terça-feira, 18 de abril de 2017

Deputado Estadual Ronaldo Santini





Audiências Públicas da Comissão Especial da Segurança Pública aconteceram nessa segunda-feira (17) em três cidades diferentes: Rio Grande, Capão do Leão e Pelotas. O presidente da comissão, deputado Ronaldo Santini (PTB), coordenou as sessões que discutiram a realidade da Segurança Pública em cada região. Nos encontros participaram lideranças municipais, membros da Polícia Civil, Brigada Militar, Susepe, MP, Fase, OAB, comunidade local, entre outros convidados.

Entre as diversas reivindicações, a diminuição do efetivo policial nos municípios foi a principal em todas as audiências.

O petebista apresentou o objetivo do órgão especializado, que é o de encontrar outras medidas para a segurança: “Não podemos discutir este tema apenas falando sobre a polícia, e sim focar no uso de tecnologias para otimizar o trabalho delas, focar na integração dos poderes e atentar para a crise do sistema carcerário. É uma rede, um conjunto de ações”, sublinhou. O presidente da comissão ainda ressaltou que as lideranças municipais precisam estar alinhadas com o governo.




Rio Grande

Pela manhã, a reunião lotou a Câmara de Vereadores de Rio Grande. O vereador Flávio Maciel colocou a casa legislativa à disposição para trabalhar em conjunto com o órgão técnico. A apresentação das atribuições do Gabinete de Gestão Integrada Municipal – GGI M, e uma proposta de polícia comunitária, foram apontamentos do prefeito da cidade, Alexandre Lindenmeyer. A promotora Valdirene Sanches, falou sobre o sistema carcerário da cidade, que está sobrecarregado: somente Rio Grande abriga mil apenados: “Neste ano os números já são alarmantes: 11 homicídios no município e 23 em São Jose do Norte”. Ela ainda ressaltou que o Estado perde aproveitamento dos recursos para segurança por causa da burocracia. “Conseguimos a doação de mais uma viatura para agilizar o serviço da polícia e está parada há dois anos por problemas burocráticos com o Detran”, frisou.

Capitão de fragata, Vieira Nunes, explicou que a Marinha contribui para a segurança de forma indireta, através de operações e inspeções navais nos 600 km do litoral gaúcho.

O aumento no tráfico de drogas e o envolvimento de menores de idade cada vez mais jovens no mundo do crime também foram questões levantadas no evento.



Participaram ainda, o vice-prefeito Renato Gomes, delegado regional Elione Lopes, Paulo Barragan do IGP, Capitão Mendonça, da Brigada Militar, a prefeita de São José do Norte, Fabiany Roig e vereadores Rovan Castro, Claudio Costa, Rogerio Gomes, Edson Lopes, De Lima, Spotorno, Laurinha, Rafa Ceroni, André Batatinha, Filipe Branco, João da Barra, José da Silva e De Lima.




Capão do Leão

Com a comunidade leonense mobilizada no encontro, foi destacado que o abigeato é um dos crimes que mais afeta esta região. Para o delegado regional Márcio Steffens, enquanto houver o receptador da carne ilegal, este tipo de crime continuará existindo. Além disso, Steffens lembrou que as vítimas de crimes continuem registrando as ocorrências, pois só assim a polícia pode investigar e fazer o seu papel.

Capitão Sandro da Brigada Militar, afirmou que a discussão deve ser mais ampla do que a falta de efetivo. Segundo ele, deve ser organizada uma reformulação nas leis, pois as prisões acontecem e o judiciário solta.

O vereador David Martins, Duca e Renato Miranda solicitaram mais policiais na cidade, principalmente no bairro Jardim América – onde se concentra a maior parte da população- e pediram que seja analisada a possibilidade de ter um plantão 24 horas no município.

A audiência pública também abriu espaço para os moradores falarem: Enilda Caetano, que relatou o aumento da violência em Capão do Leão e Neividis Baptista, que afirmou que a diminuição dos registros policiais aconteceram porque a população tem medo das facções.



Pelotas

Na última audiência do dia, com a participação dos deputados Luiz Fernando Mainardi, Miriam Marroni e Catarina Paladini, o vereador Marcola iniciou a discussão elogiando a iniciativa da Comissão e suas tentativas de baixar os índices de violência com um trabalho integrado.

O secretário municipal de segurança pública, tenente Bruno, disse que é um privilégio ser o primeiro secretário especializado no tema na cidade e que aposta na prevenção como peça chave para diminuição da insegurança. Destacando a importância do Estado articular medidas da ressocialização dos criminosos, o tenente coronel Perachi falou ainda que as drogas são a principal causa do descontrole da segurança pública.

Em sua fala, o vereador Fabrício Tavares foi categórico: "deve-se investir em educação e não em presídios. Isto é a verdadeira prevenção".

Ainda integraram a mesa, o secretário-geral da OAB, Victor Gastaud, as promotoras Maria Laura Luzardi e Maria Fernanda Pitrez, Nelson Harter, representando o relator da comissão, deputado Vilmar Zanchin, Jackson Barbosa, da Guarda Municipal, Fabiane Gomes e Vaguine Souza, da Susepe, Luiz Felipe e Vladimir Duarte, do IGP.

Santini ressaltou que todas as sugestões e reivindicações foram incluídas no relatório e serão devidamente encaminhadas.







Foto e texto: Nathalia Kurtz --



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