domingo, 18 de novembro de 2012

NPC


Boletim da Livraria Antonio Gramsci 
Para jornalistas, dirigentes, militantes
e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais 



LIVRARIA ANTONIO GRAMSCI


"Diálogos na Gramsci" e muitas novidades!
Em novembro estamos retomando os Diálogos na Gramsci, quando recebemos autores para trocar experiências e conversar sobre suas obras. A convidada deste mês é a professora Anita Leocádia Prestes, que está lançando, pela Expressão Popular, um livro sobre parte da trajetória política de seu pai, o combatente Luiz Carlos Prestes. Ela estará conosco no dia 8 de novembro, a partir das 18h.
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Neste boletim também apresentamos algumas novidades, como livros lançados recentemente e uma homenagem ao companheiro Santo Dias, assassinado há 33 anos pela ditadura. Temos, ainda, diversos títulos sobre América Latina, cidades, ditadura, comunicação, literatura, educação, história da África, do Brasil e do mundo, marxismo, mulheres, sociologia, filosofia, música, cinema e muito mais!
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Não deixe de nos fazer uma visita. Estamos na Rua Alcindo Guanabara, 17, térreo, Cinelândia – do lado do Teatro Dulcina. Também aceitamos encomendas pelo e-maillivraria@piratininga.org.br
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Luiz Carlos Prestes - o combate por um partido revolucionário (1958-1990)
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Anita PrestesExp. Popular 
R$ 20,00
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Na quinta-feira, 8 de novembro, Anita Leocádia Prestes estará conosco para falar sobre seu livro mais recente. Em Luiz Carlos Prestes: o combate por um partido revolucionário, o leitor poderá acompanhar os desafios do PCB na superação dos reflexos da crise desencadeada pela denúncia do chamado "stalinismo" no XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética. Tal crise abalou o movimento comunista internacional nos anos 1956/1957 e, claro, teve reflexos no Brasil. Com Prestes ocupando o cargo de secretário-geral do PCB, a Declaração de Março de 1958 representou uma virada na política dos comunistas brasileiros, o abandono de uma orientação estreita e sectária, cuja maior expressão fora o Manifesto de Agosto do 1950. Mas significou também a reafirmação da ideologia nacional-libertadora, cuja influência marcara a história desse partido.
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O Velho Graça: uma biografia de Graciliano Ramos
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Dênis de Moraes
Ed. Boitempo
R$ 52,00
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Já recebemos a nova edição revista e ampliada de O Velho Graça, biografia de Graciliano Ramos escrita pelo jornalista Dênis de Moraes, professor da UFF. O livro nos conduz pelos 60 anos de história de um dos maiores escritores da literatura brasileira, reconhecido por aliar a denúncia social a um elaborado e cuidadoso trabalho com a linguagem. Como diz o crítico Alfredo Bosi no prefácio da obra, "Dênis de Moraesaprendeu com Graciliano que o culto da verdade histórica (apesar dos fáceis relativismos do discurso pós-moderno) é um imperativo ético inescapável. Ele construiu, em O Velho Graça, uma biografia com todo o rigor da documentação e dos depoimentos pessoais que o seu projeto requeria. Temos um Graciliano sem retoques: duro, mas apaixonado; frio e áspero na superfície da fala e do gesto, mas ardente e sempre humano na fonte da vida pessoal, que se chama coração".  
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Esta nova edição traz acréscimos que acentuam o conhecimento pormenorizado da vida e da obra do escritor alagoano. Entre as novidades estão um caderno iconográfico, com imagens raras e até inéditas, e a mais esclarecedora entrevista concedida pelo escritor, em 1944, nunca antes publicada em livro.
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Mariguella - o guerrilheiro que incendiou o mundo 
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Mário Magalhães 
Cia. das Letras  
R$ 56,50
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Nesta narrativa repleta de revelações, o jornalista Mário Magalhães investiga as várias facetas da intensa vida de Carlos Marighella (1911-1969). O biografado foi militante comunista desde a juventude e fundador do maior grupo armado de oposição à ditadura militar: a Ação Libertadora Nacional. Foi considerado inimigo número 1 da ditadura brasileira. Suas passagens pela prisão, resistência à tortura, operações de espionagem e assaltos a bancos estão recuperados nessa obra. Também está registrada a influência internacional de Marighella, principalmente com seu famoso Manual do guerrilheiro urbano. Este guia, que correu o mundo nos anos 1960, foi traduzido para dezenas de idiomas e é tido hoje como um clássico da literatura de combate político. Além do biografado, por esta obra também passeiam figuras como Fidel Castro, Che Guevara, Luiz Carlos Prestes, Graciliano Ramos, Jorge Amado, Cândido Portinari, Glauber Rocha, Jean-Luc Godard e outros.
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Além do espírito combativo e de luta por justiça social, esse mulato de Salvador era também brincalhão e poeta. Seus versos estão reunidos na obra literária Rondó da Liberdade.
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Seu Amigo Esteve Aqui 
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Cristina Chacel
Zahar
R$ 42,00
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Neste importante livro, a jornalista Cristina Chacel refaz a trajetória de Carlos Alberto Soares de Freitas, conhecido como Beto pelos amigos e Breno pelos companheiros de militância política. Ele era dirigente da organização clandestina de esquerda VAR-Palmares, foi preso no Rio em 15 de fevereiro de 1971 e nunca mais foi visto. Pela força de sua liderança, Beto era capaz de atrair para a resistência política inúmeros jovens. Dentre eles estava a então secundarista de 16 anos Dilma Rousseff, atual presidente da República e uma das personagens dessa trama. Uma década após seu desaparecimento, descobriu-se que ele foi assassinado na Casa da Morte de Petrópolis. .
O material foi construído a partir de pesquisas e arquivos e informações recolhidas junto a parentes e amigos. Com esta narrativa envolvente a autora descreve, em detalhes, o ambiente da ditadura, que marcou o destino de mais de uma geração.
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O mundo falava árabe
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Beatriz Bissio
Civilização Brasileira
R$ 59,90
 
