sexta-feira, 23 de novembro de 2012

MNDH


Caros do Grupo MNDH - Movimento Nacional de Direitos Humanos,

14 das 50 cidades mais violentas do mundo estão no Brasil e Curitiba é uma
delas;
Tivemos nos últimos 30 anos mais de 1 milhão de homicídios no Brasil e o
crescimento tem sido exponencial a partir de 2003;
Em 2011 tivemos mais de 195 mil vítimas fatais devido a violência;
O custo da violência supera 5% de nosso PIB, isso segundo estudos
desatualizados realizados pelo IPEA, eu estimo em mais de 10% e apresento as
razões;
A Costa Leste do Paraná é hoje uma das regiões mais violentas do mundo, onde
se observa um dos mais elevados IHA;
Cada 5 minutos uma mulher é violentada no Brasil, muitas são mortas, e mesmo
com uma CPMI em curso, criada por pressão internacional, as ações ainda não
são eficazes, são desencontradas e com soluções longe da realidade do dia a
dia da mulher violentada e mais distante ainda de boas práticas de gestão.

"Um dos principais erros de nossos políticos e gestores públicos está na
equivocada compreensão de que os problemas serão solucionados através de
leis e regulamentos, não se dão conta de que eles são, na maioria das vezes,
inexequíveis por falta de recursos, principalmente boas práticas de gestão e
capital humano com competência¹. O melhor exemplo é a aplicação da Lei Maria
da Penha, que está longe de boas práticas de gestão, principalmente as mais
simples, não mobilizou a sociedade para que o servidor público tenha
competência¹ para trabalhar a questão, mesmo com uma CPMI em curso, e não
conta com recursos e apoio da sociedade, da mídia chapa branca em especial."
(Gerhard Erich Boehme)


Antes da gestão, de uma boa administração, temos a legislação, é ai que
temos um dos graves problemas no Brasil. Ela tornou o país inadministrável.
Por mais competentes que sejam nossos governadores, e isso o Governador
Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho mostrou ser, principalmente pelo fato
de ter um dos melhores administradores públicos como seu vice-governador, o
administrador Guilherme Afif Domingos. O que não nos impede de tecer
inúmeras críticas ao que tem realizado e a falta de liderança em muitos
campos.

Ocorre que, face à legislação vigente, ele pouco pode fazer, pois temos que
entender algumas questões essenciais, que podem ser simplificadas a grosso
modo, como:
a)    O Estado e seus servidores - políticos são também servidores quando
ocupam cargos públicos - somente podem fazer aquilo que está previsto em
lei.
b)    A iniciativa privada e os cidadãos que nela atuam podem fazer tudo,
menos o que a lei limita.

O problema é que o legislador, seja ele no legislativo federal, estadual ou
municipal, assim como os que atropelam ou invadem este poder, sejam eles com
medidas provisórias ou interpretação equivocada da lei, não lavam em
consideração que não basta a vontade do legislador para a mudança, mas que a
sociedade chegue a um consenso e tenha recursos para promover mudanças.
Veja o caso do Pinheirinho em São José dos Campos, se o governador não
atendesse a justiça, seguramente estaria hoje impedido de continuar seu
mandato.



"O Estado não deve, de forma alguma, fazer aquilo que os cidadãos também não
possam fazer. Isso é autoritarismo puro. Ao contrário, só se pode atribuir
ao Estado tarefas que os próprios cidadãos possam cumprir, mas que não é
desejável que as cumpram sozinhos (seja porque isso sairia muito caro
[prevenção ao crime por exemplo, como escolta, vigilância, vigias, proteção
de executivos e autoridades etc. - realizado subsidiariamente através da
Polícia Militar ou Guarda Municipal], seja porque não teriam forças para
executá-las sob o regime da lei [quando a sociedade chega ao consenso de que
não podem ser realizadas pela iniciativa privada, como a tributação,
relações exteriores, defesa nacional ou justiça, incluindo os primeiros
passos da justiça na esfera criminal dados pelas Polícias Civis, Federal e
Técnico-científicas - atribuições privativas do Estado]). O Estado nada mais
é do que o resultado da transferência de poder dos indivíduos para uma
entidade que os represente em suas próprias ações. E ninguém pode transferir
o que não tem." (Marli Nogueira)



