articular um novo projeto de sociedade com vocação hegemônica.
9. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), em maio/junho de 2012, é um momento que oferece uma oportunidade única para a cidadania global visibilizar os dramas do mundo naquilo que tem de totalizantes, colocando- os no centro do palco da política mundial. Mas não devemos amesquinhar o horizonte da sociedade civil na Rio+20, trabalhando com uma visão somente de resistência e denúncia. O encontro da sociedade civil por ocasião do evento terá um resultado tão mais eficiente quando mais seja alimentado por uma aspiração utópica de mudança, capaz de inspirar todos os movimentos. Da mensagem do grupo articulador da sociedade civil da Rio+20 que convocou o seminário de junho, saiu a idéia “Venha reinventar o mundo na Rio+20”. Devemos reforçar este mote, construindo o encontro da sociedade civil no Rio de Janeiro, em maio e junho, como o encontro d@s indignad@s, das expressões dos povos originários e dos movimentos anti-sistêmicos de todos os quadrantes, capaz de afirmar uma saída para a crise, tirando daí diretrizes e campanhas globais. Mas sabemos, depois de mais de duas décadas de crise geral do socialismo, que isso só será efetivo se conseguirmos afirmar e transmitir um paradigma alternativa de sociedade, se construirmos um vocabulário comum capaz de articular as demandas difusas de grande parcela das populações. Preparar esta reflexão mais estratégica e programática para a Rio+20 deve ser – para além dos encaminhamentos mais táticos – a tarefa do Fórum Social Temático “Crise capitalista, justiça social e ambiental”, que se reunirá em Porto Alegre entre os dias 24 e 29 de janeiro de 2012.
10. Este processo pode deixar, no caso específico do Brasil, como pais que sedia este processo, um legado – tão mais concreto quanto mais consigamos combinar as demandas globais com as lutas e demandas locais. A condição de anfitrião impõe para o governo brasileiro, se quiser desenvolver um protagonismo internacional no mundo multipolar que está se delineando, que cumpra certas lições de casa, abrindo mais espaços nos quais a pressão de movimentos e organizações sociais possam frutificar – não apenas dos brasileiros, mas também dos demais paises da região.
11. Nosso desafio central é hoje fortalecer e ampliar a atividade destes novos atores que se colocam em movimento e isso só é efetivo dentro do processo mais amplo, aberto e unitário. Isso torna a unidade, compreendida como algo que não elimina a diferença, essencial. Mas os encontros animados pela esquerda têm, no último período, ao contrário do que se passa com os indignados, resultado em divisões estéreis em quase todos os fóruns internacionais. Temos que resistir às tendências centrífugas que pesam sobre muitas organizações e movimentos. Temos que afirmar a centralidade da unidade em torno dos pontos a partir dos quais podemos marchar juntos e movermo-nos para outra correlação social de forças. É tendo um movimento extremamente, renovado, massivo e inspirador que a manutenção de seu avanço se tornará útil para todas as posições da esquerda – que buscarão disputar a adesão para suas posições particulares nos marcos deste campo político muito mais amplo. Lembremos que os pontos de unidade são hoje muito maiores do que os de divisão (questão social, ambiental, dos direitos, da política...). O ponto de clivagem que até agora emergiu nas discussões deste ano, a questão da economia verde, tem sido objeto de diferenças, em especial na América Latina, e é estratégico, mas neste momento incompreensível para boa parte dos movimentos aos quais devemos nos dirigir nesta conjuntura. Mas, quando tomamos a conjuntura internacional de conjunto, os pontos de unidade entre nós são incomensuravelmente maiores do que as divergências. E eles são a base que permitem fortalecer um movimento amplo das sociedades. Porto Alegre será, sem dúvida, um momento de aprofundar as discussões e clarificar acordos e divergências. Debates que terão sido estimulados de forma o mais articulada possível na França, durante o G20, em Durban, durante a COP 17. Esperamos que tanto Porto Alegre quanto o Rio de Janeiro acolham os indignad@s do mundo e sejam espaços para ampliar nossas lutas comuns. Vamos reinventar o mundo!
José Antonio dos Santos da Silva
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Ubunto também quer dizer "Eu sou o que sou devido ao que todos nós somos".
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Ubunto também quer dizer "Eu sou o que sou devido ao que todos nós somos".
