sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Águas Lusas

Abraços quaresmeiros
parece que iam postar o texto em algum Instituto (o ICN???? agora não lembro qual. Autorizei, não conferi).
 
 
 
Gisela D'Arruda

Em Sábado, 13 de Fevereiro de 2016 7:24, Caminho das Folhas - Gisela d´Arruda escreveu:


Caminho das Folhas


Posted: 12 Feb 2016 09:10 AM PST
O Encontro de Escritores de Língua Portuguesa aconteceu em Cabo Verde logo antes do carnaval. Muito válido se não formos esquecer que Angola, Moçambique e o próprio arquipélago do Cabo Verde falam também outras línguas, que hoje começam a ser mais valorizadas do que nos anos após a independência para não se dizer nada de ANTES da independência, claro).
O grupo banto é imenso e as principais de Angola são quicongo, quimbundo, umbundo e chokwe (quioco) , mas há outras ainda. Não ha nada de errado em se falar vários idiomas nacionais, no Senegal há oito e o historiador senegalês que me explicou falava seis, fora vários idiomas indo-europeus (inclusive os que usávamos pra conversar...) Errado é diminuir o valor da língua não européia ou querer igualar tudo, como no notório Acordo Ortográfico entre Portugal e Brasil. Coisa de políticos, que desagradou a muitos lusófonos e enquanto isso em Angola se escrevem apenas duas formas do famoso POR QUE, o que para nós é absurdo mas eles simplificaram, achando que já é difícil ter português como segunda língua sem as quatro diferentes formas... Escrevem salvo engano "vêem" também, com o acento cabível.
Pior é querer impor lista de palavras aceitáveis: conheci um cabo-verdiano muito preocupado com a hipótese e custou convencê-lo (se é que convenci) que não podem vir estrangeiros excluir ou inserir de força vocábulos do seu vernáculo sob pretexto de lusofonia; que o que se poderia exigir dele é que se expresse no mais correto e colorido português possível e no melhor cabo-verdiano também. Não se ouve mais falar dessa segunda parte do Acordo; desejo com veemência que o mosquito da chicungunha o tenha inutilizado.
Imaginou? em Angola são comuns catorzinha, quianda e pacaça; será que no Acre alguém sabe o que é isso? Viva a diversidade e respeitem a diferença mútua.
E parabéns ao corretor que me corrige as digitações mas deixou de pintar de vermelho esses termos angolanos... Progresso!

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