O problema é que o brasileiro olha para o Estado e vê nele a possibilidade
de realização de mudanças, o que de certa forma está certo, mas esquece que
o cobertor é curto demais. Ou, o que é pior, olha para ele como se fosse a
entidade que possui recursos ilimitados - como se pudesse fabricar moeda ou
plantar árvores onde o dinheiro dá frutos - que pode satisfazer seus desejos
pessoais ou satisfazer a sede de cobiça alheia disseminada pela oclocracia
em curso. Se atualmente temos o brasileiro parcialmente escravo, com mais de
dois "quintos dos infernos" sendo compulsoriamente retirado de seu bolso
através de tributos, isso sem contar outros gastos, como competir com os
governos na hora de tomar emprestado - o que acarreta o aumento do custo do
dinheiro e aumento da taxa de risco: juros mais elevados.

Fica a a dúvida: Será que o brasileiro saberia responder a quatro perguntas
básicas?

a)  Quais são as tarefas autênticas do Estado para que ele possa ser eficaz
nos seus resultados?
b)  Em que nível, federal, estadual ou municipal, devem ser realizado? E
qual é o papel de cada poder?
c)  Como controlar os gastos estatais e impedir que eles se expandam
continuamente e impedir que recursos que deveriam ser destinados aos bens e
serviços públicos não sejam retirados ou desviados por políticos e
sindicalistas?
d)  De onde são retirados estes recursos para que o Estado venha a cumprir
seu papel? E o Estado será mais eficiente e eficaz que a iniciativa privada
na alocação destes recursos para a solução dos problemas?



"Bens e serviços públicos têm como característica essencial a
impossibilidade de limitar o seu uso àqueles que pagam por ele ou a
impossibilidade de limitar o acesso a eles através de restrições seletivas,
com uma única exceção eticamente aceitável: o privilégio ou benefício dado
aos portadores de deficiência física ou mental, incluindo as advindas com a
idade ou aquelas resultantes de sequelas de acidentes ou fruto da
violência." (Gerhard Erich Boehme)



O Governador Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho teve sua gestão
reconhecida, pois enquanto o Brasil acompanhava a escalada assustadora da
violência, principalmente a decorrente do aumento de drogas vinda da
Bolívia, em São Paulo houve significativa redução da criminalidade. Mas São
Paulo ficou refém da má gestão no Governo Federal.

Merece destaque neste cenário o Modelo de Gestão aplicada na Polícia
Militar. Este que foi um dos inúmeros sucessos de sua gestão, este a partir
de uma parceria firmada com a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), a PM
passou a adotar, em 2004, o Modelo de Excelência de Gestão® (MEG), traduzido
em fundamentos de boa gestão mundialmente reconhecidos.

O MEG acelerou e consolidou o processo de mudanças e de melhoria da gestão,
garantindo melhor controle da criminalidade nos 645 municípios paulistas.
Várias iniciativas foram adotadas nesse período, tais como: a concepção do
Sistema de Gestão da Polícia Militar do Estado de São Paulo (GESPOL), que
difundiu a visão sistêmica da gestão policial, possibilitando ganhos de
produtividade e de eficácia operacional; a criação do Serviço Auxiliar
Voluntário, o qual liberou milhares de policiais de atividades de suporte
administrativo para atividades-fim; a harmonização das atividades
operacionais focadas nas necessidades dos clientes da polícia com a criação
dos Programas de Policiamento; a minimização do erro profissional com a
concepção do Procedimento Operacional e Administrativo Padrão alicerçado no
Sistema de Supervisão e Padronização; o uso da inteligência com
investimentos em Tecnologia de Informação e Comunicação, além da utilização
racional dos recursos humanos e materiais nas atividades de policiamento com
a implementação do Plano de Policiamento Inteligente.


Mas foi justamente este modelo que foi alvo da gestão PTista, que com suas
"parcerias" através do Foro San Paulo está desestabilizando o governo
paulista na área da violência. Através de cotas extras de drogas, estas
vindas da Bolívia e do Paraguay - com sua craconha - produzida pelo MST
paraguaio, como são conhecidos os sem-terra de lá, os carperos e pelos
militantes do Exército do Povo Paraguaio (EPP), das ameaças de perda dos
pontos de drogas e ameaças de mortes, traficantes ligados ao PCC e a outros
grupos ligados ao tráfico de drogas boliviano passaram a repetir a onda de
violência que se mostrou eficaz no período que antecedeu as eleições de
2006, com suas "Semana 20", repetida em 2010 e agora antecedendo as eleições
paulistanas.