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Movimento
Indignação, revolta, tristeza, sensação de impotência foram alguns dos sentimentos que se apossaram de nós, membros do Coletivo de Entidades Negras no transcorrer do curto processo de organização e realização do Encontro Ibero-Americano do Ano Internacional dos Afro-Descendentes – Afro XXI, em Salvador, Bahia, em novembro de 2011.
Clique no link abaixo para ler na íntegra:
CEN Brasil.
Acesse: http://www.cenbrasil.org.br/
PMDB
Congresso Estadual define bandeiras de atuação do PMDB
O Congresso Estadual do PMDB Gaúcho realizado na manhã deste sábado, 19, na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, aprovou, por unanimidade, a aprovação de 15 propostas que a partir de agora permearão a atuação partidária. São destaques o exercício de uma oposição construtiva e coerente ao Governo do Estado, a fiscalização responsável ao Governo Federal, o trabalho pela produção agrícola com respeito ao meio ambiente e a luta pela distribuição justa dos royalties do petróleo.
Ao apresentar os números finais da série de encontros “O PMDB que eu quero”, o secretário-geral do PMDB/RS, João Alberto Machado, afirmou que 2011 foi um ano de alinhamento do projeto político do partido. “A proposta do PMDB que eu quero objetivou o diálogo com as bases e a redefinição das nossas bandeiras que irão nos orientar a partir das eleições de 2012.
O presidente estadual, Ibsen Pinheiro – que repassou ao senador Pedro Simon a tarefa de fazer o encerramento oficial do Congresso – fez a conclusão do trabalho de 2011 através da carta “O Brasil que queremos”. No documento Ibsen faz um apanhado histórico da trajetória do partido, lembrando da contribuição da sigla para a redemocratização do País, citando como exemplo a anistia, a eleição de Tancredo Neves e a Constituinte de 1987.
Na Carta, assinada por toda a Executiva Estadual, é reforçada ainda as novas bandeiras de atuação partidária que foram formuladas com a ajuda de dirigentes e militantes de todo o Rio Grande do Sul durante “O PMDB que eu quero”. Participaram deste debate 5 mil correligionários pertencentes aos 497 municípios do Estado, entre os quais 140 prefeitos, 107 vices, 1.156, vereadores, e os deputados estaduais e federais. Eles foram mobilizados num total de 26 encontros regionais.
O senador Pedro Simon deu o seu aval para a permanência de Ibsen na presidência do PMDB –RS. “Uma das grandes lideranças gaúchas, que deu credibilidade ao partido, em todo o Brasil.” O senador lembrou a derrota nas últimas eleições para o governo e a prefeitura da Capital, mas salientou a importância da recuperação que esta sendo feita no partido.
Disse ainda que respeita o trabalho dos últimos governos federais, por elevarem o nível de desenvolvimento do país e colocarem o Brasil numa ótica positiva, internacionalmente. “As coisas estão encaminhadas, mas nunca houve no país uma fase de escândalos e de corrupção institucionalizada como atualmente . AS ONGs no mundo foram criadas com grandeza, no Brasil o cidadão cria uma ONG para roubar”, comentou.
Para Simon, resta definir o papel do partido. O senador também comparou a iniciativa “O PMDB que eu quero com antigos movimentos do velho MDB, com mobilizações como Diretas Já, Assembleia Nacional Constituinte, Anistia, Fim da tortura e liberdade de imprensa e declarou. “Essa situação insuportável que tem que terminar. Acho que hoje apontar rumo é muito importante e temos força e a autoridade de poder fazer,” disse acrescentando que o seu sentimento é de que as coisa vão avançar e vão mudar, com ética, seriedade e dignidade e que haverá uma purificação na realidade da política brasileira. Simon comentou também que analisa José Ivo Sartori, atual prefeito de Caxias do Sul, como grande candidato ao governo estadual. “Temos grandes lideranças e temos que levar adiante. Não tem partido mais forte, com mais seriedade e dignidade que o PMDB no RS. Tenho certeza que vai acontecer.”
Acesse o link para acessar as fotos: http://www.pmdb-rs.org.br/scripts/galerias.php?id=17728
Mais informações sobre o evento no site www.pmdb-rs.org.br
O Congresso Estadual do PMDB Gaúcho realizado na manhã deste sábado, 19, na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, aprovou, por unanimidade, a aprovação de 15 propostas que a partir de agora permearão a atuação partidária. São destaques o exercício de uma oposição construtiva e coerente ao Governo do Estado, a fiscalização responsável ao Governo Federal, o trabalho pela produção agrícola com respeito ao meio ambiente e a luta pela distribuição justa dos royalties do petróleo.
