Movimentos protestam contra racismo e a higienização social em São Paulo 

Depois de uma série de atividades realizadas no centro da cidade no dia 9 de fevereiro, as entidades que compõem o "Comitê contra o genocídio da juventude negra" irão promover uma Marcha, no sábado dia 11, pelo “emblemático” bairro de Higienópolis, na capital paulista. A concentração para o ato será às 14h, no Largo de Santa Cecília.

Wilson H. Silva
da redação do Opinião Socialista


• A marcha que ocorrerá sábado, dia 11 de fevereiro, está sendo convocada por cerca de 25 entidades, principalmente dos movimentos negro, mas também, dos movimentos popular, LGBT e sindical que, desde o início do ano, têm se reunido para construir uma resposta ao que todos caracterizam como uma onda de racismo, “higienização” sócio-racial e criminalização da pobreza que tem varrido todo o país, mais particularmente São Paulo, sob a batuta do prefeito da cidade, Giberto Kassab (PSD), e o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Alguns dos principais episódios que motivaram a formação do “Comitê contra o genocídio da juventude negra” foram os casos de racismo escancarado que aconteceram no final de 2011.

Como já noticiamos neste Portal, no início de dezembro, a jovem Ester, uma estagiária do Colégio Anhembi-Morumbi, foi “convidada” a se demitir caso não alisasse o cabelo. Pouco depois, um garoto etíope de seis anos foi jogado para fora do restaurante Nonna Paolo e o estudante Nicholas foi violentamente atacado por policiais racistas na USP. Enquanto isso, o jovem Matheus amargava dois meses de cadeia por ser “confundido” com um ladrão, apesar de testemunhas e evidências contrárias.

Além disso, o Comitê tem suas raízes nas entidades que, durante 2011, se uniram para protestar contra políticas de higienização social, criminalização da pobreza e dos movimentos sociais, que, no decorrer dos últimos meses, tiveram como lamentáveis pontos altos a política fascitóide que Kassab vem desenvolvendo na “Cracolândia”, o suspeitíssimo incêndio na Favela do Moinho e o recente ataque criminoso ao Pinheiro.

A unidade construída em torno de todas estas questões é explicada no “manifesto” (anexo) produzido pelo Comitê:“não há dúvidas que o racismo também marcou estas histórias, como sempre, lado a lado com a exploração econômica e a marginalização social. Afinal, não há nenhuma dúvida sobre a “cor” da maioria dos homens e mulheres que viviam nestas comunidades: negros e negras”.

Retomando a história de luta do movimento (...)

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