Mas a repressão tem sido eficaz e em muitos casos excedendo limites, como
noticiado. A questão é que a polícia judiciária [Polícias Civis, Polícias
Técnicas e Polícia Federal, com sua Diretoria Técnico-Científica (DITEC) que
é o órgão central responsável pelas atividades de perícia criminal] não
acompanhou esta melhoria de gestão, como bem nos alertou a ADEPOL em uma das
mais brilhantes palestras no Senado Federal, esta que deve ser de
conhecimento obrigatório de todos brasileiros:
http://www.youtube.com/watch?v=nxYBDljmB2U e servir de base aos jornalistas
e professores quando forem trabalhar o tema violência e segurança pública.

É a partir desta palestra que deveriam sair as propostas para o convênio
entre o governo paulista e o Ministério da Justiça.

E na esfera da segurança pública no campo da prevenção, esta realizada pelas
demais Polícias Militares, pelas Polícias Rodoviárias Federal e as
Estaduais, pelas Guardas Municipais, que atuam de forma ostensiva, e que
contam também com a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), a elas é
recomendado que no futuro próximo venham a absorver a tecnologia de gestão
desenvolvida com sucesso em São Paulo, ou, caso aplicável, façam uso das
práticas de gestão disseminadas através do Prêmio Nacional da Gestão Pública
(PQGF), que é uma das ações estratégicas do Programa Nacional da Gestão
Pública e Desburocratização -GESPÚBLICA.

Quanto ao Governo Federal, além de se ter subjugado ao Foro San Pablo, em
especial ao "índio cocalero", retirou recursos da Polícia Rodoviária Federal
e das Forças Armadas, principalmente nas regiões de fronteira. Pouco
investiu, e o pior, colocou o Ministério das Relações Exteriores de forma
escandalosamente ideológica a serviço dos interesses do Foro San Pablo.

Mas nem tudo foi feito na direção errada, o Ministério da Justiça lançou,
mas não deu continuidade à boa gestão, sendo o melhor exemplo o Programa
Nacional de Normalização e Metrologia Forense (PNNMF), programa que teve
origem em um convênio firmado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia com o
Ministério da Justiça, do INMETRO, e que conta com a participação somente da
Polícia Técnica do Rio de Janeiro, mas não das demais polícias técnicas. Uma
das atribuições do PNNMF seria justamente assegurar a padronização de
procedimentos em todo Brasil. Este programa praticamente não saiu do papel.
Ainda no campo da perícia criminal, temos a questão da confiabilidade, falta
investir na implantação da ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005 nos Institutos de
Criminalística das Polícia Científicas. Seria a melhor forma de se assegurar
boa gestão em seus laboratórios.

Seria importante que fosse criada a Câmara da Qualidade, que seja realizado
um Encontro Técnico onde estas entidades apresentem o que foi feito, está
sendo feito e se planeja fazer no âmbito da gestão da qualidade no campo
forense. Vejo a realização de um Encontro entre especialistas neste sentido
como prioritário, pois assim evitaríamos de dar tiros em todas as direções e
valorizar o que que já foi feito e está sendo planejado, dando possibilidade
ao Ministério da Justiça firmar parcerias com resultados concretos,
eficientes e eficazes, não apenas a luz dos holofotes ou ao sabor da crise
do momento. A confiabilidade dos resultados como proposto no PNNMF seria um
importante passo nesta direção.

A ISO/IEC 17025 é a "norma" aplicável aos Laboratórios de Ensaio e/ou de
Calibração. Na realidade trata-se de um guia que é utilizado por uma
infinidade de laboratórios voltados à fiscalização, com destaque à ANVISA,
Ministério da Agricultura, etc..