Ao apresentar os números finais da série de encontros “O PMDB que eu quero”, o secretário-geral do PMDB/RS, João Alberto Machado, afirmou que 2011 foi um ano de alinhamento do projeto político do partido. “A proposta do PMDB que eu quero objetivou o diálogo com as bases e a redefinição das nossas bandeiras que irão nos orientar a partir das eleições de 2012.
O presidente estadual, Ibsen Pinheiro – que repassou ao senador Pedro Simon a tarefa de fazer o encerramento oficial do Congresso – fez a conclusão do trabalho de 2011 através da carta “O Brasil que queremos”. No documento Ibsen faz um apanhado histórico da trajetória do partido, lembrando da contribuição da sigla para a redemocratização do País, citando como exemplo a anistia, a eleição de Tancredo Neves e a Constituinte de 1987.
Na Carta, assinada por toda a Executiva Estadual, é reforçada ainda as novas bandeiras de atuação partidária que foram formuladas com a ajuda de dirigentes e militantes de todo o Rio Grande do Sul durante “O PMDB que eu quero”. Participaram deste debate 5 mil correligionários pertencentes aos 497 municípios do Estado, entre os quais 140 prefeitos, 107 vices, 1.156, vereadores, e os deputados estaduais e federais. Eles foram mobilizados num total de 26 encontros regionais.
O senador Pedro Simon deu o seu aval para a permanência de Ibsen na presidência do PMDB –RS. “Uma das grandes lideranças gaúchas, que deu credibilidade ao partido, em todo o Brasil.” O senador lembrou a derrota nas últimas eleições para o governo e a prefeitura da Capital, mas salientou a importância da recuperação que esta sendo feita no partido.
Disse ainda que respeita o trabalho dos últimos governos federais, por elevarem o nível de desenvolvimento do país e colocarem o Brasil numa ótica positiva, internacionalmente. “As coisas estão encaminhadas, mas nunca houve no país uma fase de escândalos e de corrupção institucionalizada como atualmente . AS ONGs no mundo foram criadas com grandeza, no Brasil o cidadão cria uma ONG para roubar”, comentou.
Para Simon, resta definir o papel do partido. O senador também comparou a iniciativa “O PMDB que eu quero com antigos movimentos do velho MDB, com mobilizações como Diretas Já, Assembleia Nacional Constituinte, Anistia, Fim da tortura e liberdade de imprensa e declarou. “Essa situação insuportável que tem que terminar. Acho que hoje apontar rumo é muito importante e temos força e a autoridade de poder fazer,” disse acrescentando que o seu sentimento é de que as coisa vão avançar e vão mudar, com ética, seriedade e dignidade e que haverá uma purificação na realidade da política brasileira. Simon comentou também que analisa José Ivo Sartori, atual prefeito de Caxias do Sul, como grande candidato ao governo estadual. “Temos grandes lideranças e temos que levar adiante. Não tem partido mais forte, com mais seriedade e dignidade que o PMDB no RS. Tenho certeza que vai acontecer.”
Acesse o link para acessar as fotos: http://www.pmdb-rs.org.br/scripts/galerias.php?id=17728
Mais informações sobre o evento no site www.pmdb-rs.org.br
Mensagem
[Anexos de Jose Antonio dos Santos da Silva incluídos abaixo]
Companheiras e Companheiros.
Chega um determinado momento na vida da gente que precisamos ser mais fortes em nossas decisões. Se queremos construir um Projeto de Negras e Negros Compartilhando o Poder, como podemos apoiar ações ou atitudes de processos eleitoras que não respeitam a democracia e operam pela manobra do subterfúgio da adulteração ou até mesmo do esquema.
Cada vez mais uma falta de ética operando dentro da luta do nosso povo. A submissão aos patrões e o desrespeito com a história de luta de cada um de nós militantes, operando para garantir seus empregos de falso lideres da luta racial.
Peço desculpas, mas todos nós temos um limite e meu limite chegou se esgotou.
A mais ou menos 09 anos, me aproximei de uma filosofia de vida, "Ubuntu", que me ajudou muito a crescer dentro da militância negra.
Como dizem os mais antigos: "Não somos nem melhores e nem pior do que ninguém, mas precisamos ser éticos com os nosso povo", e isto procuramos ser com nossos irmãos, mas nem todos tem a reciproca verdadeira.