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Fruto de densa pesquisa acadêmica da autora, esta obra desconstrói equívocos e preconceitos sobre os árabes e o Islã, normalmente associados ao fanatismo, ao atraso e à barbárie. A cuidadosa análise aqui feita revela outro universo: culto, dinâmico, aberto aos mares longínquos, que valoriza a escrita, o convívio harmônico entre campo e cidade e o conhecimento. Orecorte temático tem por base a categoria de espaço. Partindo do pressuposto de que a noção de espaço é constituída e constituinte das relações sociais e da própria cultura árabe, a historiadora mostra como o campo religioso do Islã fornece os elementos básicos para a ordenação e representação espacial.
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Beatriz Bissio comprova, nesse estudo, duas hipóteses: a primeira de que, nessa cultura, o espaço é percebido como unitário e é ordenado a partir do islamismo, entendido não apenas como religião, mas principalmente como "um modo de vida". A segunda diz respeito à noção árabe de que viajar e narrar são formas estruturantes do saber, pois permite o conhecimento do outro e de si próprio.
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Pororoca pequena: marolinhas sobre a(s) Amazônia(s) de cá 
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Rogério Almeida
R$ 25,00
 
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O jornalista Rogério Almeida reuniu, nesta obra, artigos, reportagens e entrevistas sobre as dinâmicas econômicas, sociais e políticas da Amazônia. A ênfase é na disputa por territórios, os grandes projetos e seus desdobramentos na região. Os textos foram produzidos entre 2003 e 2009 e estão organizados em quatro seções: 'Estado e os grandes projetos"; "Araguaia-Tocantins - território em disputa"; "Belém - a cidade"; e "Entrevistas" com dirigentes sindicais e populares, assessores e o jornalista Lúcio Flávio Pinto. Como diz o professor Jean Hébette (UFPA), que assina o prefácio, o jornalista pinta uma paisagem das contradições sociais e políticas que nos afetam, a nós, moradores da imensa Amazônia irrigada por uma igualmente imensa bacia hidrográfica. Tão imensa e diversificada do ponto de vista físico, econômico, social e político e, principalmente, cultural". O livro pode servir como uma ponte para essa região tão diversificada, complexa e desconhecida.
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Santo Dias: quando o passado se transforma em História
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Luciana Dias, Jô Azevedo e Nair Benedicto
Cortez Editora
R$ 20,00
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Nesta obra está registrada a biografia do líder operário Santo Dias, vítima da violência policial por se dedicar à luta pela defesa dos direitos dos trabalhadores. O livro foi escrito por sua própria filha, Luciana Dias, pela jornalista Jô Azevedo e pela fotógrafa Nair Benedicto. As autoras fizeram muitas investigações, ouvindo as pessoas que acompanharam o crescimento de Santo Dias, desde que deixou a lavoura para se integrar no exército dos trabalhadores da indústria paulista. Passou a participar do movimento sindical, transformando-se em referência na liderança dos trabalhadores. Sua participação na Pastoral Operária foi um fator relevante no aperfeiçoamento de sua caminhada. O militante operário foi assassinado durante uma manifestação na frente da fábrica Sylvânia. Foi atingido nas costas, por tiros disparados por um policial militar, falecendo no dia 30 de outubro de 1979. Deixou marcada na história do nosso país seus exemplos de militância, que merecem ser sempre lembrados pelas novas gerações de lutadores.



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