A ISO/IEC 17025 foi produzida como resultado de ampla experiência na
implementação da ISO Guia 25 e da EN 45001, que foram canceladas e
substituídas de modo a serem utilizados textos idênticos nos níveis
internacional e regionalmente. Ela estabelece os critérios para aqueles
laboratórios que necessitam demonstrar sua competência técnica, que possuem
um sistema da qualidade efetivo e que são capazes de produzir resultados
tecnicamente válidos. Particularmente entendo que ela deveria ser aplicada
obrigatoriamente a todos os laboratórios das Polícias Técnicas ou
Técnico-científicas, ou ainda da DITEC da Polícia Federal - Diretoria
Técnico-científica, pois além do risco do trabalho atualmente realizado em
todo o Brasil ser tecnicamente invalidado por um advogado mais inteligente,
oferece a possibilidade de troca de experiências, com ganhos e integração em
todo o país, já que o trabalho pericial demanda custos, muitas vezes
elevados para muitos estados e requer economia de escala para a realização
de muitas de suas atividades.

A ISO/IEC 17025 foi produzida como resultado de ampla experiência na
implementação da ISO Guia 25 e da EN 45001, que foram canceladas e
substituídas de modo a serem utilizados textos idênticos nos níveis
internacional e regionalmente. Ela estabelece os critérios para aqueles
laboratórios que desejam demonstrar sua competência técnica, que possuem um
sistema da qualidade efetivo e que são capazes de produzir resultados
tecnicamente válidos. Internacionalmente, o processo de padronização das
atividades dos laboratórios de ensaio e calibração teve início com a
publicação da ISO/IEC Guia 25 em 1978, revisado posteriormente em 1993. Na
Europa, em razão da não aceitação da ISO Guia 25, vigorava a EN 45001 como
norma para reconhecer a competência dos ensaios e calibrações realizadas
pelos laboratórios.

Os principais objetivos da ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005 são:

1.        Estabelecer um padrão internacional e único para atestar a
competência dos laboratórios para realizarem ensaios e/ou calibrações,
incluindo amostragem. Tal padrão facilita o estabelecimento de acordos de
reconhecimento mútuo entre os organismos de credenciamento nacionais.
2.        Facilitar a interpretação e a aplicação dos requisitos, evitando
ao máximo opiniões divergentes e conflitantes. Ao incluir muitas notas que
apresentam esclarecimentos sobre o texto, exemplos e orientações, a ABNT NBR
ISO/IEC 17025:2005 reduz a necessidade de documentos explicativos
adicionais.
3.        Extensão do escopo em relação à ISO Guia 25, abrangendo também
amostragem e desenvolvimento de novos métodos.
4.        Estabelecer uma relação mais estreita, clara e sem ambiguidade com
a ABNT NBR ISO 9001:2008.
5.        Na ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005 há uma nítida separação entre os
requisitos gerenciais e os requisitos técnicos: a seção 4 contém os
requisitos para a administração e a seção 5 especifica os requisitos para a
competência técnica dos ensaios e/ou calibrações que o laboratório realiza.
Essa separação facilita a condução das avaliações, quer sejam internas ou
externas. Maior atenção deve ser dada aos clientes do laboratório (item 4.7
- Atendimento ao cliente). É privilegiada uma cooperação mais estreita com
os clientes no que tange aos aspectos contratuais, legais e regulamentares e
no acesso do cliente às áreas do laboratório para acompanhamento dos ensaios
e/ou calibrações. Embora não sejam requisitos auditáveis, os laboratórios
são encorajados a estabelecer canais de comunicação e obter feedback dos
clientes. Foi incluído o requisito que trata das ações preventivas a serem
tomadas pelo laboratório (item 4.11), através do qual deverão ser
identificadas oportunidades de melhoria.
6.        E principalmente assegurar a competência técnica do laboratório
para produzir dados e resultados tecnicamente válidos, o que aumenta a sua
credibilidade a outras entidades do Estado e junto à sociedade.
7.        Atender a exigências legais.
8.        O uso da ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005 poderá facilitar a cooperação
entre laboratórios e outros organismos, auxiliando na troca de informações e
experiências, bem como na harmonização de normas e procedimentos, o que
poderá significar redução de custos.

Em suma, a adequação das atividades gerenciais e técnicas do laboratório de
acordo com os critérios da ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005 deve ser vista não
como um custo, mas como um investimento de médio e longo prazos e cujo
retorno certamente será garantido pela comprovação da competência técnica do
laboratório junto ao Estado e à sociedade, o que é fundamental para a
qualidade na área forense.