Mesmo que alguns não gostem do que estou escrevendo, ou até mesmo digam que o que escrevo não é a verdade, anexei os documentos do resultado das eleições do CODENE - Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra no Estado do RS e o documento encaminhado ao Ministério Público e ao Governador do Estado. Gostaria que lessem e me dessem suas opiniões.
Quero dizer, que este tipo de armação teve apoio de pessoas que trabalham no interesse de desconstituir o trabalho de quem esta na base, para como disse se manterem em direções e empregos em nome de uma liderança que não têm fazendo um desserviço ao nosso povo.
Não é o cargo que faz o líder e sim seu compromisso com seu povo.
Aqueles que pensaram que a verdade não viria atona eis os documentos da comprovação.
"Um Filho de Ogun e Iansã, não foge da luta. Com a proteção de Xangô e Oxum, sabíamos que a verdade iria aparecer, como outras que ainda vão ser desmascaradas".
Aqueles que torciam por nossa derrota, fico esperando que se manifestem com a mesma determinação que se manifestaram pelas nossas costas.
Àse.
José Antonio dos Santos da Silva
51.91792404 - Claro
51.95284570 - Vivo
53.99491618 - Vivo
51.84908721 - Oí
51.82490039 - Tim
"Quem é de Axé diz que é!
"Ogun ko nife o si ewu lona wa"
"Com a proteção de Ogun não haverá nenhum perigo em nosso caminho".
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PANTA REI = (TUDO MUDA)
Assistente Supervisor
Forever Living Producto Brasil
"Ubunto" é uma antiga palavra Africana, cujo significado é: "humanidade para todos".
Ubunto também quer dizer "Eu sou o que sou devido ao que todos nós somos".
Página pessoal - http://joseantoniodossantosdasilva.blogspot.com/
http://twitter.com//JASSRS62
Página da UNEGRO Nacional - http://www.unegro.org.br/
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Anexo(s) de Jose Antonio dos Santos da Silva
8 de 8 arquivo(s)
Cinema Angolano
On Sun, 11/20/11, Angolas Ambassad - Kultur wrote:
Colegas e Amigos,
Encaminho, para vosso conhecimento.Agradeço se podem passar a informação a pessoas que considerem poder estar interessadas em saber.
[ para os que estão em Luanda e gostariam de ir ao Cine Atlântico, sei que é tarde, mas… mais uma vez o desfecho organizativo da iniciativa não permitiu informar mais cedo L; pelo menos me reconforta que não fiquem sem saber, sobretudo porque de entre os três filmes há um, My Heart of Darkness, que muito interpela os angolanos; tomem nota, por favor… ]
Saudações de Estocolmo.
buca boavidaadido cultural---------------------------------------Serviços Culturaisda Embaixada de Angola
nos Países Nórdicos e Bálticos
Skeppsbron, 8 - 11130 Stockholm
Tel: +46 824 2890
Fax: +46 834 3127
http://www.angolaemb.com/
De: Leif Biureborgh http://us.mc1616.mail.yahoo.com/mc/compose?to=[mailto:leif_biureborgh@hotmail.com]
Enviada: quinta-feira, 17 de Novembro de 2011 18:45
Para: Buca Boavida
Assunto: Três filmes suecos no FIC em Luanda 2011
Caro Buca,
Temos o grande prazer de informar que conseguimos, por fim, ter três filmes suecos no FIC em Luanda 2011.
Em anexo a nota de imprensa que está a ser distribuída.Agradeço que partilhes a informação pelos teus contactos.
Cumprimentos de Luanda,
Leif
Leif Biureborgh
Prédio Sueco Maianga
Rua Marien N'Gouabi 118/604
Maianga, Luanda
Angola
Tel/Fax:+244 912 506938
Cell:+244 912 506938
Cell:+46 70 545 9498
E-mail:leif_biureborgh@hotmail.com
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Anexo(s) de Margarida Castro
1 de 1 arquivo(s)
Natal em bom Jesus RS
7º Encanto de Natal
Bom Jesus - RS
De 2 de dezembro de 2011 a 6 de janeiro de 2012
Confira a programação clicando aqui ou em anexo.
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PREFEITURA MUNICIPAL DE BOM JESUS
Campos de Cima da Serra | Rio Grande do Sul | Brasil
Av. Manoel Silveira de Azevedo, 2987 - Centro - Bom Jesus - RS - 95.290-000contato@bomjesus.rs.gov.br | (54) 3237.1585
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Vereadora Sofia Cavedon
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