quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Racismo

O Secretário Municipal de Cultura de Santos
Raul Christiano esta falseado o Conselho Oficial do Samba.
Institucionalizando o racismo na cidade.

Diagnóstico Racismo Institucional Administração Paulo Alexandre Barbosa

ORIENTAÇÕES
Guia de Enfrentamento ao Racismo Institucional
Seminário Representação Política e Enfrentamento ao Racismo

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Agro Pecuária Schio Não Será Vendida

Segundo fontes oficiais da empresa Agro Pecuária Schio de Vacaria RS de propriedade do senhor Francisco Schio não será vendida, conforme muitos comentários surgiram na comunidade e no meio do agronegócio. Ficamos felizes por que seria uma grande perca para a nossa cidade e a empresa emprega grande parte dos trabalhadores locais que dependem do seu trabalho para o sustento de suas famílias. Com certeza geraria uma grande crise econômica e social para Vacaria RS. 

Um Tapa Na Liberdade de Imprensa

O atentado ontem em Paris (França) onde foram assassinados quatro cartunistas  franceses, da Revista Charlie Hebdo, faz analisamos a liberdade de imprensa. A imprensa mundial está de luto seja o tipo de mídia que for.  O Jornal Negritude que quando criamos tivemos uma influência e inspiração francesa pelo Le Monde, a convivência e troca de experiência em 2001 no nº 1º Fórum Social Mundial em Porto Alegre. A França que sempre foi o berço da liberdade e da democracia hoje se depara com os malucos extremistas muçulmanos carregados de ódio e rancor que canalizam em atentados e crimes o seu fanatismo.
Aqui no Brasil a turma histórica da mídia nacional sabe muito bem o que os jornalistas democráticos passaram nos anos de chumbo da Ditadura Militar.
Nós aqui em Vacaria RS não é muito diferente sofremos processos,ameaças pelas redes sociais, bilhetes no portão da minha residência, tentativas de agressão física, daqueles não aceitam opiniões ou criticas. A Revista Veja o ano passado teve sua edição censurada por que abordava fatos que poderiam ameaçar a candidatura da Presidente Dilma. Vivemos numa luta diária, aqui em Vacaria RS quem deveria zelar pela justiça e a democracia são os primeiros a ir contra as mídias alternativas que mostram a verdade e que não omite fatos. Se em Paris uma cidade dos sonhos dos democratas e defensores dos direitos humanos, jornalistas são mortos e redações de uma revista é invadida. Imagine numa cidade pequena como Vacaria RS que alguns se acham os donos dos jornais e querem pautar o conteúdo jornalistico. 
Aqui no Jornal Negritude não vão pautar o nosso conteúdo.
Infelizmente a grande mídia local faz um desserviço ao cidadão, omite fatos e quando sai na grande mídia da capital aí eles divulgam, comunicadores comprometidos com o poder, sustentados com o dinheiro público, para falar bem mesmo quando todos vêem que o poder municipal comete erros graves.
Esperamos que esse fato ocorrido em Paris faça as autoridades refletirem sobre a liberdade de imprensa e proteção aos jornalistas espalhados pelo mundo seja de que tendência for da mídia.

Morte de Jovens Negros Cresce 21% em 5 anos

 Morte de jovens negros cresce 21% em 5 anos

 

Total dessas vítimas da violência no Brasil é maior do que a média anual em conflitos como a guerra civil de Angola

Para pesquisador, dados do levantamento reiteram ideia de genocídio, lançada pelo movimento negro

FERNANDA MENA DE SÃO PAULO

Só em 2012, foram mortos quase 23 mil jovens pretos e pardos de 12 a 29 anos no país.

O número é superior à média anual de mortes em conflitos como o da guerra civil de Angola, com 20,3 mil mortos ao ano de 1975 a 2002.

Segundo o Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência e Desigualdade (IVJ) 2014, a morte de jovens negros em 2012 cresceu 21,3% em relação a 2007. Esta é a primeira vez que a desigualdade racial entra no cômputo do quanto o jovem está vulnerável em cada localidade do país.

Para Valter Roberto Silvério, do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UFSCar, esses dados reiteram a ideia de genocídio dos jovens pretos e pardos, lançada pelo movimento negro em 2007.

"É um termo forte para a academia e a imprensa, mas, se pegarmos esses indicadores espantosos, eu pergunto: que termo usar quando morrem milhares de jovens negros ao longo de anos?"

Segundo Silvério, o debate ainda é marginal e tímido porque o Brasil é uma sociedade racista desde os tempos da Colônia. "Há uma ideologia da mestiçagem que nega o recorte de cor. E, se você coloca esse recorte, se torna algoz, e não vítima."