Ainda no âmbito da boa gestão, devemos dar atenção especial aos CONSEG -
Conselhos Comunitários de Segurança, para os quais, no meu entender, deveria
contemplar um Guia padrão para sua formação, implementação e manutenção e
assim os CONSEG serem certificados segundo a conformidade com estes
requisitos, com a confidencialidade e os requisitos da ABNT NBR ISO
9001:2008. A realidade neste campo de gestão, embora tenha sido uma
excelente conquista da sociedade brasileira, mostra que a grande maioria dos
CONSEG - Conselhos Comunitários de Segurança estão ou no limbo ou sendo
utilizados com propósitos distintos, como o de "privatizar" a estrutura
pública ou servir de degrau para a promoção pessoal, quando não permite o
acesso a informações privilegiadas, as quais podem ser utilizadas com outros
propósitos, inclusive favorecendo a criminalidade. Os CONSEG - Conselhos
Comunitários de Segurança são as melhores alternativas no campo da prevenção
se quisermos de fato observar o princípio da subsidiariedade em nossa
sociedade, princípio este desconhecido do brasileiro, mas fundamental para a
melhoria da qualidade de vida, da sustentabilidade e de desenvolvimento
econômico.

Mas não basta apenas boa gestão, o problema é que a nossa Constituição foi
redigida com base na síndrome do preso político, sem que na sua redação
tenha sido considerado o gradiente de maldade que está presente no ser
humano. Desta deformação nasceu também a maioridade penal, praticamente
única em todo mundo, que coloca como criança pessoas que a mais de quatro
anos deveriam saber o que é certo ou errado. Desta deformação se criou uma
insegurança jurídica enorme para toda a sociedade, pois o direito de
propriedade passou a ser relativizado.

Outra aberração ocorre em nossas universidades, nos TCC dos graduandos, ou
na defesa de teses mestrandos e doutorandos em Direito, tivemos uma imensa
maioria dos estudantes optando como tema central os direitos humanos, mas se
deixou de lado questões importantes como o estudo da dosimetria das penas,
questões como a perícia criminal, etc.  O resultado disso é triste, tanto
que hoje são raros os locais preservados pela autoridade policial ou
devidamente isolados pelas polícias que atuam na esfera não da justiça, esta
que dá os primeiros passos no âmbito da justiça na esfera criminal, a
polícia judiciária (Polícia Federal, Polícias Civis e Polícias Técnicas ou
Tecnico-científicas), mas da polícia que deve atuar na prevenção ao crime,
que atua de forma subsidiaria dentro da sociedade, a polícia preventiva e
ostensiva (Polícias Rodoviárias, Polícias Militares ou Brigada Militar (RS)
e as Guardas Municipais). Desta deformação temos que sem provas promovemos
igualmente e escandalosamente a impunidade.

Hoje a lei é menos severa, podemos dizer assim, para quem mata com
crueldade, ou se apropria do patrimônio alheio, tornado o outro escravo, do
que a punição aplicada àquele que fuma em lugar público ou ofende ou
menciona uma pessoa com base no uso que faz do seu esfíncter anal.

2006 foi um ano emblemático, a Semana 20 marcou uma nova forma de atuação do
Partido dos Trabalhadores (PT) e muitos de seus "camisas pardas". A partir
de doses extras de drogas, ameaça de perda de pontos de venda, anistia a
devedores, ameaças de morte, etc. vimos a criminalidade se fazer presente
buscando desestabilizar a política no Estado de São Paulo. Muitas outras
ações foram arquitetadas a partir do Foro San Pablo, de onde vieram os
principais recursos. Estas ações se repetiram em 2010 e agora nas eleições
na Região Metropolitana de São Paulo. Teve continuidade após as eleições por
diversas razões, em especial pelo fato de muitas delas terem fugido do
controle das partes.

No mais, os dois vídeos que recomendo a seguir dão subsídios importantes
para que se saiba priorizar recursos públicos e se fazer uma boa gestão. A
eles somo o texto que elaborei para debatermos a questão das drogas e da
violência a ela associada, em especial a questão da craconha, mais
especificamente a maconha de origem paraguaia, com baixos teores de crack.
Já que desta mistura temos o consumo no Brasil e países vizinhos, muitas
vezes sem o conhecimento do usuário, de uma droga que leva ao consumo mais
constante da chamada craconha também chamado de desireé, zirrê, criptonita,
bazuco ou mesclado, a qual, quando não, leva para o consumo do crack ou da
cocaína.

<http://www.youtube.com/watch?v=GwGpTy-qpAw>
http://www.youtube.com/watch?v=GwGpTy-qpAw Na qual o atual Vice-Governador
de São Paulo deu a melhor explicação sobre uma das principais causas da
violência no Brasil, em São Paulo em especial.

E veja também:  <http://www.youtube.com/watch?v=nxYBDljmB2U>
http://www.youtube.com/watch?v=nxYBDljmB2U  No qual é apresentada a
realidade que está ao alcance de nossas autoridades para modificá-la e assim
diminuir a violência. Do Governador Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho em
especial.

Drogas - Um debate sem respostas
*
http://xa.yimg.com/kq/groups/10758151/1092829296/name/Drogas+e+a+violência+%
C2%96+Um+debate+sem+respostas.pdf 
Até as próximas eleições - O Brasil é uma favella
*
http://xa.yimg.com/kq/groups/19582569/471619330/name/unknown_parameter_value

*
http://xa.yimg.com/kq/groups/13772711/1405454495/name/A+primeira+favella+e+a
+discrimina%C3%A7%C3%A3o+espacial+como+causa+d%E2%80%A6.pdf

E não é sem razão que temos hoje uma das sociedades mais violentas do mundo:
1.  14 das 50 cidades mais violentas do mundo estão no Brasil
<http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-01-13/das-50-cidades-mais-viol
entas-do-mundo-14-sao-brasileiras-diz-estudo-de-ong-mexicana>
cid:image001.gif@01CDC561.DFAB7DB0 e Curitiba é uma delas;
2.  Tivemos nos últimos 30 anos mais de 1 milhão de homicídios
<http://oglobo.globo.com/arquivos/mapa_violencia_2012.pdf>
cid:image001.gif@01CDC561.DFAB7DB0 e o crescimento é exponencial;
3.  Em 2011 tivemos mais de 195 mil vítimas fatais devido a violência
<http://xa.yimg.com/kq/groups/10758151/1092829296/name/Drogas+e+a+violência+
%C2%96+Um+debate+sem+respostas.pdf> cid:image001.gif@01CDC561.DFAB7DB0;
4.  O custo da violência supera 5% de nosso PIB, isso segundo estudos
desatualizados realizados pelo IPEA, eu estimo em mais de 10% e apresento as
razões
<http://xa.yimg.com/kq/groups/13772711/1001703886/name/O+impacto+econômico+d
a+violência+no+Brasil.pdf> cid:image001.gif@01CDC561.DFAB7DB0;
5.  A Costa Leste do Paraná é hoje uma das regiões mais violentas do mundo,
onde se observa um dos mais elevados IHA
<http://portal.mj.gov.br/sedh/documentos/idha.pdf> Descrição: Descrição:
Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição:
Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição:
Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição:
Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição:
cid:image003.gif@01CD537F.EB20F4D0.
6.  Cada 5 minutos uma mulher é violentada no Brasil
<http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1680119-15605,00-UMA+MULH
ER+E+AGREDIDA+A+CADA+MINUTOS+NO+BRASIL.html>
cid:image001.gif@01CDC561.DFAB7DB0, muitas são mortas
<http://xa.yimg.com/kq/groups/12477648/1387714812/name/Debate+sobre+a+violên
cia+contra+as+mulheres.pdf> cid:image001.gif@01CDC561.DFAB7DB0;

Aguardo, como sempre, cíticas e sugestões, pois este debate é por demais
importante para todos nós, para que possamos ter a compreensão clara do que
ocorre a nossa volta, em especial quanto a baixa qualidade de gestão que
aceitamos por parte de nossos políticos, em especial os que estão em
Brasília.