"POPULAÇÃO PERIGOSA"

José dos Reis Santos Filho, do Núcleo de Estudos da Violência da Unesp, avalia que "há estereótipos historicamente introjetados que dizem que a população de baixa renda, especialmente negros e mulatos, é perigosa."

"Além disso, a população pobre é mais desprotegida. E isso é agravado pelo descompasso entre a omissão das políticas públicas e a discriminação aberta do cotidiano."

Para Claudio Beato, da UFMG, essa é uma questão racial que se confunde com uma questão econômica. "Quem morre no Brasil é pobre e essa parcela se confunde com a população preta e parda. O dramático é assistirmos passivamente a essa tragédia. Isso porque é um governo que diz se preocupar com os pobres."

VULNERÁVEIS

Os casos mais extremos de risco relativo são na Paraíba e em Pernambuco, onde um jovem preto ou pardo tem, respectivamente, 13,4 e 11,5 vezes o risco de ser vítima de violência letal (veja mapa).

Esse risco relativo foi obtido levando-se em consideração a proporção de pretos, pardos e brancos na população de cada território. Ou seja, na Paraíba e em Pernambuco o jovem negro tem mais chance ser assassinado não porque lá haja mais pretos e pardos que brancos, mas porque a vulnerabilidade deles é maior.

É por isso também que o único Estado onde um jovem branco tem mais risco de morte que um negro é o Paraná (0,7), mesmo que a proporção de negros lá (28,3%) seja maior que em Santa Catarina (15,3%)e no Rio Grande do Sul (16,2%).

Além do índice de risco relativo, o IVJ avaliou 288 municípios com mais de 100 mil habitantes em itens como frequência escolar, emprego, renda familiar, morte por causas violentas e desigualdade.

Aqueles em que a juventude está mais sujeita à violência estão concentrados no Norte e Nordeste, e os com melhor índice estão principalmente no Sudeste. Alagoas é onde o jovem está mais vulnerável; São Paulo, onde está menos.

Folha, 05.01.2015

 

No NE, negro corre 5 vezes o risco de morte de um branco


Estudo compara taxas de homicídio de negros e brancos de 12 a 29 anos; Paraíba é o pior Estado

Enquanto morte de jovens brancos cai 5,5% de 2007 a 2012, ela aumenta 21,3% entre jovens negros

FERNANDA MENA DE SÃO PAULO

Ser jovem e negro no Brasil é correr 2,5 vezes o risco de morte de um jovem branco. No Nordeste, esse perigo é de cinco vezes. Na Paraíba, 13,4.

É o que aponta o Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência e Desigualdade (IVJ 2014), pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública a pedido do governo federal, que deve divulgá-la nos próximos dias.

O estudo calculou taxas de homicídio ponderadas de jovens negros (pretos e pardos) e brancos, de 12 a 29 anos, a partir de dados de 2012 do Datasus (banco de dados do Sistema Único de Saúde), em que o indicativo de cor é preenchido por agentes de saúde.

A pesquisa concluiu que a desigualdade racial cotidiana do país encontra sua expressão mais aguda na comparação dos dados de morte por homicídio da juventude.

Com exceção do Paraná, todas as outras unidades da Federação têm maior risco de morte por homicídio para o jovem negro que para o branco.

Os casos mais graves são Paraíba (risco de 13,4 vezes), Pernambuco (11,5), Alagoas (8,7), Distrito Federal (6,5) e Espírito Santo (5,9).

No outro extremo, bem abaixo da média nacional, estão Tocantins (1,8), Rio Grande do Sul (1,7), São Paulo (1,5), Santa Catarina (1,4) e Paraná (0,7) --único em que o jovem branco tem mais risco de ser alvo de homicídio que o negro.

Dos quase 30 mil jovens assassinados em 2012, 76,5% eram negros ou pardos. Ou seja: morreram 225% mais jovens negros do que brancos.

De 2007 a 2012, enquanto o total de homicídios de jovens brancos caiu 5,5%, o de jovens negros subiu 21,3%.

O estudo deve orientar políticas públicas para a juventude e responde a campanhas e protestos dos movimentos negro e de direitos humanos que apontam para o fenômeno como um genocídio da juventude negra brasileira.

Entre suas recomendações, o IVJ 2014 indica que políticas públicas para a juventude negra podem acelerar não só a redução da desigualdade racial mas também a da violência no Brasil.

"É uma tragédia e uma questão civilizatória ", diz José Luiz Ratton, sociólogo da UFPE. "É impossível pensar o desenvolvimento do país com taxas de homicídio como estas."