"Um dos principais erros de nossos políticos e gestores públicos está na
equivocada compreensão de que os problemas serão solucionados através de
leis e regulamentos, não se dão conta de que eles são na maioria das vezes
inexequíveis por falta de recursos, principalmente boas práticas de gestão e
capital humano com competência¹. O melhor exemplo é a aplicação da Lei Maria
da Penha, que está longe de boas práticas de gestão, principalmente as mais
simples, não mobilizou a sociedade para que o servidor público tenha
competência¹ para trabalhar a questão e não conta com recursos e apoio da
sociedade, da mídia em especial." (Gerhard Erich Boehme)



"O sucesso de uma organização não é alcançado por meio de uma brilhante
estratégia. É alcançado por meio de uma brilhante execução da estratégia. Na
verdade, a execução da estratégia é mais importante do que a estratégia em
si." (Robert Kaplan & David Norton)



Para o debate é fundamental também que seja acessado:
*
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/jornalismo-macabro-escondendo-o
s-cadaveres-que-nao-interessam-com-aqueles-que-interessam/
*        <http://www.band.uol.com.br/canallivre/videos.asp?id=13874956>
http://www.band.uol.com.br/canallivre/videos.asp?id=13874956

E caso tenham alguma dúvida quanto a relação entre a escalada do crime em
todo o Brasil com o tráfico de drogas a partir do Foro San Pablo - o que
inclui o PT - Partido dos Trabalhadores, bem como a escalada da violência
devido a discriminação espacial, principalmente ela promovida a partir de
ações governamentais, como o Minha Casa, Minha Vida, Minha cidade de Deus,
então recomendo que entendam primeiro a questão da maconha, em especial a
informação que a Revista Veja omitiu em sua excelente matéria sobre os
malefícios da droga, a contaminação propositada da maconha com um pequeno
percentual de crack. Isso é feito para assegurar que o "maconheiro" fique de
fato dependente ou migre para o consumo de cocaína ou crack. E é feito
igualmente para compensar o baixo teor de THC na maconha brasileira e
paraguaia.

E é importante antes ler as páginas amarelas da edição 2283 de 22 de agosto
de 2012.

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/como-os-narcotraficantes-estao-
hoje-presentes-nos-governos-bolivarianos-infiltrados-tambem-pelo-ira-ou-dilm
a-quer-essa-gente-toda-no-mercosul/

Temos hoje o que há de pior na América Latina na atualidade: o tráfico de
drogas, onde a Bolívia faz do Brasil seu principal mercado consumidor, e
conta com o MST paraguaio, como são conhecidos os sem-terra de lá, os
carperos e os militantes do Exército do Povo Paraguaio (EPP) na produção da
maconha, mais especificamente a maconha de origem paraguaia, com baixos
teores de crack, desta mistura temos o consumo no Brasil e Uruguai, muitas
vezes sem o conhecimento do usuário, de uma droga que leva ao consumo mais
constante da chamada zirrê também chamado de desireé, craconha, criptonita,
bazuco ou mesclado, quando não para o consumo do crack ou da cocaína.

Recomendo que leiam:
http://mais.uol.com.br/view/85r7d735pwrw/drogas--craconha-no-rio-de-janeiro-
04023566D0896346?types=A
<http://mais.uol.com.br/view/85r7d735pwrw/drogas--craconha-no-rio-de-janeiro
-04023566D0896346?types=A&> &

E reflitam sobre o texto que elaborei para o debate:
http://xa.yimg.com/kq/groups/9567009/320864600/name/Drogas+e+a+violência+%C2
%96+Um+debate+sem+respostas.pdf

Abraços,

Gerhard Erich Boehme
gerhard@boehme.com.br
gerhard@boehme.com.br
+55 (41) 8877-6354
+55 (13) 4042-2333
Skype: gerhardboehme
Caixa Postal 15019
80530-970 Curitiba PR


<http://www.mises.org.br/FileUp.aspx?id=131>
cid:image002.png@01CDC72D.4ECA02D0

¹) competência requer, conforme temos na própria ISO 9000, educação,
formação, habilidade e experiência. E note que competência está baseada na:
a)  educação (1º, 2º e 3º Grau - reconhecidos e fiscalizados pelas
secretarias municipais e estaduais e pelo Ministério da Educação),
b)  formação (treinamentos, estágios, visitas técnicas, on-the-job
training, congressos, seminários, encontros, painéis, etc.),
c)    habilidade (saber-fazer e saber-ser) e
d)  experiência.
E note que utilizo o termo formação e não treinamento como o fez a ABNT, mas
sim como é de fato utilizado na Espanha, Portugal, Alemanha, etc. e
apresentado nas normas similares nestes países. No meu entender é um erro
que necessita ser corrigido no Brasil pela ABNT.

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